CAP 23

POV LIVIA

A sensação de alívio foi instantânea e a alegria que eu senti foi sem igual quando soube que Daniela estava fazendo planos comigo. Eu queria ficar sozinha ali com ela mas também precisava ficar perto de Dona Francisca, eu nunca imaginei que ela seria nosso maior apoio, queria ficar por perto o máximo de tempo possível pois sabia que logo teria que ir embora. Voltamos pra casa com o coração transbordando felicidade, entramos e todos já estavam dormindo.
- Amor a sua mãe já está dormindo?

- Não sei, vá la olhar, entra com calma pra caso ela esteja dormindo.

- Tá bom, vou lá.

Entrei de ponta de pé, tentando localizar alguma coisa naquele escuro e me assustei quando ela me chamou..

- Dá pra parar com isso? Parece um ladrão tentando me assaltar.

- Pelo amor de Deus Dona Francisca, a senhora tá tentando me matar de susto?

- Eu não, mas você parece que tá tentando me assaltar. Entra eu deitei agora pouco, não to com sono.

- Eu só queria dar boa noite pra senhora e agradecer por tudo que a senhora fez. (sentei ao seu lado na cama)

- Mas eu não fiz nada. - Eu sei que fez, Daniela me falou e eu não tenho palavras pra descrever a felicidade que a senhora me proporcionou.

- O que falei não foi nada demais, a Daniela é muito ativa e ligeira pra umas coisas mas tem outras que precisa de um empurrãozinho.

- Eu sinto muito por todo esse transtorno e sinto por estar levando ela pra longe da senhora, se eu pudesse faria diferente mas essa oportunidade é tudo que sempre sonhei, não poderia rejeitar.

- Lívia, eu entendo perfeitamente e a minha filha é muito ligada a família, eu vou sofrer com a distância mas ela precisa crescer, evoluir até porque nessa cidade só fica gente de mente pequena e eu nunca quis isso pra ela, quero que ela cresça, viva, descubra novos horizontes, quero que ela veja além dessa cidade e se dependesse somente dela acredito que isso jamais aconteceria, graças a Deus você apareceu na vida dela e tem mais eu sempre vou ter pra onde viajar.kkkkkkk

- Só a senhora mesmo Dona Francisca, eu acho lindo essa ligação que vocês têm, é a família toda, eu nunca tive isso e o pouco que estou presenciando me faz sentir também parte dessa ligação.

- Você faz parte sim, você é o amor da vida da minha filha eu já te adotei como minha filha também então pode se sentir parte da minha família.

- Muito obrigada, a senhora não sabe como fico feliz em ouvir isso, eu sempre quis ter um laço especial com minha mãe mas depois que ela soube de mim ergueu-se um muro entre nós e nunca mais foi como antes, mas a vida é linda demais pra mim, me deu uma segunda mãe e eu já amo tanto a senhora. (abracei ela emocionada demais)

- Só peço que cuide bem da minha menina, ela aparenta ser durona mas é uma manteiga derretida, tem o coração tão lindo que é um privilégio pra você, sei que ela vai cuidar muito bem de você e caso isso não aconteça é só fazer uma ligação que eu dou um jeito rapidinho.

- Não precisa, sua filha me trata como uma princesa como ela mesma fala e quanto a cuidar não se preocupe porque eu amo sua filha como nunca amei ninguém, ela tocou meu coração de uma forma tão linda Dona Francisca que eu só penso em cuidar pra não fazer nada de errado porque eu sei que se ela me deixar eu não sei o que será de mim. Esses dias sem contato foi uma tortura, eu já estava cogitando a hipótese de abandonar tudo e voltar mas sua filha é tão linda, tão perfeita e os planos que ela ta fazendo comigo, a senhora precisava ver ela falando, fiquei tão emocionada, eu a amo demais, jamais faria algo pra destruir esse algo tão lindo que estamos construindo.

- Eu fico feliz em ver tudo isso no seu olhar, eu sabia que minha menina estava destinada a ser amada desse jeito porque ela ama muito, ela se doa de corpo e alma. Estou torcendo por vocês.

- Será que eu posso ter minha namorada de volta ou ela vai dormir aqui com a senhora? (Daniela falou da porta do quarto com ar de riso)

- Amor pare com isso, eu só estava batendo um papo com minha sogrinha.

- Isso são ciúmes da mamãe Lívia, vem cá meu bebê dá um beijinho de boa noite pra sua mãe. (Ela se aproximou contrariada e foi abraçar e beijar sua mãe)

- Eu não estou com ciúmes mãe.

- Tá certo meu bebê. 

- Mãe pára com isso, eu não sou mais um bebê.

- Você será pra sempre o meu bebê. Agora vão embora do meu quarto porque eu preciso dormir.

- A senhora está me expulsando? A Lívia a senhora mandou entrar num é? Eu não tenho mais moral nenhuma nessa casa. Boa noite pra senhora. Eu só fazia rir do meu amorzinho, ela e a mãe tinham uma ligação tão linda que eu só sabia admirar. Beijei o rosto da minha sogra e saí pro quarto de Daniela.

- Você não está entrando no quarto errado? Vá dormir com ela.

- Amorzinho não fica com esse biquinho pra mim que dá vontade de morder. (fui me arrastando feito gata pela cama enquanto subia em seu corpo)

- Eu pensei que estava mais interessada na sua conversa, me abandonou aqui mó tempo. (falou se fingindo de desinteressada)

- Já voltei, pode usar e abusar de mim. (eu já estava beijando seu pescoço e ela se fazendo de difícil)

- Não quero mais.

- Se você não quer eu paro. (já ia saindo quando ela me puxou invertendo as posições e ficando sobre mim)

- Não vai não, vou usar e abusar, você quem mandou.

Ficamos naquele chamego sem segundas intenções, melhor dizendo, intenção até tinha porque pensa numa mulher pra chegar perto e eu ficar louca, mas eu não tinha coragem de fazer nada ali, a mãe dela de um lado e o irmão do outro, Deus me livre que a vergonha é grande. O pior foi que Daniela percebeu e ficou só me tentando, pegou o açaí que eu já tinha até esquecido e fazia de pirraça, pegava a colher e lambia bem lentamente olhando dentro dos meus olhos que já estavam vermelhos de tanta excitação, a diaba queria me deixar louca.

- Daniela quer parar com isso, eu não vou fazeer nada aqui. Abaixa esse fogo pelo amor de Deus, você tá me deixando louca. Se você não parar vou dormir com sua mãe.

- Vai nada eu tranquei a porta e a chave tá bem segura.

- Daniela, cadê a chave?

- Tá guardada.

- Aonde?

- Quer mesmo saber?

- Quero... Ela levantou a blusa, desceu a mão e apontou abaixo do umbigo.

- Diabaaa. Me dê a chave Daniela.

- Não senhora se quiser abrir a porta vai ter que pegar a chave Levantei daquela cama puxando ela em direção ao banheiro tranquei a porta e a empurrei pro chuveiro.

- Amor calma eu estou toda vestida vai me molhar toda.

- Tô pouco me importando, você me atentou agora para de reclamar. Aliás eu quero você assim, tira tudo menos essa blusa.

Ela muito obediente tirou o short, o sutiã a calcinha por último mostrando onde estava a chave, diabaa,  ficou somente com a blusa, liguei o chuveiro e passei a admirar aquela perfeição molhando tudo e aquela blusa branca grudando na pele mostrando o bico dos seios, a diaba colocou uma pena pra trás escorada na parede se abrindo toda e o dedinho na boca, visão do pecado, mulher tentadora, como eu ia conseguir dormir sem fazer nada? Tirei minha roupa com pressa e caminhei na sua direção e minha mãe foi direto para o seu sex* onde começei a bolinar.

- Você vai ficar bem caladinha, se abrir a boca eu coloco minha calcinha na sua boca, eu não quero escutar um gemidinho, você vai ter que goz*r pra mim bem gostoso mas se eu escutar alguma coisa paro na hora. 

- Princesa não faz assim, como que faz pra não gem*r? Você tá me deixando louca.

- Caladinha Introduzi dois dedos no seu sex* e ela se contorceu toda, sua pele tava toda arrepiada, eu entrava e saia da sua fenda que pingava mostrando sua excitação, aumentei a velocidade e ela começou a gem*r, travei na hora, eu estava tão envolvida naquela sedução e quando ela começou a gem*r eu lembrei aonde estávamos. Parei os movimentos e ela ia protestar mas eu já estava preparada, estava com a minha calcinha já próximo, peguei imediatamente e coloquei na sua boca e quando eu pensei que tinha resolvido a diaba estava se deliciando gem*ndo sem controle, não adiantava resolvi deixar para o acaso, esperava de verdade que a zuada do chuveiro fosse o suficiente. Voltei novamente para o seu sex* e ela fez o mesmo comigo, ela introduziu dois dedos em mim e foi a minha vez de gem*r, aumentamos a velocidade o entra e sai fazendo aquele barulho, nossos sex*s pedindo cada vez mais quando Daniela olha nos meus olhos pedindo.

- Princesa goz* comigo.

Meu corpo começou a tremer, quando ela falava desse jeito me chamando de princesa era o meu fim, chegamos ao êxtase juntas e deliciadas com aquele momento perfeito. Eu ainda estava em chamas mas sabia que já tinha ido longe demais, voltamos pro quarto e deitamos agarradinhas como sempre fazia. O restante da semana passou voando, liguei pra Kauan e pedi pra remarcar uns compromissos que tinha pro final de semana, queria ficar um tempo com meu amor e no meio daquela família que tinha aprendido a amar. Daniela estava de férias então ficamos grudadas todo tempo, se Dona Francisca não tivesse doente nós já estaríamos na praia mas esse tempo com ela foi tão gratificante, ela tem uma sabedoria no falar que deixa qualquer pessoa hipnotizada, tirando os momentos que ela fica tirando onda com nossa cara, minha sogra é muito gente boa. No decorrer da semana seguinte fui agilizar minhas coisas que ainda tinha por aqui, eu já tinha entregado minha casa e ainda tinha muita coisa com minha mãe, então precisei ir várias vezes lá o que não foi de todo ruim, conversei com ela sobre os meus planos, ela disse que estava muito feliz por mim e tava torcendo pro meu sucesso, já olhava pra Daniela mais amigável, um grande passo comparado ao que eu esperava dela. 

- Amor sua mãe me tratou bem diferente do que da ultima vez, num foi?

- Eu também achei. Queria tanto que ela fosse como sua mãe.

- Eu vou conversar com mãe e marcar alguma coisa antes de você ir embora. Vai que Dona Francisca usa seus poderes de oratória com sua mãe.

- Ahh essa eu quero ver, mas sua mãe quando quer, entra na cabeça da gente feito uma bazuca.. Nam,  parece até que ler mentes.

- Ela é um perigo, eu não consigo esconder nada dela. Parece aquelas detetive particular. Até hoje ainda sinto na pele os poderes dela, você mesma viu ela entrou na minha cabeça e por pouco não me bate. Tô gostando muito não dessa sua amizade com ela.

- Amor você é uma comédia, com ciúmes da mãe. Eu não convivi muito tempo com o restante da sua família mas imagino que sejam todos iguais, até seu irmão eu já percebi que é ciumento.

- São todos assim e nos orgulhamos da nossa gangue.

- Meu Deus aonde eu fui arrumar meu burro?

- Em mim e agora está sem jeito, tô amarrada dos pés à cabeça e se quiser ainda fico de quatro.

- Daniela, pelo amor de Deus, onde foi que você aprendeu a ser tão safada?

- Foi depois que eu te conheci, sempre fui uma santa.

- A sua cara nem treme pra mentir desse jeito.

- É só com você amor.

- Acho bom mesmo que seja só comigo.

Aos poucos eu via e percebia o trabalho de Daniela, nunca tinha parado pra pensar nessas coisas de investimentos mas ela começou a me falar e explicar e eu comecei a perceber a importância daquilo porque eu sabia que na minha carreira poderia ganhar muito dinheiro e saber o que fazer é um trabalho pra profissional. Atrelado a isso eu percebia os planos, ela entregou a casa, se desfez de alguns móveis, outros ela levou pra sua mãe e num dia que estávamos deitadas após o almoço, ela no computador analisando ativos e me explicando, do nada ela perguntou:

- Lívia, você já tem algum lugar em mente pra morar lá em Recife? (Quando ela me chamava pelo nome já sabia que era algo sério)

- Eu estava ficando em um hotel, mas estava sendo custeado pelo produtor, eu olhei alguns apartamentos mas queria que você escolhesse comigo.

- Seria bom a gente começar a pesquisar, até mesmo pra ter noção de quanto vamos gastar, por falar nisso, como vamos fazer com as contas? 

- Amor você que é a administradora aqui, mas poderia fazer assim, a gente vê tudo que tem pra ser pago e dividimos, tá bom assim? E em relação a procurar pode ser agora, abre aí no computador pra gente ver. 

- Vou pesquisar aqui. Vamos fazer um grupo no whats pra ir colocando todas as despesas do mês.

- Ótima idéia, já estou criando.

- Olha esse AP aqui. Você sabe dizer se esse bairro é bom? 

- Deixa eu ver com o Marcos meu produtor, ele conhece Recife de cabo a rabo.

Separamos três apartamentos pra mim visitar quando voltasse, já que eu iria antes dela. A semana passou nessa correria e eu já tinha que partir, mas antes eu precisava fazer algo especial pra agarrar minha galega e ela não querer fugir de mim. Eu queria fazer uma surpresa mas Daniela não largava de mim, toda vez que eu tentava sair ela se prontificava a ir comigo então falei com minha irmã e dei a desculpa que estava sendo intimada pra uma despedida com minha irmã, ela não gostou muito mas concordou. No outro dia sai cedo com a Lidy a procura de uma aliança digna da minha galega, eu já estava com alguns planos mas precisava de ajuda.

- Lidy, você tem o contato daquela mulher que tem uma pousada bem arrumadinha quase na saída da cidade, ela era sua amiga.

- Eu acho que sim, vou olhar na agenda, mas o que você tá planejando?

Passei a narrar todo o plano pra ela que concordou com tudo que eu disse. Saímos em direção a Natal a procura das alianças que é o principal, o problema foi escolher uma, todas eram lindas mas ainda não tinha encontrado a perfeita, andei por duas lojas até encontrar aquela que fez meus olhos brilharem, comprei e saimos pra escolher uma lingerie pra hoje a noite, uma pra mim outra pra Daniela, eu estava com tudo pronto na minha cabeça. Corremos de volta pra arrumar o local que seria feito o pedido, era uma pousadinha charmosa numa chácara e dentro passa um rio de águas transparente, é praticamente um ponto turístico na cidade. Organizei com a dona fiz a reserva de um bangalô e fui pra casa da minha mãe me arrumar. No caminho de volta pra pousada liguei pra Daniela, precisava que ela fosse ao meu encontro.

- Amor cadê você?

- Eu to em casa, abandonada pela minha namorada, jogada as cachorras.

- Que namorada sem futuro foi essa que você arrumou. Larga ela e vem pra mim. - Eu não posso, eu amo ela mesmo tendo me abandonado.

- Que bom que você é uma pessoa fiel, eu queria encontrar alguém assim, to aqui tão carente.

- Não fala isso que eu fico com pena.

- Não precisa ter pena precisava de outra coisa.

- Princesa você me abandona o dia todo e ainda liga falando uma coisa dessas, eu tô morrendo de saudade, vem pra casa amor.

- Vem me pegar, a Lidya me trouxe aqui num restaurante de uma pousada, ta querendo me embebedar, eu tava tentando resistir mas tomei dois drinques e fiquei morrendo de tesão ai resolvi ligar pro meu amor pra ver se ela consegue abaixar meu fogo.

- Minha nossa senhora, onde é esse restaurante, chego aí em dois segundos.

Mandei o endereço e fiquei esperando ansiosa, a granja estava vazia de hóspedes, entrei no bangalô ornamentado com rosas no chão um jantar posto a luz de velas, fui saindo e observando o caminho que mandei fazer de rosas perto do rio e algumas luminárias iluminando o ambiente, quando olhei pra frente lá estava ela, linda, paralisada observando tudo aquilo, me aproximei estendendo a mão pra me encontrar, ela veio andando bem devagar, estava com um vestido longo arrastando no chão, os cabelos brilhavam soltos ao vento, no rosto um sorriso lindo e eu só podia agradecer a Deus por me conceder a honra de amar aquela mulher.

- Princesa, o que é tudo isso?

- Isso aqui sou eu demonstrando o quanto eu te amo, deixando claro que você é o amor da minha vida e que eu não consigo e não quero passar um dia sequer sem você comigo, sem o seu abraço, sem o seu aconchego. Você me mostrou o sentido de família e esse é o meu desejo, formar uma família com você, quero fazer parte do seu mundo assim como quero que você faça parte do meu - Ajoelhei diante dela abrindo a caixinha com as alianças - Eu ficaria muito honrada se você aceitasse ser minha esposa. Daniela, aceita casar comigo?

Fim do capítulo