Cap. 2 – A social
Passava um pouco das 21h, pessoal animado conversando na sala, mas aquele “barulho” todo estava me incomodando um pouco, resolvi saí um pouco. Estava olhando para a piscina, a lua refletida nas águas ondulares dando a impressão de um quadro em 3D, uma perfeição.
Não demorou muito a imagem de uma mulher apareceu do outro lado da piscina. Levantei os olhos e para minha surpresa, lá estava a personificação dos meus sonhos... em carne... Osso... E pura sedução, naquele vestido de uma alça apenas, deixando amostra parte de seu ombro moreno... delicioso... droga...
– Boa noite, Lívia.
– Boa noite, Ana, tudo bem?
– Estou sim, e você como está?
– Estou bem...
Não me estendi no assunto, não porque não queria, e sim porque ela conseguia arrancar as palavras de mim. Por conta disso, ficamos ali naquele silêncio, enquanto dentro da casa o som ambiente tomava conta. Olhava para ela, só que pelo reflexo na água, não demorou muito caminhou para longe da piscina, de relance a vi entrando na casa.
Sorri balançando a cabeça, o meu péssimo envolvimento com as pessoas ainda iria acabar comigo. Fui atrás dela para puxar assunto, tentar mostrar uma outra visão minha. Porém, não a vi em lugar nenhum, perguntei e ninguém a viu... seria impressão a minha? Imaginação pregando peça?
Peguei uma taça de vinho e fui em direção a varanda, onde a música estava mais baixa, minha cabeça doía, mas prometi ficar até mais tarde, dessa vez iria cumprir com minha promessa.
Estava próxima a mureta que separava a varanda de um belo jardim a frente, segundos depois escutei alguém perguntar baixo:
– Por acaso está me seguindo?
Olhei de relance, e lá estava ela de costas para mim, minha chance.
– Talvez eu esteja, quem sabe?
– Engraçado, – desviou os olhos em direção a lua que clareava onde ela estava, a visão era de tirar o folego, sua voz me chamou a atenção – achei que gostasse de manter distância.
– Às vezes eu não consigo o que quero.
Ela me olhou, também estava com uma taça em mãos, sem me dar conta, a observei de cima a baixo, percebi que era tarde demais quando meus olhos se encontraram com os dela, me olhavam entre divertidos e intrigantes, porém, com uma pergunta que logo saiu de seus lábios:
– Porque me olha como se quisesse me devorar?
Tomei o último gole do meu vinho, deixando a taça de lado, me aproximei dela, que recuou, só que por estar próximo à parede, não teve como se afastar muito. Então, um passo de cada vez, fiquei de frente a ela, aproveitando que o álcool estava vivo em meu corpo, ousei:
– Talvez eu queira te devorar também, Chapeuzinho.
A gargalhada que saiu dos lábios dela, me pegou desprevenida. A cabeça foi jogada para trás, num ato de total entrega, achei tão linda aquela atitude, acabei sorrindo da minha própria idiotice. Quando ela se acalmou, tocou meu braço com delicadeza, olhou dentro de meus olhos e disse:
– Agora entendo o que dizem sobre você.
– O que dizem sobre mim?
Ela me olhou, ficando de frente, cruzou os braços e não demorou a responder.
– Dizem que você é uma palhaça, embora seja fechada e séria.
– Dizem isso sobre mim?
– E mais um pouco... – sorriu tímida.
– Gostaria de saber mais sobre o que falam de mim, se puder contar, claro.
– Não posso revelar minhas fontes, também não vou ficar fofocando.
Sorri, claro que ela iria dizer aquilo, parecia ser séria e certinha demais para ficar de conversa pelos corredores da escola, no caso ali, na varanda comigo.
– Eu entendo, e não irei pressionar... – a olhei de relance: – Sei o que falam sobre mim por aí... de megera brava a rainha do gelo.
Ela me olhou quase que confirmando minhas palavras, sorri e pareceu ficar mais à vontade. Alguns minutos de silêncio, não totalmente, claro, tinha uma festa rolando dentro da casa, ela sussurrou olhando para o céu:
– A noite está linda hoje.
– Está sim, um espetáculo da natureza.
Só que meus olhos não estavam olhando na direção em que ela olhava, e sim para ela que desviou seus olhos da lua, diretamente para dentro dos meus e naquele contato ficamos, sem me dar conta de que havia me aproximado, e estava tão próxima que pude sentir o aroma do vinho em seus lábios.
Ela desviou os olhos dos meus, parecia sem jeito... deixei que a razão saísse por um tempo e toquei seu rosto com minha mão direita, fiz com que olhasse novamente para mim, me aproximei mais e sussurrei:
– Pede, que eu me afasto.
– Humm... – engoliu a seco, passando a língua sobre os lábios, me fazendo desejar ser aquele pedaço da sua pele.
– Faz tempo que quero te beijar, mas o fato de ter sido rude com você desde o início, fez com que eu me mantivesse longe, mas agora estamos aqui a sós, e só uma coisa me impede.
– O... O que te impede?
– Você! – Sorri, ela me olhou sem entender.
– Porquê eu?
– Se você não quiser, não o farei...
Não disse nada, nem que sim e nem que não... E o mais importante, não se afastou. Me aproximei mais e colei nossos corpos, o dela totalmente preso na parede, meus dedos deslizavam de seu rosto para o pescoço, e dele para o seu ombro nu...
Minha boca salivava, mas segurei aquele momento por mais um tempo, queria senti-la de todas as formas... sua pele... sua respiração em meu rosto... seus batimentos cardíacos... E quando ela mordeu novamente os lábios, encostei minha boca, abrindo passagem com minha língua, indo de encontro com a dela...
Quando fechou os olhos e se entregou, seus braços vieram para meus ombros me abraçando forte, também equilibrando seu corpo... meus braços pousaram em sua cintura e o tão sonhado beijo, aconteceu.
Excitante... molhado... longo... com gosto de vinho... leves mordidas... as línguas entrelaçadas e dançando conforme o ritmo que desejava... tudo a nossa volta sumiu... só restavam nós duas e mais nada.
A entrega foi mútua... Era nítido que ela desejava tanto quanto eu. Nos perdemos no tempo, minhas mãos começaram a ganhar vida própria. Ousada, toquei seu seio, um gemido rouco saiu dos lábios dela... sorri triunfante...
Beijei seu rosto, ganhando o caminho do pescoço e de seu ombro nu... estávamos na varanda, mas em um lugar totalmente isolado de tudo...
– Deliciosa! – Meus lábios pousaram próximo ao seu ouvido quando sussurrei desejosa: – Sinto vontade de tomá-la por inteira.
Olhei em seus olhos agora, abriu a boca, porém a tomei com a minha novamente... não a deixaria falar que não queria... até porque seria mentira, seu corpo dizia o contrário e eu podia sentir.
Ainda olhando em seus olhos, encaixei minha perna entre as dela. Senti minha pele queimar com o calor que emanava do seu sex*.
Apesar de estar de calça, o sentia vibrar ao meu toque... pressionei mais, ela apertou minha perna com as dela, intensificando mais o nosso contato... aquilo foi o convite que eu precisava.
Deslizei minha mão livre, levantando de leve seu vestido e afastando a calcinha... gemi ao notar que estava molhadinha.
– Vontade de sentir seu gosto...
Fim do capítulo
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