Mais um capitulo para vocês :)
Capitulo 2
P.o.v Valentina
Acordei com o som insistente da campainha tocando, levantei e me espreguicei por alguns segundos para afugentar o sono, me levantei da cama e fui até a porta, olhando pelo olho mágico vi que era a Linda, ela já estava com a fantasia dela, que era de mulher gato, que por sinal deixa ela uma gata, ri da piada besta que fiz e girei a maçaneta, ela mal entrou e já foi falando:
- Que cheiro é esse de vagabunda barata que está em você?
- Não se preocupe que não é nada.
- Sei... Eu te conheço Valentina.
- Ih... Chamou pelo nome vem bronca na certa.
- Só não direi nada, pois já estamos atrasadas.
- Em cinco minutos estou pronta.
- Vou contar no relógio.
Peguei a fantasia que eu ia usar e fui até o banheiro, provoquei um pouquinho é claro, só para deleitar me com o suspiro que ela deu, sorri por dentro, mas eu precisava correr que realmente estávamos atrasadas, entrei no box e liguei o chuveiro, enquanto a água caia em minhas costas e ombros não pude deixar de lembrar da psicóloga e em como em anos consegui ser um pouquinho como a Valentina daquela época era, voltei a realidade quando a Linda grita do meu quarto que eu estava demorando demais, sequei meus cabelos e fiz cachos parecidos com o da Hermione, coloquei a roupa que escolhi e voltei para os meus aposentos e fui até meu guarda roupas, tinha uma gaveta e lá eu peguei a varinha que eu tinha que era a mesma da personagem que escolhi, voltei a trancar a sete chaves, pois lá estava todas as minhas coisas e da Déia, faz anos que não mexo nelas, assim que fiquei pronta olhei para ela e falei:
- Vamos?
Ela me olhou fazendo bico, e eu já até sabia o porquê, desde a hora que ela entrou não dei um beijo nela, a peguei pela cintura e a beijei apaixonadamente e disse em seu ouvido:
- Na volta você será toda minha.
Sai do contato que estávamos e fui em direção a porta, ao ouvir ela suspirar sorri por dentro por ter conseguido o efeito que eu queria, segui até a sala e peguei os documentos da minha moto Suzuki GSX-R1000 mas a apelidei carinhosamente de Sofia, assim que a Linda viu eu pegar as chaves falou:
- Vamos mesmo de moto?
- Se você quiser vir comigo vai ser na moto.
- Você sabe que odeio essa coisa.
- Eu sei... Vai comigo ou não?
- Tenho outra escolha?
- Não.
- Então vamos.
Descemos as escadas do meu prédio, a Linda não entendia o porquê deu sempre descer assim se poderíamos ir de elevador, mas é só um andar e faz bem exercitar as pernas, chegamos ao estacionamento e lá estava a minha Sofia, linda e brilhante como sempre, subi na garupa e esperei ela subir, eu sempre soube do medo dela, por isso mesmo a comprei, a liguei e dei partida, nada melhor do que sentir aquela brisa gostosa de fim de tarde no rosto, olhei para trás e ri do medo estampado em seus olhos e falei o mais alto possível para ela ouvir:
- Se estiver com medo é só me abraçar.
Senti ela me abraçar fortemente, seguimos por mais uns quinze minutos até que chegamos ao nosso destino, desci e dei a mão para ajudar a linda, depois de colocar a moto na garagem eu disse a ela:
- Você que sabe o caminho.
Ela saiu andando e eu fui atrás, mal entramos e a Linda já foi cumprimentada por várias pessoas que até então eram desconhecidos para mim, olhando ao redor fiquei maravilhada com a beleza do lugar, o tema da festa era halloween, o ambiente estava fantasmagórico, já estava gostando da festa, assim que pudesse iria me misturar, ao ver as máscaras sorri por dentro, essa noite promete.
P.o.v Anne
Acordei com minha mãe me chamando, estava meio sonolenta e devido ao sono demorei a reparar que em suas mãos tinha um pequeno bolo e ela me diz:
- Feliz aniversário minha filha, está um aninho mais velha.
- Né mãe, hoje completo 21 anos quem diria.
- Você é o meu mais precioso tesouro.
Abracei a minha mãe fortemente e fiz um pedido, de que hoje o meu dia seja especial, olhei para a escrivaninha e já passava das nove horas da noite, dei um pulo que até a minha patroa se assustou e falou:
- O que foi Anne?
- Estou atrasada para me encontrar com a Francis dona Laura.
- Dona é a sua mãe.
- Que é você.
Nós duas caímos na gargalhada, dei um beijo em seu rosto e fui direto para o banho, se eu não tivesse pronta logo minha amiga ia comer o meu fígado, entrei no banho e não pude deixar de lembrar do que eu ouvi quando fui comprar a fantasia, até então eu me achava hetero, mas aquela cena me deixou um pouco excitada, balancei minha cabeça deixando esses pensamentos de lado, pois precisava me arrumar logo, em menos de cinco minutos já estava saindo do chuveiro e ouço o meu celular tocando:
- Boa noite Anne.
- Oi Francis.
- Já está pronta?
- Sabe o que é...
- Quando você começa a falar assim é porque está atrasada
- Estou mesmo - disse sem jeito.
- Você não muda né Nany.
- Fazer o que... - disse envergonhada.
- Prometo que em dez minutos estarei pronta.
- Tá bom, passo as dez e meia e nada de atrasar senhorita.
Desliguei o celular e corri para me arrumar, peguei a fantasia e a coloquei, agora era só lembrar onde estava a varinha do Rony que eu tinha, vasculhando o meu guarda roupa acabei encontrando a minha caixa de desenhos, sempre gostei de desenhar e sem querer deixei cair algumas folhas e ao descer para pega - las me deparei com o rosto perfeitamente desenhado da Valentina, olhei abismada para o papel, fui até a minha mãe e perguntei a ela:
- Mãe que desenho é esse?
- Você fez essa caricatura quando você tinha quatro anos.
Eu fiquei abismada com o que minha patroa disse, porém eu precisava me arrumar daqui cinco minutos a Francis chegaria, deixei esse desenho em minha cama e fui atrás da varinha, a encontrei embaixo da minha cama, realmente eu sou péssima para lembrar onde guardo minhas coisas, terminei meu look com um minuto faltando para minha amiga chegar, desci as escadas da minha casa às pressas, quando deu dez e meia em ponto vi a Francis buzinando para mim, entro no carro e ela me fala:
- Ficou um arraso hem Nany.
- E você então... Ficou perfeita de zumbi.
Coloquei o endereço no GPS do meu celular e fui guiando-a pelo caminho, chegamos onze e meia na festa, assim que adentramos fiquei maravilhada com o lugar, ele estava bem assustador do jeito que eu gosto, recebemos duas máscaras e a colocamos, encontrei um lugar para mim e minha amiga sentarmos, passou um moço com Smirnoff e eu peguei uma para mim e outra para ela, uma moça com a fantasia de Hermione se sentou ao meu lado, sorri para ela e pensei:
- Que coincidência essa mulher estar de Hermione, ela me parece muito bonita e seu perfume então inebria o ambiente.
Fiquei tão distraída com os meus pensamentos que não reparei quando chamou a minha atenção e falou brincando:
- Oi eu sou a Hermione - disse sorridente
Eu para entrar no jogo que ela começou falei o mais próximo possível dela:
- Oi eu sou o Rony - disse timidamente
Quando olhei para os lados a minha amiga já tinha me deixado sozinha, é bem a cara dela fazer isso comigo, me chamar para os lugares e me deixar a assim a ver navios, a moça ainda estava ao meu lado e falou:
- Veio sozinha?
- Vim acompanhada, mas pelo visto ela me abandonou por algum cara - disse tristemente
- Não se preocupe agora você está na minha companhia.
Eu estou entendendo bem ou essa mulher está dando em cima de mim? Na mesma hora que pensei isso o meu rosto ficou em um tom avermelhado, mostrando a quão tímida eu estava naquele momento, escondi o meu rosto para que ela não percebesse o meu embaraço, mas pelo visto não adiantou muito, devido ao som alto ela precisou chegar mais perto do meu ouvido e disse:
- Você fica mais bonita ainda envergonhada sabia?
Nesse momento senti meu rosto ficar mais vermelho ainda, fiquei uns cinco minutos tentando dizer alguma coisa, ao olhar em seus olhos me veio uma familiaridade tão grande, eu não conseguia explicar essa sensação que tenho de que a conheço, fiquei um bom tempo perdida em meus próprios pensamentos que esqueci de responder a mulher a minha frente, ela me fez uma pergunta, porém eu acabei que nem ouço, com um pouco de embaraço falei:
- Me desculpa, mas o que você me perguntou?
- Eu perguntei quantos anos você tem?
- Eu... Hoje completo vinte e um anos.
- Tão novinha... Eu tenho quarenta e cinco
Eu percebi que depois que disse minha idade a atmosfera mudou, o sorriso lindo que ela tinha no rosto mudou completamente, só de olhar em seus olhos percebi o quão tristes eles estavam, me deu uma vontade inexplicável de abraçar aquela estranha na minha frente, meu lado psicólogo entrou em ação e eu perguntei:
- Por que seus olhos me parecem tão tristes?
- Porque hoje completa vinte e cinco anos que a mulher da minha vida morreu.
- Eu sinto muito.
Ao escutar melhor a voz dela me veio na lembrança a sessão que tive com a paciente Valentina, será que é ela? Deixei isso de lado, por ser muita coincidência encontra - lá aqui, quanto mais conversávamos, mais eu me sentia atraída pelo magnetismo que ela tinha no olhar, gostei tanto da fantasia dela que acabei perguntando:
- Onde comprou essa fantasia?
- Comprei na Party City.
- Nossa... Foi onde comprei a minha fantasia.
- Sério?
- Sim.
- Você foi quando?
- Hoje, por volta das 13:00 horas.
- Foi o mesmo horário que passei nessa loja
- Não me diga que você é a moça que estava trans*ndo no provador ao lado do meu? - perguntei timidamente
Ela começou a gargalhar e eu não estava entendendo nada, esperei calmamente ela responder, quando me respondeu:
- Sim, era eu...
- Quem diria que eu iria te encontrar aqui
P.o.v Valentina
Andando pelo ambiente fiquei estática no lugar ao olhar para a porta e me deparar com uma moça que estava vestida de Rony, mas o que mais me chamou a atenção foi a cor dos cabelos dela que eram da mesma tonalidade que o da Anne, será que era ela? Acho que não, seria muita coincidência vê - lá aqui, deixei isso de lado, mas não consegui ficar longe dessa mulher por muito tempo, era como se só o fato dela estar ali me fizesse querer ir de encontro a ela, ao perceber que sua companhia não estava mais ali me vi seguindo em sua direção e me sentei, esperando que percebesse minha presença, ao ver ela sorrindo para mim, me veio uma sensação de querer morar nesse sorriso, e eu falei brincando:
- Oi eu sou a Hermione. - falei sorridente.
O perfume dela era tão delicado e novamente me veio a psicóloga Anne na minha cabeça, mas o que está acontecendo comigo? Desde o momento que coloquei os olhos nela não consigo tirar ela da minha mente, saio de meu devaneio ao escutar ela falando em meu ouvido:
- Oi eu sou o Rony.
Ela me pareceu um pouco tímida ao me responder, para puxar papo com ela perguntei:
- Veio sozinha?
- Vim acompanhada, mas pelo visto ela me abandou por algum cara.
- Não se preocupe agora você está na minha companhia.
Ela me pareceu triste, me deu vontade de abraça - lá bem apertado, pelo amor de deus o que está acontecendo comigo? A única mulher que me fez ter esses sentimentos foi a Andreia e ela morreu a muito tempo, deixei esses pensamentos de lado, não sei o que poderia estar passando pela cabeça dela, mas deu para perceber que o rosto dela estava ficando num tom avermelhado, evidenciando a sua timidez, a mesma até que tentou esconder o rosto para que eu não percebesse, porem foi em vão e devido o som alto da música precisei chegar mais perto para que me ouvisse e falei em seu ouvido:
- Você fica mais bonita ainda envergonhada sabia?
Assim que falei isso vi o rosto dela ficar mais avermelhado isso me lembrou muito o meu antigo amor, mas eu não consigo explicar essa sensação de que eu a conheço de algum lugar, para tirar a minhas dúvidas resolvi perguntar:
- Quantos anos você tem?
Ela estava tão compenetrada em seus pensamentos que nem me ouviu falando, até que ela se pronuncia falando:
- Me desculpa, mas o que você perguntou:
- Eu perguntei quantos anos você tem?
- Eu... Hoje completo vinte e um anos.
- Tão novinha... Eu tenho quarenta e cinco.
Depois dela dizer a sua idade, parece que veio um peso no meu coração, ela me fez lembrar da Deia e o quanto eu a amei, e a forma que morreu sem eu poder dizer adeus é o que mais me corrói por dentro, acho que por isso nunca me permitir amar novamente, mas também tem a promessa que fiz a ela de que iria espera - lá, só parei meus devaneios quando ela falou:
- Por que seus olhos me parecem tão tristes?
- Porque hoje completa vinte e cinco anos que a mulher da minha vida morreu.
- Eu sinto muito.
Como pode a voz dela ser tão parecida com a da psicóloga, mas não tem como ser ela, mas eu não conseguia tirar isso da cabeça, essa mulher realmente tirou meu prumo, só voltei minha atenção a sua pessoa quando a ouvi falando:
- Onde comprou essa fantasia?
- Comprei na Party City.
- Nossa... Foi onde comprei a minha fantasia.
- Sério?
- Sim.
- Você foi quando?
- Hoje, por volta das 13:00 horas
- Foi o mesmo horário que passei nessa loja.
- Não me diga que você é a moça que estava trans*ndo no provador ao lado do meu?
Comecei a gargalhar de nervoso, não imaginei que tinha alguém do meu lado, realmente ela é uma mulher silenciosa, nem reparei em sua presença na loja, quem será essa mulher na minha frente? Demorei um pouco para concatenar as ideias, depois de mais calma respondo:
- Sim, era eu...
- Quem diria que eu iria te encontrar aqui.
- O que você gostaria de fazer no seu aniversário?
- Andar naquela moto Suzuki GSX-R1000 que está lá fora, sempre quis sentir a sensação de andar na garupa de uma moto.
- Então hoje é o seu dia de sorte.
- Por que diz isso?
- Porque sou dona dessa moto maravilhosa. - falei orgulhosamente
- Sério?
- Sim.
- Você me leva para um passeio agora?
- Vou te levar para um lugar onde a vista é maravilhosa.
- Jura?
- Juro, agora a pergunta que não quer calar, você topa?
Fim do capítulo
Espero que estejam gostando da historia :)
Beijos da Pimentinha
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 07/03/2022
Garota prodígio,21 anos já exercendo a profissão!
Anne nasceu hétero,bom até então é hétero!
Quando pintar um clima, será que a idade vai ser um problema???
Resposta do autor:
Você viu só...
Isso porque ela não tinha conhecido a Valentina ainda neh
Uma boa pergunta
beijos daPimentinha
Marta Andrade dos Santos
Em: 10/02/2022
Confidenciais !
Resposta do autor:
Sim
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