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  • AINDA SEI, Ã? AMOR
  • CAPÍTULO 26: CASADAS

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AINDA SEI, Ã? AMOR por contosdamel

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Palavras: 5279
Acessos: 1352   |  Postado em: 17/12/2021

Notas iniciais:

*Post dedicado, inspirado na idéia de uma leitora, Elis do ABCLES, promessa é dívida, sugestão aceita, não era bem como você esperava, mas está aí, obrigada pela leitura!

CAPÍTULO 26: CASADAS

permaneceram o resto do final de semana na casa, seria desperdício não aproveitar um paraíso daqueles. Nossa noite de núpcias foi adiada, por que ambas exageraram nos drinks exóticos, assim como todos os convidados, dormimos espalhados pela casa, e de lua-de-mel nossa primeira noite de casadas não teve nada. Parecia mais um acampamento de família.

 

                  Na tarde do domingo, voltamos ao Rio, combinei com dona Lúcia, para que ela preparasse nossa bagagem para viajarmos e surpreendi minha mulher mais uma vez.

 

-- E essa bagagem pronta? – Suzana perguntou.

 

-- Nossa uai!

 

-- Isabela Bittencourt... O que mais minha digníssima esposa está aprontando?

 

-- Você acha que eu me contentaria com uma lua-de-mel de acampamento?

 

-- Lua-de-mel?

 

--Hurrum... Nosso vôo sai daqui a... Três horas, portanto, se apresse amor, se não nos atrasamos.

 

                  Suzana me olhava atônita enquanto eu conferia nossas malas, a fim de averiguar se estavam completas.

 

-- Posso saber aonde vamos passar nossa lua-de-mel?

 

-- Ah amor, você vai saber quando chegarmos ao aeroporto, banho já!

 

                  Empurrei-a para o banheiro, quando ela me agarrou:

 

-- Banho é? Você vem comigo!

 

                  Tirou minhas roupas apressada, e eu fiz o mesmo com as dela. Jogou-me contra a parede, encaixando sua perna entre as minhas, sugou meus lábios, desceu com sua língua pelos meus seios, roçando sua perna no meu sex* arrancando meus gemidos.

 

                  Nosso banho demorou bem mais do que o programado, chegamos ao aeroporto a poucos minutos de encerrar o check-in. Suzana olhou para o letreiro eletrônico no guinche da companhia aérea e perguntou:

 

-- Buenos Aires? É isso amor?

 

-- Aham...

 

                  Suzana sorriu enquanto entrávamos na sala de embarque.

 

-- Você também vai dançar tango comigo lá?

 

-- Jura que você quer isso amor?

 

                  Perguntei fazendo careta.

 

-- Quero tudo que Buenos Aires dá direito!

 

                  Partimos para a capital argentina em clima total de romance, e como se o universo conspirasse, não éramos exceção naquele vôo, inclusive casais homossexuais, mais parecia uma excursão gay latina.

 

                  Escolhi um hotel charmoso em Palermo, centro de Buenos Aires. Obviamente, ficamos na suíte nupcial, e enfim, nossa lua-de-mel aconteceu à altura do romantismo subentendido nessa tradição. Fiz questão inclusive de estrear lingerie sensual, presenteando Suzana com artigo semelhante. Com direito a champagne, trilha sonora especial, nos amamos até o sol nascer, nos entregando ao sono abraçadas uma a outra, trocando juras de amor e traçando planos para nosso futuro.

 

                  Certifiquei-me de acordar antes de Suzana, a fim de colocar em prática minha última surpresa preparada para minha mulher naquela sequência de loucuras românticas, fiz alguns telefonemas, antes de acordar Suzana pouco antes da hora do almoço.

 

-- Amor? Acorda, temos uma programação rica para hoje!

 

-- Ai Isa... Vem aqui, vamos passar o dia aqui nesse quarto vai...

 

-- Não minha senhora! Você me disse que queria tudo que Buenos Aires dá direito, programei um dia de turista para nós.

 

-- Amor! Não quero isso! Quero ficar aqui, nua nessa cama com você igualmente não vestida, te beijando, te tocando...

 

                  Suzana falou jogando seu corpo sobre o meu, descendo suas mãos por minha coxas, encaixando-se entre minhas pernas.

 

-- Suh... Preparei tudo com tanto carinho para nós... Ah... Ai... Não faz isso...

 

                  Suzana remexia seus quadris sobre meu sex*, deslizando sua língua pelo meu pescoço despertando o arrepio da minha pele.

 

-- Adoro sua pele meu amor... – Sussurrou no meu ouvido.

 

-- É?

 

-- Hurrum... Não resisto a ela.

 

                  Suzana sabia como dominar completamente. Minha cavidade úmida era o sinal que ela precisava para me ter em suas mãos, excitava-me ainda mais ver o sorriso estampado em sua face quando ela sentia em seus dedos a umidade abundante do meu sex*.

 

-- Está vendo como você me deixa? – Murmurei entre gemidos.

 

-- Adoro te sentir assim.

 

                  Minha mulher continuava seu rebol*do sobre meu sex*, agora inserindo seus dedos para massagear meu clit*ris que se inchava de desejo. Seus movimentos suaves e ritmados agora davam lugar a estocadas intensas, não menos ritmadas, mantendo o polegar massageando meu clit*ris, Suzana penetrou em mim dedos, explorando com todo conhecimento adquirido do meu corpo, cada zona mais sensível, recebendo como estímulo meus gemidos mais intensos e os espasmos dos meus músculos se entregando ao gozo inevitável. Não saciada, trêmula, ofegante, denunciando o prazer que sentia com meu orgasmo, minha mulher desceu com sua boca, sugando meus mamilos, lambendo minha barriga, alcançando meu sex* encharcado, mergulhou sua língua naquele líquido, ch*pando, penetrando, se deliciando com minhas reações, usando sua boca para explorar toda extensão da minha vulva, beijando meus pequenos e grandes lábios como fruta saborosa, dando-me orgasmos múltiplos e goz*ndo comigo enquanto minhas unhas se cravavam em seus ombros.

 

                  O sex* com Suzana nunca foi repetitivo. Impressionava-me a sensibilidade dela para entender meu corpo, lê-lo antes que eu mesma entendesse o que precipitaria mais prazer. E o mais incrível de tudo isso, era ver e sentir o quanto meu prazer era prazeroso para ela, não era incomum goz*rmos juntas, mesmo quando eu não a tocava.

 

                  Com muito sacrifício convenci-a a sair do hotel, rumando para um restaurante ainda em Palermo, almoçamos e em seguida convidei-a para passear por um dos parques do bairro, o Jardim Japonês. A essa altura, Suzana toparia tudo que eu sugerisse, tamanha era disposição para me agradar.

 

-- Amor precisamos mesmo de um taxi para chegar a esse parque? Vi que era pertinho daqui.

 

-- Ah Suh, prefiro poupar minhas energias para outra coisa...

 

                  Sorri maliciosa, com a intenção de distraí-la do trajeto, desci minha mão por suas pernas, subitamente notei seu rosto ruborizar:

 

-- Amor, o taxista...

 

-- Ah, com certeza ele vai se excitar também, claro que não mais do que eu te tocando...

 

-- Isabela!

 

                  O tom de reprovação de Suzana não correspondia à expressão de seu rosto. Ela fechava os olhos com um sorriso no canto dos lábios quando aproximei minha boca de sua orelha, respirando ofegante. A troca de carícias quentes certamente apressou o taxista que constrangido fugia de olhar pelo retrovisor.

 

-- Señoras llegarmos.

 

                  Paramos diante de um prédio tradicional, na entrada, uma placa: Cartório.

 

-- Isa? E o Parque Japonês?

 

-- Ah, preciso pegar uns papéis aqui, que me autorizam a fazer pesquisa em seres humanos nesse país.

 

-- Você não comentou nada disso...

 

                  Suzana estava desconfiada, mas eu fingia não entender seus questionamentos. Diante da recepcionista avisei:

 

-- Hemos programado para las 16 horas.

 

-- Sus nombres, por favor.

 

-- Isabela Bittencourt y Suzana Andrade.

 

-- Sigam-me.

 

-- Isa? O que temos agendado?

 

                  Suzana perguntou impaciente. Fiz sinal para que ela falasse baixo, entreguei nossos documentos quando o funcionário pediu, enquanto Suzana franzia a testa visivelmente nervosa.

 

-- Isa você quer me responder?

 

                  Antes que eu tivesse tempo para responder, o oficial em uma sala reservada pediu que nos aproximássemos da mesa com uma pasta nas mãos.

 

-- Isa!

 

-- Meu amor, calma. Temos um horário agendado para...

 

                  Sorri, segurei sua mão e continuei antes que minha mulher tivesse uma síncope de ansiedade.

 

-- Nosso casamento.

 

-- Han?

 

-- Aqui o casamento homossexual é permitido, você será a senhora Isabela Bittencourt.

 

-- Mas, como? Isa!

 

-- Teoricamente não tem validade por sermos brasileiras... Mas... Esqueci de mencionar que nasci aqui?

 

-- Você é argentina?

 

-- Nunca usei minha dupla nacionalidade, eu só nasci aqui, os pais de meu pai são de Córdoba, e meus pais estavam aqui a passeio quando eu resolvi nascer três semanas antes do previsto...

 

-- Como você nunca me disse isso?

 

-- Já viu algum brasileiro ter orgulho de ser argentino Suh?

 

                  Sorri.

 

-- Então... Demorei uns dias para conseguir, mas, provei minha nacionalidade argentina, e nos casaremos oficialmente... Legalmente, seremos casadas meu amor.

 

                  Suzana se emocionou, tremeu, e os olhos logo cintilaram as lágrimas que não demoraram a cair.

 

-- Assim você fica viúva logo... Vai me matar do coração com tantas surpresas...

 

-- Recomponha-se meu amor! O oficial está ficando impaciente.

 

                  Segurei suas mãos, enxuguei suas lágrimas e contive as minhas, e numa cerimônia rápida e nada romântica, nos casamos em Buenos Aires, precisei subornar duas pessoas que estavam na fila para ser nossas testemunhas, mas isso era o que menos importava, o olhar de felicidade de minha mulher era mais que suficiente para tornar aquele momento inesquecível.

 

                  Suzana repetia seu nome junto com o meu sobrenome várias vezes quando saímos do cartório, como um verso de poesia, parecia criança quando aprende uma rima.

 

-- Suzana Andrade Lins Bittencourt... Suzana Andrade Lins Bittencourt...

 

-- Meu amor você vai repetir isso por muito tempo?

 

-- Só até eu acordar desse sonho... Suzana Andrade Lins Bittencourt...

 

-- Não é sonho meu amor, é real.

 

-- Bela, minha bela... Minha mulher... Você é meu sonho mais perfeito, é minha vida mais completa.

 

                  Nossa lua-de-mel foi mais que perfeita, chegava a ser cômico quando Suzana fazia questão de se apresentar como senhora Bittencourt, parecia ter se esquecido do próprio nome para ser apenas minha mulher.

 

                  Voltamos ao Brasil dez dias depois de nosso casamento. Ficamos em Campinas, uma vez que há quase um mês eu estava afastada das minhas funções e da pesquisa. Minha correria não arrefeceu nosso clima de lua-de-mel, minha mulher estava tão realizada, que sequer questionou minhas muitas horas no hospital, me cobria de carinho quando eu estava em casa, e nem ousou cobrar nosso retorno ao Rio nas duas primeiras semanas, entendendo meu acúmulo de trabalho.

 

                  Passamos nossos primeiros meses nos dividindo entre Rio e Campinas, nossa felicidade mantinha o gás para não nos abalarmos com a rotina de viagens semanais, apesar de ser curto, o desgaste de vôos poderia causar cobranças por uma decisão minha de me mudar definitivamente para o Rio. Notava que Suzana se controlava para não reclamar, mas sutilmente ela entrava em assuntos delicados como filhos e a tal mudança, assuntos os quais eu fugia pela tangente, emendando em um sex* quente o suficiente para fazê-la esquecer dessas questões cruciais.

 

                  Pietra recebera alta, e agora, estava na companhia da filha e dos pais no interior. Virginia nos mantinha informada, inclusive sobre os planos delas, Pietra acompanharia Ana em seu mestrado em Haward, onde aproveitaria para fazer uma atualização em fisiologia do esporte. Mirela, a mãe de Vitória estava de volta ao Brasil, e ao que parecia, estava se esforçando para se reconciliar com Vitor, torcíamos para que desse certo para garantir a guarda de Vitória conosco, mesmo que, o pai biológico dela algum dia descobrisse sua existência.

 

                  Todos os meses celebrávamos nosso aniversário de casamento com jantares românticos, fosse em Campinas, fosse no Rio. Entretanto, o nosso aniversário de seis meses foi marcado por cobranças as quais escapei até então.

 

-- Isa precisamos conversar.

 

-- Ai, quando você fala com esse tom... Já sei que vem DR por aí.

 

-- Não se trata de DR, se trata de assuntos que você sabe perfeitamente que precisamos resolver. Combinamos que essa situação de ponte aérea seria temporária, mas a minha digníssima esposa está me enrolando há meses e não vejo você se mexer para definir isso.

 

-- Suh não estou tendo tempo para nada que não seja concluir a terceira etapa da pesquisa! Nosso grupo está trabalhando muito, você é testemunha! A coitada da Virginia e da Olivia não se vêem há semanas, porque Virginia está atolada de análises para apresentar!

 

-- Isa as meninas são nossas amigas torço muito por elas, mas estou falando de nós! Estamos casadas de fato e de direito, mas, continuamos nossa vida de namoro...

 

-- Suh não seja injusta... Estamos dividindo tudo, até nosso nome! Além do mais, o que tem de mal continuar nossa vida de namoro, assim nos mantemos sempre com aquela paixão livre dos problemas do casamento...

 

-- Não tente me enrolar de novo! Isa quero você aqui na nossa casa, quero planejar nossos filhos, quero que você se envolva no meu projeto, é tudo seu também...

 

-- E quanto a você? Por que você não se envolve com meus projetos? Você mal se interessa por minha pesquisa, pelos artigos que publico quanto estávamos separadas você pelo menos os lia, agora nem se dá ao trabalho de ler.

 

-- Já participo de sua pesquisa, esqueceu que sou uma cobaia?

 

-- Então é esse seu interesse? Minha vida é essa pesquisa e seu interesse é só o fato de estar na minha amostra?

 

-- Ai Isabela não me envolvo mesmo! Por que essa pesquisa não é sua! Sinto como se isso continuasse a manter você ligada a Camila! Não suporto isso!

 

-- Ai não posso acreditar que estou ouvindo isso! Esse lenga-lenga de novo Suzana? Eu é que não suporto mais isso! Eu me casei com você, fiz absolutamente tudo pra te dar o que você merece, e você continua com essa insegurança chata por uma pessoa que nem está mais aqui!

 

-- Ela está mais do que uma pessoa viva. Você mesma disse que sua vida é essa pesquisa, ou seja, a pesquisa dela, você continua vivendo com ela.

 

-- Suzana chega!

 

                  Joguei o guardanapo na mesa e me levantei.

 

-- Chega! Eu não falo na Camila, eu não ressuscito Camila entre nós, você faz isso! Entenda de uma vez por todas: Camila sempre vai estar nas minhas memórias, mas isso não diminui meu amor por você, nem te deprecia você é minha mulher hoje e também quero que seja no meu futuro até o fim da minha vida!

 

-- Quer que seja? Poucos dias atrás você dizia que envelheceria comigo...

 

-- Lá vem você... Suzana chega! Como podemos continuar com uma vida de casadas felizes se você continua com esse comportamento infantil?

 

-- Comportamento infantil? Coloque-se no meu lugar, você é minha vida, mas a sua vida é o Nobel de sua finada mulher, você passa mais tempo com ela do que comigo! Ainda está presa a ela.

 

-- Suzana acorda! Não estou presa a Camila! Estou dedicada a pesquisas que salvam as vidas de muitas pessoas, inclusive a sua! Há mais de dez anos que estudo isso, que minha ciência é isso, que me entrego a isso, pelo bem da humanidade, e daí se Camila começou a pesquisa? Ela deu a contribuição dela ao mundo e eu estou dando a minha continuando, aperfeiçoando essa pesquisa, não é possível que sua mente seja tão obtusa quanto a essa questão!

 

-- Ah ótimo! Vai me chamar de ignorante agora?

 

-- Nesse ponto você é! Nem parece uma médica. Chega a ser ridículo seu ciúme de uma pesquisa Suzana! Sem contar no quanto egoísta é me privar de fazer um bem a humanidade.

 

-- Vai me dizer que ninguém mais no mundo é capaz de continuar essa pesquisa que não seja você?

 

-- Não estou dizendo isso! Mas me dedico a ela há anos, e não vejo motivos para abandoná-la só por um capricho seu, uma insegurança absurda.

 

-- Capricho? Construir uma família comigo é capricho?

 

-- Não me refiro a isso Suzana, você entendeu, além do mais, construir uma família com você não me impede de continuar trabalhando no que gosto.

 

-- O que mais você quer com essa pesquisa Isabela? Um Nobel só seu?

 

-- Sabe que não seria ruim? Por que não?

 

-- Vejo que os filhos que planejamos não estão nas suas prioridades. Que tempo você teria para algo tão menos importante para a humanidade não é?

 

-- Eu nunca falei de filhos no plural... E eu quero isso sim Suzana, mas não vejo motivo para pressa, nem curtimos nossa vida de casadas ainda direito.

 

-- Nisso concordo com você, por que sequer temos uma vida de casadas ainda.

 

-- Suzana, chega, estou cansada, você quer brigar, vai fazer isso sozinha, vou dormir.

 

                  Saí caminhando em direção ao nosso quarto e tranquei a porta, voltei rapidamente e disse:

 

-- Você quer vida de casada com tudo que tem direito? Aproveite então, hoje você dorme no sofá!

 

                  E essa foi a primeira noite que dormimos separadas desde nosso casamento. Nem dormi na verdade. Rolei na cama a noite toda, no meio da madrugada, levantei para verificar se ela estava bem, confortável no quarto de hóspedes. Qual não foi minha surpresa quando não a encontrei em casa. Pensei comigo:

 

-- Ótimo! O que poderia ser mais tradicional em uma vida de casados? O marido sai para encher a cara depois de uma briga enquanto a mulher fica acordada, preocupada esperando por ele... Ah Suzana, essa você me paga!

 

                  E quem dormiu no sofá fui eu, à espreita, esperando Suzana voltar. E ela voltou, como eu supunha, trocando as pernas, bêbada. Só não esperava que ela voltasse acompanhada:

 

-- Virginia?

 

-- Ai que susto Isa! Não vem pra cima de mim não, só fiz o favor de escutar sua mulher a noite toda, não podia deixá-la sozinha naquele bar, nem enfiá-la em um táxi qualquer.

 

-- Amooor voltei. – Suzana falava com voz arrastada com um sorriso estúpido.

 

-- Era só o que me faltava...

 

-- Faz o favor de me ajudar a levar sua mulher pro quarto, porque ela é pesada viu.

 

                  Virginia, pequenininha como era, lutava para manter Suzana de pé, apoiada em seu ombro. Ajudei-a e conseguimos colocar Suzana na cama, que não demorou dois minutos para cair em sono profundo.

 

-- O que diabos aconteceu com vocês? – Virginia perguntou enxugando o suor do rosto.

 

-- Briga de casal, pelos mesmos motivos de sempre. Suzana tem um ciúme ridículo do meu trabalho por ser a pesquisa da Camila, quer me tornar uma Amélia lésbica parideira.

 

-- Que horror Isa!

 

                  Narrei para Virginia nossa discussão para ao final, a minha pupila ser instrumento de sensatez que lhe era tão própria:

 

-- Isa, duas coisas: você prometeu a Suzana que se mudaria para o Rio, de certa forma ela está certa em querer acabar com essa história de ponte aérea, quer uma vida mais sossegada com você. Natural que ela cobre isso de você. Outra coisa, não acho que você deva ceder a todas as vontades de Suzana, afinal de contas, ela também tem o compromisso de te fazer feliz, e seu trabalho faz parte dessa felicidade, portanto, ela tem que respeitá-lo e te apoiar, e foi isso que eu disse antes dela tomar metade do estoque de vodka do bar.

 

-- E o que minha digníssima disse disso?

 

-- Ficou se culpando por te sido tão infantil, depois a vodka fez efeito e ela não parou de repetir: Suzana Andrade Lins Bittencourt.

 

                  Sorri imaginando a cena.

 

-- Isa, mais uma coisinha: você e Suzana são uma família agora, então, faça planos com ela, você tem que tomar uma decisão sobre essas questões que deixam Suzana insegura, estabeleça prazos, para que vocês se preparem juntas, do tipo, o tempo que você vai precisar para se mudar, quando você pretende engravidar...

 

                  Acenei em acordo, Virginia tinha razão.

 

-- Fica por aí comadre, você conhece o caminho do quarto de hóspedes.

 

                  Esperei Suzana acordar para conversar sobre os tais prazos que Virginia sugeriu. A ressaca deu a minha mulher uma aparência pouco condizente com a supremacia de diva que lhe era peculiar.

 

=- Exagerou na história de casamento tradicional heim meu amor? Foi encher a cara, encher os ouvidos dos amigos enquanto me deixava preocupada esperando pela madrugada. Vai ser sempre assim quando discordarmos?

 

-- Claro que não Isa.

 

-- Acho bom, porque detestaria que você desse mau exemplo pra nossa filha.

 

-- Claro que não...

 

                  Suzana franziu a testa, incrédula interrompeu o pedido de desculpas e perguntou:

 

-- Você disse filha?

 

-- Pode ser filho também, mas preferiria uma menina, o que você acha?

 

-- Eu acho que estou alucinando, a gente briga, eu apronto, e a primeira coisa que escuto nessa ressaca é você falando de nossos filhos?

 

-- Ei doutora, muita calma nessa hora, olha esse plural aí, um está de bom tamanho!

 

                  Suzana me abraçou e tentou me beijar.

 

-- Mas nem com muito amor consigo beijar você assim, vá tirar esse gosto de chão de botequim da boca pra depois pensar em meu beijo, e um banho caprichado minha digníssima esposa!

 

                  Nossa conversa foi tranqüila, pedi a Suzana três meses para concluir a terceira etapa da pesquisa, antes de me mudar definitivamente para o Rio, depois desse prazo, me mudaria, com a condição que ela abrisse espaço no seu hospital para fundar lá um segundo grupo de pesquisa ligado ao Hospital das Clínicas de Campinas. Utilizaria parte do dinheiro do Nobel de Camila para mantê-lo até conseguir o financiamento das agências. O combinado foi que quando estivesse no Rio em definitivo, começaríamos a nos programar para a inseminação.

 

                  Antes de me tornar mãe, fiquei sabendo que seria tia, Lívia, me ligou exultante, me incentivando a encomendar logo o sobrinho dela para que os primos crescessem juntos. E assim, cumpri minha palavra, passados os três meses, me mudei para o Rio, arrastando alguns pesquisadores comigo, entre eles Virginia que seria uma das chefes do grupo de pesquisa, terminando sua residência na UFRJ.

 

                  Nossa peregrinação de consultas em clínicas de fertilidade, a maratona de exames, e a multidão de dúvidas na escolha do doador de esperma foi estressante, mas Suzana não permitia que eu fosse contrariada, obcecada com a idéia de me proteger até de estresse para que meu corpo estivesse totalmente concentrado no nosso objetivo: sermos mães. Assim, ela se envolveu na criação do grupo de pesquisa no seu hospital, escolhendo inclusive parte da equipe junto comigo e Virginia.

 

                  Finalmente encontramos uma médica que nos agradou. No exato dia que completávamos um ano de casadas, comparecemos á consulta na qual marcaríamos a data da primeira tentativa da inseminação artificial.

 

                  No elevador da clínica, nossa ansiedade era tão visível quanto nossa felicidade pelo primeiro ano de casamento, nada abalaria aquele clima de esperança que nos cercava. Pelo menos era o que eu pensava até uma sardenta gritar:

 

-- Segura a porta pra mim!

 

                  A sardenta vinha correndo pelo saguão com uma casquinha de sorvete numa mão e na outra um copo descartável com um líquido escuro. Desastre total: seguramos a porta do elevador pra destrambelhada derramar o conteúdo do copo em Suzana e espalhar o sorvete na minha cara, na tentativa de não desabar ao entrar no elevador.

 

-- Você é louca ou o que sua estabanada?! – Perguntei limpando meu rosto, irritada.

 

-- Devo ser ou o que... – A sardenta respondeu profundamente envergonhada sacudindo a mão suja de sorvete.

 

                  Suzana tentou me acalmar:

 

-- Calma amor... Pegue esse lenço.

 

-- Ai vou ter que descer de novo... Perdi o desejo de minha mulher...

 

                  O fato de a atrapalhada resmungar o “minha mulher” nos chamou atenção:

 

-- Não entendi. – Disse Suzana.

 

-- Minha mulher estava desejando tomar sorvete com chá mate... Ela está grávida, nosso primeiro filho, está esperando a consulta com a doutora Elis no décimo andar.

 

-- Também estamos subindo para consulta com ela...

 

                  O elevador chegou ao décimo andar, e a moça atrapalhada saiu apressada depois de se desculpar uma dezena de vezes pelo incidente. A mulher dela estava sentada na sala de espera, com uma barriga linda, pequena ainda, de cerca de cinco meses de gestação, de longe percebíamos aquela linda mulher gargalhando diante da narrativa da outra, enquanto acariciava seu rosto.

 

-- Daqui a algum tempo somos nós a estarmos assim meu amor.

 

                  Suzana disse, dissipando a minha irritação, a imagem das duas me despertou uma inveja boa, até esqueci o que aquela sardenta provocou no elevador, de tão linda que as duas eram juntas. Notamos a sardenta apontar para nós, e sua mulher cobrir o rosto com as mãos, nitidamente com vergonha alheia, as duas caminharam em nossa direção e a grávida se apresentou:

 

-- Olá, Lisa Pimentel, vocês conheceram a minha adorável mulher atrapalhada, desculpem-na, ela não perde esse talento pra confusão.

 

                  A linda mulher estendeu a mão, e retribuímos sua simpatia e educação.

 

-- Alexandra Castro, mil perdões. – A sardenta atrapalhada estendeu a mão.

 

-- Esse nome não é estranho... – Suzana comentou retribuindo o aperto de mão.

 

-- A Alex tem alguns livros publicados...

 

-- Claro! Eu li seu primeiro livro, um que falava de uma médica...

 

-- É, Aconteceu você o nome. – A sardenta completou.

 

-- Isso mesmo, muito bom! Não precisa mais se desculpar Alexandra, basta autografar meu exemplar!

 

                  A moça mais descontraída acenou em acordo e Suzana nos apresentou:

 

-- Suzana Andrade, e essa é minha mulher Isabela Bittencourt.

 

-- Isabela Bittencourt? Nossa... Mas, você é mesma Isabela Bittencourt que recebeu o Nobel da Camila Drummond? – Lisa perguntou.

 

-- É, sou eu mesma. – Respondi constrangida.

 

-- Sou fã da sua pesquisa doutora! Li tudo sobre a pesquisa, meus alunos da graduação até fizeram um trabalho sobre ele, é uma honra conhecê-la.

 

-- Vejo que é um encontro de celebridades! – Suzana brincou.

 

                  Depois da consulta, saímos as quatro para almoçarmos juntas, a Alexandra era mesmo um perigo ambulante, nem conseguia imaginá-la grávida, coisa que elas confessaram que aconteceria em alguns anos. Aquele encontro só me incentivou ainda mais no desejo de realizar logo meu desejo de ser mãe com Suzana.

                   Depois de muitas tentativas, o tão esperado tracinho azul no exame caseiro de gravidez apareceu. Faltavam dois dias para o aniversário de Suzana, esperei para dar a notícia nessa data. Passei dois dias praticamente deitada, sem nada fazer, temendo alguma intercorrência numa fase tão delicada, repeti o exame no laboratório do próprio hospital, e apenas doutora Elis, nossa médica ficou sabendo do resultado positivo da gravidez.

 

                  No dia de seu aniversário, Suzana trabalhou o dia todo, me deixou dormindo de manhã, sequer pude lhe dar meu presente pra começar bem o dia.

 

-- Amor estão comemorando meu aniversário aqui na vila, você não quer vir nos encontrar?

 

-- Estou indisposta meu bem, porque você não vem logo para casa? Preparei jantar especial para nós.

 

-- Prometo não demorar, mas me diz que não foi você quem cozinhou?

 

-- Coisas surpreendentes podem acontecer Suh...

 

                  O porteiro me avisou da sua chegada. Tratei de preparar a atmosfera. Luzes apagadas espalhei brinquedos pela casa inteira, inclusive perto da porta. Ouvi o barulho do que poderia ter sido um tropeção de Suzana. Ri sozinha.

 

-- Isa? Que escuridão é essa? Amor não me diz que preparou festa surpresa!

 

                  Percebi a luz da sala se acender.

 

-- Mas quem colocou esses brinquedos aqui? Amor, a Vitória esteve aqui? Amor? Onde você está?

 

-- Aqui meu bem!

 

                  Gritei do nosso quarto. Suzana entrou e perguntou mais uma vez:

 

-- Quem espalhou aqueles brinquedos pela sala Isa? Quase me estabanei no chão tropeçando neles.

 

-- Acho bom você se acostumar meu amor.

 

                  Andei com as mãos para trás até ela.

 

-- Se acostumar com o que?

 

-- Com brinquedos espalhados pela sala... Com pacotes gigantes de fraldas descartáveis...

 

                  Suzana franziu a testa, mostrei o que tinha em minhas mãos: um par de sapatos de lã, o primeiro que compramos quando saímos da clínica com Isa e Alex. Meus olhos marejados, diante dela que abria um sorriso emocionado:

 

-- Isa... Você... Está grávida?

 

-- Não meu amor. Nós estamos...

 

                  Suzana me abraçou forte. Em meus braços seu choro incontido de felicidade a fazia tremer.

 

-- Parabéns meu amor...

 

                  Ela mal conseguia falar.

 

-- Você me faz a mulher mais feliz do mundo!

 

-- Nossa vida está só começando meu amor... Ainda te farei ainda muito mais feliz...

 

                  Minha vida com Suzana foi uma descoberta constante da construção de uma vida feliz em comum. Fui agraciada em ser amada e amar em minha vida duas mulheres fantásticas, que me fizeram e fazem a mulher realizada que sou. Esperamos ansiosas a chegada de Valentina, nossa princesa, que nos fará as mães mais completas e felizes do mundo.

 

                  Nossa maior preocupação nesse momento é a escolha da madrinha, Bernardo queria o posto, mas se contentou com a vaga de padrinho, Virginia e Olivia andam disputando a vaga promete ser uma briga boa. Sou a grávida mais paparicada do mundo! Tia Sílvia está toda felicidade, João Pedro nasceu semana passada, meu primeiro sobrinho, é um príncipe. Meus desejos estranhos são todos cumpridos por minha mulher, nos últimos dias tenho estado temerosa por sua saúde, tamanha é sua maratona para deixar tudo a meu gosto. Suzana comete loucuras do tipo viajar para Campinas só para buscar uma torta de cereja servida no Colors.

 

                  Muitos desafios nos esperam, mas está sendo delicioso vencê-los ao lado de Suzana, amo várias mulheres numa só: a amável, a forte, a carinhosa, a sensual, a vulnerável, a misteriosa, a divertida, a chorona, a insegura, a generosa, a mal-humorada, a desafiadora, a inteligente, a desconfiada, a irritante, a apaixonante... Algo errado nisso? Amar uma mulher acaso não implica nisso? Amar várias faces da virtude e do defeito numa só alma? Se isso for errado, prefiro conviver com o erro do que estar condenada a fazer o certo num caminho sem expectativas, sem a plenitude do inesperado, sem a emoção do novo sempre.

 

                  É maravilhoso descobrir novas manifestações das virtudes que me fizeram me apaixonar por Suzana e perdoá-la quando essas virtudes dão lugar às suas fraquezas. É gratificante olhar nos seus olhos e vê admiração, e sentir que meus defeitos são compreendidos e minimizados e minhas qualidades são mimadas e respeitadas. Quando nos falta o equilíbrio, voltar para o aconchego dos braços uma da outra no exercício do perdão é pacificador, renovador.

 

                  Não temo mais o futuro, e eu não me prendo mais ao passado, e luto para que Suzana faça o mesmo. Ainda me assusta a idéia de conviver com a fragilidade de sua saúde, mas a chegada de Valentina vai lhe impor mais cuidado consigo própria pelo amor de mãe, pela vontade de vê-la crescer. E se vierem os problemas, ou quando eles chegarem, nós enfrentaremos um a um, juntas como uma família, por que no final das contas, o que nos une é muito maior, continua sendo ele: o amor.

 FIM

 

 

                 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar

Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar

(NANDO REIS)


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Comentários para 26 - CAPÍTULO 26: CASADAS:
LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 19/12/2021

Essa história é linda! Adorei reler depois de tanto tempo. Obrigada por posta-la novamente, Mel. 

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Lea
Lea

Em: 18/12/2021

Quanto sofrimento,quanta tristeza a Isa precisou enfrentar tanto na primeira separação com a Suzana, quanto no falecimento trágico da Camila; e na redescoberta do amor pela Suzana,nos problemas enfrentados,na restauração da confiança,para finalmente contemplar a felicidade novamente!!

Confesso que desejei que a Suzana não resistisse as cirurgias,ela foi uma filha da mãe com a Isabela. Fiquei arrasada com a morte da Camila. E se tiver uma terceira temporada,a Suzana tem que melhorar muito esse comportamento dela,a acho muito autoritária!!

AUTORA o meu sofrimento foi verídico ao ler toda a estória,mas confesso que gostei muito o desenrolar da trama! 

PARABÉNS!!

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cris05
cris05

Em: 17/12/2021

Sensacional!!!

Que texto, minha gente! Que texto!

Amo a sua escrita, Mel! Parabéns!

 

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Bruna Oliveira
Bruna Oliveira

Em: 17/12/2021

Amei... amei.. amei. Parabens! Muito bem escrita. 

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