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Fora do tempo por shoegazer

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Palavras: 3267
Acessos: 740   |  Postado em: 17/08/2022

15. Rebobinar

 

— Ana Clara, você precisa se levantar.

Ela nada respondeu, e Júlia resmungou baixo, aproximando-se da cama, balançando seu pulso até que ele pendeu novamente no colchão.

— Sabe que ficar aí não vai adiantar em nada. Já aconteceu.

Ana Clara lançou um olhar fulminante para Júlia, dizendo nas entrelinhas que sabia em disso, mas para ela, a resposta era só uma.

— O que eu posso fazer, Júlia? – ela se apoiava nos cotovelos – O que quer que eu faça?

— Não sei, mas com vocês duas nessa condição, fica difícil.

A situação de Coralina não era diferente de Ana Clara. Há três dias elas se encontravam ali, inertes, mas enquanto Ana era envolta em um torpor de impotência de uma guerra que já considerava perdida, Coralina tinha aquela sensação intragável. Todos sabem que um dia irão partir, mas saber que daqui a alguns anos sua melhor amiga e confidente seria fadada a uma vida infeliz na qual terminaria em uma tragédia era difícil de aceitar.

Só que, enquanto uma remoía a ideia de sua amada ter um destino inesperado e outra repassava em sua mente o que tinha dado de errado na vida dela pra ter acontecido as coisas do jeito que aconteceram, para Júlia aquilo era como ver um filme que se repetia.

E o qual esperou a vida toda, até ali, para aquele momento.

— Vocês não conseguem perceber que podemos mudar essa situação? Que agora temos uma chance pra fazer diferente?

— Mas como, Júlia? – murmurava Coralina sem expressão, balançando um bibelô de porcelana nas mãos – Minha melhor amiga daqui a um tempo nem vai lembrar que eu existo, vai casar, ter um filho, morrer com um monte de gente...E aí?

 Ana Clara fazia uma careta do outro lado do quarto, suspirando. Toda vez que lembrava dela com outra pessoa, vivendo uma vida a dois, tendo um filho e sendo uma daquelas mulheres que ela detestava, sentia enjoo. Fazia de tudo para não associar uma coisa à outra, mas era quase impossível.

— E aí que... – Júlia deu com as mãos no ar – vocês não acham que ela tem relação com tudo isso? E que é justamente por isso que estamos aqui, com vocês, nesse exato momento, e não com outra pessoa? Porque é o que faz sentido – e se voltou para o quadro, riscando o nome de Laura já riscado – vocês não pararam pra pensar por nenhum segundo que ela...

— Eu não quero mais saber disso, Júlia! - Ana Clara grunhiu da cama em um tom acentuado – Você só consegue pensar nisso? Não consegue dar nenhum tempo dessa merd* toda?

— Você quer que eu dê um tempo de salvar um monte de gente, incluindo a sua namoradinha, só porque agora você tá magoada? – ela dizia ríspida, indo em direção à Ana Clara que sequer se mexeu, só a encarando de onde estava.

— Ju, releva, a Ana só precisa de um tempo pra...

— Não acha que já perdemos tempo suficiente pra vocês remoerem isso? – ela batia com o indicador na mesa – Nós temos a oportunidade de fazer alguma coisa mais perto do que nunca e eu tenho que esperar a boa vontade da Ana Clara com as bobagens dela?

— Tudo que não remete as suas vontades é bobagem, Júlia – Ana Clara falava em um tom magoado, mas não sem antes ter suas palavras repelidas pelo olhar cortante de Júlia.

— Se você quer aceitar esse destino, o problema é seu – e deu um tapa contra o próprio peito – mas eu vou fazer o que puder pra fazer diferente, contigo do meu lado ou não.

Júlia, cerrando os dentes, respirou fundo e andou até a porta a passos pesados, mas antes de sair, Coralina interviu.

— O que você vai fazer? – ela dizia suplicante segurando o ombro de Júlia ao vê-la com as sobrancelhas cerradas e respiração pesada.

— O que eu devia ter feito há muito tempo.

E bateu a porta, deixando Coralina e Ana Clara ara trás, mas sem antes fazer uma breve pergunta para a dona da casa.

— Dona Graça, onde fica a casa da Laura?

Após a resposta, ela saiu pela porta da frente, deixando uma Coralina aterrorizada.

— Ana, ela foi atrás da Laura, e agora?

Ela deu com os ombros como resposta. Naquela altura, o torpor que a envolvia tinha amergulhado fundo demais para se importar com o que poderia acontecer ali pra frente. Enquanto Júlia era notoriamente racional, Ana Clara deixava se envolver por suas emoções até demais. Vivia os amores intensamente, e seus baixos tão intensos quantos. Para Júlia, tudo não passava de mero descontrole emocional, ou mais um de seus casos de imaturidade.

— Ana Clara, a gente precisa ir atrás dela, é sério.

— Pra quê? – ela disse se virando para outro lado – Ela não quer resolver as coisas do jeito dela?

— Mas se ela vai falar com ela, não acha que isso nos diz respeito também?

— Problema é dela, Coralina, já disse que não quero me meter nisso.

— Então... – ela suspirou, pegando algumas coisas que estavam dispostas na escrivaninha – eu vou indo. Não estou nem um pouco no humor de lidar com isso, mas não quero deixar a Júlia sozinha nessa. E você, está?

 E se entreolharam em silêncio.

Só que, por outro lado, Laura regava as plantas do jardim suntuoso de sua mãe sem imaginar metade das coisas que aconteciam na casa da amiga. Na verdade, tinha a impressão de que algo estava fora de dissonância ali, como o seu eventual sumiço junto a Ana Clara. Ligou para a casa, mas sua mãe falou que ela estava ocupada, assim como da outra vez. Pensou em visita-las, mas se sequer responderam as ligações...

Cogitava a possibilidade que talvez Ana Clara não quisesse mais vê-la, e seu coração se enchia de angústia. Para ela não fazia sentido, já que a última vez que tinham se visto tinha sido maravilhoso, incrível como ela nunca tinha se sentido antes. Pensou se o motivo não era o fato dela ter tentado ir para a cama com ela e ela ter negado, mas...

Não, Ana Clara não era esse tipo de pessoa. Devia ter acontecido outra coisa, e devia ter sido o mesmo com a Coralina. A não ser que Coralina soubesse delas duas, o que também não era uma possibilidade que a agradava, mesmo sabendo que se tratava de sua grande companheira.

Ouviu um barulho na porta, mas não deu atenção até que sua mãe apareceu onde ela estava, apontando para trás.

— Tem uma moça atrás de ti.

Seu peito palpitou com a possibilidade de ser Ana Clara, mas enquanto deixou o regador de lado e limpou as mãos, em vez de seu corpo ter sido tomado pelo calor que ela proporcionava, a sensação foi totalmente oposta. Ela olhou com estranheza à figura na sacada, e se aproximou a passos lentos.

Júlia levou o olhar até ela, ainda com os braços cruzados, analisando a paisagem do lado de fora, mas não disse nada.

— No que posso ajudar?

— Podemos conversar? – Júlia disse em seu tom ríspido habitual, o que fez Laura estranhar ainda mais aquela situação.

— Claro, você quer tomar alguma...

— A sós.

E se virou para ela. Laura sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

— Pode ser?

Ela se prestou a só concordar e avisar a sua mãe que iria sair. No caminho silencioso, Júlia parecia mais taciturna do que o que já tinha visto, e pelo que via, não seria ela primeiro a puxar assunto.

— É... Aconteceu alguma coisa?

Júlia concordou, e Laura sentiu aquele incômodo no âmago de seu estômago.

— E o que aconteceu? Foi alguma coisa com a Ana Clara?

Ela voltou a concordar, e Laura em vez de sentir só um incômodo, ele deu voz ao desespero que estava entranhado em sua mente há dias. Júlia parou de caminhar em um lugar ermo, poucos passos a frente de Laura, e respirou fundo. Iria precisar tomar coragem para fazer o que iria fazer.

— Se você tivesse a chance de fazer seu futuro diferente, Laura Akemi, você faria?

Por um instante, Laura pensou não ter entendido o que ela tinha dito.

— Você me chamou de quê?

—Laura Akemi Takahashi – ela continuou a dizer – você não nasceu no diz treze de março de sessenta e oito, tem três irmãos e uma mancha de nascença na nuca – e apontou para o pescoço.

Laura não soube o que dizer, além do esperado:

— Como você sabe disso?

— Sei mais do que pode imaginar, inclusive que você vai morrer daqui a exatos vinte anos em um atentado.

Laura cerrou os olhos, e depois de alguns segundos, começou a rir a ponto de gargalhar.

— Júlia, não sabia que você era de brincar...

Mas, antes que terminasse de falar, deu de cara com o olhar sombrio de Júlia em sua direção.

— E não sou.

E, para sua surpresa ou temor, ela não parecia mesmo estar brincando.

— Akemi, eu vim do futuro, e tenho a convicção de que você é a peça-chave pra mudar o que aconteceu.

Laura não sabia como reagir. Se corria, chamava a polícia ou simplesmente ia na conversa sem sentido de Júlia, mesmo que a seriedade do que era dito a deixasse visivelmente incomodada. Será que Júlia era maluca e estava em surto, e quando estava bem ficava calada? E que tinha que a levar de volta para a casa de Cora pra ver o que elas faziam com isso?

— Certo, Júlia... – ela tentava se manter o mais calma possível – vamos conversar com a Cora sobre e...

— Eu sei do seu caso com a Ana Clara.

E ela emudeceu, pressionando os lábios.

— É... – ela fechou os olhos, tentando processar toda aquela conversa que tomava rumos cada vez menos esperados, mas Júlia parecia determinada a colocar as cartas naquela mesa.

— E você vai se casar com um cara só pra esconder da sua família, isso se eles já não desconfiam...

— Júlia, para!

Nesse momento, quando Júlia viu Laura respirar pesado, os lábios trêmulos e cabeça baixa, que suas suspeitas só se confirmavam. Mas, diferente das demais, para alcançar o que queria, ela iria mais fundo.

— Você vai se casar, viver com um cara e vai ter um filho e, Akemi...

— Para de me chamar disso! – ela disse entre os dentes, visivelmente chateada – Eu não sei de onde você tirou esse nome, mas...

— Eu já te disse, eu vim do futuro, e a Ana Clara também – ela se aproximou de Laura já abalada, que recuou – e ela está com medo de te contar porque gosta de você e...

— Chega! – ela deu com as mãos no ar – Eu vou falar pra Coralina dessa sua loucura.

— Eu não estou louca – Júlia falou pontualmente, engolindo em seco – eu preciso da sua ajuda.

— Você é que está precisando de ajuda – ela riu com desdém – ou vai me dizer que meteu até a Coralina no meio disso? Ela sabe dessa sua conversa fiada?

Júlia concordou, e ela riu ainda mais esnobe.

— Só me faltava essa... Você fala meia dúzia de coisas sobre mim, inventa outras e aí quer que eu faça o quê? Te ajude com o quê?

— Estou inventando que você gosta de garotas? – ela deu com os ombros, o suficiente para Laura dar um gemido de descontentamento.

— Para de falar isso, Júlia! – e apontou pra própria cabeça – e você não tem um pingo de juízo, pelo visto.

— Eu não estou inventando isso – ela dizia entre os dentes – não viria até você falar isso se não fosse verdade.

— Quer saber? Eu vou avisar alguém...

— Ela não está mentindo.

Laura virou assim que ouviu a voz de Coralina de fundo, e Júlia respirou aliviada de fundo.

— O quê, Cora?

— A Júlia não está mentindo – ela disse pausadamente, enquanto Laura a olhava estranha, como se a desconhecesse – sei que parece estranho, mas é sério.

— Você ao menos sabe o que ela disse?

Coralina concordou com um aceno, e Laura cerrou os olhos. Até mesmo sua amiga, tão centrada, tinha perdido o juízo, deixada levar por aquelas loucuras ditas?

— Nós temos como provar, eu juro.

— Não...Isso é... – Laura balançava a cabeça – não faz sentido. Ela – apontou na direção de Júlia – me disse um monte de coisa, Coralina, de que eu ia casar e ia morrer e que ela e a Ana Clara vinham do futuro, e você vem me dizer que tem como provar?

— Porque tenho como – Júlia voltou a ponderar – se não acredita em mim, então dê uma chance pelo menos para ela.

— E se você só deu um jeito de...

— Laura – Coralina a interrompeu, segurando em seus braços – eu juro que tem como.

Ela as encarou aturdida, o lábio entreaberto como se faltasse o ar, mas na verdade lhe faltavam as palavras certas. Aquela era uma situação em que parecia que ela estava errada e as outras estavam certas. O que faria? E se aquilo, de algum jeito bem estranho e inexplicável, fosse verdade?

— Eu só acredito vendo.

Segurou no braço da amiga e seguiram até sua casa, com Júlia andando a alguns passos atrás, desconfiada. Não confiavam uma na outra, mas Laura devia confiança a Coralina, e se caso tudo aquilo não bastasse de mero delírio das duas, poderia ser resolvido em uma breve conversa com sua amiga, uma que deixasse bem evidente como aquelas fantasias que tanto consumia estava afetando-a.

Possivelmente, Ana Clara não estaria envolvida nisso. Não teria como.

Quando chegaram, o clima pesava entre as três, mas nada comparado a quando Laura encontrou com Ana Clara e correu para abraça-la. Sequer ligou para sua aparência desleixada ou o calor que fazia naquele quarto fechado, muito menos para as outras duas que as olhavam.

— Ei, você sumiu. O que...

Mas Ana Clara estava estranha. Não a conseguiu abraçar de volta, e nem conseguia olhar em seus olhos. Seu sorriso esmaeceu, e o olhar de estranheza percorreu por ela, tentando segurar seu rosto, que desviava.

— O que foi?

Ana Clara pressionava os lábios, como se engolisse o que estava sentindo. Não era um bom sinal.

— Vamos, Ana Clara, fala – Júlia dizia entre os dentes do outro lado do quarto, mas ela permaneceu com o olhar baixo.

— O que aconteceu, Ana? – ela tentava tocar seu rosto, mas parece que quando a tocava, a machucava, até que ela expirou baixo e franziu o cenho.

— É o que vai acontecer, melhor dizendo.

— Não... – ela deu um sorriso irônico – até você, Ana Clara?

Ana se voltou para Júlia, e seu olhar foi o suficiente para dizer que o que tinha que ser dito, já tinha sido feito. Coralina, por outro lado, esfregava as mãos uma na outra na tentativa de se acalmar esperando pela resposta dela.

Sabia que tinha dois caminhos, e ambos dariam mudanças drásticas, por mais que quisesse evitar isso a todo custo. Júlia a tinha empurrado para isso, e por mais que dissesse a si que ela tinha seus motivos, não deixava de no fundo, se sentir frustrada pelo que estava acontecendo.

Laura a olhava suplicante pela resposta certa, aquela que ela queria ouvir. Viu Ana Clara engolir em seco, abrir a gaveta da escrivaninha e dela tirar seu telefone, colocando nas mãos dela, que soltou de primeira aquele objeto estranho. Pegou-o e recolocou nas mãos delas, deslizando os dedos pela tela.

— O que é isso? Você... – Laura apontava em choque para a tela – Você aqui nessa tela? É o quê...O que é isso?

— É um telefone – Ana Clara disse com uma tranquilidade que nem tinha.

— Não, isso deve ser outra coisa – ela ria nervosa, balançando a cabeça – Sério, Ana Clara, de onde você tirou essa coisa? O que é isso? Vocês roubaram isso de onde?

— Eu não roubei de nenhum canto, meu pai que me deu – Ana Clara dizia indignada, e apontou a câmera em sua direção – e olha só.

Laura tinha dito que só acreditava vendo, mas nem vendo ela conseguia acreditar em sua imagem refletida naquela pequena tela em uma imagem tão real que parecia saltar dali. Principalmente depois que Ana Clara começou a mostrar outras imagens, em outros contextos de outras coisas ali, como se fosse várias fotos reveladas, mas guardadas ali.

— Deve ter alguma explicação pra isso – Laura falou, mas Júlia revirou os olhos, impaciente.

— Se não quer acreditar por bem... – Júlia foi até as suas anotações, e tirou um recorte de lá – vai ter que ser por mal.

E era, principalmente quando Laura viu que se tratava de sua própria morte. Leu a tais informações em uma passada de olho, e quando tudo pareceu fazer sentido demais, até que bateu o olho em um nome que fez seu estômago revirar.

Porque não tinha dito aquilo para ninguém, muito menos para sua melhor amiga, e piorou quando leu o nome do seu suposto filho, e toda aquelas notícias e...

Era impossível qualquer um saber do Guilherme Salles, filho mais novo de um grande amigo do seu pai. Ele tinha voltado de uma viagem dos Estados Unidos há poucas semanas, e desde então sua mãe insinuavam que deviam sair, mesmo ela negando.

Porque ele era de uma boa família, era educado e gentil e estava interessado nela.

Não tinha comentado com a amiga porque isso fazia pouco tempo, e desde a chegada daquelas duas, principalmente dizendo respeito a Ana Clara, ela tinha esquecido totalmente desse detalhe. Não tinha como Júlia aparecer com aquilo com tantos detalhes e ela só conseguia pensar em uma coisa.

“Merda, o que tá acontecendo?”

Virou-se para Júlia, com seu cenho fechado, braços cruzados e seu olhar gélido, indo contra a uma Coralina angustiada que só conseguia exasperar baixo ali em pé, próxima da amiga.

Ana Clara segurava um objeto bizarro que nunca tinha visto na vida. Mesmo se elas tivessem roubado isso de um laboratório secreto de fora do país, não o usariam pra ficar tentando provar pra ela que vinham de outro lugar. Se fosse o caso, já tinham vendido e estavam milionárias, não vivendo uma vida pacata de favor em um interior esquecido.

E aquele recorte de jornal, com data de décadas pra frente, seu nome, aquele sobrenome, aquela pessoa...Um filho. Aquela mulher mais velha junto a dezenas de pessoas em uma homenagem póstuma, aquelas anotações...

Só teve a convicção de que não era mentira quando viu a expressão torturada de Ana Clara com tudo aquilo. Aquela em que se diz mesmo sem proferir as palavras de que era verdade, por mais doloroso que fosse, e que era por isso que ela tinha sumido. Não queria ter que lidar com aquilo entre elas. Queria evitar ter que dizer para ela que, no futuro, nada seria como ela esperava, e que a realidade era aquela escancarada à sua frente.

Era informação demais para uma só pessoa, e assim que ela fechou os olhos, sentiu sua vista pesar. Segurou as mãos de Ana Clara o suficiente pra ter o apoio que precisava antes de desmaiar na cama.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Tá aí um pessoal que não tem sossego um minuto, e são essas meninas.

Quando se tem um momento fofo, rola um plot ferrado, e quando a outra pensa que está feliz com a menina, descobre isso KKKKKKKKK agora até eu me questiono quando vai ter um momento de paz aqui, mas tá difícil. É dedo no c e gritaria mesmo.

A propósito, para quem estiver lendo, conseguiram ver a correlação entre as coisas que a Júlia está falando que tem ou ainda não ficou perceptível o que é? Ou acham que é tudo delírio da cabeça dela?


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Comentários para 19 - 15. Rebobinar:
Lea
Lea

Em: 24/08/2022

É até meio louco pensar,e se elas conseguirem realmente mudar os acontecimentos . Elas voltarão com a idade atual,se lembrarão do que viveram neste passado em que estão? A mente das pessoas que as conheçam serão apagadas para que l,não lembrem delas?

São muitas perguntas!!! E mais,e mais.....

 


Resposta do autor:

Essa é a grande questão que começa a passar na cabeça delas...mas vai se desenrolando nos próximos capítulos,  bem em breve por sinal rs

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 18/08/2022

E agora Laura.

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