Gabrielle

Saí do quarto e deixei as duas conversarem a sós, por mais que eu seja a melhor amiga da Lara, sei que ela precisa conversar a sós com a irmã.

Me junto aos outros, eu mal me sento e a Nick já me enche de perguntas.

_ Gabi, a Lara está bem? Aconteceu alguma coisa com ela? Porque ela pediu pra conversar a sós com vocês?

_ Calma mulher, com você enchendo a menina de perguntas desse jeito, não tem como ela te responder, respira um pouco. – Rick fala rindo da irmã.

_ Não enche Ricardo, só quero saber como ela está.

_ Nossa, me chamou de Ricardo é porque tá brava. Que bicho te mordeu em? – Provoca ela rindo.

_ Para Ricardo. – Me olha. – E aí Gabi?

_ Ela está bem, não precisa se preocupar.

_ O que ela queria?

_ Isso já não posso responder.

_ Porque não?

_ Porque é um assunto particular dela, mas não se preocupe, tenho a impressão de que logo logo você vai descobrir por si mesma.

_ Como assim?

_ Tenha um pouco de paciência que você vai descobrir.

Ela me olha confusa, mas não fala mais nada.

Conversamos mais um pouco e logo ela o Rick e o Caio resolvem entrar na piscina. Ficamos eu e minhas mães.

_ A Lara está bem mesmo Gabi? – Mãe Paula pergunta.

_ Está sim, ela queria só nos dizer que conversou com o Caio e eles se entenderam.

_ Como assim se entenderam? – Mãe Dani diz um pouco alto e leva um beliscão da mãe Paula. – Isso dói amor.

_ Eu sei, foi pra ver se você para de gritar, vamos deixar a Gabi terminar de falar e vê se se controla, senão vai levar outro.

Sorrio das duas.

_ Relaxa mamãe, a outra irmã Reis não vai tirar seu bebê de você não, não precisa ter ciúmes.

_ Não estou com ciúmes, só fui pega de surpresa, o que você quis dizer então?

_ Apenas que eles conversaram, Caio disse a ela tudo o que nos disse mais cedo e se desculpou, ele reconheceu que errou e também pediu desculpas por não ter conversado com ela antes quando descobriu o que ela sentia por ele.

_ Ainda bem, pensei que eu ia ter que ter uma conversa séria com ele.

_ Nosso menino é inteligente Dani, eu sabia que ele ia reconhecer que errou, foi só um deslize.

_ Deslize não, como a Fernanda disse ele estava era com o orgulho de macho ferido.

_ Amor não fala assim.

_ É a verdade Paula, mas ele reconheceu o erro e se desculpou, vamos deixar isso pra trás. Termina de falar Gabi.

_ Não tenho mais o que dizer mamãe.

_ Tem sim, não precisa contar todos os detalhes da conversa, não quero invadir assim a privacidade de vocês, só quero saber o que eles resolverem e se a Lara está bem.

_ Como eu disse antes, eles conversaram e se entenderam, continuam amigos.

_ Filha sua mãe disse que não precisava falar tudo, mas também não precisa falar tão pouco!

_ Vocês são impossíveis sabia? – Sorrio. – Lara disse que não o vê como antes, ela disse que o que sentia por ele passou, e que agora ela o vê apenas como amigo.

_ E ela disse alguma coisa sobre a Nick?

_ Deixa de ser curiosa Dona Paula!

_ Ah não Gabi, conta vai...

_ Não sabia desse seu lado bisbilhoteiro mãe. – Rio.

_ É que eu amo histórias de amor. – Diz suspirando.

_ Ninguém falou de amor mãe, a Lara está um pouco confusa, e ela ainda não se decidiu se vai fazer algo a respeito disso.

_ Admitir que está confusa é o primeiro passo, isso em si, já diz que ela ao menos pensa na possibilidade e pelo que eu vi, essa confusão dela vai passar rapidinho.

_ Também acho, a outra lá não parou de olhar um minuto pra Lara, e ela ficou morrendo de ciúmes quando a Lara e o Caio foram conversar.

_ Isso amor, eu percebi também, e fora os olhares que ela da a Lara quando pensa que ninguém está olhando. – Minha mãe diz. – E percebi que a Lara não fica atrás não viu, ela também está de olho na Nick.

_ Só nos resta esperar pra ver o que acontece. – Mamãe fala a abraçando.

Logo Nanda e a Lara se juntam a nós.

Nanda volta a se sentar no banco e eu a ficar em pé no meio de suas pernas, eu amei ficar assim com ela, dessa forma ela me abraça e fica me dando vários beijinhos pelos ombros e pescoço, o que é bom e ao mesmo tempo ruim.

Bom porque, fala sério né? Acho que nem preciso dizer como ela deixa meu corpo todo arrepiado e cheio de desejo por ela. E o lado ruim é que estamos bem na frente das minhas mães.

Mães essas que uma nos olha sorrindo e a outra parecendo que quer matar minha namorada.

O resto do pessoal está se divertindo na piscina, e eu sorrio, porque acabei de ter uma ótima ideia.

Me viro em seus braços e coloco os meus ao redor de sua cintura dando um beijo em sua boca.

_ Amor, tá calor, que tal entrarmos um pouco na água?

_ Acho uma ótima ideia. – Me da um selinho.

Sorrio e coloco minha mão por dentro da sua blusa, sinto ela se arrepiar, provoco um pouco mais e arranho de leve sua barriga com minhas unhas.

_ Para com isso Gabi. – Sussurra no meu ouvido.

Me afasto um pouco e dou um selinho nela sorrindo.

_ Vamos? – ela acena e saio me afastando para que ela desça do banco. – Você precisa entrar pra se trocar? Vamos lá, eu vou com você. – Falo e ela me dá um sorriso lindo, se aproxima de mim e sussurra pra mim.

_ Você vai pagar por isso mais tarde, me provocando assim na frente das suas mães. - Beija meu rosto e me olha sorrindo mais ainda, falando agora normal. – Não precisamos entrar, eu estou com o biquíni por baixo da roupa, vim preparada amor.

Droga! Lá se vai meu plano de tentar ficar a sós com ela.

Mas pensando bem, eu saí ganhando da mesma forma, afinal ela está prestes a ficar apenas de biquíni na minha frente.

Eu já estou de biquíni, a Nanda me dá uma piscadinha e começa a tirar a roupa, ela tira primeiro a blusa e depois o short, e meu pai amado, que mulher GOS-TO-SA.

Essa mulher gostosa, linda, maravilhosa, vulgo minha namorada, está na minha frente usando um lindo biquíni na cor do preta.

Já vi ela só de calcinha e sutiã, de baby doll, sem nada, mas até o momento não a tinha visto assim, e ela consegue ser mais linda do que já era.

_ Amor... Gabi? – Escuto ela me chamando.

_ O que? O que disse? – Pergunto confusa.

_ Eu disse, vamos entrar? – Fala sorrindo e me estende a mão.

Ela está com um sorriso safado, tenho certeza que ela sabe o que me causou estar vendo ela assim.

_ Vamos sim, preciso mesmo entrar na água, e por mais que eu deteste, espero que ela esteja fria. – Falo a última parte baixinho e seguro sua mão.

Nanda me abraça por trás e vamos caminhando juntas e coladinhas para a piscina.

_ Vocês não se desgrudam? – Lara diz.

_ Não, é mais gostoso assim. – Respondo.

_ Como está a água? – Nanda pergunta.

_ Tá boa, só um pouco fria no início, mas depois o corpo acostuma. – Lara diz.

_ Mudei de ideia, não quero entrar na água gelada não.

_ Amor, nem deve estar tão gelada.

_ Não gosto de água gelada Nanda.

_ Eu te esquento. – Sussurra.

_ Mas eu... AHHHH... – Dou um grito quando ela me pega nos braços a pula na piscina me levanto junto.

_ Nanda ... Não acredito que você fez isso. – Reclamo quando volto a superfície.

_ Amor, nem está tão gelada assim, vem aqui me abraçar que eu te esquento.

Fazer o que né gente, eu vou. Envolvo meus braços e pernas ao seu redor e a aperto.

A água realmente não está gelada, só um pouco fria, e até que tá gostosa, mas nunca que eu ia admitir isso e perder a chance de ter ela coladinha em mim, não sou boba.

Passamos um bom tempo na água, curtindo e conversando com nossos amigos.

O Rick e bem engraçado, parece até outra pessoa, quando ele está trabalhando ele é sempre sério, e  com nós ele se solta mais, se você o ver trabalhando nunca que você diria que ele é gay, ele é sempre sério e está sempre com a cara fechada, aquela cara de mal, sabe? E conosco não muda tanto assim, a diferença é que ele sorri e faz mais brincadeiras, ele adora implicar com a irmã e a Nanda, e quanto ao fato dele ser gay, não se percebe também não, a não ser em alguns momentos que ele da a maior pinta, momentos esses que não são tão frequentes.

E esse é um desses momentos estamos todos dentro da água, e ele está dizendo que precisa de alguém para dar uns beijos.

_ É sério gente, preciso urgentemente de um bofe, tô na maior seca, se não arrumar alguém logo, eu vou ficar igual a Fernanda estava antes de começar a namorar.

_ Como assim? – Pergunto.

_ Celibatário, quase virgem novamente.

_ Seu idiota. – Nanda reclama e joga água nele.

_ Não disse nenhuma mentira, não sei como você ficou tanto tempo sem sex*, eu estou sem, a algumas semanas e estou quase subindo pelas paredes, imagina você que ficou mais de dois anos, eu ia morrer.

_ Dois anos? – Nick fala. – Como você aguentou mulher?

_ Não tinha ninguém que me interessava, aí só me concentrei na faculdade.

_ E agora que tem a loirinha aí, vive grudada nela, e quase nunca tem tempo para os amigos.

_ Deixa de drama Rick, passamos o dia inteiro trabalhando juntos e sempre que posso nós saímos juntos.

_ Mas a maior parte do tempo você me deixa sozinho e abandonado. – Faz uma cara triste.

_ Meus Deus, a Globo tá perdendo um grande ator. Que drama. – Nanda diz e todos rimos, até ele rir junto.

_ Tá mesmo, bem que eles podiam me contratar, quem sabe não dou a sorte de contracenar com um daqueles bofes, já imaginou se eu faço par romântico com o Caio Castro? Jesus acho que vou amanhã mesmo fazer um teste para ator. – Se abana.

_ Deixa de ser besta Rick, Caio Castro está bem além de você. – Nick fala o provocando.

Passamos a tarde na piscina. Quando anoitece todos nos arrumamos para curtir o luau que terá hoje na praia.

Eu coloco uma saia, uma blusa soltinha e leve, está bem calor.

Estou no quarto esperando a Nanda terminar de esse arrumar, geralmente ela não costuma demorar, mas acho que hoje é porque eu comecei primeiro que ela.

Minutos depois ela sai do banheiro toda linda. Está vestindo um short, e uma blusa, se é que pode ser chamado de blusa.

_ Você vai assim? – Pergunto.

_ Sim, algum problema? Não ficou bom?

_ Ficou, mas ficaria melhor se você colocasse uma blusa, não acha?

_ Amor, eu já estou de blusa.

_ Parece mais um sutiã. – Falo baixinho, mas acho que ela escutou.

_ Não é um sutiã, é um cropet.

_ Pra mim é um sutiã. – Me levanto cruzando meus braços.

_ Desmanche esse bico amor, e pare de besteira, estamos na praia e mesmo sendo de noite está calor, tenho certeza que terá várias pessoas com roupa mais curta que a minha, até biquíni, e além do mais não tem motivo pra você ter ciúme. – Ela me puxa pela cintura. – Eu te amo, não importa a roupa que estou usando eu sou sua, apenas sua.

_ Eu sei, mas não gosto que os outros vejam tanto de você assim.

_ Amor é um cropet, estou sim mostrando mais pele que o normal, mas não tem nada de mais nisso. – Ela sorri, um dos seus sorrisos safados e sussurra no meu ouvido. – E os outros podem até olhar, mas somente você pode tocar. – Morde o lóbulo da minha orelha e se afasta sorrindo. 

Me dou por vencida, Nanda segura minha mão e saímos do quarto.

Fim do capítulo