Capitulo 32
Capítulo XXXII
— Você gostaria de ter ido passar a noite no alojamento com seus amigos? Não quero atrapalhar seus planos. — Clarisse perguntou após largar uma pequena bolsa de viagem numa mesa do quarto de hotel.
— E dormir no chão num colchão fino com a temperatura beirando zero graus? Adoraria. — Riu.
— Não quero privar você das experiências da adolescência.
— Eu gosto muito das experiências da adolescência que tenho com você.
— Você não me leva a sério. — Clarisse disse em tom de brincadeira. — Vou lá ajeitar os meninos e daqui a pouco a gente pede algo para comer.
Quando Clarisse retornou do quarto ao lado, encontrou Francine deitada na cama mexendo no celular.
— Você deitou na cama assim suja? — Repreendeu.
— Nem me sujei muito hoje. — Respondeu saindo da cama.
— Não se deita na cama com as roupas que você passou o dia na rua.
— Tá bom, tá bom, vou tomar banho. — Resmungou em direção ao banheiro.
Após limpar as superfícies do quarto com papel toalha e lenços umedecidos, Clarisse organizou suas coisas e foi para o banheiro também.
— Posso entrar?
— Já tô terminando.
— A ideia era entrar com você aí dentro ainda.
Francine prontamente abriu a porta do box.
— Seja bem-vinda ao meu banho.
— Agora é nosso banho.
— Posso te ensaboar?
— Depois. — Clarisse respondeu já escorregando as mãos pela cintura de Francine. — Deixa eu matar a saudade um pouquinho.
Após um longo beijo debaixo do chuveiro, Clarisse se animou.
— Vire-se.
Francine obedeceu, apoiando os braços no vidro do box, de costas para Clarisse, que beijava seu pescoço enquanto suas mãos percorriam seios e abdome.
— Quer?
— Uhum.
Logo a mão direita de Clarisse escorregava novamente, dessa vez para o meio das pernas da namorada.
— Eu também tava com uma saudade danada... — Francine disse após um gemido.
A jovem estava quase lá, quando Clarisse disse em seu ouvido.
— Eu adoro comer você...
Mais incendiada, o gozo veio ainda mais rápido.
Para infelicidade de Francine, a médica não deu continuidade aos atos libidinosos após o banho, o telefone tocou e a pizza havia chegado. Era momento de curtir a companhia dos filhos enquanto jantavam uma pizza, todos os quatro estavam na cama delas, jantando e conversando sobre o dia.
Clarisse levantou para ir ao banheiro, Francine foi em seguida, a abordou falando baixinho.
— Os meninos vão dormir aqui no quarto?
— Claro, todos nós nessa cama, a cama é grande, acho que cabe.
— Ah...
— Claro que não, Fran, eles têm um quarto inteirinho para eles aqui ao lado. — Clarisse riu.
— Então... só nós?
— Uhum. — Respondeu lavando as mãos.
— É que foi muito foda o que rolou no banho, queria continuar, tá ligada?
— Você tem que acordar cedo amanhã, tem que ter um boa noite de sono para render na pista, nas voltas restantes.
Francine cruzou os braços e se recostou na parede.
— Cisse, acho você inteligente pra caramba, mas às vezes você pensa em mim como se eu fosse você, nunca percebeu?
— Como assim?
— Eu posso passar essa noite em claro fazendo sex* que amanhã estarei inteira para competir, já competi virada, é de boas, mas sei que tua energia é outra, eu entendo que somos diferentes, ou melhor, que estamos em momentos diferentes por conta da diferença de idade.
— Eu costumo te tratar assim? Como se você fosse eu?
— Raramente, mas sim.
— Você tem um bom ponto, acho que às vezes esqueço que você tem 22 anos a menos.
— Basta você se recordar de como era quando tinha a minha idade, tenho certeza que aguentava muito mais esbórnia do que hoje em dia.
— Sem dúvida, meu fígado aguentava um engradado de cerveja.
— O que é um engradado?
Clarisse riu, a conduziu pela mão de volta ao quarto.
Na manhã seguinte, Clarisse bocejava de tempos em tempos sentada na arquibancada, enquanto Francine se aquecia para dar sua volta.
— Foi mal, não te deixei dormir. — Francine se aproximou e fez um carinho no rosto de Clarisse.
— Quem precisa estar inteira hoje é você.
— Tô ótima! Me sentindo renovada. — Disse com um sorrisinho safado. — Mas, se eu vacilar nessa volta, fim de jogo pra mim.
— O que vale é competir, não se cobre tanto.
— Queria a grana da premiação.
— Se não for dessa vez, será no próximo, fique tranquila.
Minutos se passaram, Matheus veio buscá-la para sua bateria que logo iniciaria.
— Tome o capacete, já aqueceu?
— Um pouco, faço mais uns alongamentos lá na concentração.
— Se tivesse ido para o alojamento essa noite a gente teria combinado sua volta, passo a passo, teria treinado um pouco, agora você vai entrar lá toda perdida, só espero que não faça merd*.
— Mano, a gente treinou pra caralh* nas últimas semanas, fica sussa, vou dar meu melhor.
— Ainda não vi esse seu melhor, tá devendo, tá ligada? E agora com essa aí te assistindo, daí que a merd* tá completa.
— Eu tenho nome, Matheus. — Trovejou Clarisse.
— Relaxa, cara, eu vou fazer aquela sequência que a gente combinou de fazer na última volta.
— Aquela sequência é embaçada, Fran, você não conseguiu finalizar nenhuma vez.
— Vou me concentrar, vou dar um jeito.
— É bom mesmo, mó decepção você nessa fita, não quero treinar malandra não, espero que faça todas as manobras na perfeição, senão já era.
Clarisse se segurou muito para não comentar nada, estava indignada com a pressão de Matheus, mas achou melhor não se intrometer.
— Bora lá. — Deu um beijo rápido em Clarisse. — Me deseje sorte, vou precisar.
— Toda sorte do mundo e tome cuidado, por favor.
— Sussa, vou meter bronca, você vai ver.
Francine e Matheus se encaminharam ao campo de provas, o dia estava nublado, porém nada de chuva para atrapalhar a competição. A jovem entrou confiante na pista, fez seus movimentos conforme foi treinado, partiu para a última manobra e caiu um tombo num obstáculo com barra de ferro e escadas. Clarisse, ao ver a queda, correu para a grade apreensiva.
— Acho que ela se machucou. — Amanda disse, Francine estava sentada no chão segurando o punho.
— Ela machucou o braço. — Clarisse disse. — Ninguém vai socorrer??
A psiquiatra tomou os dois filhos pelas mãos e seguiu na direção da entrada da área de competição, ao chegar lá, se desvencilhou das pessoas e chegou até Francine, que estava de pé sendo atendida por uma funcionária do torneio, e com Matheus ao lado.
— Foi o pulso? Como você está?
— Tô de boas, acho que torci. — Disse com uma expressão dolorosa.
— Moça, me acompanhe ao ambulatório. — Disse a funcionária.
No local, Francine tinha seu braço enfaixado, enquanto Clarisse e Matheus começavam a discutir.
— Culpa minha? É claro que não, você que a pressionou até não poder mais, exigiu que ela fizesse uma volta perfeita, não é assim que se treina alguém. — Disse Clarisse.
— Falou a doutora que manja tudo de skate, né? Eu me importo com ela, eu sei o quanto ela queria ganhar o prêmio, eu estava incentivando, mandando um papo reto.
— Porr*, parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui! — Interferiu Francine.
— Fran, você mesma me disse que estava nervosa com a doutora te assistindo, eu tentei como pude trazer tua mente pra pista, se concentrar nas manobras, mas essa aí fodeu tudo.
— Se continuar com esse linguajar eu vou pedir que você se retire daqui. — Clarisse reprovou.
— Saia a senhora então, eu estou cuidando dela, vá cuidar de seus filhos!
— Matheus, parou aí. — Fran disse. — Você tá desrespeitando Clarisse.
— Tá defendendo ela? Quem que sempre cuida de você nas competições? Essa coroa chegou agora, porr*!
— Enfermeira, já terminou? — Clarisse perguntou.
— Já sim, recomendo que ela vá à algum posto de atendimento para tirar um raio-x, pode ter quebrado.
— Quebrou nada. — Interrompeu Matheus. — Francine já caiu várias vezes, nunca se quebrou, bora pro alojamento com a gente, a galera que não se classificou tá lá, vão fazer um churras.
— Eu tenho que ver se não quebrou nada. — Francine disse timidamente, segurando o braço.
— Eu vou levá-la à uma clínica de ortopedia em São Paulo, é de um amigo meu.
— Fran, você vai deixar essa velha mandar na sua vida? Que porr* tá acontecendo com você? Ela tá te manipulando! E você tá igual uma cachorrinha seguindo ela, acorda!
A jovem saiu da maca onde estava sentada e se aproximou de Matheus.
— Cabou, você não fala mais nenhuma merd* sobre Clarisse na minha frente, entendeu? Cabou, mano!
— Tá me descartando? Não sou mais útil, né? Agora você tá agarrada nas bolas dessa velha por causa da grana, mas um dia ela vai te chutar e você vai querer seus amigos de volta, pensa bem no que você tá fazendo, não sou otário pra ouvir desaforo de ninguém.
— Cara, vai embora, sério, já deu.
— Tem certeza que prefere ir embora com ela do que comigo? Você veio comigo, lembra? Paguei tua passagem e tudo.
— Ela vai me levar pra ver meu braço.
— Eu te levo no posto de saúde aqui perto.
— Não, eu vou com Clarisse.
— Você que sabe, mas isso não vai ficar assim, não sou moleque pra você me mandar embora desse jeito, você vai se arrepender mais cedo ou mais tarde, fica ligada.
— Mano, só vai.
Matheus deu uma última olhada enfurecida em Clarisse e saiu do ambulatório improvisado da competição. O suspiro de alívio de Clarisse foi audível.
— Mil desculpas por isso, ele estava com os ânimos agitados. — Clarisse se desculpou com a enfermeira. — Muito obrigada pelos primeiros socorros prestados.
— Obrigada, moça. — Disse também Francine.
— De nada, mas vá fazer um raio-x ainda hoje, ok?
— Vamos sim. — Clarisse respondeu por ela.
Já no carro, os meninos seguiam atrás sem falar nada, eles não presenciaram o bate-boca, mas perceberam que algo havia acontecido.
— Ce tá me levando no seu amigo? — Francine irrompeu o silêncio.
— Sim, na verdade é a clínica dele, mas acho que ele não está trabalhando hoje.
— Então vai estar fechada?
— Não, tem emergência 24 horas na clínica, tem outros bons profissionais lá, fique tranquila, não vamos demorar muito.
— Tranquilo.
— Tá doendo?
— Tá, mas dá pra aguentar, tá meio que latejando, sabe?
— Vai ter que engessar? — João perguntou.
— Talvez, querido. — Clarisse respondeu.
— É uma merd*. Eu tive que engessar quando quebrei. — Jardel falou.
— Vamos evitar os palavrões, ok? — Clarisse o censurou. — São só alguns dias de gesso.
— Você acha que Matheus vai deixar de falar comigo? — Francine perguntou em voz baixa.
— Acho que não, ele estava de cabeça quente.
— Ele ficou bem chateado.
— Mas ele teve sua parcela de culpa nisso.
— Eu sei, e ele falou um monte de mer... um monte de coisas ruins para você, se ele se importasse mesmo comigo ele respeitaria você.
— Deixa isso pra lá, tá bom? Não vou guardar ressentimentos.
— Me desculpe por ele.
Clarisse afagou a perna dela.
— Você não fez nada de errado, vamos cuidar desse braço e depois vamos pra casa, vai ficar tudo bem.
— Vou pra sua casa?
— A não ser que você prefira ficar na pensão.
— Lógico que não. — Abriu um sorriso. — Vou com você.
— Ótimo. — Retribuiu o sorriso.
— Eu adorei que você foi lá me assistir, você e os meninos, sinto muito por ter caído aquele tombão.
— Eu já assisti competições de skate na TV, acho que os tombos são comuns, não é?
— Eu caí errado, vacilei.
— Isso acontece, fique tranquila. E eu gostei de ter assistido você competindo, foi divertido.
Francine se aproximou do ouvido de Clarisse e sussurrou.
— Eu amei nossa noite no hotel, foi muito foda.
Clarisse apenas riu.
Já em casa, Francine ainda reclamava pelo gesso no braço, Clarisse foi até a cozinha com os potes de isopor com comida que havia comprado no caminho.
— Vem, pessoal, vamos almoçar. Fran, não puxe o gesso assim, pode quebrar.
— Tá coçando.
— Pior que coça mesmo, Fran. — Jardel disse.
Depois de servidos, Francine continuava mexendo no gesso, entre uma garfada e outra.
— Quer um garfo pra coçar? — João ofereceu o talher dele.
— Precisa não, tô fazendo ventilar um pouco pra dentro do gesso, tá quente.
— É seu primeiro gesso, amor? — Clarisse perguntou.
— É.
— Você teve sorte, foi uma fissura, mas não significa que não precise de cuidados e imobilização total.
— Logo o braço direito... — Francine disse e deu uma risadinha discreta para a médica, que retribuiu.
— Você ainda tem o esquerdo.
Fim do capítulo
Olá, pessoas!
Desculpe o sumiço, precisei dar uma parada na escrita, mas estou retornando agora.
Porém só voltarei a postar novos capítulos quando já tiver com alguns já escritos, para evitar esses hiatos.
Acredito então que devo postar o próximo somente em junho.
Agradeço muito pelas leituras e comentários, e por estarem ainda aqui comigo.
Grande abraço!
Comentar este capítulo:

Sem cadastro
Em: 02/04/2025
Oi Autora! Tudo bem?
Eu li esses 32 capítulos em dois dias, mas estava tão empolgada com a leitura, mas tão empolgada, que acabei não comentando os capítulos anteriores, deixei para comentar nesse último publicado.
Eu estou gostando muito da história, em especial pelo fato da diferença de idade entre as duas protagonistas. Clarice precisará ter muita paciência com a Francine, ainda bem que ela já tem. E Francine tem muito que aprender...
Que elas consigam superar todas as adversidades e sigam juntas e felizes.
Embora faça um bom tempo que não tem atualização, desde já ansiosa pela continuação...
Parabéns pela escrita!

shaymeyer
Em: 16/02/2025
Creio que agora entrarei em abstinência, li as outras histórias e estava me enrolando nessa, pois sabia que ainda não tinha sido finalizada...
pelo visto o Matheus vai trazer muita confusão ainda para o relacionamento das meninas.
Eu adoro os filhos da Cisse, são tão queridos
A Fran já foi tão machucada na vida, espero que ela consiga superar tudo isso, que o relacionamento delas seja positivo e que ela não pare com a terapia rs
Ansiosa para os próximos!!!!
[Faça o login para poder comentar]

S2 jack S2
Em: 16/11/2024
Oi Autora! Tudo bem?
Eu li esses 32 capítulos em dois dias, mas estava tão empolgada com a leitura, mas tão empolgada, que acabei não comentando os capítulos anteriores, deixei para comentar nesse último publicado.
Eu estou gostando muito da história, em especial pelo fato da diferença de idade entre as duas protagonistas. Clarice precisará ter muita paciência com a Francine, ainda bem que ela já tem. E Francine tem muito que aprender...
Que elas consigam superar todas as adversidades e sigam juntas e felizes.
Embora faça um bom tempo que não tem atualização, desde já ansiosa pela continuação...
Parabéns pela escrita!
[Faça o login para poder comentar]

Zaha
Em: 25/05/2023
Oie, querida, Schwinden!!!!
Que lindo ter você de volta! Estava com SAUDADES das meninas!!
Primeiro comentar que adorei o capítulo!!! Acho que a relação delas está fluindo melhor. Fran tem estado mais relaxada já relação. As diferenças não estão implicando em confrontos. Clarisse tem feito muito bem a Fran e ajudado no seu amadurecimento. A mudança de ambiente TB tem ajudado
Matheus, já é uma pessoa difícil, com muitas dores TB, acostumado a estar com Fran e ela fazer o que ele aconselhava, não é a melhor forma a que ele tem para lidar com sua frustração e dor, mas, aí vemos!!! Ele tbm sempre foi não não exemplo, mas que fazer com a vida que eles tinham, ele não conhece outra vida e pra eles a família era eles, se consolavam com a presença um dos outros e claro, as drogas. Mas ,tudo muda e ele agora tem que entender que as coisas mudaram e Fran tá tendo novas oportunidades!!! Mas é complicado..ainda mais quando se estar "apaixonado" ou imagina sentir algo...talvez sinta mesmo, mas expresse de forma controladora como se pertencesse a ela...
Bem, vemos que Fran tá mais solta com o tema das relações sexuais e Clarisse TB.
Não achei certo o que Fran falou sobre Clarisse tratá-la como de sua idade, acho que era mais cuidado mesmo! A idade não implica sempre em ter mais ou menos energia, apesar que é natural que nosso ânimo para certas atitudes mudem ou estejamos mais tranquilos e não tão acelerados, pois não há necessidade. Porém, pode ser TB. Existem outras variáveis, mas é um bom ponto o que Fran falou para futuros comportamentos de Clarisse....
Volte ao seu tempo, afinal, você tem assumido alguns compromissos e aproveitado momentos. Temos que equilibrar e descansar para poder voltar mais relaxada!
Bem, vi que agora os asteriscos aparecem em algumas palavras que se consideram palavrão, mas outras não. Fiquei sem entender essa codificação ou n sei como se chama..desculpe!
Exemplo: Merd, mas foda não. Algumas palavras tomam como xingamentos ou de baixo calão e outras, que também são tb as considero, não identifica como tal. Tem alguma razão?
Quando você atualizou o site, mudou automaticamente? Pois antes não estavam...
Eu não gosto muito de xingar, então, não vejo problema, só queria entender mesmo de onde vem e por que agora e não antes.
Bem, o resto, ao menos para mim, tá bem. Aqui também na sua estória tudo parece tranquilo,meu nome aparece bem, mas vejo que tem gente que não aparece o nome como antes em outras estórias. Aparece 0 assinado...algo assim...e não sei se é a mesma pessoa ou tem aparecido assim em geral...enfim!!
Ótimo capítulo, ainda bem que logo chegará junho!!! Terão novos capítulos!!!
Fique bem,
beijão!!!!
[Faça o login para poder comentar]

thays_
Em: 19/05/2023
Ahhh estava com saudade dessas duas! Que bom que retornou!!
O Matheus é mto irritante, parece que ele faz tudo ao contrário do que o que deveria. Não sei como a Fran ainda tem amizade com ele... ele é mto chato, puta merda.
Quebrar justo o braço direito é cruel kkk
[Faça o login para poder comentar]

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]