Capítulo IV
JUSTIÇA IMPLACÁVEL
Quarto Capítulo
No dia seguinte, assim que chegou na galeria, Letícia chamou Tiger para conversar, e fez um pedido especial ao seu ex-segurança. Ela pediu que ele arrumasse alguém de confiança para que em segredo, fizesse a segurança da amiga.
— Senhorita Letícia, estão todos prontos esperando na sala de reunião.
— Okay, Monique! Obrigada por me avisar. — Quando a sua assistente saiu de sua sala particular, a empresária começou a sentir a ansiedade invadir o seu corpo, pois seria mais um dia difícil, tentando negociar peças novas para a próxima exposição.
...
Após o almoço, Chloe andava tranquila pela rua. Ela precisava clarear a sua mente, e colocar os seus pensamentos em ordem. Havia magoado a sua amiga, e agora não sabia direito o que fazer. Ela estava tão entretida em seus pensamentos, que não percebeu o que acontecia ao seu redor.
De repente, só deu tempo de ouvir o barulho de pneu cantando alto no asfalto da rua, e ela só viu quando um carro se aproximou em alta velocidade quase a atingindo, quando foi empurrada por alguém que ela não conhecia, para fora do caminho do motorista.
— Você está bem, moça? — Perguntou o rapaz que tinha acabado de salvar Chloe, de ser atropelada. Ele havia se jogado encima dela para empurrá-la, e assim, os dois caíram na calçada.
O rapaz saiu de cima dela, e a ajudou a se levantar, ao mesmo tempo, em que pedia desculpas pelo inconveniente.
— Acho que devo lhe agradecer, por salvar a minha vida. Obrigada! — A loira falou sincera.
— Não precisa agradecer. Só percebi que você estava em perigo, e agi no instinto.
— Sim, claro! Você chegou a ver quem estava dirigindo? — Perguntou Chloe, fazendo uma careta quando sentiu o ombro esquerdo arder de dor.
— Tá tudo bem? Acho melhor te levar para o hospital.
— Não precisa, obrigada. Você conseguiria identificá-lo?
— Quem...? — Ele estava se fingindo de desentendido.
— O motorista.
— Acho que não. Foi tudo rápido demais. — Ele estava mentindo. Na verdade, o rapaz tinha visto o motorista, mas queria mais tempo com ela.
— É, eu também não conseguiria. — A loira falou chateada.
— Olha, vou me sentir melhor se você tomar um café comigo, ali naquela cafeteria. — Falou apontando para o local no outro lado da rua. — Acho que você precisa, se acalmar um pouco...
— E eu acho que não te conheço o suficient... — Ela havia começado a falar ríspida, mas depois, parou arrependida. — ... Desculpe, você tem razão. Preciso me sentar um pouco. Vamos?
— Claro! — O rapaz havia respondido, com um largo sorriso no rosto.
Os dois se apresentaram, e ficaram conversando por quase meia hora, sentados numa mesinha da cafeteria. Chloe achou o cara muito atraente; ele era alto, bonito, de pele morena e atlético. E, tinha sido o tempo todo muito gentil, o que havia deixado a loira mais à vontade, na presença dele.
Eles se despediram, após trocarem o número de celular. E, antes de Chloe entrar no carro do motorista de aplicativo que a levaria para casa, ele disse que ligaria mais tarde, para saber como ela estava se sentindo, e a loira havia concordado.
...
Com a moto em movimento, a motociclista estava pilotando atrás do carro de Felipe, mantendo uma boa distância entre eles. Pois, ela esperava o momento certo para agir.
Após perceber que o carro ia pegar a autoestrada, ela se aproximou um pouco mais do carro colando em sua traseira. Depois, colocou a mão numa abertura da jaqueta de couro que usava e usando de toda paciência possível, ela esperou que o motorista abrisse a janela do carro.
Ele sempre fazia isso, toda vez que entrava na autoestrada. Essa tinha sido uma das coisas que ela havia percebido enquanto o vigiava, no decorrer das últimas semanas.
No momento exato em que ele abriu a janela, ela empareou a moto ao carro, tirou algo pela abertura da sua jaqueta e momentos depois, jogou através da janela aberta. Quando o motorista percebeu que algo havia sido jogado para dentro do seu carro, ele olhou assustado para o motoqueiro que fez um gesto com a mão dando adeus, antes de acelerar a moto a perder de vista.
Felipe só teve mais alguns breves segundos, antes do carro explodir como se fosse uma bomba. Mais tarde, algumas testemunhas oculares disseram para a polícia que viram algo ser jogado para dentro do carro dele antes da explosão. O objeto havia sido jogado por um motoqueiro todo vestido de negro, que depois, havia fugido em disparada.
...
— Você não parece tão ansiosa, para vê-la.
— É porque, não estou. — Respondeu a morena, olhando para fora do carro através da janela. A noite estava linda, e as duas estavam indo jantar no restaurante preferido dela. — Nos últimos três dias, ela não me mandou nem mesmo, uma mensagem.
— Vejo que isso, te magoou. — Afirmou Toni.
— Um pouco. — O sorriso foi triste.
...
Chloe começou a escrever no not, mas parou ansiosa, deixando cair o seu olhar para o celular ao seu lado na cama. Depois, ela voltou a escrever mais um artigo para a revista que trabalhava, como freelance.
Ela tinha passado os últimos dias tentando conseguir alguma pista sobre a justiceira, e não havia conseguido encontrar nada! Sem contar, que esteve entretida com o seu novo amigo, Marcelo.
Ele havia telefonado para saber como ela estava, e acabou convidando Chloe para almoçar, e a garota tinha aceitado, por não achar nada demais. Os dois se encontraram no dia seguinte ao incidente, e ele havia contado um pouco sobre a sua vida, e sobre a sua família.
Chloe tinha ficado encantada com tudo que ele havia falado, mas no final das contas, tinha achado tudo certinho demais. Enfim, ele estava se tornando um grande amigo...
Ela se distraiu quando o celular começou a tocar, e ao olhar para a tela, viu que era ele.
— Alô?
— Oi, Chloe. Só queria saber se você topa sair comigo mais tarde. Eu queria te levar no cinema, para assistir um filme que entrou em cartaz... — Marcelo a convidou, muito entusiasmado.
— Lamento, Marcelo! Hoje não dá! Eu estou muito ocupada fazendo um artigo para a revista. Tenho que entregar, até amanhã...
— Poxa, que chato! Eu estou louco, para assistir esse filme. Esperei um tempão, pra ele entrar em cartaz... — Falou parecendo decepcionado.
— Olha... se você quiser, podemos assistir amanhã à noite. Tenho certeza, que você pode esperar por mais vinte e quatro horas. — Ela falou sincera. — O que você acha?
— Pode ser! E amanhã, podemos nos encontrar para o almoço? — Ele perguntou.
Chloe estava começando a se sentir presa ao rapaz, pois desde que se conheceram ele estava sempre a convidando para sair. E ela aceitava, por ainda se sentir grata, ao que ele tinha feito naquela tarde.
Foi então, que ela lembrou com saudade da morena. E, se perguntou, por que não havia tentado conversar com ela para lhe pedir desculpas, se a loira sentia tanto a sua falta.
— Chloe?
— Oi? Éh... Também, não vai dar... estou muito atrasada com esse artigo, e não sei quando vou conseguir terminar.
...
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Michelle Silva
Em: 09/12/2021
Toni na área marcando território, se cuida Chloe que você pode perder sua Morena se ficar dando uma de hetero incubada kkkkk
Minha querida parabéns mais um capítulo show adorei e o Felipe mereceu morrer, só achei que foi rápido demais ele merecia sofrer um pouco mais
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