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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 3127
Acessos: 2951   |  Postado em: 07/09/2022

Capitulo 1

ELISA

 

Beauty queen of only eighteen,

she had some trouble with herself

 

- Trecho da canção “She will be loved”, Marron 5.

 

Uma aluna brilhante, diziam. Com um grande futuro pela frente. Era assim que as pessoas costumavam falar quando se referiam a mim.

Meu nome é Elisabete Freitas, a garota com o futuro inteiro pela frente. 

 

Na manhã ensolarada em que nossa história começa, cheguei ao colégio discretamente, mas com a sensação de que haviam muitos olhares voltados para mim.  Sempre fui muito pontual, costumo chegar cedo, sentar na primeira fila e prestar bastante atenção ao professor durante toda a aula. Talvez por isso me achassem esnobe. Quando estou concentrada ignoro tudo a minha volta, mas não pensem que sou totalmente alheia ao que as pessoas acham de mim. Pessoas falam sobre os outros o tempo todo e no pequeno mundo da escola isso acontece sempre. A verdade é que eu tinha meu mundo e gostava de viver nele com minhas coisas bem certinhas, no devido lugar. Sou extremamente metódica. Meu pai diz que tenho TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo, por organização e limpeza, acho que herdei isso dele. 

 

Levei alguns minutos organizando meus cadernos e livros na carteira. Quando estava tudo pronto observei o relógio e percebi que ainda faltavam quinze minutos para o início da aula. Olhei ao redor, ainda não havia muita gente. Cumprimentei duas garotas que acenaram animadamente para mim, no entanto, não fazia ideia se alguma vez na minha vida as havia visto. Isso acontecia com frequência comigo, pessoas que achavam que me conheciam sem eu nunca ter dirigido à palavra a elas. Isso é o que deve ser popular, como a personagem Cher, interpretada por Alicia Silverstone, em “As patricinhas de Bervely Hills”, embora eu nunca ficasse pelos corredores do colégio distribuindo cumprimentos. Não sei que fim teve a carreira da atriz depois do fiasco como batgirl, mas isso não vem ao caso. O fato é que sou parecida com ela, fisicamente. E isso não passa despercebido pelas pessoas. Mas não deixo que me suba à cabeça, apenas gosto de me cuidar, não sou tão vaidosa como outras garotas que conheço. Acontece que a minha aparência de atriz de Hollywood dos anos 90 atrai os garotos como moscas na sopa e deixa as garotas com inveja. Odeio isso, odeio ser o centro das atenções. Já pensei até em pintar meu cabelo, mudar o visual, talvez assim me deixassem em paz. Mas ser bonita também tem seus benefícios. Qual a garota que nunca quis imitar a cena do sorvete em “Garota veneno” na qual a bela Rachel McAdams consegue o que quer, simplesmente por ser linda. Gostaria que a vida fosse como os filmes de comédia, e ninguém levasse as coisas tão a sério. 

 

Considero-me uma garota feliz. Uma garota que tem tudo: dinheiro, beleza e inteligência deve ser extremamente feliz, certo? Com essas qualidades, poderia ter todos aos meus pés, poderia fazer todos os caras me amarem, trans*r com todos para obter prazer e depois descartá-los. Poderia humilhar todas as garotas que nunca seriam nem metade do que sou. O que ninguém sabe é que o que mais gosto em mim mesma é meu sarcasmo, não abriria mão dele por nada nesse mundo. Faço piada de tudo isso. De todas essas coisas que fazem as pessoas acharem que estou acima de qualquer mortal. Essa vida de glamour não é a que quero para mim. Deixo isso para as pessoas de mente fraca. Gosto de pensar que sou como a Elizabeth Bennet de “Orgulho e Preconceito”, minha heroína favorita. Agradeço todos os dias a meu pai por ter me dado o mesmo nome dela. Queria que as pessoas me vissem como sou e não como a Alicia Silverstone e sua Cher Horowitz ou a Jessica de Rachel McAdams. Sinto pena das pessoas que sentem inveja de mim. 

 

A essa altura, devem estar pensando que essa história é sobre mim. Mas estão enganados, essa história é sobre ela e como a conheci nessa manhã quente e abafada de agosto. Como estava dizendo, lá estava eu sentada esperando a primeira aula do semestre que seria o último de minha vida escolar. Eu estava ansiosa pela faculdade, queria sair o quanto antes daquele colégio no qual estudei a vida inteira. O Yves Freitas era uma escola particular pertencente à minha família. Fundada por meu bisavô, o qual meu pai se referia como vovô Yves com saudosismo. Por isso e por minha beleza, inteligência e etecetera, alguns babacas me apelidaram de “A rainha do Yves Freitas”. Soube que o pessoal do fundão adaptou o título para “A rainha dos tolos”. Os admiro pelo espírito zombeteiro e não me sinto nem um pouco ofendida com isso.

 

Permaneci sentada com o pensamente longe e só me movi quando um rosto conhecido apareceu, com um sorriso enorme.

 

-- Lisa! -- Gritou uma garota sorridente, jogando-se em cima de mim quase imediatamente que me viu.

-- Calma, Becca assim você me amassa! -- A repreendi dando-lhe também um grande sorriso.

-- Também estou muito feliz em te ver, sua boba -- Disse ela rindo de minha preocupação - Deixa de paranoia não tô amassando sua roupa. Você está deslumbrante como sempre!

-- Obrigada, Becca. Você é que está maravilhosa -- Retribui, reparando no conjunto saia e blusa que Becca usava, parecia que havia acabado de sair de um episódio de “Pretty Little Liars” em que as jovens protagonistas vão para o colégio como a um desfile de moda.

 

Eu gostava de me vestir bem, mas em relação à Becca o meu visual era sempre mais discreto. Nesse dia, eu usava calça longa e uma blusa de botões que combinava com minha bolsa preta e impessoal que era o oposto da bolsa espalhafatosa que Becca comprara para o novo semestre escolar.

 

Preferi não comentar como achei ridícula a tal bolsa, mas essa era a Becca, Rebeca Frota, minha melhor amiga no mundo inteiro. Conheço-a desde criança, meu pai havia me dito que brincávamos juntas desde o berço. Não poderia existir no mundo alguém tão diferente de mim, talvez por isso nos déssemos tão bem. Amo-a de todo o coração como a irmã que nunca tive.

 

Becca acomodou-se em uma carteira a meu lado e desatou a falar.

 

-- Minhas férias foram incríveis. Você não imagina como a Itália é linda!

-- A Itália ou os italianos? -- Interrompi. Becca fizera questão de mandar várias mensagens e fotos da sua viagem, já conhecia todo o itinerário que ela fizera.

-- Ah, nem me fale, amiga. Nunca vi tanto homem bonito na minha vida. Você não imagina como é bom ter um italiano em seus braços...

-- Não começa Becca! Não quero saber de suas aventuras sexuais. É mais informação do que eu preciso -- Brinquei, tapando os ouvidos.

-- Só diz isso porque você não sabe como é bom curtir a vida. Elisa quando é que você vai deixar de ser tão séria? Deixa os estudos de lado um tempinho para curtir os prazeres que a vida pode oferecer.

-- Becca, não quero falar sobre minha vida amorosa essa hora da manhã -- Falei, mas não estava irritada com ela de verdade, Becca me conhecia o suficiente para saber disso, então continuou:

 

-- Você quis dizer sobre a inexistência da sua vida amorosa, não é? -- Disse Becca, mas ao ver a expressão divertida no meu rosto, ela disse: - Você continua nem aí para namoros, não é? Mas esse semestre, prometo levar você para todas as baladas, assim pode conhecer vários gatinhos e...

-- Ok, Becca, não estou nem um pouco interessada. Já estou bastante ocupada com meus estudos.

-- Sempre essa de estudos, você não tem jeito mesmo, desde pequena enfiada nesses livros. Sinceramente nunca entendi essa sua fixação, mas não vamos brigar por bobagens.

 

Sorri para ela.

 

Conversamos mais um pouco, nesse meio tempo outros colegas foram aparecendo. Cumprimentei duas garotas de meu time de vôlei que estavam particularmente animadas pelo início dos treinos. Assim como elas, também não via a hora de voltar a treinar. Nada me fazia me sentir melhor do que praticar uma atividade física.

 

Quando o professor chegou todos sentaram em silêncio em suas carteiras, ouviam-se apenas uns burburinhos vindos da turma do fundão. A primeira aula do dia era do professor Bóris da matéria de matemática. Becca suspirou fundo, horrorizada com a ideia de a primeira aula numa segunda-feira fosse logo matemática, matéria da qual ela não era tão boa. Quanto a mim, estava radiante. Tenho orgulho de ser a fundadora de um clube de matemática no Yves Freitas que havia ganhado medalhas em torneios nacionais.

 

Sentada na frente, mal pisquei enquanto o professor passava a matéria. Tudo corria bem, mas lá por volta das oito e meia a aula foi interrompida pela presença de alguém que chegara terrivelmente atrasado. Todos olharam para a garota alta parada à porta. Acho que estavam espantados com o aspecto diferente dela. Tinha cabelos pretos e rebeldes, caídos até quase a cintura. No nariz, um piercing discreto. As roupas, escuras e totalmente fora de moda.

 

-- Pode entrar, garota. -- Disse Boris mudando o foco de sua atenção da expressão algébrica no quadro.

 

Ela poderia estar intimidada com todos os olhares voltados para ela, mas quando falou sua voz era firme:

 

-- Obrigada, professor. Desculpe o atraso.

-- Tudo bem. Acredito que o diretor Roger a prendeu mais que o necessário. - E deu uma risadinha - Gostaria de aproveitar a ocasião e dizer o seu nome para a turma.

 

A garota não pareceu nem um pouco entusiasmada com a ideia. Quando falou, seu olhar fixou o vazio.

 

-- Me chamo Ágata Hoffmann.

 

O professor Boris sorriu radiante.

 

-- Pessoal, essa é a minha sobrinha Ágata. Não sabem como nosso colégio se sente honrado em tê-la conosco esse ano. Trata-se de um verdadeiro gênio da matemática, não digo isso só porque ela é minha sobrinha. Entre tantos convites de instituições do país e - enfatizou - de fora do país, ela escolheu nos brindar com sua presença. Não é exagero dizer que tudo que aprendi sobre matemática devo a ela.

 

Ouvi alguns risinhos abafados, Bóris tratava a sobrinha como uma celebridade. Ela, no entanto, não parecia muito interessada em ficar ali em pé diante da turma nem mais um minuto. Por isso, pediu permissão ao tio para sentar-se.

 

-- Oh, sim, querida. Deixe-me ver, infelizmente não há mais lugares na frente.

 

Ágata não esperou. Dirigiu-se para o fundo da sala. Alguns olhares a seguiram, inclusive o meu. Ela era diferente de todos os outros no colégio. Confesso que, de início, achei deselegante que ela chegasse atrasada. Isso porque não era o tipo de coisa que eu faria.

 

A aula recomeçou. No entanto, a recém-chegada não teve sossego. O professor Bóris a chamou diversas vezes ao quadro para ajudá-lo a resolver equações. Se ele não fosse tão distraído ou não estivesse tão animado talvez notasse o olhar de ódio da sobrinha diante daquela situação. Em determinado momento, Ágata parecia ter se cansado dos olhares dos outros alunos às suas costas. Impaciente, ela respondeu a equação em um segundo, escrevendo apenas um número no quadro. Bóris fez questão de verificar se estava correta e em vez de deixá-la ir, pediu que fizesse o mesmo com outra equação e depois outra. Fiquei impressionada com isso. Enfim, não era exagero do professor, a garota devia ser mesmo um gênio.

 

Quando a aula acabou, Ágata foi a primeira a correr para o intervalo antes que o professor pudesse pensar em pedir para que ficasse.

 

Mais tarde, na cantina do colégio, Becca não perdeu a oportunidade de debochar da garota nova. Ela sentava ao meu lado assim como um colega nosso chamado Rodrigo.

 

-- E que diabos é aquilo que ela estava vestindo? Um assassinato da moda, isso que é. Alguém tem que avisar a ela que aqui é uma escola e não um show de rock. Quem ela pensa que é, Joan Jett?

-- Adoro a Joan Jett, ela é gostosa -- Comentou Rodrigo abocanhando um pedaço de sanduíche.

Becca censurou o amigo com um olhar, e disse:

-- Ninguém pediu sua opinião.

-- Ok, não está mais aqui quem falou -- Disse Rodrigo -- mas que ela é gostosa, ela é.

-- A nova aluna ou a Joan Jett? -- Perguntou Becca.

-- As duas. -- Respondeu ele.

-- Homens! -- Bufou Becca

 

Dei uma boa risada com a conversa dos dois. Também adoro a Joan Jett, as músicas, a atitude, o visual. Para mim, ela é eterna. Mas não esbocei minha opinião sobre isso. Sou capaz de conversar horas sobre o que gosto, se me deixarem. Mas permanecei na minha.

 

-- E você Lisa está tão calada. O que achou da nova aluna?

-- Ela parece inteligente -- Comentei sem emoção.

-- Oh, você é bem mais inteligente que ela -- Constatou Becca, confiante.

Às vezes, fico emocionada com o modo fervoroso com que Becca me defende. Se houver um fã clube para mim, ela com toda certeza é a presidente.

 

-- Obrigada, Becca. Você está sendo gentil. Mas eu nunca conseguiria fazer uma equação enorme daquelas só de cabeça e em tão pouco tempo.

-- Lisa, não me diga que não ficou chateada com o professor babando ela toda hora. Isso é só porque ela é sobrinha dele.

-- Ela também não parecia está muito feliz com a situação -- Interrompeu Rodrigo.

-- Ninguém te perguntou nada -- Cortou Becca.

-- Ele tem razão, Becca -- Disse eu, com sensatez.

-- Enfim, não se preocupe, amiga. Vou levantar todas as informações possíveis sobre sua rival.

-- Rival? Quem falou em rivalidade Becca?

-- Tudo bem, você tem razão. Afinal, ela não seria páreo para você!

-- Ah, Becca só você mesmo... 

Não pensei na nova garota como uma rival. Não me importava com status de garota mais inteligente do colégio. Até achava que isso era um exagero das pessoas. Foi assim que me senti durante esse dia em relação a ela, no entanto, ao longo da semana fui tomada por uma sensação que nunca havia sentido antes. Talvez no fim das contas, eu tivesse mesmo uma rival...

Começou na terça-feira pela manhã, teríamos a primeira reunião do semestre do clube de matemática com o professor Bóris. Fui a primeira a chegar. Depois veio Érica, uma descendente de orientais baixinha e de olhar manso e Renato, um garoto alto e atlético e muito descarado para o meu gosto. Ambos membros do grupo. Por último e para minha surpresa, Ágata aparecera.

Renato não escondeu como ficou impressionado com a garota nova. Não pude deixar de reparar no olhar malicioso que lançou à Ágata, devorando-a. Quase enrubesci, embora aquilo não houvesse sido comigo.

-- Bem, garotas e garoto -- Começou Bóris -- Como vocês devem saber, essa é a Ágata, minha querida sobrinha. Estou indicando-a para fazer parte do clube de matemática e estudar conosco para as olimpíadas que ocorrerão no fim do ano.

Érica cumprimentou Ágata gentilmente. Renato fez questão de apertar a mão da garota, olhando-a com interesse.

-- Sou Elisa -- Falei, estendendo a mão para Ágata que a apertou com firmeza.

Ela mal dirigiu a palavra aos presentes e tive a impressão de que não estava ali de boa vontade. Fiquei chateada com isso, se ela não queria fazer parte daquele grupo, a porta estava aberta para sair quando quiser. Mas acho que devia existir algum outro motivo para ela continuar ali, como se houvessem roubado seu livre arbítrio.

Feitas as apresentações, elaboramos um cronograma de estudos.

 

***

Na quarta-feira, acordei bastante animada para o treino de vôlei. Como havia sido programado, a treinadora abriria seleção para novas jogadores, como acontecia a cada início de semestre. Mais uma vez para minha surpresa, Ágata estava entre as novatas. Reuni-me com as veteranas nas arquibancadas para ver a seleção.

-- Será que esse ano teremos algum reforço? - Perguntou Alice, uma das jogadoras do time.

As meninas assistiram enquanto um desfile de garotas descoordenadas errava o alvo ou não conseguiam fazer a bola atingir altura suficiente para fazê-la passar pela rede.

-- Pelo visto não. Elas são péssimas -- Debochou Mary, meio-de-rede.

Algumas das meninas já estavam deixando as arquibancadas, desanimadas.

Acompanhei-as, mas ao ver que a próxima a ser testada seria Ágata, parei de repente e disse:

-- Esperem meninas! Essa eu quero ver, acho que vai ser interessante.

Vi-me tomada de curiosidade e lá no fundo desejei vê-la se dá mal que nem as outras garotas que apareceram até aqui para o teste. Não sei de onde veio esse pensamento, mas acho que comecei a me sentir de algum modo ameaçada por aquela estranha. Observei-a enquanto preparava-se para começar, seu longo cabelo estava amarrado no alto da cabeça, ela usava um short colado que deixava visualizar suas curvas. Curvas que eram imperceptíveis nas roupas que ela usava normalmente. Ela era magra e de braços longos. Reparei que tinha seios pequenos já que mal se podia notá-los pela blusa. Percebi pela primeira vez que ela era bonita e entendi porque atraía o olhar dos garotos.

Para minha decepção e alegria de minhas companheiras de time, Ágata arrasou, principalmente na finalização das jogadas. Ela tinha um olhar concentrado e o rosto muito sério, quando tocava na bola soltava o braço com ferocidade sem deixar chances de defesa para ninguém.

-- Nossa, ela é fantástica! -- Comentou Paula, pivô do time.

-- Até parece profissional -- Constatou outra das jogadoras.

-- Viram o ataque dela, que precisão e força. Perfeito! -- Maravilhou-se Mary.

-- E que pedaço de mau caminho! -- Comentou Gabriela, uma morena de um metro e oitenta que não escondia de ninguém sua orientação sexual -- Com essa menina no nosso time, vai ser difícil eu me concentrar.

-- Vai baixando a bola, Gabi - Falou Natália, capitã do time -- Tem razão, meninas. Ela é boa. A treinadora com certeza não vai deixar esse talento de fora. Parece que teremos reforço para esse ano, no fim das contas.

 

Fiquei boquiaberta. Aquilo estava mesmo acontecendo? Em menos de dois dias aquela garota se mostrara melhor do que eu em matemática e no vôlei. Entendam, nunca tive inveja de ninguém e por isso estranhei minha própria reação. Não pude negar que ela havia me afetado. E nos dias que se passaram aquilo começou a me perturbar mais ainda. Afinal, o que estava acontecendo comigo e porque eu começava a achar que aquela garota esquisita estava tentando me roubar algo?

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capitulo 1:
Lea
Lea

Em: 24/10/2022

Elisabete é uma esnobe,mesmo não querendo ser. Espero que ela não prejudique a Ágata,por pura inveja!

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