Amada Amanda por thays_
Capitulo 30
Acordei com os cachorros latindo loucamente pela casa, a porta do quarto se abriu, Tunico e Mel pularam para cima da cama e começaram a me lamber e a latir de forma eufórica, como se não me vissem há anos. Senti outro peso se jogar por cima de mim e dois bracinhos macios me alcançaram. Ariel rolou para o lado rindo, se enroscando no meio dos cachorros e eu beijei sua cabeça, ainda bêbada de sono. Seu cabelinho tinha cheiro de shampoo de melancia. Ela era a cara de Amanda, sem tirar nem pôr. Usava um pijaminha cheio de dinossauros.
- O café tá pronto, mamãe.
Ariel estava ligada nos 220 w. Nem parecia que ela tinha acordado com medo de madrugada. Eu tinha ficado com ela até que pegasse no sono e para ela parecia que não fazia nem um pouco de falta as horas sem dormir. Já para mim, com quase meus 40 anos, a história era um pouco diferente... Ariel tinha ganhado de herança algumas coisas de minha mãe, na parte espiritual da coisa. Causa desses seus pesadelos e desse medo todo que ela estava sentindo recentemente, provavelmente vendo coisas, espíritos, seres que nós não víamos. Minha mãe, com maior propriedade sobre o assunto, estava cuidando dela nesse sentido, educando-a a como lidar com esse tipo de coisa. De quebra, Amanda e eu estávamos mais espiritualizadas também, para conseguirmos acompanhar nossa filha.
Tentei abrir os olhos, mas não consegui. Então senti uma coisa gosmenta roçando na minha mão. Era o patinho do Tunico todo babado. Ele começou a forçar para que eu jogasse para ele, eu tentei tirá-lo de sua boca, mas ele começou a brincar de cabo de guerra comigo. Eu ganhei e joguei para algum lugar qualquer, acertou alguma coisa que não deveria ter acertado e algo caiu no chão.
- Xiii... – Ariel se levantou. – Você derrubou um quadro, mamãe.
Dentro de poucos segundos Amanda surgiu no quarto.
- Que que vocês estão aprontando ai, hein? – Ela também se jogou na cama. Ariel começou a pular como se estivesse em um pula-pula e os cachorros voltaram a latir ainda mais. Uma loucura para uma quinta-feira pela manhã.
- Tá bom, tá bom, vocês venceram... eu vou levantar.
- A última a chegar tem cara de tatu. – Ariel saiu correndo e se atropelando com os cachorros, que saíram correndo junto com ela.
- Cara de tatu?
Nós rimos.
Amanda beijou meus lábios, me segurou pela cintura.
- Dormiu um pouquinho, meu bem?
- Sim, mas queria dormir mais… Queria que hoje fosse sábado.
Ela cheirou meu pescoço, daquele jeito que me arrepiava inteira. Disse bem baixinho no pé do ouvido:
- Tô morrendo de vontade de fazer amor com você...
Controlei um gemido que quase escapou sem querer.
- Vocês vão tomar café ou não? – Ariel voltou para o quarto, impaciente, com as mãozinhas na cintura.
Amanda levantou em um pulo da cama e saiu correndo apostando corrida com nossa pequena, dizendo:
- Quem chegar por último tem cara de tatu!
Essas duas.
***
- Mamãe, eu posso levar o Blanqui comigo?
- Hoje não é dia de levar brinquedo, meu amor. – Amanda arrumava o cabelo da pequena, prendendo-o em um rabo de cavalo enquanto ela brincava com uma miniatura de dinossauro que Tutu tinha dado de presente pra ela. Um dos vários que ela já tinha ganhado, mas aquele Branquiossauro era seu favorito. O Blanqui. Ela agora usava o uniforme da escolinha, nas cores azul e branco. – Pronto, meu bebê. Tá cada dia mais linda. – Amanda a abraçou e a encheu de beijos.
- Eu não sou mais bebê, eu já tenho 6 anos!
- Vai ser sempre nossa bebezinha, meu amor. – Respondi.
Entreguei a lancheira para Amanda que a colocou dentro da mochila de rodinha (também de dinossauro).
- Boa aula. Amo você. – Beijei sua testa. Ela deu a mão para Amanda que a levaria na escola que ficava pertinho de casa.
Amanda beijou meus lábios, fazendo um carinho suave em meu rosto. Seu olhar cheio de promessas. Caminhei com elas até a porta e os cachorros começaram a latir, já sabendo que iam passear de carro. Essa era a nova rotina deles: levar Ariel pra escola. Tudo era motivo de festa. A pequena abriu a porta traseira da SUV, os dois entraram ordenadamente. Amanda a ajeitou em sua cadeirinha. As duas me jogaram beijos de longe e eu acompanhei com o olhar o carro saindo pelo portão da garagem.
Entrei, agora começando a recolher os brinquedos espalhados pela sala, em sua grande maioria os de Ariel, mas os dos dogs não ficavam para trás. Depois voltei para a cozinha, guardando as coisas do café da manhã, comecei a lavar a louça. Quando já estava terminando ouvi Amanda abrindo o portão da garagem. Dentro de pouco ela entrou pela sala e veio ao meu encontro na cozinha.
Ter um filho tinha mudado completamente nossas vidas e nossas rotinas. Preciso confessar que diminuiu consideravelmente o tempo que tínhamos como casal. Eu estava trabalhando agora na parte financeira de uma empresa de materiais de construção, estava muito feliz por ter voltado pro mercado de trabalho. Também estava radiante porque tinha ganhado o processo contra meu antigo patrão e no meio de tudo apareceram outros antigos funcionários com reclamações trabalhistas. Ch*pa, otário.
Grande parte do tempo nós duas estávamos exaustas, mas eu não me arrependia de absolutamente nada. Se pudesse faria tudo exatamente igual. Quando segurei Ariel nos braços pela primeira vez entendi perfeitamente o que sempre ouvi dizer sobre a grandeza do amor de uma mãe. Tentávamos aumentar nossa família há alguns anos, até tínhamos feito inseminação artificial com o material genético de Amanda, mas parecia que Ariel tinha sido realmente um milagre. Agora namorávamos com a ideia de adoção.
- Oi, meu amor. – Amanda me abraçou pelas costas, eu enxugava minhas mãos no pano de prato. – Podia ter deixado a louça pra mim. Eu lavava mais tarde.
- Era pouquinha coisa, amor.
Virei em sua direção, ela me envolveu a cintura, beijou meu pescoço.
- Quanto tempo temos? – Perguntou.
- O suficiente. – Respondi e a puxei pela mão para o quarto.
Nos jogamos na cama e eu me deitei por cima, dominando a situação. Nosso beijo era urgente, necessitado. Entrelacei minhas pernas com as dela, me ajeitando, mas ela rolou por cima de mim, assumindo o controle. Eu tentei inverter novamente, mas ela com um sorriso safado segurou meus braços acima de minha cabeça. Senti sua língua percorrendo meu pescoço, subindo até meu ouvido. Mordiscou o lóbulo da minha orelha.
- To morrendo de vontade de te comer... – Sua voz rouca. – Bem forte... bem fundo...
Perdi as forças no mesmo momento, meu corpo todo mole de tesão, todo entregue com apenas poucas palavras. Virava uma presa fácil. Todas as células de meu corpo começaram a implorar por seu toque, por seu beijo, seu cheiro, sua voz. Ela levantou minha camiseta, beijando minha pele, subindo até meus seios. Colocou um mamilo em sua boca, depois o outro, ch*pando, lambendo, mordiscando com os dentes. Quando menos percebi minhas roupas estavam todas no chão do quarto e eu estava doida querendo sentir seu corpo todo grudado ao meu.
- Tira logo... – Implorei, puxando sua camiseta para cima com urgência. Ela se ajeitou para se livrar de sua calça. Nisso, consegui sair debaixo dela, ajudando-a a se livrar da última peça de roupa.
- Aonde pensa que vai, gostosa?
Sem responder nada sentei-me em seu quadril, segurando seus seios maravilhosos em minhas mãos. Me encaixei roçando em sua extensão, de leve, molhando ela com minha excitação, sentindo ela ganhar cada vez mais vida por baixo de mim, meus lábios a lambendo por inteira, meu clit*ris cada vez mais inchado.
- Lembra quando a gente só ficava assim se esfregando? – Perguntei com a voz baixa. Deitei então por cima dela, sem desgrudar um só centímetro, esfregando bem devagar, bem gostoso, meu corpo todo quente, pegando fogo, eu adorava ficar assim com ela, só provocando, mas sabendo que quando quisesse, era só deslizar ela pra dentro... Abocanhei um de seus seios, brincando com seu mamilo em minha boca.
- Lembro... era tão gostoso...
- Era? Não é mais, não? – Fingi estar aborrecida.
- Você tem noção que eu não podia encostar um dedo sequer em você?
- Agora que pode fazer o que quiser comigo... enjoou?
E em um movimento só, ela já estava por cima de mim, assumindo novamente as rédeas. Sem cerimônias ela deslizou para dentro, de forma precisa, fácil. Ela naquela altura já estava extremamente dura e quente. Eu gemi seu nome, minhas unhas grudaram em suas costas. Ela se ajeitou melhor por cima de mim, eu a abracei com minhas pernas por volta de sua cintura, sentindo ela se mexendo, entrando e saindo de forma terrivelmente lenta e agonizante.
- Vai, amor... – Implorei.
- O que?
Se fez de sonsa. Ela parou, beijando meus lábios. Eu a sentia inteira dentro de mim, bem no fundo, me preenchendo de uma forma deliciosa. Comecei a me mexer por baixo dela, extremamente necessitada de mais. Seus seios, seu cabelo, aquele perfume que ela tinha, que era só dela, o cheiro de sua pele extremamente macia. Mexia meu corpo em direção ao seu quadril. O tesão absurdo bombeado junto com meu sangue por meu corpo todo.
Mordiscou meu lábio. Sua respiração pesada em meu rosto. A voz rouca dizendo:
- Como enjoar de você?
Segurou meu mamilo entre seus dedos, apertando forte. Deliciosamente forte.
- Come... por favor... eu não tô aguentando...
Ela então saiu de dentro e eu fiquei extremamente frustrada. Ordenou:
- Vira...
Eu obedeci, me colocando de quatro. Ela gem*u, satisfeita. Deu um tapa em minha bunda. Aquela ardência gostosa, misturada com o desejo, me fazendo pulsar ainda mais. Aquela expressão morder o travesseiro nunca fez tanto sentido quando senti sua língua me percorrer, seu rosto inteiro enfiado em mim, me abrindo toda para ela. De baixo para cima. Na frente e atrás. Alcançou meu clit*ris com seus dedos, mexendo, ganhando ritmo até começar a me esfregar bem gostoso enquanto sua língua se concentrava apenas atrás, fazendo-me contorcer de prazer. Eu g*zei alto, sem controle, forte. Um orgasmo demorado, extremamente necessitado de dias sem fazermos amor.
Sem delongas ela se ajoelhou atrás de mim e a senti deslizar de novo para dentro, a sensação do pós orgasmo ainda me dominando, mas o tesão ainda presente. Segurou-me pelo quadril. Senti outro tapa. Suas estocadas agora fortes... bem lá no fundo, daquele jeito que me fazia urrar de prazer. O desejo crescente como uma onda. Entrando e saindo rápido. Forte. Agressivo. Também dominada pelo prazer. Segurou minhas mãos atrás, presas em minhas costas. Uma posição incômoda, mas havia algo naquele incômodo, naquela entrega, em me sentir toda a mercê dela... aquilo só aumentava ainda mais meu tesão. Era a dor na medida certa, servindo só como mais combustível.
Eu não precisei de muito. Ela sabia exatamente o que fazer, como fazer. G*zei mais uma vez pra ela. Meu desejo era todo dela. Meu corpo era todo dela. Ela gozou logo na sequência, forte, alto. Desabamos na cama, exaustas. Eu extremamente melada, escorrendo. Ela me segurou junto a ela, beijando meu rosto, minha cabeça, minha boca. Ouvi um eu te amo sussurrado. Mal consegui responder, sem forças. Me encaixei em seu abraço, em seu peito, querendo me fundir a ela. Ela era a mulher da minha vida, dessa, de outras, do passado, presente e futuro se Deus assim permitisse. Dona de meus desejos mais secretos. Dona de meu amor. Mãe de nossos filhos que ainda nem conhecíamos. Minha amada Amanda.
Fim do capítulo
Pessoas lindas que estão me lendo, é com imenso prazer que encerro essa história. Encerro, mas sentindo aquela dorzinha de "queria mais", pois criei um carinho enorme pelas minhas personagens. Agradeço a cada pessoa que gastou seu tempinho vindo aqui pra acompanhar minha escrita, agradeço todas as visualizações e todos os comentários. Foi muito divertido interagir com vocês. Essa história repercutiu de forma diferente dentro de cada um e dentro de mim, principalmente. Espero que saiam daqui hoje melhores do que entraram e que a vida de vocês seja repleta de amor. Um grande abraço!
Comentar este capítulo:
Josebel
Em: 11/03/2025
Asmeiiiiiii.
Que historia linda e viciante.
Ainda não tinha lido historia com personagens trans, sempre tive curiosidade, mas ainda não tinh achado.
confesso que amei, até porque tenho um pequeno fetiche com uma mulher bem feminina trans. "Desejos ocultos "
Prabénssssss autora.
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Josebel
Em: 11/03/2025
Asmeiiiiiii.
Que historia linda e viciante.
Ainda não tinha lido historia com personagens trans, sempre tive curiosidade, mas ainda não tinh achado.
confesso que amei, até porque tenho um pequeno fetiche com uma mulher bem feminina trans. "Desejos ocultos "
Prabénssssss autora.
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Mansur
Em: 27/01/2024
Só pra deixar registrado.
Gostei bastante do jeito como você abordou a temática. Não tenho o costume de ler histórias sobre trans, mas achei que você foi bem acertiva no enredo. Sensível, informativa e bem quente.
Obrigada por compartilhar conosco.
thays_
Em: 04/04/2024
Autora da história
Muito obrigada por ter acompanhado essa história, Mansur!! :DDD
Fico feliz que tenha gostado!
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Marta Andrade dos Santos
Em: 18/08/2023
Já estou com saudades delas casal lindo maravilhoso, o importante é o amor o respeito, despi se do politicamente normal correto,renovar velhos conceitos e talvez dependendo de cada um a vida possa fica leve.
Parabéns!
thays_
Em: 04/04/2024
Autora da história
Exatamente, Marta! Muito obrigada por ter acompanhado essa história! :DDD
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alexvause
Em: 18/08/2023
Caiu uma lágrima aqui com esse capítulo. Moça, você escreve muito bem, essa foi uma das melhores histórias que já li por aqui no lettera, me apaixonei pela Amanda desde o comecinho, gratidão por nos presentear com essa maravilha, espero ler algo seu por aqui em breve... bjuss
thays_
Em: 04/04/2024
Autora da história
alexxx vc sumiu, menina!! Obrigada pelos elogios e pelo incentivo :DDD
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Lea
Em: 17/08/2023
QUE LINDA ESSA FAMÍLIA!! VIDA DE MAMÃES NÃO É FACIL, ATÉ PARA DÁ UMA NAMORADINHA TEM QUE ESPERAR.
PRIORIDADES!
AMEI VER AS CONQUISTAS DELAS!
Realmente,aquele gostinho de quero mais está presente aqui.
Me apaixonei por essa estória desde,o primeiro momento que tive contato com ela.
Foi fácil aprender a amar a Amanda,todo esse carisma dela. E apesar do mundo tentar invalidar a existência dela,ela mostrou e continuará mostrando que,sim, MULHERES TRNAS EXISTEM,E MERECEM RESPEITO COMO QUAISQUER SER HUMANO.
PARABÉNS THAYS,CADA ESTÓRIA MELHOR QUE A OUTRA!
thays_
Em: 04/04/2024
Autora da história
Leeeaaa, quase um ano depois vim aqui responder seu comentário, kkk Quando terminei de escrever ela fiquei sem cabeça pra entrar aqui, mas agora estou de volta. Gostaria de agradecer muito por sempre apoiar meus escritos e pelos seus comentários maravilhosos! Obrigada :DDDD
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thays_ Em: 12/03/2025 Autora da história
Oi Josebel! Fico imensamente feliz que tenha chegado até aqui e que principalmente tenha gostado! Criei um carinho muito grande por essas duas personagens e gosto muito de saber que consegui tocar as pessoas com minha escrita. Confesso que quando a escrevi tive um pouco de receio de reações negativas das meninas daqui do Lettera, mas acabei me surpreendendo positivamente. Quem sabe no futuro eu não escreva outra parecida com essa! Obrigada pelo carinho!