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Papaver Somniferum por Erica Blandelli

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 3109
Acessos: 334   |  Postado em: 27/09/2022

Notas iniciais:

Olá! 

 

Faz muito tempo que não escrevo nada, minha escrita havia me desagradado e acabei entrando em hiatus.

Estou voltando com essa história que embora seja original, estou usando o nome de artistas conhecidos (acredito que se encaixe como fanfic), ainda assim, espero que gostem e acompanhem. 

Obrigada por ler! 

Camellia L

NARRADOR

 

- Qual o preço do sucesso?

 

Wheein não parava de repetir aquela pergunta. Se havia alguém que gostava de se torturar com questões que não tinham respostas precisas, era Jung Wheein. Sua feição intrigada já denotava o quanto suas divagações a tinham levado ao mesmo lugar. Nenhum. 

 

- Será que estou pagando o preço à vista ou esse martírio foi parcelado em 72 vezes?

 

A cena era cômica. Wheein não parava de falar sozinha enquanto encarava a tela branca a sua frente. E por mais que estivesse em um daqueles momentos de crise existencial, ela não conseguia deixar seu humor - um tanto quanto exótico - de lado. 

 

Suspirou cansada. Já havia perdido completamente a noção das horas desde que havia entrado no estúdio. Havia prometido que conseguiria trabalhar, mas estava mais uma vez naquela semana, apenas marcando presença no trabalho e saindo com centenas de perguntas.

 

Wheein desistiu de pintar naquele momento. Se sentia decepcionada por não conseguir expressar seus sentimentos na tela. Seu olhar começava a se tornar apático, e isso a fazia perceber que talvez estivesse entrando num bloqueio criativo.

 

Ela sabia que isso era normal, mas estava preocupada, pois esse bloqueio já faziam meses e cada vez mais vinha sendo cobrada pelo Sr. Hae. Estava sendo sufocante a ideia de pintar quadros o suficiente pra uma exposição, quando ela ainda não tinha em mente nem mesmo o tema.

 

Antes que pudesse cogitar se questionar novamente, ouviu seu telefone tocar e olhando de soslaio para a tela, observou o nome e não pôde deixar de lembrar o que havia acontecido há alguns meses atrás.

 

Alguns meses atrás 

 

- Oi, você vem?

 

Wheein não era boa com datas. Embora tentasse com esmero se recordar dos eventos e suas datas, esse definitivamente não era um dos seus talentos. 

 

Havia esquecido o compromisso, mas não hesitou por um segundo ao confirmar que iria.

 

- Ok, me avisa quando chegar. Beijos.

 

Wheein desligou a ligação e deu um suspiro ainda mais cansado. Era tarde e ela precisava se locomover de carro por quase quatro horas até chegar a cidade vizinha. Mas tentava se reconfortar com a ideia que aquele encontro iria lhe fazer bem.

 

-

 

Wheein dirigia até a cidade vizinha enquanto ouvia uma música calma tocar no rádio. Cantarolava baixinho e sentia a leve brisa do ar noturno entrar pela fresta da janela aberta. Se sentia bem e mais tranquila, quase como se estivesse tirando pesos dos ombros. Era uma apreciadora de momentos simples. Caminhar descalça na areia, sentir o cheiro dos livros, assistir o nascer do sol, deitar na grama, tudo isso era relaxante para ela. E era com detalhes assim que ela vinha restaurando sua energia durante os dias.

 

Quando chegou na cidade, foi rápido chegar ao hotel. Era um lugar tranquilo, com pouco trânsito e uma população o suficiente pra não se estressar com multidões. 

 

Por mais que estivesse cansada de ter ido ao trabalho e da viagem de última hora, ela estava com uma boa expectativa para esse encontro. Teve a crença que seria tranquilo e isso de alguma forma a fazia feliz.

 

Não demorou muito na recepção para apresentar seus dados e ser instruída para o quarto no qual já lhe aguardavam. Era engraçado, já namorava há quase um ano e ainda assim se sentia nervosa ao pensar em vê-la.

 

Wheein namorava há quase um ano, mas dentro desse tempo, foram poucas as vezes que conseguiu se encontrar com a namorada. Por morarem em cidades diferentes fazia a relação delas se tornar um relacionamento a distância.

 

Isso não era um problema pra Wheein, ela era do tipo que faria absolutamente tudo pra que o relacionamento funcionasse. E foi com esse tipo de sentimento que veio durante todo o percurso, que ela decidiu que já estava na hora de morarem mais próximas. 

 

Wheein sorria levemente ao pensar que poderia morar mais próxima a sua namorada. Talvez isso a fizesse se sentir mais feliz.

 

Abriu a porta do quarto devagar, e percebeu as luzes apagadas, apenas a tv ligada em um programa culinário emitia algum tipo de luz. Percebeu quando um corpo pequeno se remexia na cama toda vez que ela fazia algum tipo de barulho.

 

Embora estivesse cansada e precisando de um banho relaxante, ela não queria acordar sua namorada, então apenas trocou de roupa, e se enfiou debaixo das cobertas. Abraçou sua namorada e soltou um suspiro ao ser abraçada de volta. 

 

"Talvez ela não esteja tão brava assim." Pensou. 

 

Queria conversar com ela, perguntar sobre seu dia, se estava bem e lhe dizer que estava decidida a se mudar para morar mais próxima à ela. 

 

Não era vantajoso para Wheein que ela se mudasse naquele momento. A galeria que ela costumava expor seus quadros ficava na capital, e seu trabalho estava se expandindo bem. Outro fator era o seu studio. Desde criança desenhava naquele antigo quarto. Haviam rabiscos nas paredes que ela não ousaria deixar ninguém pintar. Haviam até mesmo as patinhas de Ggomo, seu gato, pintado nas paredes. Definitivamente era um local de paz e apreço para Wheein.

 

Mas ela queria dar esse passo no relacionamento, não estava animada com as oposições que iria enfrentar, mas estava disposta a encarar. 

 

Wheein acariciava levemente o cabelo de sua namorada enquanto observava sua face ressoando tranquila ao dormir. Talvez fosse apenas impressão devido a falta de iluminação no momento, mas poderia jurar que sua namorada tinha resquícios que pegou no sono após chorar.

 

Seu relacionamento não era ruim, ambas se faziam bem, mas estava faltando algo do qual ela ainda não tinha descoberto. Não conseguia acreditar que a distância fosse o problema, mas ainda assim, mesmo abraçadas, a distância entre elas parecia ainda maior que quando separadas.

 

Wheein suspirou pela enésima vez naquele dia, e ele ainda não tinha terminado. Sua mente ansiosa já começava a criar ideias de que algo estava errado, e que as coisas entre elas não estavam bem. Um sentimento de desconforto começava a lhe invadir, e sem esperar demais, se afastou do abraço e foi se deitar no sofá. 

 

"Talvez eu não devesse ter vindo"

"Por que quero ficar sozinha nesse momento? O que há de errado comigo?"

"Por que sinto que tem algo estranho?"

 

Sua mente não estava lhe dando pausas pra pensar. E era estranho, pois antes de chegar, ela estava calculando tudo que precisava para se mudar, até mesmo sorria ao imaginar o encontro depois de meses sem ver a namorada.

 

Talvez fosse a decepção pela recepção, ou melhor, a falta dela. Wheein se sentia decepcionada por estar sem ver a namorada por meses e quando enfim elas se encontrariam, ela nem a esperou acordada. Talvez fosse o distanciamento que a relação já havia tendo. Talvez fossem apenas paranoias.

 

Wheein não percebeu quando sua namorada levantou e apareceu na sua frente a chamando pra deitar na cama. Se surpreendeu com o ato, e naquele momento se permitiu esquecer suas dúvidas e ir deitar junto dela.

 

Voltaram a se abraçar assim que deitaram, e Wheein decidiu que sua ansiedade estava falando alto, mas que na manhã seguinte tudo estaria bem. Se permitindo então descansar.

 

-

 

Dias atuais

 

Wheein havia revirado as gavetas de sua memória enquanto seus olhos estavam cravados na tela do seu celular. Não se atentou ao fato de que deveria atendê-lo, apenas relembrou os eventos que haviam acontecido há pouco tempo atrás. Ela não atendeu e soltou um longo suspiro ao ver uma mensagem em seguida.

 

"Preciso conversar com você, por favor"

 

Wheein adoraria conversar, mas não naquele momento. Talvez há alguns meses atrás quando tinham o momento adequado, mas agora após um dia cansativo, ela só queria dar um pouco de paz a sua mente.

 

Uma onda súbita de inspiração surgiu, e pinceladas em tons rosa pastel começaram a se espalhar pela tela branca, de início ela não sabia bem o que estava criando, mas compreendia o que queria representar.

 

E foi juntando esse sentimento dentro de si, que Wheein se viu pintando uma linda camélia em tons de rosa.

 

Wheein era uma contradição. Amava seus amigos e o tempo que passava com eles, mas adorava ficar sozinha. Era extrovertida o suficiente pra manter relações sociais, mas necessitava de sua introversão para recarregar sua bateria social. Era uma mulher doce, divertida e charmosa. Seus talentos faziam com que ela se tornasse cada vez mais encantadora, mesmo não sendo o objetivo. 

 

Ela amava arte e suas variadas versões de expressão. Mas foi na pintura que ela teve sua fascinação. Desde criança rabiscava as paredes brancas de sua casa, o que causava cenas divertidas a sua mãe que ria sempre que encontrava um desenho novo. 

 

Wheein era uma mulher curiosa, fazia questão de aprender um pouco sobre tudo que gostava - e o que não gostava também. Foi assim que ela se viu aprendendo sobre o significado de cores, e de tantos outros segmentos da pintura.

 

Absolutamente nenhuma pintura sua era aleatória, algum mero detalhe sempre teria que ter um significado por trás. E foi sabendo disso que Wheein se viu sorrindo pela primeira vez naquele dia. Finalizando sua doce camélia na tela, sorriu por entender o que ela representava. Saudade. 

 

Wheein sentia saudade. Não saudade de sua ex, dos seus amigos ou familiares. Ela sentia de si mesma. E entender aquilo já era o suficiente para que ela se inclinasse a provocar uma mudança.

 

-

 

- Pensei que não viesse hoje. 

 

Foi a primeira frase que Wheein ouviu assim que adentrou em sua sala no escritório.

 

- Você sabe que eu jamais te deixaria sozinha em um dia caótico como esse.

 

Hyejin sorriu ao ouvir a resposta da amiga. Não demorou em se aproximar e deixar um abraço apertado nela, como se não tivessem se visto há tempo.

 

- Você está muito carinhosa, algo aconteceu? - Wheein disse em tom divertido.

 

- Eu sempre sou carinhosa com você. - Hyejin respondeu fingindo estar ofendida. 

 

- Tá bom, aí você acorda. - Wheein saía de seu abraço ainda rindo de sua amiga.

 

Assim que se afastaram, Hyejin pôde observar uma pequena mancha de tinta na barra inferior da camiseta de Wheein, mas não questionou sua amiga, apenas sorriu de canto e ficou a encarando.

 

Hyejin sabia do bloqueio criativo que Wheein vinha passando há um tempo, e pensar na possibilidade que ela tenha conseguido pintar, a deixava feliz.

 

- Então, vai ficar aí parada sorrindo pra mim? Não tem trabalho pra fazer não? - Wheein disse ao se sentar.

 

- Para o seu azar, dona Wheein, você não terá minha companhia esta tarde. Irei fazer umas fotos pra promover um grupo de dança. 

 

Hyejin era modelo fotográfica, e embora trabalhasse em uma agência que não possuía tanto nome, ela vinha se destacando o suficiente pra trazer fama a mesma. Wheein brincava alegando que ela estava aos poucos construindo os andares da agência.

 

Wheein trabalhava no escritório da mesma agência, mas no setor administrativo. Tal fato que Hyejin sempre fez questão de implicar com Wheein. Mas ambas sabiam a razão dela precisar se manter naquele cargo.

 

- Aproveite e mostre suas técnicas de danças sensuais, quem sabe você não consegue uma vaga por lá. - Wheein disse de forma divertida.

 

- Isso é um desafio? - Hyejin disse ao encará-la com um olhar travesso. - Você sabe que eu aceitaria, mas não me responsabilizaria por deixar todos apaixonados por mim. - finalizou dando uma voltinha enquanto ria de sua atuação.

 

Wheein ria da bobagem de sua amiga. Não aparentava nem um pouco que há algumas horas atrás estava desanimada e triste. Era isso que Hyejin fazia com ela, a preenchia de felicidade o suficiente pra que ela esquecesse as emoções ruins, mesmo que temporariamente.

 

- Sessão solo ou em grupo dessa vez? - Wheein perguntou após rirem juntas.

 

- Nenhuma das opções. Em dupla. Roseanne vai comigo hoje. 

 

- Fico feliz que ela tenha ganhado mais espaço nos trabalhos, ela era bem tímida, mas se adaptou rápido.

 

Hyejin concordou com a amiga. Roseanne era a mais nova na agência, e embora fosse tímida isso não mudava em nada na qualidade de seu trabalho.

 

- Wheeinie, você deveria me acompanhar em alguma sessão. Saía um pouco desse lugar, você precisa de vitamina D, sabia?

 

Wheein sorria enquanto meneava sua cabeça negando a pergunta de sua amiga. Sabia que acompanhá-la seria divertido tanto quanto inspirador. 

 

Hyejin era uma mulher divertida e cheia de "cores" como dizia Wheein. A princípio poderia parecer uma mulher séria e de difícil acesso. Ela era imponente e exalava confiança. Realmente era difícil de se aproximar. Mas Wheein a conhecia melhor que ninguém, e sabia que toda essa postura encobria uma Hyejin fofa e adorável.

 

Wheein queria assistir uma das sessões de sua amiga. Vê-la posar e manter aquela pose de inabalável seria inspirador. Sentia que precisava de todo tipo de inspiração possível. Mas não poderia ir naquele momento, estava cheia de tarefas no escritório para concluir.

 

- Next time. 

 

Foram as únicas palavras que disse ao mesmo tempo que apontava para as pilhas de papéis acima de sua mesa. Hyejin pendeu a cabeça para o lado e fez uma expressão de lamento, mas entendia sua amiga.

 

Se despediram em meio a sorrisos e com uma Hyejin fazendo Wheein prometer que apareceria em breve a alguma sessão posteriormente. 

 

-

 

Wheein caminhava de volta à seu apartamento enquanto ouvia em seus fones um podcast sobre inteligência emocional. Era uma fã exímia de podcasts, e não importava o conteúdo, ela simplesmente adorava aprender sobre qualquer tema. Acreditava que aprender sobre algo novo enquanto apenas caminhava fosse algo que a agregava. 

 

Ignorando a voz masculina nos fones falando sobre a teoria de édipo, Wheein se vê diante de uma pequena galeria, e relembrando seus questionamentos pela manhã, resolve pôr em prática o que havia decidido. 

 

Wheein guardou seus fones e entrou pela pequena porta da galeria. Sorriu ao notar que não era uma grande exposição, ou um daqueles eventos enormes preenchidos pela superficialidade. Era arte. Um artista independente mostrando um pouco do seu trabalho, tentando trazer alguma emoção a quem olhasse.

 

Era disso que Wheein sentia saudade. De se conectar com seus hábitos, de apreciar a arte em sua essência e poder se preencher de emoções.

 

Desde que começou a trabalhar pra o Sr. Hae, sentiu que suas pinturas eram produtos de comercialização, aos poucos iam perdendo a vida, e embora fosse necessário se promover pra ganhar mais reconhecimento no meio, estava frustrada por não sentir que as pessoas realmente mergulhavam no sentimento de suas obras.

 

Mas admirar aqueles pequenos quadros a fez sentir todo torpor de emoções que a arte lhe provocava. Observou o pequeno nome escrito no canto das pinturas "Son Chaeyoung", e quem quer fosse, já havia ganhado a admiração de Wheein.

 

Observou ao redor e viu uma pintura que lhe chamou atenção. Uma enorme flor em coloração vermelho escarlate se fazia presente na tela. Wheein conhecia aquela flor e seu significado, por isso achou curioso o fato de alguém pintá-la, pois não era famosa desta forma.

 

- Por que alguém pintaria essa flor?

 

Wheein falava consigo mesma, intrigada enquanto ainda observava o quadro. Nem se importava com transitar das pessoas ao seu redor.

 

Embora estivesse intrigada, Wheein sorria a todo momento. Adorava o fato da arte trazer questionações de todos os tipos. Afinal, a arte sempre trazia traços pessoais.

 

- Definitivamente essa flor não seria um presente comum.

 

- Por que?

 

Wheein ignorou o fato de que alguém havia se aproximado e a questionado. Estava tão intrigada com a flor, que deduziu que aquela pergunta havia sido feita por sua própria mente tentando trazer alguma argumentação, e não por outra pessoa.

 

- Porque essa flor é muito delicada. As pétalas caem muito facilmente e por isso ela é conhecida como símbolo de fraqueza, ou de um amor efêmero. - Wheein respondeu de forma objetiva, como se fosse óbvia a resposta.

 

- Um amor efêmero não pode ser bonito?

 

- Claro, mas-

 

Wheein cortou sua frase ao meio quando finalmente se deu conta que estava dialogando com alguém, e não questionando-se sozinha. Piscou lentamente como se estivesse tentando moldar e tornar palpável a voz que anteriormente acreditava ser seu subconsciente.

 

"Nunca pensei que minha consciência fosse tão bonita"

 

Sorriu sem jeito ao encarar a mulher de cabelos loiros e longos que tinha um sorriso em sua face. 

 

- Me desculpe questioná-la assim. - A mulher a sua frente disse ao observá-la. - Apenas tinha parado pra ver o quadro e você me intrigou com suas perguntas.

 

A mulher sorria de uma forma inocente, não aparentava que estivesse mentindo, e Wheein percebeu ela estava sendo sincera.

 

- Desculpe por te intrigar. - Wheein ria de si mesma. - Eu gosto muito de flores, e achei realmente curioso, então acabo falando sozinha.

 

Wheein não entendeu porque estava se desculpando a uma estranha, mas o fez achando coerente com a situação. A mulher a sua frente continuava com o mesmo sorriso na face, ela parecia exalar algum tipo de energia agradável.

 

- Eu gosto de flores, mas não sei o significado de nenhuma. - A mulher ria de seu próprio comentário. - Mas obrigada por explicar.

 

Wheein apenas assentiu sem jeito. Se sentia uma estranha que falava sozinha com pinturas de flores em galerias independentes no meio da cidade. 

 

"Ela deve ter me achado esquisita." Pensou consigo mesma, tentando não verbalizar aquilo.

 

Wheein voltou a observar a flor estampada no quadro. Ainda sem jeito por aquela mulher desconhecida permanecer ali ao lado com as mãos pra trás e um sorriso estupidamente bonito no rosto.

 

Após algum tempo, Wheein a viu se afastar aos poucos e se sentiu mais tranquila por isso. Mas antes de estar longe o suficiente, a mulher a perguntou:

 

- Um amor efêmero não pode ser bonito?

 

Wheein se virou para respondê-la, mas a perdeu de vista, e deixou Wheein com a sensação de que não era mais a única esquisita. Wheein sorriu intrigada com a estranha e apenas voltou a observar os quadros.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Ufa! Enfim o capítulo terminou. Obrigada se você leu até aqui, e perdão pelo capítulo longo.


Espero que continuem acompanhando.


Até o próximo capítulo :)


 


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Comentários para 1 - Camellia L:
Angell
Angell

Em: 28/09/2022

Gostei muito desse primeiro capítulo, me identifiquei em alguns pontos com Jung, aguardando o próximo!

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