Essa é a continuação da historia Minha vida é você, caso queira dar uma olhada é so pesquisar que ela esta aqui no lettera.
Capitulo 1
P.o.v Valentina
Hoje faz vinte e cinco anos que a Andreia faleceu, sinto uma falta do sorriso que ela sempre dava quando me via, ou como sempre conseguia me surpreender quando eu menos esperava, do seu jeitinho todo carinhoso comigo e em como só de me olhar já sabia como me sentia. Para quem não sabe sou a Valentina, desde a morte da minha amada nunca mais fui a mesma, isso até hoje é claro, relutei muito em ir a um profissional, mas a Linda disse que eu precisava seguir em frente, resolvi marcar uma sessão na psicóloga para que saísse do meu pé, antes que me perguntem, sim estou tendo um rolo com a Linda, mas nunca foi a mesma cumplicidade que tinha com a Deia. Estava atrasada para a consulta, cheguei ao consultório e esperei minha vez de ser atendida, quando meu nome foi chamado minhas mãos começaram a tremer e meu coração pulava no peito e assim que consegui me acalmar entrei pela porta que tanto estava me amedrontando, olhei ao redor e só então coloquei os olhos na doutora, me veio uma sensação de paz e eu não estava entendo o que eu estava sentindo, quando ela tocou de leve a minha mão ao nos cumprimentarmos pude sentir uma corrente elétrica passear pelo meu corpo, era como se eu já tivesse sentido esse toque antes, fiquei maravilhada com a psicóloga que estava a minha frente, eu estava tão absorta em meus pensamentos que não ouvi quando chamou por meu nome, em um segundo momento ouvi:
- Bom dia, me chamo Doutora Anne em que posso ajudar?
- Eu me chamo Valentina - respondi com o semblante vermelho.
- Percebo o seu nervosismo, já veio alguma vez a alguma sessão de terapia?
- É a minha primeira vez doutora.
- Me fale um pouco de você e suas preferencias para eu conhece - lá melhor?
- Bom, tenho 45 anos, trabalho em uma faculdade, sou professora de filosofia, sou formada a exatamente 24 anos, moro sozinha, escrevo poemas no meu tempo vago e acho que não tem muito mais ao meu respeito.
- Entendo, uma moça bonita como você não namora?
- Eu tenho um rolo com uma garota, mas meu coração sempre vai pertencer a Andreia.
- Hum, me fale um pouco sobre essa garota que você está se relacionando agora e sobre a Andreia.
- Bom... A Linda sempre esteve ao meu lado, desde que a Andreia se foi, sempre me escutou, carinhosa comigo e sempre procura me entender.
- E a Andreia?
- Ahh... A Andreia é a mulher da minha vida, eu a amo desde o dia que botei os olhos nela, sempre me surpreendia com surpresas, o sorriso dela era lindo, me compreendia só de olhar em meus olhos e tínhamos uma cumplicidade que não tenho com a Linda.
- E por que não está com a Andreia já que a ama tanto?
- Por um pequeno detalhe doutora, hoje completa vinte e cinco anos que a Andreia faleceu.
- Primeiro não precisa me chamar de doutora, e sim Anne, segundo me desculpe eu não sabia, meus pêsames.
- Tudo bem, não tinha como você saber.
- Me fale como a Andreia morreu?
- Na verdade eu só soube depois da morte dela.
- Poderia explicar melhor?
- Claro... Eu fiquei em coma por três anos e quando acordei descobri pela Linda que a Andreia morreu, ela me contou que sofremos um acidente de carro por causa do meu ex noivo, eu e Andreia tínhamos acabado de ficar noivas e ele não aceitou tão bem isso, nos seguiu e acabamos sofrendo um acidente.
Enquanto eu narrava o ocorrido daquele fatídico dia que descobri da morte da Andreia, algo me chamou a atenção, a psicóloga Anne não parava quieta na cadeira, mas deixei isso de lado e terminei de narrar, mesmo depois de tantos anos só de lembrar desse dia me vieram algumas lagrimas aos meus olhos, mas eu não queria chorar aqui, nem na frente da Linda eu choro, até parece que irei chorar na frente de uma estranha, estava distraída quando ouvi:
- Sei que está com vontade de chorar, aqui o espaço é seu para fazer o que quiser, não irei te julgar.
As lágrimas começaram a rolar sem minha permissão ao escutar a Anne dizer aquelas palavras para mim, senti uma paz ali com ela, o horário da sessão já estava acabando, depois de muito chorar limpei o rosto e me despedi da Anne, antes de sair olhei nos olhos dela e não entendia o porquê deles me parecerem tão conhecidos, sai da consulta até mais leve.
P.o.v Anne
Hoje acordei com minha mãe me desejando bom dia e já apressada para ir trabalhar como sempre, enquanto me arrumava lembrava do sonho recorrente que eu tenho desde a minha infância e ele sempre termina da mesma forma:
Eu pedindo uma moça em casamento e ela aceita e isso me faz a mulher mais feliz do mundo, mas tudo que é bom dura pouco não é mesmo? Quando estávamos voltando para casa sofremos um acidente muito feio, sempre acordo na mesma parte do sonho, até hoje não sei o que aconteceu comigo ou com aquela mulher, fiquei divagando um pouco lembrando do rosto da garota, que me parecia ser tão angelical, eu sentia um grande carinho por essa desconhecida, como minha mãe sempre diz quando sonhamos algo recorrente é o nosso subconsciente querendo nos dizer algo.
Olhei no relógio e me assustei com a hora, me levantei às pressas da cama e corri pela casa me arrumando e comendo a primeira coisa que vi na cozinha e sai correndo para não atrasar, pois iria atender uma nova paciente.
Cheguei ao consultório e avistei a secretaria, levei um susto quando ela chamou minha atenção falando:
- Bom dia Doutora Anne, a primeira paciente do dia já chegou.
- Bom dia Francis, obrigada por avisar, já irei atender a primeira paciente do dia.
Entrei em meu consultório, peguei a primeira ficha e a chamei:
- Valentina pode entrar.
Assim que ela entrou e coloquei os meus olhos nela, senti uma familiaridade tão grande que não conseguia entender o porquê, o rosto dela me faz lembrar da desconhecida que eu sonho desde a infância, quando segurei em sua mão tive a sensação de que a conhecia há mais tempo do que estava parecendo, eu fiquei maravilhada com a mulher que estava a minha frente.
Começamos a sessão e quanto mais a conhecia, mais algo mexia dentro de mim, mas o momento que ela falou sobre uma moça chamada Andreia e sobre o acidente, aquilo me deixou tão inquieta a ponto de a própria reparar na minha inquietação, voltei a minha postura profissional e falei:
- Sei que está com vontade de chorar, aqui o espaço é seu para fazer o que quiser, não irei te julgar.
Quando a vi chorando foi desconfortável para mim, o horário da sessão estava para acabar, ela limpou o rosto e antes de sair me olhou nos olhos e quando fez isso minhas pernas tremeram e fiquei sem reação nenhuma até que a vi saindo de meu consultório, voltei a respirar novamente, o restante do dia seguiu normalmente, mais a noite eu teria o aniversário de um amigo da minha melhor amiga e secretaria e ela quer por quer eu vá junto, não tive como escapar e para piorar era festa a fantasia.
P.o.v Valentina
Assim que sai da sessão escutei meu celular tocando insistentemente, fui atender já sabendo quem era:
- Oi Linda como vai?
- Como sabe que sou eu?
- Te conheço a alguns anos já, sabia que era você até porque você sabia que eu ia a psicóloga.
- E como foi a sessão?
- Foi bem, depois te conto como foi.
- Está bem, te liguei para avisar que hoje temos um aniversário de um amigo meu para ir.
- Preciso ir mesmo? Não conheço seu amigo.
- Claro que precisa, você é minha na... Estamos ficando não estamos?
- Estamos sim, já que quer minha presença eu irei.
- Muito obrigada e já ia esquecer é uma festa a fantasia.
- Ah não... Preciso ir fantasiada mesmo?
- É o tema da festa.
- E que horas começa?
- Começa às 23 horas.
- Te espero as 22 em ponto aqui em casa ouviu?
- Estarei até antes se quiser.
- Vou desligar aqui, tenho que ir atrás de alguma fantasia no shopping.
- Até a noite Lea.
Me despedi dela e segui caminhando até o shopping, entrei na loja de fantasia e me veio uma nostalgia, se Andreia estivesse viva com toda certeza usaríamos a mesma fantasia que é da Hermione e ela sempre de Rony, a atendente chamou minha atenção dizendo:
- Boa tarde me chamo Daniele, como posso ajudar?
- Queria ver as fantasias que tem da Hermione.
Assim que encontrei a fantasia perfeita fui até a fila para paga, percebi os olhares indecentes de uma atendente dando em cima de mim insistentemente, me enchendo até que falei:
- O que está querendo garota?
- Quero você.
- Mas que audácia.
A puxei pelo braço e a levei para o primeiro provador livre que eu vi, assim que que tranquei a beijei sem cerimônia nenhuma, fui passando a mão pelo corpo dela e já estava ficando excitada, tirei a sua blusa e vi os seios farto dela, o abocanhei e falei em seu ouvido:
- Se gem*r eu paro.
Desci novamente aos seios dela e a ch*pei deliciosamente, o melhor foi ver ela se segurando para não gem*r, tirei o resto da roupa dela e fui deixando rastro do meu cheiro pelo corpo dela, fui beijando o cada pedacinho até chegar ao centro do prazer dela e a ch*pei, nessa hora ela nem disfarçava os gemidos, ao ver que ela estava para goz*r parei o que estava fazendo e falei em seu ouvido:
- Isso é para entender que você ainda tem que comer muito arroz com feijão para chegar aos meus pés.
Sai do provador com um sorriso no rosto, desde o dia que a Andreia morreu nunca mais deixei mulher nenhuma tocar em meu corpo, nem mesmo a linda que ficamos a 24 anos, me tornei a maior cafajeste com as mulheres, sai da loja ouvindo os gritos da moça e sorri por dentro com mais uma vítima caindo aos meus pés, o que mais queria agora era chegar em meu apartamento, assim que entrei me bateu uma tristeza, faz tanto tempo que a Deia faleceu e mesmo assim não consigo esquece - lá e muito menos a promessa que fiz de que ia esperar por ela, deitei em minha cama para descansar até a noite chegar.
P.o.v Anne
Precisei passar às pressas no shopping para comprar a fantasia, já que eu não tenho nenhuma, como tenho os cabelos curtos e tenho a mesma cor de cabelos do Rony de Harry Potter resolvi ir à festa assim, entrei na primeira loja que eu vi, pedi ajuda a atendente e ela trouxe a roupa, a varinha eu não iria precisar pois já tinha, fui levada um dos boxes para ver se servia direitinho, ao entrar e me despir ouvi uma movimentação estranha no box ao lado, e o que ouvi me deixou de queixo caído, eu ouvi gemidos de uma mulher, e acabei ouvindo:
- Se gem*r eu paro.
Fiquei mais boquiaberta ainda fato de ser a voz de outra mulher, ao meu lado as duas estavam trans*ndo, eu tive a impressão de que essa voz era conhecida, ouvi novamente:
- Isso é para entender que você ainda tem que comer muito arroz com feijão para chegar aos meus pés.
Eu ouvi a porta ser aberta, eu nem respirei nessa hora, não queria que soubessem da minha presença ali, logo em seguida ouvi a moça soltar fogo pelas ventas, pelo ocorrido achei que ela estaria mais calminha, sai do provador como se nada tivesse acontecido, passei no caixa e paguei o que eu ia levar e sai voando da loja, mas com a sensação de que eu já havia ouvido uma das vozes, aquilo ficou na minha cabeça, cheguei em casa morta do dia do trabalho, mas uma coisa eu tinha que admitir a voz daquela garota me causou coisas que nem sei explicar, fiquei imaginando e se fosse eu no lugar da outra garota, o que está acontecendo comigo? Parei de pensar nisso e tentei dormir.
Fim do capítulo
Espero que gostem da continuação
Beijos da Pimentinha
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 07/03/2022
Essa Linda é masoquista,"ficar" com uma pessoa a vida toda sem ter um compromisso sério? Linda se valoriza mulher,por mais que você goste da Valentina,isso não é vida!
E essa pegada no vestiário, misericórdia! Hahahahaha Além de não firmar relacionamento com a Linda,ainda sai pegando mulheres aleatório!
Anne é a reencarnação da Andreia. Mas será que elas vão perceber os sinais???
Resposta do autor:
É uma boa pergunta.
Será que elas vão perceber?
Beijos da Pimentinha
Marta Andrade dos Santos
Em: 22/12/2021
Eita kkkkk!
Resposta do autor:
Você viu só kkkk Beijos da Pimentinha
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