Depois que Micaela surpreendeu Hellen com um brinquedo as duas conversaram sobre o que nunca fizeram e desejavam fazer. O amor entre elas sempre foi intenso o que não tinham o hábito era de usar brinquedos e descobriram um mundo novo e cheio de possibilidades. Hellen disse que doou as fantasias que elas usavam e vai fazer um enxoval novo que vai combinar bem com esses brinquedinhos e Micaela disse que podem comprar outros pela internet tem empresas que entregam de forma discreta. Ao voltarem para casa vão escolher o que elas não podem é deixar a vista, em breve Camille vai estar andando e nem pensar na criança com um desses na mão.

Após um banho relaxante elas pediram um café e avisaram ao Jorge que desceriam para almoçar que ele poderia se juntar a elas no restaurante do hotel por volta de 13h00.

A manhã foi preguiçosa e as meninas colocaram um pouco de música estavam planejando como fariam após o término das férias de Hellen. E ligaram para Mirian que falou como Camille se divertia só teve problema a noite com os mosquitos e ela já resolveu e a princesa está protegida agora.

No almoço elas perguntaram a Jorge se havia alguma novidade e ele disse que acreditava em boas notícias porque o pessoal estava com pistas fortes que dariam novo rumo à investigação.

Jorge informou que deu uma boa avaliada na cidade e conversou com a policia local que estava bem tranquilo e mesmo sabendo que elas iam morrer de saudades iria voltar para casa, a única recomendação era atenção delas ao sair, embora da mesma forma que ele não imaginava que estivessem com essa viagem marcada outros  não deviam saber.

Micaela disse que parecia filme onde tem as mocinhas e os bandidos, só que como era vida real ela e Hellen ficariam atentas e não tinham a intenção de sair do hotel, iam curtir o dia na piscina e a noite tem música ao vivo no restaurante mesmo. Amanhã elas voltariam umas 16h00 e avisariam a ele ao chegar a casa.

Hellen falou que era uma pena não poderem dar um volta pela cidade que é pequena e ela gosta das lojinhas. Jorge cavalheiro disse que se quisessem ir agora ele as escoltaria e depois voltaria ao DF.

Micaela ficou rindo porque sabe que ela quer comprar coisas para Camille e não ia aguentar não levar camisetinhas.

Assim, iniciaram um passeio pelas lojas e finalizaram no trenzinho do hotel, nesse Jorge não foi e voltou para descansar em casa e com sua família.

No DF...

A delegada estava com todo plano de ação sendo organizado, eles levaram uma Kombi informatizada e com dois policiais para o outro lado da lanchonete, colocaram policiais disfarçados na quadra, a equipe foi para lanchonete colocar escuta e preparar as câmeras para transmitir em tempo real. Dr. Jarbas foi treinado e estava com colete e escuta. No fim da tarde confirmou por mensagem o encontro com Erika.

Do outro lado Erika estava conversando com Marcos Vale ela estava achando Ricardo distante e muito frio com ela. Marcos comentou que ele conseguiu advogado e tirou ela da prisão então que ela fosse com calma porque brigar com ele era bem pior.

Erika falou que ia resolver do jeito dela porque na hora de seduzir os executivos ela servia só que quando a policia apareceu ela foi a última a ser solta e pelo que o advogado falou ela corria o risco de voltar para aquele inferno e isso ela não suportaria mais.

Quando o relógio marcou 19h30 Erika pegou uma bolsa com poucas coisas pessoais e chamou o uber para ir ao café. Manuel que estava por perto entrou no carro e a seguiu. Ela chegou ao café às 19h50 acertou com motorista e foi encontrar Dr.Jarbas que estava com uma policial se passando pela esposa dele.

Dra. Heloísa pediu atenção e muita calma para a ação. Ela queria a conversa gravada para só então prender Erika. A ação seria bem simples o receio deles era que Ricardo pudesse aparecer e por isso colocou os policias dando maior segurança.

Erika entrou e viu Dr. Jarbas com uma mulher a seu lado, ela sentou e disse olhando a mulher que estava diferente e Dr. Jarbas lembrou de eventos onde sua esposa foi, só que manteve a calma e brincou.

- Você estava observando minha esposa nas festas?

A policial completou...

- Moça eu nas festas estou mais produzida hoje infelizmente sou uma mulher traída e querendo saber sobre esse seu envolvimento com meu marido porque ele jura que foi um caso passageiro e eu não acredito nessa não.

A delegada ouviu sua policial e falou:

- Boa! Continue assim.

Dr. Jarbas continuou...

- Erika pode contar para minha esposa o que aconteceu? E pode dar os detalhes eu quero apenas ficar bem com ela.

- Isso é relativo doutor, o senhor trouxe o que eu pedi?

- Nota por nota Erika é só esclarecer os fatos e o dinheiro que me pediu é seu.

Do lado de fora Manuel estacionou e andou em frente à lanchonete, os policiais acharam estranho e acionaram a delegada. Eles observaram e o mesmo comprou um cigarro mais abaixo e foi fumar.

O pessoal ficou de olho, porém achou que era coincidência. A delegada achou muito estranho só que Erika começou a contar tudo e ela se distraiu por uns minutos ouvindo.

Erika esclarece seus atos para esposa do Dr. Jarbas.

- Então senhora eu vou ser bem direta porque não tenho tempo. Eu sou o que eles chamam de isca na nossa organização, eu frequento hotéis de luxo onde temos acordo com um dos rapazes da recepção e outro do bar, eu me aproximo e coloco droga na bebida para a vitima ficar sonolenta, depois levo a vitima escolhida para o quarto, tiro a roupa e começo a fazer fotos, como a pessoa esta drogada tem momento de agitação e eu aproveito para que as fotos pareçam divertidas e que ele ou ela está adorando.

- Você disse ela? Transa com mulheres também.

- Dona eu não transo com ninguém, seu marido até pode achar  só que nunca fez nada, e eu saio com mulheres também. Para ter ideia teve uma que eu até morei um tempo e nunca fiz nada com ela só que como eu a drogava até se separou achando que tinha traído.

- E porque você faz isso com essas pessoas? Por que quis sair com meu marido?

- Dinheiro, eu sou do Rio de Janeiro e vim para Brasília fazer um serviço na construtora que ele trabalha e sempre que a organização precisa de aprovação eles mandam  enrolar alguém. Seu doutor aí nunca lhe traiu pelo menos comigo. Não tenho motivos para mentir e eu faço isso com executivos que precisam ser chantageados depois pelo Ricardo que por outros motivos precisa que eles façam liberações ou contratos. Essa parte eu não sei bem. Eu fui assessora de alguns engenheiros só que a faculdade foi algo que eles arrumaram e me ensinaram apenas o que eu precisava fazer e depois com fotos eu virei até uma executiva.

- E as fotos?

- Agora o dinheiro e depois eu entrego as fotos como combinamos.

Nesse momento a delegada avisa.

- Homem não identificado se aproximando e parece que vai entrar. Todos atentos, se for cliente atendam normalmente.

Manuel termina o cigarro e resolve acabar o serviço.

Manuel achou que Erika estava demorando e como percebeu ser um comercio pequeno resolveu fazer como se fosse um assalto assim não levantaria suspeitas.

Ele entrou na lanchonete com a cabeça baixa e rapidamente colocou uma mascará e anunciou um assalto.

A delegada mandou agirem com cautela.

Manuel anuncia.

- Prestem atenção não quero machucar ninguém apenas levar o dinheiro do caixa, então você aí me passa o dinheiro e os três sentados a carteira e as bolsas e eu vou embora.

- Ok. Eu vou pegar o dinheiro do caixa e lhe entregar. (falou um dos policiais)

A delegada pediu para contribuírem e renderem o rapaz ela e os outros se prepararam para entrar, só que Erika enlouqueceu quando ele pediu as bolsas e tentou jogar uma cadeira nele foi à desculpa que Manuel precisava ela jogou e ele atirou nela bem no coração. A delegada entrou por trás dele e o rendeu de imediato.

- Droga! (disse Heloísa)

- Que tipo de assaltante é você que mata por nada cara, isso aqui é um café.

- Leva.. leva ele daqui. Vou interrogar lá na delegacia.

Despois do susto Dr. Jarbas tentou levantar e não conseguiu, um dos policiais deu uma água para ele e ajudou para que ele saísse, a delegada mandou leva-lo para casa e colheria o depoimento dele na segunda. Heloísa mandou chamar a perícia e pediu a dois policiais que acompanhassem tudo. Os outros para delegacia com o equipamento só não mexer na cena e por sorte ela gravou tudo.

Jorge estava chegando a Brasília e ligou para avisar a delegada que contou sobre o ocorrido.

- Doutora isso é queima de arquivo, eles só não imaginavam que estaríamos lá.

- Jorge eu pensei a mesma coisa. Uma lanchonete simples com três pessoas tomando café não tinha lógica ser um assaltante e entrar. Ele estava na quadra desde que Erika chegou.

- Dra. Heloísa eu achei que ia descansar só que com a notícia vou para delegacia.

- Ótimo Jorge. Lá nós arrochamos esse cara.

Heloísa entrou no carro e foi para delegacia pensando em como uma ação simples se transformou, quando ela saiu a rua estava cheia de curiosos e em breve a perícia chegaria e ela teria muitos formulários para preencher com um prejuízo que ela não esperava.

Quando Heloísa chegou à delegacia aguardou o investigador Jorge e os dois foram interrogar Manuel que até aquele momento não entendeu o que aconteceu.

Na sala de interrogatório.

- Vamos lá Manuel. O oficial que efetuou a prisão leu os seus direitos?

- Leu sim senhora.

- O senhor quer um advogado?

- Não senhora.

- Então me diga o que foi fazer na lanchonete?

- Eu achei que ficou claro que era um assalto senhora, eu tenho família, filhos e o estado não me dá vida boa como dá para senhora e seu amigo aqui.

- Respeita a delegada rapaz e responde o que estava fazendo lá?

- Eu vou repetir um assalto e a maluca me atirou uma cadeira foi praticamente legitima defesa.

- Manuel Oliveira da Silva seu nome correto?

- Sim, senhora.

- Eu vou ser bem clara com você. Nós estávamos na sua cola e temos algumas informações, sabemos que foi até lá eliminar a Erika então se não colaborar vai ficar complicada sua vida.

- Quem falou para vocês? – Eu caí numa armadilha foi isso?

- Manuel a doutora está sendo legal com você, colabora e coloca esse pessoal para pagar o que fizeram ou vai querer pagar por tudo sozinho?

- O que eu ganho com isso?

- Nós vamos ajuda-lo, eu e meu investigador vamos colocar os verdadeiros culpados na cadeia e você terá um defensor, será um colaborador e pode ter uma pena mais leve.

- Eu preciso pensar. A senhora me deixa pensar um pouco aqui que resolvo.

- Certo, vamos pegar um café e o senhor tenta imaginar o que é pagar pelo assassinato de uma moça sozinho onde a policia presenciou e o pior gravou tudo.

A delegada pediu para levarem um café e uma água e foi com Jorge dar um tempo para ele pensar, não muito porque ele está prestes a fazer um acordo. É só usar as palavras certas e ele entrega quem encomendou e se for o Ricardo como ela imagina vai ser uma tacada de mestre. Ela diz a Jorge que ia pegar uma pequena criminosa e vai acabar pegando coisa maior, mandar apagar arquivo é coisa de quadrilha e a Erika falou organização.

Quinze minutos depois...

- Então Manuel, decidiu contribuir conosco?

- Dra. A senhora garante a minha segurança porque o chefe vai mandar me apagar também.

- Claro, eu garanto que ele não vai te achar. Será nossa testemunha especial.

- Se eu tiver proteção eu conto tudo e acredito que a doutora vai gostar do que eu sei por que aqui estamos falando de trafico e vocês nem imaginam.

Dra. Heloísa mandou chamar a escrivã e pediu ao Jorge para gravar, além de entregar ao Sr. Manuel um termo de ciência dos seus direitos que ele abria mão de advogado.

(...)

Fim do capítulo