My cop, my blonde por bgc
Volteeeeeeiii.
Demorei sim, mas menos que das outras vezes.
Só um aviso, capítulo de hoje ta intenso, espero que gostem.
Capítulo 55 - Tô com raiva, tô carente e tô solteira.
Gabrielle
Depois de chorar muito eu acabei adormecendo. Acordei um tempo depois e percebo que ainda estou abraçada a alguém.
_ Como está se sentindo? – Pergunta fazendo um carinho em mim.
_ Destruída.
_ Sinto muito por isso Gabi, mas não fica assim, eu sei que você não queria se afastar dela, mas talvez isso tenha sido a melhor forma de te manter segura no momento.
Me sento na cama e a encaro.
_ Você também?
_ Eu sei que não é isso que você queria que eu dissesse, mas realmente eu acho que foi a melhor forma de te manter em segurança. – Diz me olhando firme. – E você sabe que ela te ama. – Ela se senta também. – Gabi, ela não terminou com você, ela só a afastou até que tudo isso se resolva.
_ Eu sei, mas ela não devia tomar essa decisão por nós duas, ela me fez prometer que sempre conversaríamos quando um problema surgisse, e ela não me deu essa chance. – Falo e me toco de algo. – Como você veio parar aqui. Como sabia que eu precisava de você.
_ Porque minha irmã me mandou uma mensagem pedindo que eu viesse.
_ Mas você chegou logo depois que eu subi e pouco tempo depois que ela saiu.
_ Nossas casas são perto, eu estava com meus pais e a Nick. Assim que recebi a mensagem da minha irmã eu vim diretamente pra cá. – Ela se encosta na cabeceira da cama.
_ Obrigada por ter vindo. – Falo me deitando em suas pernas e ela faz um carinho nos meus cabelos.
_ Agradeça a minha irmã que me mandou a mensagem. – Continua com o carinho. – Ela se importa com você, te ama tanto que ao invés de me chamar pra ir até ela, ela me mandou pra ficar aqui com você.
_ E esse é um dos motivos de eu estar a odiando no momento. Ela não está cuidando dela.
_ Ódio é a última coisa que você sente por ela.
_ Você devia ir até ela Lara, ela pode estar precisando de você.
_ Ela me mandou ficar aqui Gabi, se eu te deixar sozinha nesse momento, ela me mata. Ela está bem, conversei com ela enquanto você dormia.
_ Ela está mesmo bem?
_ Bom... Ela está chateada, está triste, mas ela sabe que fez a coisa certa.
_ Não acho que ela se afastar de mim é a coisa certa.
_ É por pouco tempo Gabi.
_ Não importa o tempo, eu não queria ficar longe dela.
_ As vezes precisamos fazer o que não queremos para conseguir o que merecemos.
_ Virou filósofa? – Pergunto e ela rir.
_ Tenho meus momentos! – Diz jogando o cabelo por cima do ombro.
Continuamos conversando até ouvirmos batidas na porta do meu quarto e logo meu irmão abre e coloca a cabeça pra dentro.
_ Posso entrar? – Ele pergunta.
_ Pode sim.
Ele entra e se senta na ponta da minha cama, ficando de frente pra nós duas.
_ Será que podem me dizer o que aconteceu aqui hoje?
_ Você não sabe? – Pergunto. – Não estava em casa?
_ Não, eu saí bem cedo, fui na academia e quando voltei eu presenciei uma cena que me assustou bastante.
_ Que cena?
_ Primeiro me diz o que aconteceu, por favor?
Conto a ele tudo que aconteceu. Ele fica surpreso e diz que agora entende o motivo da cena que presenciou mais cedo.
_ Que cena Caio? – Me sento e o encaro.
_ As mães estavam brigando. Na verdade a Mãe Paula estava brigando com a mãe Dani. Nunca vi ela daquele jeito. Ela estava gritando mesmo, e a mãe Dani não fez nada, ela só ficou lá, escutou tudo e quando a mãe Paula acabou de gritar e falar tudo, a mãe Dani se aproximou dela, disse que a amava e depois saiu.
_ Elas brigaram? Mas elas nunca brigam.
_ Por isso que disse que foi uma cena assustadora. Elas já tinham discutido, mas nunca alteravam a voz. A mãe Paula estava realmente muito brava.
_ Onde ela está? Ela está bem?
_ Depois que a mamãe saiu, ela foi para o quarto dela, eu segui ela, vi que ela estava chorando. Fiquei com ela até que ela dormiu. Sai de lá só agora, ela ainda estava dormindo.
_ A mãe Dani não devia ter feito nada do que fez hoje, as atividades dela magoaram muitas pessoas.
_ Depois de tudo que você me contou, eu entendo o que a mamãe fez Gabi.
_ Você está louco Caio?
_ Calma, eu disse que entendo, não que concordo com a forma com que ela fez.
_ Concordo com o Caio Gabi.
_ Você também Lara? Vocês deviam estar aqui pra me apoiar, não o contrário.
_ Gabi, os últimos dias estão sendo bem estressantes pra todos, sua mãe ama você e todos sabemos como ela é ciumenta, ela com certeza ficou estressada com o que viu e no calor do momento disse coisas que não devia, agiu no impulso e aconteceu o que aconteceu. A forma como ela fez isso não foi certo, mas os motivos dela foram. Você pode não querer concordar com isso, mas talvez essa seja a melhor forma Gabi. Minha irmã não teria se afastado de você se ela não concordasse com isso.
Lara diz e eu fico em silêncio.
Fico pensando em tudo o que ela disse, e no fundo sei que ela tem razão. Mas isso não faz doer menos. Porque sim, está doendo.
_ Você pode até estar certa, mas isso não muda o fato de que nada devia ter acontecido assim. A Nanda não devia ter tomado essa decisão sozinha, devia ter sido uma decisão nossa, não somente dela. E minha mãe não devia ter feito tudo aquilo. Ela magoou a Nanda, a mim e a mãe Paula também.
_ Sei disso, mas tudo vai ficar bem, suas mães se amam muito, elas tem uma relação linda e não vai ser um desentendimento que vai conseguir abalar elas.
_ Não sei não. – Caio fala. – Eu nunca tinha visto a mãe Paula tão brava, ela realmente ficou com muita raiva, e depois que a mamãe saiu ela chorou bastante, ela ficou muito magoada também.
_ Vou conversar com ela, eu confesso que fiquei com raiva do que a mãe Dani fez, mas não quero que elas briguem por isso, não quero que por causa disso elas se afastem.
Conversamos os três mais um pouco e depois resolvemos sair do quarto. Fomos para a sala e ficamos por lá. A mãe Paula chegou pouco tempo depois e nos faz companhia. Conversei com ela e ela me disse que discutiu sim com a mãe Dani porque não concordou com o que ela fez, que ela não devia ter feito a Nanda ir embora. Eu disse que concordava, mas que não queria que elas brigassem. Ela disse que ia ficar tudo bem e que não era pra eu me preocupar.
Resolvemos almoçar juntos e pedimos a comida em um restaurante próximo.
Quando já era quase a noite, Lara se despediu e foi pra casa dela. Caio, eu e a mãe Paula ficamos na sala assistindo a um filme juntos e acabamos cochilando. Acordamos com o barulho da porta sendo fechada. Vi que era a mãe Dani que estava voltando. Eu me levantei, e fui para meu quarto.
Melhor ficar longe dela, estou bastante magoada, não quero discutir com ela novamente. Porque apesar de tudo, ela é minha mãe, e eu posso sim estar com raiva e magoada, mas eu ainda devo respeito a ela.
Os próximos dias foram basicamente os mesmos. Eu acordo, tento ligar pra Nanda, mas sou ignorada, então mando uma mensagem pra ela. Passo um tempo com e Lara e com a mãe Paula. Na hora de dormir, mando uma mensagem pra Nanda dizendo que estou com saudades e que a amo. Durmo e no dia seguinte sigo o mesmo roteiro.
Já fazem 10 dias que eu não a vejo. 10 dias que ela foi embora e que não me atende quando eu ligo pra ela. Eu estou morrendo de saudades dela e com raiva também. Posso entender que ela se afastou por medo de que algo acontecesse comigo, mas isso não mudo o fato de que eu não queria isso e que estou sentindo uma saudade absurda dela.
Hoje é sábado, e é aniversário de um dos policiais lá da delegacia e todos eles vão ir comemorar, e fiquei sabendo que a Nanda também vai.
Lara me disse que ela vai, que o Rick a convenceu a ir, ela não queira, mas que ele fez alguma ameaça e ela mudou de ideia.
E sabem o que? Eu também vou.
Claro que eu vou ir, não vejo a Nanda a 10 dias, não vou perder essa chance.
Ela tem ficado na casa dos pais dela esses dias, e a Lara que tem me mantida informada de tudo sobre ela. A alguns minutos, Lara me mandou uma mensagem, na verdade uma foto. Uma foto da Nanda, com uma frase que dizia o seguinte.
“Não se atrase, ela tá muito bonita pra você deixar ela sozinha em uma festa.”
Na foto a Nanda estava toda de preto. Calça de couro e jaqueta preta também de couro. E uma bota.
Ela estava uma delícia naquela roupa.
Minutos depois a Lara mandou outra foto, dessa vez era uma foto da Nanda subindo na moto dela.
Terminei de me arrumar e pedi um Uber.
Minhas mães já tinham ido um pouco mais cedo, elas tinham feito as pazes, graças a deus. E elas não sabiam que eu estava indo. Elas nem quiseram me dizer onde era a festa, disse que era melhor eu não saber pra não correr o risco de aparecer lá atrás da Nanda.
Bom... Elas não estavam erradas, é claro que eu vou ir lá atrás da Nanda.
E eu só sei pra onde ir, graças ao Rick, ele me passou o endereço. Ele tem sido um anjo nesses dias, Lara fica de olho na Nanda quando ela está em casa e o Rick de olho nela no trabalho, ele está me deixando informada de tudo e me garantiu que está cuidando da Nanda direitinho.
O aniversário é na casa do policial que está fazendo aniversário, o Rick me passou o endereço e disse que não era para eu demorar muito, porque apesar dele ter feito a Nanda ir, ela não queria ficar lá muito tempo.
Cheguei no endereço e mandei uma mensagem avisando a ele. Ele respondeu que estava com a Nanda e que era para eu entrar e ir direto pra ela, porque quando ela me visse entrando, com certeza ela ia tentar sair pelo outro lado.
Bati na porta e ela foi aberta, me deixaram entrar e eu segui para a parte de trás onde a fasta estava acontecendo. A música estava bem alta, e estava muito cheio aqui também.
Assim que cheguei minhas mães me viram. A mãe Dani fez menção de se levantar e vir até mim, mas a mãe Paula a segurou pelo braço e fez ela se sentar de novo. Eu agradeci silenciosamente a ela e olhei ao redor.
Logo eu a encontrei. Ela estava em pé, encostada a uma parede e conversando com o Rick e um outro homem.
Ela estava realmente muito linda. Comecei a andar na direção dela. Ela ainda não me viu, estava meio distraída. Nanda estava com uma garrafa de bebida na mão, ela levou a bebida até os lábios e levantou o olhar.
Ela parou o movimento assim que o olhar dela cruzou com o meu. Ela abaixou o braço e se afastou um pouco da parede, parecia pronta pra sair correndo, então eu apertei o passo.
Andei o mais rápido que eu pude sem correr e parei bem na frente dela.
Ela ficou me olhando em silêncio. Não disse uma palavra.
Já irritada com todo esse silêncio eu dei alguns passos pra frente, colei meu corpo ao dela e a pressionei contra a parede.
_ 10 dias sem me ver e você não tem nada para falar? – Pergunto.
Ela continua em silêncio.
Coloco minhas duas mãos na parede ao lado da cabeça dela, uma em cada lado e a prendo entre mim e a parede.
_ Sério Nanda, esse silêncio está me matando.
Vejo o Rick e o outro homem saindo e nos deixando a sós.
_ O que você está fazendo aqui?
_ Vim te ver, estou com saudades.
_ Gabi, você não devia ter vindo.
_ Você não está com saudades de mim?
_ É perigoso pra você vir aqui sozinha Gabi.
_ Não estava aguentando mais essa distância Nanda. – Seguro o rosto dela e a faço me olhar nos olhos. – Converse comigo amor, eu sei que você também está sofrendo, vejo nos seus olhos.
_ É melhor você ir embora. – Ela tenta sair, mas eu seguro na cintura dela e a mantenho ali. – Para de fugir de mim e converse comigo. Você disse que a conversa sempre é importante, porque não segue seu próprio conselho?
_ Gabi, é melhor se você...
_ Melhor se eu nada Fernanda! – Falo com raiva.
Vejo ela arregalando os olhos. Provavelmente pelo fato de eu ter a chamado de Fernanda, eu nunca a chamo assim.
_ Fernanda?
_ Isso... Fernanda! Você vai parar agora de me afastar e vai conversar comigo.
_ Você tá muito mandona.
_ E você teimosa!
Ela respira fundo.
_ Olha Gabi, eu sei que a forma como eu me afastei não foi certa, sei que eu te magoei. Magoei a nós duas, mas realmente era a única forma.
_ Não concordo, você me disse que deveríamos sempre conversamos antes de tomar qualquer decisão, mas quando a minha mãe disse aquelas coisas, você simplesmente ignorou isso e me deixou.
_ Eu não te deixei Gabi.
_ Você fez o que então? – Me afasto dela. – É claro que você me deixou, você saiu da minha casa tem dez dias Fernanda, e nesses dez dias eu te liguei, mandei mensagem, tentei falar com você de toda forma, mas você não deixou. Você me evitou de todas as formas, voltou a fugir de mim igual fugia antes de começarmos a namorar.
Ela olha pra os lados e da um passo pra frente.
_ Gabi, por favor, vai embora. – Fala.
_ O que? – Pergunto atordoada.
Não entendo, consigo ver nos olhos dela que ela sente a minha falta, consigo ver que ela me ama. Mas mesmo assim ela está me mantendo longe.
Escuto um barulho de mensagem e vejo que é o celular dela. Ela pega e lê. A expressão dela muda pra raiva na mesma da hora.
_ Vai pra casa, está bem? – Ela diz depois que lê a mensagem.
_ O que tá escrito na mensagem? – Pergunto.
_ Nada.
_ Tá mentindo.
_ Não é nada de mais.
_ Estou vendo nos seus olhos que você está mentindo Fernanda.
_ Eu não estou. Agora vá pra sua casa que eu já estou indo pra minha. – Ela diz firme e passa por mim.
_ Se você for embora sem conversar comigo direito, nós terminamos. – Falo.
Ela para de andar, mas continua de costas pra mim.
Eu ando e fico de frente pra ela a fazendo me olhar nos olhos.
_ Você me disse uma coisa parecida uma vez, agora sou eu que estou dizendo. Se você não conversar comigo e continuar me escondendo as coisas, nós terminamos. – Continuo a olhando nos olhos. – Eu te amo, e não quero isso, eu sei que vai doer, mas eu não vou mudar de ideia, se você não conversar comigo agora, não vai ter um depois.
_ Gabi, não...
_ Eu estou falando sério Fernanda.
_ Preciso de um tempo Gabi, preciso resolver essa situação pra te manter em segurança.
_ Para de dizer isso, será que não entende que eu não ligo? Você quer me manter em segurança? Okay eu entendo, mas me diga o que está acontecendo com você, porque está agindo estranho assim? Eu te conheço e sei que tem algo acontecendo, naquele dia lá em casa, antes de sairmos do meu quarto, você recebeu uma mensagem e eu vi que você teve a mesma reação quando leu a mensagem que recebeu agora. Então não venha me dizer que não era nada, porque eu sei que era alguma coisa.
_ Você não entende Gabi...
_ Claro que não entendo, você não fala comigo!
Estou começando a ficar realmente com raiva.
Já vi que ela não vai me dizer, então eu vou ter que mudar de tática.
_ Você vai me dizer o que está acontecendo? – Pergunto.
_ Não posso, não agora, por favor, entenda. – Eu posso ver que ela quer me dizer, mas também vejo que ela não vai fazer isso.
_ Tudo bem, não vou insistir mais. – Dou um passo a frente. – Terminamos aqui. – Falo dando minha última cartada.
Saio de perto antes que ela possa falar qualquer coisa.
Caminho até a mesa que minhas mães estão e antes que elas possam falar alguma coisa eu me sento e pego o copo que a mãe Paula estava na mão e bebo.
_ Nossa, isso é forte. – Faço uma careta.
_ Ficou doida Gabi, isso é Whisky.
_ Tava precisando de uma bebida.
_ O que você veio fazer aqui Gabrielle? – Mãe Dani pergunta.
_ Não se preocupe, já estou indo embora. – Respondo.
_ Não conseguiu fazer ela conversar com você? – Rick pergunta.
_ Ela é insuportavelmente teimosa. – Pego agora o copo de bebida dele e viro de uma vez. – Nossa, vocês estão todos bebendo Whisky hoje?
_ O que deu em você? – Mamãe pergunta.
_ Nada de mais, só que eu acabei de ficar solteira. – Falo.
_ O que? Ela terminou com você?
_ Porque a surpresa mamãe? Não foi você que a fez se afastar de mim, espero que esteja feliz, pois conseguiu o que queria.
_ Gabi, não era is...
_ Não quero saber, acho que já vou indo. Tchau pra vocês.
Dou a volta na mesa, mas antes de sair de perto, eu me viro de frente pra elas, vejo que a Nanda está por perto e sigo com meu plano.
_ Quer saber, acho que não vou ir embora não, vou ficar aqui mesmo, e já que eu acabei de ficar solteira vou aproveitar e ver se tem alguém por aqui que me queira.
_ Você não vai fazer nada. – Mamãe se levanta a bate as duas mãos na mesa.
_ Vou sim, tô com raiva, tô carente e tô solteira, vou juntar tudo isso e aproveitar a noite, quem sabe não encontro ninguém para dar uns beij...
Antes que eu termine de falar, sinto mãos na minha cintura e meu corpo é empurrado pra trás até ser pressionado contra a parede.
_ Você está querendo me provocar? – Nanda pergunta.
Os olhos dela estão queimando de raiva.
Ótimo, era exatamente isso que eu queria!
_ Não, só resolvi ficar e aproveitar minha vida de solteira. – Falo dando um sorriso.
_ Você não é solteira, você é minha. – Diz com a mandíbula cerrada.
_ Nós terminamos Fernanda.
_ Terminamos porr* nenhuma. – Segura meu rosto com uma mão e minha cintura com a outra.
Deus, que pegada forte, minhas pernas até bambeiam.
_ Se você não quer me dizer a verdade, então sim, nós terminamos. – Falo e resolvo a provocar mais, estou adorando a reação dela. – Agora me larga porque já que você não me quer, eu vou procurar quem queira, tenho certeza que eu vou encontrar alguém.
Ela me segura com mais força e pressiona seu corpo contra o meu.
_ Não me provoca assim Gabrielle.
_ Não estou provocando. Estou dizendo a verdade, Fernanda.
_ Para com isso. Eu sei que está dizendo isso só pra me provocar, você não seria capaz de fazer isso.
_ Tem certeza que não? Paga pra ver então. – Continuo provocando. – Estou a dias sem beijar na boca, e pretendo mudar isso hoje.
_ Você não vai beijar ninguém.
_ Vou sim.
_ Vai porr* nenhuma Gabrielle.
_ Eu vou sim, confesso que preferiria que fosse a sua boca, mas já que você não quer, vou me contentar com out...
Os lábios dela pressionam os meus de uma forma nada delicada. Tentei resistir, pra pelo menos me fazer de difícil, mas quem eu quero me enganar? Isso é exatamente o que eu quero. Ela aperta minha cintura com força e segura firme na minha nuca com a outra mão. Eu seguro na sua nuca também e me rendo, deixo ela tomar o controle do beijo e sinto ela invadir minha boca com a língua.
Deus, como eu senti falta desse beijo, dessa pegada.
Ela me abraça forte pela cintura e me pressiona mais ainda contra a parede.
O beijo fica ainda mais intenso, nossas bocas em uma batalha deliciosa. Paramos só quando o ar falta.
_ Você me deixa louca sabia? – Diz juntando nossas testas.
_ Senti tanta falta do seu beijo.
_ Também senti saudades. – Confessa, mas depois da um sorriso de lado. – Agora que já conseguiu seu beijo, acho que você já pode ir pra casa.
Olho desacreditada pra ela.
_ Eu te odeio sabia? – Falo e tento da um tapa nela.
Ela segura meu pulso e eu tento com o outro braço, mas ela também o segura. Junta meus braços, os segura firme em cima da minha cabeça.
_ Me solta.
_ Não, e você não me odeia, você me ama.
_ Me solta. – Peço novamente.
_ Solto quando você prometer que vai ir pra casa.
_ Eu vou ir pra casa. – Falo me rendendo.
Já vi que eu não vou conseguir fazer ela mudar de ideia.
_ Agora fala que me ama. – Diz com o maldito sorriso de lado.
_ Me solta. – Meus olhos se enchem de água.
_ Solto quando você falar que me ama.
Não acredito que ela está fazendo isso, será que ela não percebe que está me magoando?
_ Não vou falar, porque nesse momento eu realmente estou te odiando. – As lágrimas escorrem sem controle.
Ela parece perceber que está me magoando, solta meus pulsos e segura meu rosto.
_ Não chora. – Limpa minhas lágrimas.
_ Você tá me machucando. – Falo ainda sem conseguir conter as lágrimas.
_ Já soltei seus pulsos.
_ Não estou falando deles, estou falando daqui de dentro. – Aponto para o meu peito.
_ Amor...
_ Me deixa ir, não quero mais ficar aqui. – Tento sair, mas ela não deixa.
_ Me desculpa amor, eu não queria te fazer chorar.
_ Me deixa ir embora, por favor.
_ Não, você não vai sair assim. Só vou deixar você ir quando se acalmar.
_ Eu não quero ficar aqui perto de você. – Falo e acho que eu a atingir, finalmente.
_ O que?
_ Eu vim aqui na intenção de conversar com você e te fazer mudar de ideia, mas já vi que não vou conseguir, então pra que tentar? Pra continuar me magoando? Não, já chega, eu já sofri demais, nesses últimos dias eu corri atrás de você igual um cachorrinho, e você só me ignorando. Vim até assa maldita festa na intenção de te fazer mudar de ideia e voltar comigo, mas depois de tudo isso que aconteceu aqui, eu desisto... desisto okay? não vou te procurar mais. Então pode me soltar que eu vou ir embora e fazer o que você tanto quer, vou me manter longe de você.
A cada palavra mais lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Quando saí de casa essa noite eu imaginei que minha noite seria totalmente diferente, pensei que iria conseguir fazer ela mudar de ideia e que nós duas juntas iríamos voltar pra casa. Mas vejo que eu estava totalmente errada.
_ Gabi, eu te amo. – Ela diz, também com lágrimas nos olhos.
_ Eu também te amo, mas no momento, eu te odeio também.
Empurro ela e saio do seu aperto. Olho mais uma vez pra ela, seco minhas lágrimas e me viro saindo dali.
Fim do capítulo
O que acharam?
Chorei novamente escrevendo esse capítulo, principalmente esse finalzinho.
Gabi estava toda confiante que ia conseguir fazer a Fernanda mudar de ideia, mas a Policial é teimosa demais e não cedeu.
Mas depois dessas palavras finais da loirinha será que ela ainda vai se manter firme nessa decisão?
Vamos descobrir junto nos próximos capítulos.
Comentar este capítulo:
patty-321
Em: 13/09/2022
Complicadíssimo. Não há certo nem errado, cada uma com seu ponto de vista, achando q é o melhor.
Resposta do autor:
Exatamente, nesse caso as duas acreditam que estão certas, e se olhar para o ponto de vista de cada uma, as duas estão certas.
Muito complicado isso...
[Faça o login para poder comentar]
Marta Andrade dos Santos
Em: 12/09/2022
Eita Fernanda!
Resposta do autor:
Eita mesmo...
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]