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Papaver Somniferum por Erica Blandelli

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Palavras: 3037
Acessos: 208   |  Postado em: 14/10/2022

Ipomoea nil

NARRADOR

 

Haviam algumas semanas que Wheein estava postergando aquele diálogo, mesmo tendo consciência do quanto ele era necessário. A constante pressão em seu dia a dia garantia que as mensagens deixadas por sua ex não a abandonassem.

 

Para Wheein era quase inevitável não lembrar da ex nessa época de verão, que foi onde tudo começou. 

 

Wheein não era boa com datas, por isso desenvolveu o hábito de lembrar de momentos importantes - ou não tão importantes assim - através das estações do ano. De alguma forma isso facilitava em como organizar suas lembranças.

 

Tal costume fez com que Wheein se sentisse estranha em seu primeiro verão após o término. A estação que deveria ser marcada pelo aumento de temperatura, em realidade aumentava seu estresse.

 

E foi assim numa manhã de sábado que Wheein enfim aceitou conversar com sua ex.

 

"Art Club, 19:30, não se atrase"

 

Wheein nada mais disse na mensagem enviada. Se sentia estranha ao mesmo tempo que questionava-se como as relações podiam mudar em segundos.

 

Um dos fatos mais importantes pra Wheein era o tempo. Achava-o fascinante tanto quanto intrigante. Foi com ele que Wheein se viu encantada pela arte. O fato de deixar seus sentimentos registrados e os fazer transitar entre épocas a deixava extasiada. 

 

Era devido a isso que Wheein mantinha com esmero seus primeiros rabiscos nas paredes de seu studio, feitos ainda quando criança. Tal qual como as patas de ggomo marcadas no chão por uma tinta que ela havia derrubado. Pequenas memórias registradas que atravessavam o tempo.

 

Mas tanto quanto o fascínio, também havia o sentimento intrigante. Tudo podia mudar em segundos. E embora fosse uma mulher bem resolvida, as vezes sentia medo da velocidade com o qual tudo podia mudar.

 

Em meio a divagações e lembranças, Wheein se preparava para seu encontro com sua ex. As vezes parava em frente ao espelho se admirando impressionada com o quanto ela não sentia mais nada com isso.

 

Anteriormente estaria nervosa ou ansiosa, um misto de sensações sem denominação, mas agora Wheein se via completamente vazia, normal, até mesmo um pouco desinteressada. E por mais que adorasse ser uma mulher de histórias longas e intermináveis, ela precisava dar um ponto final nessa peça.

 

-

 

Wheein chegou ao clube um pouco antes do horário marcado. Tinha como objetivo encontrar com sua amiga Hyejin e a deixar informada sobre sua acompanhante da noite.

 

Hyejin era a típica amiga que gostava e se sentia na obrigação de proteger os amigos. Amava Wheein demais para deixá-la se envolver novamente com alguém que de alguma forma a causou sentimentos ruins.

 

Mas para a surpresa de Wheein, ela não pôde avisar com antecedência a sua amiga sobre sua acompanhante. 

 

Quando encontrou Hyejin no local marcado, a viu conversando nada menos que com sua ex. Wheein riu de nervoso com a cena. Sua ex estava bonita e bem arrumada, usava um vestido cetim de alças finas, realçando seu rosto. Em contrapartida Hyejin usava uma calça de cintura alta e uma blusa de mangas leves. Wheein achava incrível como sua amiga podia ficar elegante com qualquer peça que utilizasse.

 

Wheein se aproximou devagar o quanto pôde, estava tentando compreender o sentimento que a dominava. Era a primeira vez que via sua ex após o término, e ainda precisaria lidar com uma Hyejin nada simpática quanto a isso.

 

Cogitou em dar meia volta e ir pra casa como se nada tivesse acontecido, mas entendia que estaria apenas postergando aquele momento novamente. 

 

Wheein não possuía sentimentos românticos por sua ex, mas algo ainda a deixava incomodada. Sentimento este que ela justificava ser em razão do término abrupto. 

 

- Costumo sempre chegar aos lugares com antecedência, mas hoje me sinto atrasada tal qual uma noiva. 

 

Wheein disse em tom divertido quando finalmente se aproximou das duas mulheres. Pôde sentir o leve ar denso e acreditou que lidar a situação com humor poderia ajudá-la.

 

Hyejin deu um sorriso travesso e se aproximou de Wheein para um abraço, mas não sem antes deixar um comentário apenas para que sua amiga pudesse ouvir.

 

- Do jeito que você me avisa das coisas, não me surpreenderia você estar indo casar agora mesmo.

 

Wheein riu sem disfarçar, e afastou a amiga imediatamente enquanto a encarava. 

 

Foram poucos segundos em que elas trocaram olhares, mas havia sido o suficiente para Hyejin entender a mensagem ela passava. A comunicação não verbal que ambas adquiriram com o passar dos anos fazia com que elas pudessem ter diálogos de forma mais fluida.

 

Wheein agradeceu mentalmente quando Hyejin meneou a cabeça em entendimento a mensagem que ela queria passar. Então finalmente pôde olhar diretamente para a outra mulher parada em sua frente.

 

Pôde observar como suas mãos estavam apertando levemente a bolsa entre seus dedos. Seus olhos anteriormente tão cheios de alegria agora se encontravam ansiosos. Wheein queria poder ler o que se passava em sua mente naquele momento.

 

- Como você está? 

 

Foi a única pergunta que pôde fazer, e por mais que parecesse com uma pergunta comum, Wheein genuinamente queria saber.

 

- Estou bem, bom te ver novamente. 

 

A voz baixa e suave de sua ex era a mesma que Wheein conseguia se lembrar, mas isso não era o suficiente para que Wheein acreditasse naqueles palavras.

 

Wheein apenas sorriu pequeno enquanto meneava a cabeça. Se recusava a responder que também era bom vê-la novamente. Então preferiu apenas sorrir. 

 

Hyejin percebeu o clima denso e entrou no diálogo para tentar melhorar o ambiente.

 

- Dizem que esse grupo que vai se apresentar hoje é muito promissor, embora seja jovem. 

 

Wheein agradeceu mentalmente por Hyejin estar ali. Embora estivesse tranquila sentia que precisava se organizar mentalmente. Há meses preparou um script para esse dia, mas claro que nada sairia como ela imaginara.

 

- Pra ser sincera eu já conhecia o grupo. - Ailee respondeu olhando pra Hyejin. - Um amigo me mostrou algumas performances delas, e realmente são talentosas. 

 

Wheein se sentia estranha, até mesmo deslocada. Não conseguia entender como estava tendo controle emocional o suficiente pra estar ali naquele momento. Ficou observando um breve diálogo entre Ailee e sua amiga e se limitou a dar respostas curtas quando era mencionada na conversa.

 

-

 

 

Art Club era um local charmoso, sua arquitetura rústica e intimista criava um ótimo ambiente deixando as pessoas a vontade. Era um dos locais mais frequentados da cidade e reconhecido como centro principal de atividades artísticas. Haviam constantes apresentações de teatro, música e dança. Exposições de pintura, escultura e fotografias. E durante a semana havia um clube de leitura e cinema e jardinagem.

 

Wheein era apaixonada por esse clube. Durante sua infância sua mãe a levara inúmeras vezes, e aquele lugar era tido pra Wheein como seu "parque de diversões". 

 

Com o tempo foi se tornando um local ainda mais renomado a ponto de pessoas vindas de cidades e países vizinhos irem até ali para promoverem seus trabalhos. E isso não passou despercebido por Wheein. 

 

Quando criança sempre teve o desejo de expor um desenho seu naquele grande salão, mas agora isso parecia uma ideia ainda mais distante.

 

Fazia algum tempo que Wheein não visitava o clube, estava feliz por vê-lo cheio. Estava sentada em um local privilegiado, afinal, a agência em que trabalhava estava patrocinando o evento de dança principal daquela noite.

 

Wheein observava o palco escuro prestes a permitir que alguém o invadisse e a preenchesse de torpor pela apresentação. Por um momento até esqueceu que Ailee estava sentada ao seu lado, mas não deixou que isso a fizesse aproveitar menos a noite.

 

Apenas uma mulher entrou no palco, a apresentaram como integrante do grupo LYM. Wheein assistiu a apresentação totalmente encantada, ficou impressionada pela facilidade na qual a mulher conseguia executar passos tão difíceis de dança moderna.

 

Wheein queria prestar mais atenção aos detalhes, mas sentia o olhar de Ailee sobre si. Elas ainda iriam conversar, mas naquele momento Wheein só queria ter um pouco de êxtase proporcionado pela apresentação.

 

A mulher era chamada de "máquina de dança", e Wheein teve que concordar ao final da apresentação. Apenas ela sozinha conseguiu deixar inúmeras pessoas sem fôlego durante toda música. 

 

Por mais que gostasse e soubesse dançar bem, Wheein se sentiu tão motivada com a apresentação que desejava ir à uma aula de dança naquele mesmo instante.

 

Muitos aplausos foram dados e Wheein fez questão de prestar atenção ao nome dela quando anunciado. Hirai Momo.

 

Hirai Momo era japonesa e isso fez com que Wheein valorizasse ainda mais seu trabalho. Estar fora de seu país nativo em busca dos seus sonhos era algo admirável pra ela. Naquele momento decidiu que quando a visse na agência iria a cumprimentar ao menos uma vez.

 

 

-

 

 

- Estou arrepiada até agora. Amei a apresentação. 

 

Ailee comentou com Wheein assim que saíram do salão de apresentação.

 

Estavam indo para um restaurante temático dos anos 80 que havia dentro do clube. Wheein achou melhor levá-la para um lugar onde pudessem conversar mais a vontade.

 

- A forma que ela dança faz até parecer que é fácil. - Wheein respondeu ainda impressionada. 

 

- Você deveria tentar dançar daquele jeito.

 

- Você é louca? - Wheein olhava espantada pra ela. - Eu não tenho tanta coordenação motora.

 

- Não seja modesta, você dança muito bem. - Ailee falava baixo e sorria enquanto a observava.

 

- Ah, claro, olha aqui como danço bem.

 

Wheein começou a fazer passos aleatórios de dança de maneira divertida e engraçada, o que arrancou uma risada da própria e de sua acompanhante. 

 

Chegando ao local, Wheein se deu conta da razão de estarem ali. Seu sorriso diminuiu e seu semblante ficou mais sério, o que causou uma leve tensão entre elas.

 

Ailee entrou primeiro e pediu por uma mesa mais afastada dos outros para que pudessem ficar a vontade. Wheein apenas a acompanhou.

 

Sentaram de frente uma pra outra. A princípio Ailee estava mais relaxada, mas agora parecia ter noção do que veio realmente fazer ali. Wheein havia esquecido como sua companhia era divertida. Era fácil rir estando ao seu lado, e por mais que detestasse admitir elas combinavam em muitos aspectos.

 

- Então, enfim estou aqui. - Wheein disse enquanto olhava em seus olhos. - Conte-me o que você precisava falar comigo.

 

- Wheein-ah, não precisa agir dessa forma. - Ailee tentou tocar na mão de Wheein, ato que ela recusou ao retrair suas mãos para seu colo.

 

- Não me chame assim. Você sabe que perdeu esse direito.

 

- Me desculpe. - Ailee arrumou sua postura e deu um suspiro. - Eu não te pedi pra me encontrar pra te deixar desconfortável.

 

- Você poderia ter pensado nisso há alguns meses atrás, não? 

 

Wheein não era uma mulher rancorosa, por mais que a magoassesm de inúmeras formas, ela não conseguia manter um sentimento ruim dentro de si por tanto tempo.

 

Na realidade ela já nem tinha raiva de Ailee. Ela apenas não sentia mais nada, e era isso que a fazia conseguir estar ali naquele momento.

 

Mas Wheein decidiu que não poderia ser tão compassiva, Ailee havia a ferido de uma forma ruim e ela merecia um tratamento mais frio, até mais que isso.

 

- Wheein, me desculpe. Eu sei que você já está cansada de ouvir isso de mim, mas genuinamente gostaria de me retratar com você.

 

Ailee falou de uma forma tão sincera que por um instante Wheein viu honestidade em suas palavras, já tinha em mente que "aceitaria" suas desculpas, mas deixá-la em sua vida novamente era outro assunto.

 

- Ailee, eu já te desculpei há meses atrás, você não precisava vir até aqui só pra fazer isso. - Wheein deu um suspiro cansado. - Olhe, entenda de uma vez por todas, eu não guardo mágoas de você, já passou, já acabou.

 

- E por que não me quer mais na sua vida se não guarda mágoas de mim?

 

Wheein era uma mulher calma. Mal se lembrava quando havia perdido a postura num diálogo, mas aquilo estava a deixando estressada.

 

- Ailee, você por acaso tem noção da dimensão da situação? 

 

Ambas ficaram em silêncio se encarando. Olhos dizendo muito mais do que elas conseguiam expressar. Wheein quebrou o contato visual e pediu uma água ao atendente local. 

 

O silêncio perdurou até o momento em que recebeu sua água. Ailee parecia perdida em pensamentos. Havia estado numa postura tão firme e decidida quando se encontraram no início da noite, mas naquele momento parecia sentir o peso das palavras de Wheein sobre si.

 

- Eu queria ter sua amizade de volta. - Ailee quebrou o silêncio, mas falava baixo, quase pausado. - Eu sei que você não quer, mas te peço pra decidir isso em outro momento, se por ventura você se sentir confortável em me ter na sua vida novamente, eu gostaria de estar nela.

 

Wheein ouvia suas palavras com atenção e por um momento pôde sentir a intensidade do verão. Sentia-se inquieta. Observava Ailee detalhadamente. Outrora achava que ela era a mulher mais linda do mundo, com traços delicados, olhos brilhando ao falar e unificando a sua voz suave, era o conjunto que Wheein adorava, mas naquele momento ela não passava de uma mulher bonita como tantas outras.

 

Wheein conhecia Ailee há alguns anos. O primeiro contato foi durante uma aula de teatro gratuita quando o Art Club aderiu ao curso. Elas se conectaram rápido, a amizade era fluida e faziam bem uma a outra. Com o tempo e a convivência foram tornando a relação num nível mais sério mesmo sem perceber.

 

Tal relacionamento aprofundou quando começaram a perceber que queriam a presença da outra por mais tempo do que era dito como normal para amigas. Wheein não perdeu tempo e se confessou, logo então a pedindo em namoro durante uma madrugada enquanto estavam em ligação.

 

Ailee era como uma flor para Wheein. Ela só não tinha certeza de qual, mas agora ao final de tudo, ela já tinha convicção da qual a denominava.

 

- Sabe, Ailee, se você tivesse me dito há alguns meses atrás que queria fazer parte da minha vida, eu seria a pessoa mais feliz do mundo, mas agora isso não é possível, não sou tão madura a esse ponto.

 

Wheein respondeu de forma suave, porém firme. Ela precisava que Ailee compreendesse de uma vez por todas que ela não estava aberta a aceitá-la dessa forma.

 

Para Wheein tudo parecia apenas uma história inventada em um livro fantasioso. Wheein não conseguia compreender. Elas tiveram um relacionamento saudável, e uma transparência de invejar, uma cumplicidade e comunicação fluida, então por que haviam terminado dessa forma?

 

- Ailee, só me responde uma coisa. Por quê? - Wheein perguntou olhando em seus olhos. Precisava de uma resposta clara pra conseguir compreender.

 

- Eu não sei, me desculpe. - Ailee abaixou sua cabeça ao responder.

 

- Como você não sabe o por quê de ter terminado comigo e me largado sozinha no hotel? - Wheein havia perdido a paciência, ela precisava de respostas objetivas e retirar aquele sentimento angustiante. - O que eu fiz de errado?

 

- Nada! Você não fez nada! - Ailee respondeu de imediato. - Eu fiquei nervosa com nossa discussão e não conseguia te encarar, então fugi.

 

- Ailee, até o momento de viajar pra te ver, eu achei que nosso relacionamento estava bem. Você nunca me disse nada, muito menos que queria terminar. Você me deixou viajar horas a fio pra te encontrar pra me largar sozinha numa cidade que eu não conhecia nada.

 

- Eu não me orgulho disso.

 

Wheein riu com um leve deboche. Aquela conversa não estava ajudando em nada. Ailee não sabia se explicar, e isso só deixava Wheein ainda mais angustiada. Ela precisava entender a razão.

 

- Wheein, você sempre foi perfeita, você não errou em nada, pelo contrário, sempre te achei demais pra mim, muito mais do que eu merecia. 

 

- Se eu era isso pra você, então me explique porque me machucou gratuitamente. Sempre tivemos uma comunicação aberta, você poderia conversar comigo sobre tudo. Eu preciso entender isso. 

 

Ailee sentiu seus olhos arderem, queria fugir dali novamente, mas respirou fundo e após um breve momento a respondeu.

 

- Eu estava com medo, Wheein, achei que ao me encontrar com você tudo ficaria bem, mas eu estive me sentindo estranha nos últimos meses. Não queria te contar nada porque acreditei que fosse mudar, mas acabei só piorando a situação.

 

- Você deveria ter me dito antes, nos poupado disso tudo. Mas você está certa em um ponto. - Ailee levantou a cabeça pra olhar Wheein nos olhos. - Você realmente não me merece.

 

Wheein levantou do banco de forma devagar, deixando uma Ailee com semblante triste. Olhou em seus olhos e não disse nenhuma palavra, mas Ailee entendeu o que ela estava dizendo.

 

Wheein saiu do restaurante e logo em seguida do Art Club, queria chegar em casa logo pois estava inspirada a pintar, e sabia exatamente o que fazer.

 

Estava se sentindo mais leve, tinha completa certeza que não havia feito nada errôneo no que resultasse o término delas. Ela havia sido sempre clara e autêntica. E era por isso que finalmente ela se sentia livre.

 

Wheein queria pintar. Finalmente sabia que flor Ailee representava em sua vida, e queria deixar isso marcado em sua tela. 

 

Em sua imaginação fértil, Ailee era uma linda flor com belos tons de cores, nascida no verão, que era versátil e se adaptava facilmente a qualquer tipo de solo, mas que por essa mesma razão também era prejudicial ao mesmo. Era como uma chuva breve de verão. Forte, mas que não refrescava. Ailee era uma Corda de Viola. 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá!


Esse segundo capítulo foi mais focado em Wheein e seu recente passado, foi importante escrevê-lo pra o entendimento de ações posteriores da personagem, mas em breve teremos mais desenvolvimento entre o casal principal. Espero que estejam gostando e não desistam de ler, hahaha. 


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