"Só percebemos o quanto a vida era vazia e incompleta, quando encontramos um verdadeiro amor".
1. Princípio
Mônica e Thayná, estudam na mesma faculdade, no campus da Unesp, em Franca, interior do estado de São Paulo. Já tinham se visto na universidade, estudam a noite, em cursos diferentes.
As duas são jovens e lindas, Mônica tem 21 anos, é loira, seu rosto é fino, olhos verdes e cabelos longos. Thayná é um ano mais nova, também tem o cabelo liso e cumprido, quase alcançando a cintura e é castanho escuro, da mesma cor dos seus olhos.
Em uma festa universitária novamente se cruzaram. A Mônica chegou com um casal de amigos, já Thayná foi com seus colegas de turma. Em determinado momento começaram a trocar alguns olhares, depois de algumas doses de ‘coragem líquida', nada como o álcool para encorajar as pessoas, elas resolveram se aproximar.
- Oi, prazer, Mônica (se apresentou toda sorridente).
- Olá! Eu sou a Thayná. Gostando da festa?
- Sim e você?
- Também. O que você cursa?
- Direito e você Relações Internacionais.
- Como você sabe?
- Está escrito na tua camiseta (falou apontando).
Foi a primeira vez que deram risadas juntas. Elas continuaram conversando, Thayná contou que é de Ribeirão Preto, já Mônica nasceu e cresceu em Franca mesmo.
- Já acostumada com a cidade?
- Sim, estou no terceiro ano do meu curso, sofri no começo, com saudades dos amigos e da minha família, principalmente da minha mãe, que é a minha melhor amiga, nós conversamos direto por chamada de vídeo. Com o tempo fui me acostumando.
- Que bom. Eu não sei se me acostumaria, sou ligada na minha família, vivo grudada nos meus pais e sinto saudades do meu irmão, quando ele viaja com o amigos, apesar dele me atormentar todos os dias, adoro aquele meu peste de estimação.
- Eu sou filha única, deve ser bom ter irmãos.
- É bom sim. Quer mais chopp?
- Não, obrigada.
- Já parou?
- Parei, não quero trabalhar com ressaca amanhã.
- Trabalhar aos sábados deve ser cansativo, ainda bem que o escritório só funciona na semana.
- Sorte a tua. Eu vou contigo até o bar.
Mônica bebeu mais duas canecas e também resolveu parar, não queria ficar bêbada e estava gostando de papear com Thayná.
- Amiga, tem uma menina que quer ficar com você, vem cá que vou te apresentar (um rapaz chegou falando para morena).
Ela ficou toda sem graça, também estava gostando da companhia da outra.
- Vai lá (a loira disse já se afastando).
- Hoje não cara, valeu (respondeu).
Ele ainda insistiu, mas, ela desconversou e foi atrás de quem realmente tinha interesse.
- Procurando seus amigos?
- É, acabei me perdendo deles e tem tanta gente. Acho que vou mandar mensagem.
- Ou eu te ajudo a procurar por eles.
- Não se animou para ficar com a moça que seu amigo falou?
- Não (respondeu rápido e sem titubear).
Elas ficaram se olhando, uma aguardando a outra desviar o olhar, porém, ninguém o fez, ambas continuaram sustentando, não sentiram nenhum desconforto e muito menos tensão, pelo contrário, ficaram longos minutos se admirando.
A conexão inicial foi interrompida, pois, o celular não parava de tocar.
- Como queria beber, deixei meu carro em casa e vim de carona com um casal de amigos, eles estão cansados e vão embora (explicou assim que a ligação foi encerrada).
- Eu também vou indo, não quero trabalhar virada e vai ser bom dormir um pouco.
- Gostei de te conhecer e a gente se encontra.
- Eu também gostei, me passa seu número, podemos marcar alguma coisa e assim vamos nos falando (pediu aproveitando a oportunidade).
Trocaram contato, se despediram com um abraço e beijos no rosto.
No sábado, Thayná saiu da cama cedo demais, para alguém que foi dormir só de madrugada, por isso, ela preferia as festas aos sábados, já que no domingo não tinha hora para acordar. Mônica pretendia dormir até tarde, mas, acabou despertando por volta das dez da manhã, devido ao barulho da obra ao lado da sua casa e cruzou com seu irmão no corredor, logo notou que ele tinha acordado pelo mesmo motivo.
- Cedo demais, que barulho infernal, levantei com dor de cabeça, essa obra nunca acaba.
- Bom dia! Tua noite foi boa?
- Mana, bom dia. Foi normal. Hoje vai ser melhor, depois de jantar com nossos pais, vou numa balada com uns amigos. Queria ter dormido mais.
- Eu também, mas, parecia que tinha uma britadeira dentro do meu quarto.
Eles tomaram café da manhã juntos, depois ficaram jogados no sofá e cochilaram mais um pouco até o horário do almoço. Enquanto Thayná trabalhou a manhã inteira.
Elas trocaram mensagens no final do dia. Desta vez a iniciativa partiu da Mônica.
Boa tarde! Tudo bem?
Como foi seu dia? Trabalhou bastante?
Boa tarde! Bem e você?
Foi corrido, sábado tem muito movimento.
Já trabalha na sua área?
Ainda não. Numa loja de calçados no centro.
Entendi e hoje vai descansar?
Vou sim, quero dormir muito e você o que vai fazer de bom?
Jantar com a minha família e assistir uma série.
Já tem compromisso para amanhã?
Ainda não e você?
Por enquanto nada, me chamaram para sair hoje, mas, estou cansada.
Vou ver se tem algo legal amanhã e te aviso. Bom descanso!
Obrigada e para você também. Beijo!
Elas voltaram a conversar no domingo. Mônica comentou que uns colegas divulgaram sobre tocar num barzinho e marcaram de ir.
Já estou saindo, te vejo lá.
Eu acabei de sair do banho, vou me arrumar, até logo!
Elas já conheciam o local, que é famoso entre os universitários e naquela tarde a programação era feijoada com pagode. Thayná chegou primeiro, aproveitou para pegar um lugar para elas e ficou mexendo no celular enquanto aguardava.
- Oi, te deixei esperando muito?
- Oi, não. Tem só uns quinze minutos que cheguei e ainda nem começou a música ao vivo (respondeu e levantou para cumprimentá-la).
- Que bom. Eu me arrumei rapidinho e não moro longe. Já almoçou?
- Ainda não e você?
- Também não. Adoro a feijoada daqui, é bem temperada. Gosta?
- Vou descobrir hoje, ainda não provei. Já vim aqui antes, mas, só tinha pedido porção.
- Tomara que você goste. Podemos já pedir?
- Claro.
Fizeram os pedidos e começaram a comentar sobre gostos musicais. Terminaram de almoçar e o grupo começou a chegar já montando os equipamentos.
- Mônica, você veio e aí tudo bem? (O vocalista falou se aproximando).
- Marquinhos, tudo certo e contigo? Trouxe uma amiga e fiz propaganda, olha lá hein.
- Pode deixar que vamos representar, aproveitem meninas e obrigado pela força.
A loira contou que conhecia ele do colégio, a morena citou que já tinha ouvido o pessoal da faculdade comentando bem sobre o grupo e que queria mesmo conhecer.
- O bom é que acaba cedo. Domingo tem que ser assim, ainda mais para nós que trabalhamos e estudamos.
- Com certeza, para começar a semana bem. Acaba geralmente que horário?
- Aqui aos domingos abre meio dia e fecha por volta das oito da noite.
A apresentação começou e elas curtiram muito, comentaram sobre as músicas, cantaram juntas, sambaram e tiveram uma tarde maravilhosa.
- Estacionei meu carro ali embaixo, você veio como?
- Vim de ônibus, o ponto é ali perto da esquina.
- Eu te levo, vai ser mais rápido.
- Não quero te dar trabalho, você mora próximo daqui.
- Sem problemas, ainda é cedo e nem tenho mais nada para fazer hoje.
- Certeza? Vai ser um rolê pela cidade.
- Relaxa!
Durante o trajeto comentaram sobre seus respectivos cursos e aproveitando que começo de semestre é mais tranquilo, combinaram de sair mais vezes.
- Muito obrigada e boa semana! Nos encontramos na faculdade (falou antes de sair do carro).
- Combinado e uma ótima semana para você também (disse depositando um beijo demorado na sua bochecha).
Fim do capítulo
Só para não deixar vocês no escuro kkk vou informar o que tenho em mente, pretendo postar semanalmente, por enquanto, o enredo está pronto apenas na minha cabeça, estou me organizando e a história não será longa, imagino menos de dez capítulos. Para quem me pediu histórias mais leves, depois de Zodíaco e do desafio com Facínora, já postei três curtinhas e finalizadas, agora também tem essa, então por gentileza, me valorizem hahaha e só para lembrar, amo receber comentários, o feedback de vocês é sempre muito importante, conversem comigo sem moderação, sou tagarela. Até breve!
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 04/11/2022
Foi gostoso de ver o reencontro delas, até o momento em que a Thayná deu um "gelo" na garota.
Mônica estava solteira,foi lá e se divertiu, certíssima.( Mônica não transou com ninguém,coisa que fazia sem pensar,antes de namorar a Thayná)
E ainda foi totalmente verdadeira com a Thayná.
Resposta do autor:
Thay tinha que causar né tudo indo bem, até ela morrer de ciúmes kkk
Mônica desde sempre sendo verdadeira e sofrendo com isso.
Logo retorno com o desfecho. Muito obrigada por acompanhar e comentar. Beijos, May,
Marta Andrade dos Santos
Em: 23/09/2022
Legal!
Resposta do autor:
Marta, como vai? Fico feliz em contar contigo em mais um conto. Boa leitura!
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Lea
Em: 07/09/2022
Aí que TUDO,me senti importante agora,ser mencionada pela a autora. Obrigada May. :?-?)
*
Minhas meninas lindas,como tudo começou.
O coração não aguenta de tanta felicidade.
E eu pensando que iria ter só o reencontro. May,você é incrível!
*
Bom feriado!
Bjus
Resposta do autor:
Lea, já diz o ditado: 'missão dada, é missão cumprida'! E já estou adorando escrever mais sobre elas.
Muito obrigada pela companhia por aqui, é sempre muito bom ler teus comentários. Beijocas!
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