1. Agulhas no palheiro
Júlia encarava o café preto sem dizer nada, e Lilian sabia que isso queria dizer que sua filha não estava em um bom dia.
— O que está te incomodando, Ju?
— O de sempre.
Sua resposta era seca e ríspida, mas não de propósito. Estava tão absorta em pensamentos que não conseguia pensar direito do que estava acontecendo ao redor. Afonso, o pai, logo chegou colocando a camisa de flanela, arrumando o bigode antes de se sentar e tomar café com a família.
Também sabia só de olhar que Júlia estava naqueles dias.
— É só você ir pro Rodrigo ficar enfurnada naquele computador que fica assim.
Ela o olhou com desaprovação, e ele retribuiu o olhar.
— Estou mentindo, minha filha?
— Minha filha, você fica triste emburrada pensando nessas coisas, que nem tá agora – ela apontou para a filha, que deu o gole no café amargo sem dizer mais nada – A gente não sabe porque você insiste nisso, de verdade...
Ela respira fundo, e deixa o ar sair dos lábios.
— Me desculpem, é que às vezes não dá pra não pensar nisso.
Lilian afagou as costas dela em seu gesto amoroso para dizer que está tudo bem, e Afonso continuou sério, mas, ao se levantar, deu um leve tapinha na cabeça de Júlia.
— Vamos trabalhar que vai te ajudar a se distrair um pouco.
E assim Júlia seguiu com sua rotina habitual: antes de amanhecer, enchia a caminhonete rural com os sacos de estopa repleto de material para venda e seguia junto ao pai para a venda na feira coberta da cidade. Moravam em um sítio a álbuns quilômetros da cidade, e nele viviam com a criação de galinhas e hortaliças, que servia para complementar a subsistência deles.
Mas a discussão dos pais com Júlia é muito mais profunda do que um mero mau humor. Os tais dias de Júlia é quando ela está em outro lugar, longe dali, lembrando de coisas que não fazem tão bem assim.
Júlia era criança quando teve sua família morta no massacre protagonizado por Pedro e seus amigos, chamado popularmente de Massacre do Festival. Ela não conseguia se lembrar com exatidão dos acontecimentos, mas sabiam que tinha ido para ver algum artista que a irmã mais velha gostava e, na hora do tiroteio, o pai e ela tinham ido comprar algodão doce. O pai correu com ela atrás da esposa e da outra filha, mas quando as encontrou já estavam mortas e, quando um dos atiradores foi até eles, se jogou em cima de Júlia para protege-la. As pessoas correram, e ela correu em meio a elas, aproveitando a baixa estatura enquanto mais pessoas caíam como seu pai. Ela sabia que tinha que correr e fugir para o lugar mais longe dali.
O problema é que ela não sabia onde era sua casa, não tinha contato de parentes e fora embora antes dos policiais chegarem. Na verdade, ela pensou que sua família tinha só se machucado e que iam atrás dela, afinal eles a achariam em qualquer lugar, afinal era seu pai, sua mãe e sua irmã que sabia de tudo. Eles iriam para o lugar onde a viram pela última vez, era o esperado, certo?
Mas não voltaram. E para ela, se eles não voltaram, ela ia para um orfanato sofrer com uma família que não gostaria dela.
E com isso viveu na rua, não por opção, mas necessidade. Não conseguia dormir ou descansar com medo do barulho dos tiros, dos gritos que pareciam a cercar, tudo isso atrelado ao fato de seus pais sempre dizerem para não confiar em ninguém.
Comeu resto de comida, dormiu em lugares escondidos, no chão. Algumas pessoas se convalesciam de sua situação a ajudavam como podiam, mas ela continuava seguindo um trajeto sem rumo. Passou por dias, sem lembrar quantos, que podiam ser até semanas, nessa situação. Chorava de medo, de fome e de saudades de sua família, e a única coisa que entendia era que tinha que seguir em frente que uma hora a achariam.
Andou até chegar a um lugar ermo, interiorano, e ficou vagueando pelas ruas atrás de comida, até que Afonso e Lilian a viram faminta, suja e descabelada, com as vestes ainda manchadas de sangue. Perguntaram dos seus pais, mas ela disse que eles tinham se machucado e até então não tinham voltado. Perguntaram mais e concluíram que era fora vítima daquele atentado tão noticiado, e Lilian, com seu coração partido e conexão imediata com aquela indefesa criança, sugeriu ao seu marido que a adotassem, o que ele logo concordou.
Não fora difícil, já que se tiveram tal apego a ela, com ela não fora diferente. Viu no casal já não tão jovem assim alguém o qual podia confiar, e não sabia bem explicar o porquê tinha a impressão de que os conheciam.
Conquistaram sua confiança dando a ela roupas limpas, banho e comida no que seria posteriormente sua casa. Também conversaram com ela, e desde então constituíram a melhor família que ela poderia receber, mesmo nas circunstâncias em que viveu. Eram pais amorosos, solícitos e que nunca deixaram faltar nada, e Júlia retribuía o amor da mesma forma. Era uma filha querida, aluna exemplar e sempre ajudava nas árduas tarefas domésticas do sítio em que vivia. Era o orgulho dos pais, e fazia questão de ser, mas mesmo com sua vida pacata, essa ferida do passado continuava ali.
Porque com o passar do tempo, as memórias foram recalcadas a ponto de parecerem só um pesadelo, um dos vários que Júlia teve ao passar do tempo, revivendo aquele momento. Seus pais também não entravam no assunto, afinal ela já tinha sofrido muito até chegar ali, e não precisava reviver um passado tão delicado.
Só teve certeza já na adolescência ao conhecer Rodrigo na escola, seu grande amigo e nerd inveterado que, em uma de suas extensas conversas, ela conversou sobre ter a impressão que tinha acontecido a tal coisa mais do que só em sonhos e ele, empenhado e usando da Internet que tinha em casa, procurou até encontrar o caso em questão, que era bem mais delicado do que imaginava.
Os nomes envolvidos eram importantes demais para se manter à mídia. Pedro, o único sobrevivente e que tinha tirado a própria vida pouco depois disso, afirmou em entrevistas que a motivação tinha sido os abusos causados por herdeiros de públicas poderosas que iam de conhecidos deputados federais a próprios donos de emissoras.
Tão poderosos que pagavam valores astronômicos para acobertar o assunto e os colocarem como mártires e tentavam corroborar que hipótese mais aceita fosse de que fora só assassinato em massa sem motivo aparente, escondendo até mesmo o tanto de número de vítimas e os nomes reais delas, dificultando as chances de Júlia encontrar sua outra família.
No entanto, nem mesmo o dinheiro calou alguns familiares das vítimas, que clamavam uma justiça que não podia ser dada, e foi nessas pequenas falhas trazidas pelo caso que Júlia se atinha. Ela soube no momento em que leu uma pequena entrevista, agora perdida, de uma mulher que contava os horrores que passou no dia e que corroboraram com as temerosas lembranças de Júlia, que anotava a tudo em um caderno. Esse caderno era um item inseparável seu em suas idas à casa de Rodrigo, considerando-se como uma especialista no próprio caso e com ele a auxiliando.
Em meio a pesquisas que não davam a lugar nenhum, notícias falsas e outras verdadeiras que se mantinham omissas, ela seguia montando o quebra-cabeça de seu passado, que agora tinha uma peça crucial: tinha, possivelmente, encontrado o nome dos seus pais.
E ali estava ela, olhando o amanhecer que aparecia no horizonte, questionando se deveria dar um passo adiante nessa história ou simplesmente seguir a sua vida, essa que ela conhece bem e não a névoa que paira em seus pensamentos.
Porém, engana-se ao pensar que só Júlia teve a vida transformada por esse incidente.
Enquanto Júlia descarregava os sacos da caminhonete para começar o dia, em uma cidade não muito distante dali pra uma garota de cabelo desgrenhado, camiseta listrada, macacão jeans com um lado botas de cano médio pretas, com um dos lados desamarrado, ele ainda não tinha terminado.
Abriu a porta da suntuosa casa que morava, e a passos furtivos subiu as escadas até chegar no seu quarto, onde se atirou na cama e dormiu. Passara a noite toda na casa de uma amiga enchendo a cara com algumas das garrafas de vinho mais caras roubadas da adega de sua mãe.
Ana Clara não era nascida quando o incidente ocorreu. Na verdade, nasceu pouco menos de um mês depois disso em uma gestação complicada, e isso devido por César ser seu irmão mais velho.
Prestativo, servil e dedicado à família, uma pessoa totalmente diferente dos que andava, ficou entusiasmado com a chegada da irmã e o mesmo escolheu seu nome. Porém, não sobreviveu para ver seu nascimento e, quando a mãe soube de sua morte, morreu em vida junto a ele.
Por conta disso, Ana Clara não foi criada por sua mãe que, envolta no luto durante todos esses anos, pagou para babás e empregadas domésticas que cuidassem de sua filha. Dinheiro não era problema pra família Schmütz, e poderiam pagar por afeto, ou o que fosse necessário para criar uma criança e ainda manter as boas aparências.
E sobre aparências seu pai, que morava na Suíça, também não se importava muito com questões afetivas. Quando soube que o filho morreu, não voltou sequer para o enterro dele, e a única relação que mantém com a filha é de mandar a pensão todo mês.
Uma pessoa criada sem afeto e com quantias exacerbadas de dinheiro só podia resultar em uma coisa: uma garota rebelde que fazia questão de ir contra a família, e que não escondia a raiva que tinha do irmão.
Passara a vida toda sendo comparada a ele como se ele fosse alguém perfeito. Se ela não encarava as pessoas nos olhos, César tinha um olhar firme. Se ela era franzina, ele era corpulento. Se ele era do tipo tímido e recluso, falando só com os amigos próximos, ela era uma namoradeira de carteirinha, mas que partia do mesmo pressuposto de não ter muitos amigos.
Não considerava ter uma melhor amiga ou até mesmo amigas, e sim algumas colegas e conhecidas. Não conseguia ter uma relação de cumplicidade tão grande a ponto de se considerar amiga de alguém, nem mesmo em seus namoros e, sobre eles, tinha um adendo que tirava o sossego dos seus pais sempre que o assunto vinha à tona.
Era assumidamente homossexual desde a tenra idade, e para o temor deles, sabiam que ela não fazia isso por birra ou qualquer coisa do tipo.
Quiseram atribuir sua homossexualidade aos mais diversos fatores, como trauma ou só querendo chamar a atenção, mas não era como se fosse algo que ela tivesse procurado ser. Só se nasce assim, segundo as palavras dela, já que se pudesse escolher, ninguém se envolveria com ninguém.
Mas não era do tipo de assunto que era de fácil digestão para sua dita família. Por Ana Clara não ser o que esperavam e ainda por cima dar esse desgosto a eles, segundo a palavras dos seus pais, fazia com que seu lar, que sempre fora tomado pelo constante luto e cobranças irreais também fosse palco de inúmeras brigas.
Por conta disso, a raiva e frustação que sentia da vida que levava fosse catalisada para a figura do seu irmão, ao qual nutriu um sentimento odioso a tudo que remetesse a ele.
Talvez por isso entregava-se de cabeça para as garotas que conhecia, e pouco tempo depois quebrava a cara, mas persistia. Queria ter o que nunca teve a qualquer custo, seja com o mínimo de afeto que recebia, afinal não recebia nenhum das pessoas que deveriam supri-lo. E talvez por isso a relação mais próxima de afeto viesse de alguém que morava há pelo menos doze horas de viagem de ônibus de onde era sua casa.
E que, por ser uma pessoa que vivia intensamente, guardou dinheiro suficiente para viver tranquilamente na casa de sua amada ao qual nunca tinha visto pessoalmente. A garota era bonita, simpática, gostava das mesmas coisas que Ana Clara e estava disposta a hospedá-la por tempo indeterminado, motivos suficientes para que ela sentisse confiança suficiente para confrontar sua mãe da forma que queria.
Acordou pouco depois do almoço. Sua cabeça girava ainda sobre o efeito do vinho, mas ainda assim ela desceu as escadas e se deparou com algumas pessoas bem arrumadas ao redor da mãe, pensando que deveria ser alguns dos puxa-sacos delas. Foi até a geladeira e procurou por uma cerveja, em vão, então pegou um copo d’água.
— Hoje é aniversário do seu irmão – disse uma das empregadas de sussurro para Ana Clara, que pegou uma maçã que estava no cesto de frutas. Mordeu, sentindo o gosto levemente adocicado e deu com os ombros.
— Sabe que não ligo pra isso.
— Essa galera toda ali – ela apontou com o queixo – vão tudo pro cemitério agora, pelo que entendi. Não vai?
— Eu não – ela cerrou as sobrancelhas, voltando a comer – cambada de hipócrita, todo mundo sabe que eles mereceram.
— Ana Clara do céu, menina, não fale isso... – ela fez menção de bater na boca, mas Ana continuou sem se importar.
Não fazia diferença na vida dela aquilo ou não, porque até o final daquele dia, ela estaria bem longe dali.
Sentiu a sua mãe a olhando de relance, no seu olhar inquisitivo de praxe, mas estava tão acostumada a aquilo que não surtiu efeito.
A mulher ouviu a aquilo com horror, mas não mais do que dava para sentir no ar ao ver Ana Clara, que bebia com vigor, parar em frente da mãe, encarando-a de cima.
— Antes um morto do que uma viva que só dá trabalho, não é?
E deu as costas para a mãe, caminhando pela cozinha.
Ana Clara e seu coração partido, tentado a todo custo ser colado por álcool e qualquer garota que desse o mínimo de atenção, dentro de uma casa grande e majestosa como uma bela e espaçosa gaiola para um pássaro que só canta longe dali. Almoçou com as pessoas que faziam a manutenção de casa, e depois de uma breve conversa voltou ao seu quarto.
Olhando pela janela no qual o sol invadia com seus raios latentes e convidativos, só desejava, ansiosa, que a noite chegasse e assim fosse embora dali.
Só que, enquanto o dia discorreu tranquilamente e a noite chegava, trazendo uma Ana Clara animada ao arrumar suas coisas e dar início à sua saída de casa e posteriormente sua independência longe dali, Júlia não conseguia fechar os olhos mesmo com um dia cansativo.
As cenas fervilhavam em sua mente como não se fazia há tempos. Ela está lá, e de repente tudo é tingindo de vermelho, um barulho estrondoso, pessoas correndo, a irmã sem vida olhando para cima ao lado da sua mãe do mesmo jeito, em seguida seu pai caído no chão, o peso contra o corpo, o cheiro do local vívido com se estivesse ali, como um filme de terror.
Ela não sabia dizer o que procurava e porquê procurava. Sua vida era essa, com seus pais em uma rotina tranquila, indo à casa do Rodrigo vez ou outra assistir filmes e suas séries preferidas, conversar sobre seus medos e anseios, ouvir os deles. Quando via seu passado, parecia que não pertencia a aquele lugar, como se aquela não fosse sua vida e que nunca tivesse ali. Às vezes questionava se isso realmente existiu ou se fora só delírio de sua mente.
Mas sabia que era verdade. Olhava para os nomes em seu caderno, e sentia seu corpo todo se arrepiar perante a eles. Com a possibilidade de procura-los, sentia um chamado em seu peito que afirmava que ela estava pronta para aquilo.
Seu passado mancha de sangue estava ali, e sabia que não conseguiria seguir em frente se não resolvesse isso, como uma sede que só poderia ser saciada ao poder saber quem era ela antes disso, seus pais, sua irmã. Sabia que não os teria de volta, mas queria, por pelo menos uma vez, ver uma foto e saber quem é sua família além da que tem, já que eles haviam se tornado rostos disformes que, cada vez mais, perdiam as pequenas características que consistiam em alguém.
Levantou da cama, abriu o guarda-roupa e separou algumas mudas de roupa. A jaqueta de couro seminova que tinha ganho de seu pai e colocou na mochila que Lilian, sua mãe, tinha costurado para ela, além de alguns itens que considerava indispensáveis para quando fosse até a cidade. Depois de tudo organizado, deixou o quarto arrumado e deu uma última olhada antes de sair.
Parou em frente ao quarto de seus pais, que dormiam em paz sem imaginar que a querida filha estaria de saída em sua jornada pessoal. Ela se aproximou deles, dando um beijo tenro na cabeça de cada um.
— Te amo, pai, te amo, mãe, até mais.
Deixou em cima da mesa um recado com sua letra pouco caprichada e algum dinheiro caso precisasse. No bilhete, dizia para que eles não se preocupassem porque ela estava indo procurar resolver aquelas velhas coisas, pediu desculpas e falou que voltaria em breve.
Olhou para a foto que ficava na estante da cozinha. A imagem de família com eles um do lado do outro e Júlia no meio, com um sorriso tímido, com os braços de seus pais envoltos em seus ombros. Júlia a pegou, depois de analisar por um longo período, a colocou no lugar e saiu pela porta dos fundos sem fazer barulho, dando uma olhada para o seu relógio de pulso gasto. Era o começo da madrugada, e com ela o começo de sua longa caminhada.
Algumas horas depois, uma garota andava perdida de um lado para o outro, querendo encontrar o ponto para poder chegar na rua do terminal rodoviário. Era Ana Clara, que depois de ter pego um ônibus errado e descido em um ponto distante ao esperado. Procurou no GPS e viu que desde o começo, estava sendo dada a localização errada.
Andando a esmo e, percebendo que quanto mais andava, menos pessoas tinham na rua, o medo de ser assaltada e perder o único meio de comunicação que tinha para a sua nova vida a assolou, fazendo com que guardasse o telefone e, ao dar uma última olhada e notar que já estava no meio da madrugada, caminhasse seguindo o que achasse ser mais próximo da rodoviária.
A rua em que se encontrava estava escura, os bares que tinham por perto estavam fechados. Apesar do aspecto soturno em que a rua tinha tomado, continuou caminhando até que avistou alguém do outro lado da rua com uma mochila nas costas, olhando ao redor aparentando estar tão perdida quanto ela, parando próximo a um arco que dava para a ponte que tinha ali.
A pessoa era Júlia, que tinha pego carona com o pai de Rodrigo, que descarregava verduras e estava indo para a feira da madrugada. Contou a ele o que planejava, deixando a par da situação e pediu que ajudasse os pais dela enquanto tivesse fora, e assim ele prometeu.
Deixou-a a caminho do terminal rodoviário, apontando o caminho a ser tomado até lá. Porém, em um dado ponto do trajeto, a rua ficou pouco iluminada e, foi tentando se localizar que ela também avistou a Ana Clara, tentando chamar sua atenção acenando para pedir informação.
Quando os olhos delas se encontraram, ouviu-se um tremor debaixo de seus pés e, logo um estrondo seguido de clarão tão forte a ponto de fazer cada uma delas protegerem seus olhos com o braço e, após isso, a escuridão sumir.
Fim do capítulo
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Lea
Em: 23/08/2022
A hipocrisia de quem acha que,podem falar qualquer um com dinheiro!
E várias famílias foram destruídas naquele dia.
*
Pedro não aguentou a pressão e se suicidou ou mataram ele na prisão ?
*
Resposta do autor:
Infelizmente a primeira opção :( ele não conseguiu viver com a culpa, principalmente com tudo que aconteceu, nada seria como antes.
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