Oi suas lindas! Advinha quem voltou? Então, dia 24/02/18 foi o primeiro dia que escrevi. Nunca antes havia escrito um romance. E comemorando os 5 anos vou começar a postar um conto novo!!!
Espero que vocês se apaixonem por Penélope e Pérola.
E já sabem né? Deem o like e comentem o que vocês acharam!
Amo vcs!!!
Liz
Fechei os olhos devido à claridade que teimava em entrar pela janela que fora aberta abruptamente no meu quarto.
— Sério, Lizandra? Estou há horas te ligando. Levanta dá um jeito nessa tua cara, porque você vai ter que aparecer agora pela manhã com o Cauê, dando uma de namorada fiel para gente tentar diminuir a cagada que você fez ontem. Já combinei com a assessoria dele.
— Bom dia pra você também, dona Marta. – Deitei-me novamente querendo voltar para o sonho que eu estava tendo. Subitamente o travesseiro foi retirado e jogado longe.
— Lizandra, me respeita e se levanta logo! Eu devia te deixar perder a carreira que tanto lutamos para você. – E me mostrou o tablet com vários sites de fofoca mostrando uma imagem minha e de uma loira agarradas atrás de uma pilastra em uma boate.
Merda! Sentei na cama e só pensei naquele meme com a voz do dublador Guilherme Briggs "Esse aí sou eu, dá pra notar que eu tenho que dar um jeito na minha vida".
— Mãe, eu posso explicar...
— Não quero um pio novamente sobre isso. Vamos fingir que nunca aconteceu. Falei com Cauê e com o pessoal da gestão de crise e você vai fazer um vídeo falando que estava fazendo laboratório para a nova minissérie. Faz o vídeo de cara limpa mesmo pra passar verdade. O roteiro tá no "grupo de crise". – Claro que teria um grupo de "crise" para isso. Não esperaria nada diferente da dona Marta. – Agora se arruma que você vai à praia romanticamente com seu noivo. A assessoria já mandou o roteiro das postagens de hoje e não esquece de usar o filtro solar da marca do patrocinador. – E saiu sem nem ao menos deixar eu falar qualquer outra coisa...
Segurei o celular e notei estar aberto no app de música e coincidentemente tocava Anti-Hero da Taylor Swift que falava tudo o que eu sentia. "Sou eu, o problema sou eu... todo mundo concorda..."
Olhei para o nada me sentindo culpada por achar a minha vida uma bosta. Afinal tinha tudo o que mais queria e a carreira dos meus sonhos. Desde criança fui atriz e cantora mirim. A minha vida toda fora sempre na frente dos holofotes. E de menina prodígio virei a nova namoradinha do Brasil, principalmente nas redes sociais com milhões de seguidores ávidos para saberem o que eu comia, o que eu vestia, qual era o meu novo affair, o que fazia para me divertir... tudo ilusão. Mas agora a minha mãe tinha um novo objetivo: Penélope Zimbro ser conhecida e amada pelo pessoal do sofá, as tias do zap...
Só que tinha um grande problema. A filhinha perfeita gostava de meninas. Então, surgiu Cauê, modelo que queria ascender na carreira de ator, meu "noivo". Tudo arranjado pela minha mãe e a agente dele, já que ele ganharia projeção por estar comigo e eu precisava estancar os falatórios desde que perceberam que nunca havia tido um namorado e sim várias "amigas". Se soubessem que, na verdade, tinha tido vários relacionamentos, mas todos com meninas, a minha carreira iria para o ralo.
Ano passado uma atriz amiga minha se assumiu lésbica e perdeu inúmeros trabalhos e patrocínios. "Se isso acontecesse comigo a Dona Marta iria surtar!". Entrei no banheiro e vi enormes bolsas pretas abaixo dos meus olhos e um ch*pão gigante no meu pescoço. Sorri sacana lembrando da loira deliciosa. Bruna? Sofia? Não conseguia lembrar o nome.
Após o banho, fiz uma make básica de "cara limpa", entrei numa live contando da novidade da minissérie e do "laboratório". Vários comentários e curtidas em poucos segundos. Terminei e devidamente maquiada entrei na sala para enfrentar a fera. Dona Marta, minha mãe e agente, estava agora na fase do choro. Era sempre assim ela brigava, esperneava e logo depois chorava.
— Tudo o que eu fiz para você, Lizandra... Quando você era pequena e tinha que ir aos testes eu largava tudo... Saía de Niterói e te levava aonde quer que fosse. Perdi meu emprego por causa disso, e nunca, nunca te deixei faltar nada... – "Claro né, eu que trabalhava." – Aula de canto, de atuação, de dança... e lá ia a estúpida aqui te levar em tudo. Você acha que era por mim? Não, era por você, pela sua carreira, seu sonho... – Sempre as mesmas coisas. Sempre o mesmo roteiro. Sendo que agora eu via que em grande parte o sonho era dela. Não que não fosse o que eu queria. Mas quando eu era criança ficava com a cabeça nas nuvens e não sabia a grande responsabilidade que tinha. Na verdade, com 10 anos de idade eu já sustentava a casa. Lógico que não era ingrata e sabia que muito do que tinha hoje fora pelas escolhas bem feitas da minha mãe, mas estava tão cansada em não poder ser eu mesma em público... estava, na realidade, exausta.
— Desculpa, mãe... eu vou ter mais cuidado. – Sentei-me ao seu lado e ela me agarrou chorando. Fase dois concluída. Agora vai falar que está tudo bem, que quer só o meu bem...
— Liz, eu só quero o seu bem. Olha, não pode ficar com essas vagabundas na rua. Usa o apartamento de Niterói, como combinamos. – "Você combinou, né, mãe?" E eu sou assim, sempre tive várias conversas com ela na minha mente, mas não conseguia emitir uma palavra.
— Ok, mãe. Vou pedir pra faxineira ir até lá e deixar tudo limpo. Prometo que não vai acontecer de novo.
— Filha, é para o seu bem! Pode ter suas namoradas... claro que se me perguntassem se eu queria ter uma filha sapatão diria que não. Quem quer ter uma aberração dessa na família? Mas isso é culpa do seu pai, se ele fosse presente... – Fase três concluída "Culpa do meu pai".
— Dona Penélope, sua vitamina... a senhora vai comer aqui? – Shirley, minha funcionária mais antiga, que trabalhava comigo desde que eu era pequena, entrou e perguntou.
— Pode deixar na cozinha, Shirley, já tô indo.
— Liz, você sabe que você precisa se comportar. O contrato com a novela bíblica depende disso...
— Mas, mãe, eu vou ser uma prostituta na minissérie do streaming, acho que esse contrato com a novela já azedou. – Falei me dirigindo para a porta.
— Que nada! Essa gente vive traindo a mulher, não vai ser problema. O pastor tá até alvoroçado com isso. – "Nojo." – O que não pode é essas coisas de gay e sapatão, que aí as portas se fecham...
Ouvi ela falando pela porta aberta. Abracei a Shirley suspirando fundo.
— Fica assim não, menina... dá tempo ao tempo. Daqui a pouco você vai poder ter a sua vida como quiser.
— Quando, Shirley? Até quando eu vou suportar? Primeiro era quando eu fizesse 18 anos, depois 21... tô com 23 e ainda vivo desse jeito.
— Tenho certeza de que quando você encontrar uma moça que faça teu coração bater diferente vai ter essa sua resposta...
— Será? – pensei nas conversas que havia no meu computador. Será?
No Recreio, já estava derretendo como manteiga em chapa quente, com um biquíni minúsculo enfiado no cu, em pé na frente do mar, com o Cauê abraçado nas minhas costas e sua ereç*o me cutucando a bunda. "Nojo! Nojo!"
Era para ser uma cena romântica de dois namorados aproveitando a praia. Mas eu só conseguia pensar no asco que estava sentindo. Contei até dez e sem tirar o sorriso dos lábios, pois sabia que inúmeras lentes e olhares estavam sobre nós, sussurrei: "Se você não desencostar essa piroquinha de mim eu arranco fora."
— Ô, princesa, você não sabe brincar? – Falou, mas se afastou um pouco. – Você precisa me dar uma chance, sabe como sou conhecido por aí? Cauê cura gay – e me abraçou de novo mais forte. "Nojo!". Deixei todo o peso do meu corpo para trás nos desequilibrando e caímos no chão. Ao me levantar apoiei meu joelho nos seus genitais fazendo-o urrar de dor.
— Ai, desculpa, amor! – Disse bem alto para todos ouvirem. Um ambulante veio ao nosso encontro e ajudou o ator que me olhava com raiva. Sentei-me na espreguiçadeira como se não tivesse ocorrido nada e comecei a repassar o filtro solar sorrindo internamente. Percebi um paparazzi tirando algumas fotos.
— Caralh*, Penélope, esmagou minhas bolas! – disse furioso sentado ao meu lado.
— Te avisei.
— Tá! Até que horas a gente tem que ficar aqui? – Perguntou com cara de criança emburrada.
— Mais meia hora. – Conferi no celular. – Tá, tá na hora do gran finale. Vem cá e me beija.
— Não quero.
— Não fode, Cauê. Vai ficar todo mimizentinho? Se tu quer dar pra trás avisa que arrumou outro que queira ser o novo namorado da Penélope. – Sim, eu me chamo na terceira pessoa. Até porque Penélope foi o nome que adotei com oito anos de idade. Mamãe achava que Lizandra não era bom nome para uma atriz. "Isso foi coisa do seu pai, eu queria Penélope desde o início". E mesmo mudando de nome ela me chama de Lizandra sempre que está brava.
— Tá... tá... –. Já estava de saco cheio desse escroto do Cauê que se ajoelhou ao meu lado, fizemos um boomerang e ele me deu um beijo molhado. "Nojo!". Fechei os olhos e pensei na loira da noite anterior. "Calma, Liz,, falta pouco".
Cheguei em casa e minha mãe estava com um humor melhor já que saiu a nota sobre o "laboratório" e as fotos da praia de hoje. Fui para a área externa da cobertura e entrei na piscina de borda infinita. Admirei o mar e as pessoas do tamanho de formigas vivendo a sua vida como queriam. Peguei o celular de cima da espreguiçadeira e postei uma foto das minhas pernas encobertas pela água cristalina. Estava colocando as hashtags quando me assustei com a minha mãe.
— Lizandra, tá nua na piscina de novo? – Dona Marta sendo estraga prazeres, como sempre. – E se um drone passar e te fotografar?
— Tá, mãe, mas você sabe que preciso deixar o bronzeado uniforme para a minissérie. – Continuou resmungando, mas fingi que não escutei. Enchi meus pulmões de ar e tomei coragem. – Mãe, tomei uma decisão. Vou morar sozinha.
— Como assim, Lizandra? Você não consegue fritar um ovo, como vai se virar?
— Vou ficar com a Shirley... na verdade, o que eu quero é que você compre um apê.
— Não... nem pensar.
— Mas, mãe, você mesma vive dizendo que precisa de mais privacidade e como falou hoje do apê de Niterói acho melhor então eu ficar aqui que tem toda a segurança e você pode comprar qualquer imóvel que quiser... eu ajudo... onde quiser... te dou mãe. – Falava tão rápido que sabia que estava atropelando as palavras.
— Você quer me ver pelas costas? - Começou a chorar.
— Não, mãe... você além de minha mãe é minha empresária. A gente só vai ter mais privacidade.
— Não.
— Então eu vou me mudar. Simples assim. Você fica.
— Liz, por favor... pensa melhor.
— Já pensei, mãe. Se você não comprar nada, eu me mudo.
— Liz... espera. – Saí da piscina entrando em casa.
— Valha-meDEUS tá pelada de novo, menina? - Shirley disse fazendo o sinal da cruz.
— Osh, Shirley, parece que nunca viu. – Segurei o roupão que ela me entregava o colocando. – Ainda vou te levar numa praia de nudismo.
— Para de besteira, menina! - Começou a rir. – Vai tomar um banho que faço um lanche pra você.
— Quero não, comi um queijinho na praia.
No meu quarto, conferi a hora e tranquei a porta. Abri a minha gaveta da cômoda e grudado na tampa achei o meu celular secreto. Liguei o aparelho e sorri feliz em ver que estava com bastante carga. Desbloqueei e entrei nas redes sociais vendo a repercussão dos últimos acontecimentos. Abri o grupo "Todos amam Penélope", onde eu era simplesmente "Liz". Uma menina comum, que gostava de meninas. Nunca foi meu intuito ficar em grupos de fandom. Principalmente, naqueles que são direcionados a mim, mas era tão viciante. Tão gostoso estar incógnita e ser eu mesma.
Vi que a maioria dos posts eram sobre minha tarde com o Cauê. Alguns edits da nossa queda com música engraçada. Ri muito. Algumas fotos minhas com a loira e algumas meninas falando que seria um sonho se Penélope fosse do vale. Percebi novamente a hora e notei que ela estava online. Ela. A garota mais doce do mundo! Pérola.
Eu: Oi, miga. Como foi o curso? - Digitei com o coração batendo mais rápido.
Pérola: Ai, Liz, cansativo. Mas ainda bem que tá acabando. Só mais um mês. (emoji sorrindo). O bom é que não vou precisar mais fazer faxina pra pagar o curso e ajudar em casa.
A minha amiga fazia, com muitas dificuldades, um curso de técnico em enfermagem.
Eu: Vc já colocou seu currículo lá naquele lugar que eu falei?
Pérola: Ainda não. Não é melhor esperar eu terminar?
Eu: Não, Pê, o quanto antes melhor!
Precisava que ela fizesse o que eu pedi. Senão meu plano não daria certo.
Pérola: Tá, vou fazer o que você disse. – Sorri feliz.
Fim do capítulo
E ai meninas! O que acharam da Penélope?
E novamente não esqueça de favoritar aqui a tia que vossss fala (voz da velha rouca de cigarro) e comentar o que achou!!
Me sigam no insta rosesaintclairwriter que hoje 24/02/23 vai rolar sorteio dos meus livros físicos!!!
Bora?
Comentar este capítulo:
Ester francisco
Em: 09/03/2023
Oi minha linda!!! Que bom poder te acompanhar e poder comentar aqui!!! Seja bem vinda de volta!! Adoreiiiii Lizandra/ Penélope, não gostei da mãe dela e já me identifiquei com Pérola......amandooooo!!!! E bora me emocionar mais uma vez.... rsrsrsrs bjos
Resposta do autor:
Obaaa, bom te ver por aqui!! <3
[Faça o login para poder comentar]
Rosangela451
Em: 28/02/2023
Até que enfim apareceu a margarida ????
Rose que maravilha lê algo seu de novo . Estava morrendo de SAUDADES. .
E já digo que odiei a mãe manipuladora viu
Correndo para o segundo capítulo rsrsrs
Beijos
Resposta do autor:
oi sualinda! Me conta tudo o que tu achou do novo conto ta?
Tem que ter uma mãe zuada, as minhas geralmente são do bem kkkkk
Acho que é a primeira né?
[Faça o login para poder comentar]
Marta Andrade dos Santos
Em: 24/02/2023
Já chegou chegando adorando a história.
Resposta do autor:
obaa, que bom te ver aqui!
[Faça o login para poder comentar]
Lea
Em: 24/02/2023
Boa noite!
A minha falta de atenção,fez com quê eu lesse o segundo capítulo primeiro! Kkkk
Voltando aqui ao primeiro capítulo...vejo que temos uma Lucky(Britney Spears),que ao que parece,queria ter um maior controle da sua vida!
Não posso dizer que não gostei da Liz/Penélope,ela tem carismática.
Resposta do autor:
obaaa que bom te ver aqui Lea! Espero que tu goste do conto
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
Rose SaintClair Em: 24/03/2023 Autora da história
Para noooooossssa alegriaaa