Capitulo 40
Voltei para casa com tão poucas certezas, tive uma longa e séria conversa com Tilly e Paige, no início eu não queria ouvir, me negava a deixar aquela ideia chegar até mim. Não conseguia assimilar que a vida de Savannah estava em minhas mãos, buscava um único sim para não a matar.
Encaro o jardim pela janela do quarto, o mesmo que Savannah ficou da primeira vez, eu a trouxe até a janela para conhecer a vista, foi naquele dia que fitei sua boca com desejo e nunca mais consegui parar de fitar seus lábios sem querer beija-los. Tilly e Paige estavam tão arrasadas quanto eu, ninguém queria vê-la partir, mas não era justo deixa-la viver desse jeito, vegetando, logo Savannah que sempre foi tão ativa.
Eu me perguntava o que ela achava disso. Será que me acharia egoísta por mantê-la nesse estado? Será que ela desejava ir?
Enquanto a todo esse amor que sufoca meu coração pedindo para eu esperar mais algum tempo?
Porém, Paige foi clara, a atividade cerebral era quase inexistente, ela não era mais aquela Savannah, parte dela havia partido. Então o que me restava? Dizer sim e perder o único fio de esperança? Eu não teria forças para isso, eu não iria conseguir.
— Emma? — Ouço Dome me chamar, sua enorme barriga agora chama mais atenção do que sua cabeleira. Ela arrasta os pés e suas mãos estão nos quadris, suas pernas ridiculamente abertas e ela aparece ainda menor. — Tudo bem?
— Paige já contou sobre Savannah?
— Sim, estávamos falando sobre isso. Eu também não queria acreditar que ela não acordará.
— Eu não sei se conseguirei Dome, não consigo me imaginar permitindo que eles desliguem aqueles aparelhos para ela morrer segundos depois.
— Emma, talvez devêssemos parar de pensar em nós. Todos estamos abalados com o que aconteceu, mas já faz dois anos e ela não evoluiu em nada. Quem sabe já esteja na hora de Savannah descansar, acredite dizer isso é muito doloroso, mas parece ser nossa única escolha. Encare isso como uma prova de amor, a deixe ir.
A conversa que tive com Dome refletiu em mim pelos dias seguintes, eu ia até o hospital, conversava com Savannah, implorava por qualquer sinal, mas ela continuava imóvel. Finalmente me deixei guiar por aquela que eu achava ser a melhor decisão de todas.
Paige marcou o desligamento dos aparelhos para daqui a uma semana. Deixei de visitar Savannah durante os dias que antecederiam sua morte, eu não tinha forças para encara-la. Eu não me sentia como alguém que estava dando uma prova de amor, eu me sentia como uma traidora, alguém que estava prestes a soltar a mão de Savannah e deixa-la cair no abismo. Na semana seguinte me isolei, era apenas eu, minhas lembranças e minha dor. Resolvi ir a todos os lugares que frequentei com Savannah, comecei pelo lago, fiquei sentada por horas na velha ponte, entre lágrimas e sorrisos. Fui ao sótão onde encarei os livros organizados por ela, observei a pintura feita por nós duas nas paredes da casa. Desabei diante da cama em que fizemos amor pela primeira vez. Vi com clareza seu corpo semicoberto, exibindo suas costas nuas.
Voltei no dia seguinte para casa, faltavam apenas 3 dias para desligarem os aparelhos. Fui a seu quarto e senti o perfume de suas roubas, seus óculos descansavam em cima da mesa de cabeceira, foi quase possível vê-la ajustando-os no nariz com seu dedo anelar. Senti a necessidade de sair daquele lugar, doía demais.
Peguei o carro e segui em direção a floricultura, precisava da pureza das flores para ter um pouco de paz. Parei esperando o sinal abrir, minha atenção focada nos carros a frente, até que um piscar irritante me vez olhar para o lado. Em um letreiro cheio de luzes coloridas estava escrito “Tatuagem”. Eu jamais saberei o que me moveu a estacionar o carro em uma rua próxima, depois andar cerca de 10 minutos até entrar naquele estúdio de tatuagem.
— Posso ajuda-la? — Uma moça negra com brincos estilosos e um cabelo cheio cachos azuis pergunta.
— Ham… Acho que quero uma tatuagem.
— Você acha ou você quer uma tatuagem?
— Eu estava decida, mas agora me sinto um pouco assustada. — Ela ri.
— Isso é bem comum, mas caso você queira mesmo fazer uma precisa está convicta, tem que se agarrar aquilo que a fez desejar eternizar algo em sua pele. — Reflito sobre isso, estou aqui por Savannah, quero fazer algo que a eternize em meu corpo e não somente me meu coração.
— Quero fazer uma tatuagem!
— Assim que se fala. O que você vai querer fazer?
Pensei em tudo que vivi com Savannah, lembro do seu sorriso e dos momentos que compartilhamos, minha mente se prende na noite em que ela cantou para mim naquele bar, a letra da nossa música, aquela parte do refrão. Explique a tatuadora sobre o que eu gostaria de fazer, assim que a agulha começou a passear por minha pele senti a tão famosa dor, mas eu não minha importava, aquilo era por Savannah, eu seria forte.
Uma hora e meia depois eu estava diante do espelho do estúdio apenas de sutiã e jeans observando a frase feita na lateral de meu corpo, sobre minhas costelas, do mesmo lado do meu coração "I cant´t stop loving you ".
Encarei aquilo como um ato de coragem, a mesma coragem que precisaria ter de agora em diante, faltavam três dias para sexta, eu devia encarar aquelas setenta e duas horas e todas as outras horas que viriam depois, era simplesmente isso, eu devo deixa-la ir.
Três dias depois eu encarava meu reflexo no espelho, o dia estava frio simplesmente para refletir meu estado de espírito, observava meu suéter preto e meu jeans desbotado, meus olhos a muito sem brilho, os aparelhos seriam desligados as 9:00 da manhã. Ainda me restava uma hora de esperança, 60 minutos dos quais eu rezaria cada segundo para que Savannah despertasse, para que salvasse a todos nós dessa dor.
Ando mais uma vez pelos corredores, os quais parecem ainda mais silenciosos, cheguei a porta que por tanto tempo encarei, levo minha mão a maçaneta e abro lentamente. Coberta com um lençol azul Savannah repousava tranquila, ao seu lado Paige, Tilly, Ben e Penélope. Ambos tentavam parecer fortes, mas eu conseguia enxergar as lágrimas em seus olhos. Aproximo-me da cama, beijo os lábios de Savannah e seguro em suas mãos.
— Oi amor, desculpe por sumir esses dias. — Digo acarinhando sua bochecha. — Tive que andar um pouco por aí, desculpe por ser uma fraca chorona que às vezes não segura a barra. — Digo tentando conter as lágrimas. — Eu não estou conseguindo lidar com sua ausência, eu realmente não estou conseguindo e não sei se um dia conseguirei. Os médicos dizem que você não vai mais acordar. Tive que gritar para que calassem a boca. — Sorrio e choro ao mesmo tempo. — E tão difícil ouvir isso Savannah, é horrível vê-la inerte, é terrível concordar que você não está mais vivendo. Amor, será necessário desligar os aparelhos, porque viver assim deve ser a pior coisa do mundo e eu não quero que sofra. Por isso que concordei em deixa-la partir, meu coração está doendo tanto Savannah, porque eu não quero ter que fazer isso, mas também não posso ser uma egoísta de merd*. Eu te amo, eu te amo tanto. — Seguro em sua mão e a levo até os lábios. — Temos tão poucos minutos para a hora marcada Savannah, por favor abra seus olhos. — Enterro meu rosto em seu pescoço. — Abra seus olhos. Você se lembra daquela noite em que cantou para mim? Você se lembra da letra da nossa música? Eu me sinto exatamente como a letra. — Aproximo meus lábios do seu ouvido e digo entro soluços.
Please, forgive me
Por favor, perdoe-me
I know not what I do
Não sei o que faço
Please, forgive me
Por favor, perdoe-me
I can´t stop loving you
Não posso parar de ama-la
Don´t deny me
Não me negue
This pain I´m going though
Essa dor que estou sentindo
Please, forgive me
Por favor, perdoe-me
If I need you Like I do
Se eu preciso de você tanto assim
oh, belive me
Acredite em mim
Every word I say is true
Cada palavra que eu digo é verdade
Please, forgive me
Por favor, perdoe-me
I can´t stop loving you
Eu não posso parar de ama-la
Minha voz meio torpe denta transmitir tudo que sinto, tudo que eu quero. Sinto meu corpo ser puxado por Tilly, me recuso a soltar Savannah, repito perto do seu ouvido como um mantra.
I can´t stop loving you
I can´t stop loving you
I can´t stop loving you..
— POR DEUS SAVANNAH, ACORDE!
— Venha, Emma. — Tilly sinaliza para Paige que dá o sinal ao enfermeiro, ele irá desligar os aparelhos, morrerei com ela, eu deixarei de existir sem ela, eu não conseguirei… Por favor, senhor, por favor faça ela acordar, por favor… Chegamos ao último procedimento, ele irá terminar de desligar o que mantém Savannah viva. Encaro seu rosto e então fecho os olhos quando o enfermeiro está prestes a desligar o último aparelho.
— Espere! — Tilly diz. — Meu Deus! Ela, ela está acordando. — Abro meus olhos bem a tempo de ver Savannah abrir os seus após tanto tempo. Corro para seu lado.
— Savannah… Savannah. — Beijo suas bochechas, seus olhos, seus lábios.
— Calma Emma, me deixe examina-la. Paige me afasta e começa a examinar Savannah. — Religue os outros aparelhos, agora! Hey, olhe para mim, acompanhe o movimento do meu dedo, ok?! — Sua voz está embargada. Tilly e Penélope me seguram para que não caia novamente em cima de Savannah.
— Um verdadeiro milagre. — Penélope diz.
— De fato, o amor de vocês é grandioso, Emma, realmente grandioso.
— Aproxime-se — Paige me chama e no mesmo segundo estou ao lado de Savannah.
Olho diretamente para aqueles olhos, que após dois anos se abrem novamente, estão mais verdes que nunca. Ela me encara e nos perdemos uma, nos olhos da outra, temo que sua memória esteja bloqueada como da última vez.
— Oi! Você lembra de mim? — Pergunto cheia de expectativa. Ela fecha os olhos por alguns segundos, quando os abre o verde brilha mais intensamente.
— I can´t stop loving you, Emma Clark. — Sua voz rouca enche meu coração de felicidade e seu sorriso faz com que eu perca o controle. Capturo seus lábios com os meus, e lhe dou um beijo cheio de amor, carinho e desespero para que ela possa entender o quanto a amo.
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Dois meses depois.
— Ahhh… Uuu… Ohh. — Dome estava e em trabalho de parto. — Tirem essa criança de dentro de mimm. — Ela gritava. — Os dedos da minha mão direita já estavam dormentes, Paige estava novamente desmaiada, uma médica que não consegue assistir o parto da própria esposa.
— Respire Dome. — Digo. Enquanto tento puxar minha mão.
— Emma não comece com isso novamente. Ahhh…
— Faça um pouco mais de força Senhora. — O médico dizia divertido.
— Nunca mais deixarei ela me convencer a ter um bebê novamente. Ahh… ohh… céus, céus…
— Mais um pouco… Estamos quase lá.
— Hummm…
Dome chora e reclama sem parar, ela respira como cachorrinho e faz força até seu rosto ficar da cor de seus cabelos, ela aperta tanto minha mão que sinto um dos meus dedos quebrar. Penso em lhe dar uma bronca, mas o choro de uma criatura cor de rosa, faz com que eu esqueça totalmente qualquer sermão, qualquer pensamento ruim, tudo se resume aquele pequeno ser. Uma menina com uma vasta cabeleira negra, evidenciando os genes de Paige, ataca a mama de Dome a qual suga com avidez, minha irmã pela primeira vez na vida parece sem palavras, ela apenas observa e acaricia os cabelos da pequena e lágrimas começam a cair.
— Amor. — Paige finalmente acorda. — Lindas, às duas são tão lindas. Ela beija Dome e a pequena Helena.
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Um ano depois.
Meu vestido de noiva tinha o caimento perfeito, eu estava tão feliz que já sentia minhas bochechas doerem devido ao sorriso constante.
Savannah estava à minha espera no jardim, nos casaríamos dentro de alguns minutos, ela está praticamente recuperada e não vimos mal nenhum em oficializarmos nossa união de forma breve.
— Você está linda. — Dome diz, em seus braços, Helena.
— Você também, mamãe.
— Me chame assim mais uma vez e terá um dente a menos.
— Ainda não me acostumei com esse seu lado mãe. — Seguro na mãozinha de minha adorável sobrinha, ela ri com aquele sorriso quase desprovido de dentes que a deixa ainda mais irresistível.
— Se serve de consolo também não, Paige tem muito mais jeito que eu, o novo tratamento está dando resultado. Logo teremos a herdeira da beleza e inteligência de Dominique Clark.
— Não acha que deve esperar um pouco? Bem, pelo menos até Helena começar a falar?
— Só estamos pensando tornar o sonho de Paige em realidade daqui a três anos. E você? Que tal uma mini Savannah?
— E algo a se pensar, mas não ainda.
— Dominique pare de atrasar a noiva. Você está linda. — Amélia abraça-me forte. — Hora de descer.
Era um final de tarde perfeito, o céu estava com aquele alaranjado incrível, contornando o azul, era uma obra de arte. Andei pelo jardim até parar em frente ao tapete vermelho, no final dele estava uma Savannah em seu vestido branco simples, seu cabelo posto de lado e um sorriso lindo estampado em seu rosto. Respiro fundo e começo a andar em sua direção, olho rapidamente para alguns convidados. Tilly e Ben acabaram de assumir o namoro, Penélope e Tom, Frena e Sarah, ainda não acredito que ela foi o prêmio da despedida de solteira, Dome realmente pensa em tudo. Jimmy com seu mais novo namorado, Amélia e o dançarino da boate. Sorrio para cada um deles e sigo, até que paro diante da minha futura esposa a qual me estende uma mão acolhedora.
Ouvimos atentamente o discurso realizado pelo juiz ele, ressaltava a importância do amor e da confiança. Realizamos um juramento cheio de “Para sempre”.
— Aceito.
— Aceito.
— Declaro às duas casadas. Podem se beijar.
Damos um beijo cheio de amor e carinho, os aplausos ecoam e a festa é iniciada, recebemos os parabéns de todos. Três horas depois estávamos na nossa quarta dança, as mãos de Savannah repousavam em minha cintura enquanto meu rosto estava escondido em seu pescoço. Esperamos pacientemente para que cada convidado fosse embora, resolvemos não viajar, queríamos ficar ali onde passamos momentos tão felizes e quando finalmente ficamos a sós, nos amamos como nunca, éramos uma da outra de corpo e alma. No dia seguinte acordei ao lado de Savannah, ela segurava uma das minhas mãos e tinha um semblante tranquilo.
— Acorde.
— Não!
— Vamos, levante-se tenho algo para você.
— O quê?
— É uma surpresa, precisaremos da sua moto.
— Me casei com uma verdadeira aventureira.
— E eu casei com linda mulher, com um belo bumbum. — Dou tapa em sua bunda e ela abre um sorriso.
Uma hora depois estávamos na estrada, seguindo rumo a casa de Amélia, Savannah estava curiosa e realizava perguntas o tempo todo, porém me manteve firme. Paramos enfrente o lago. Desci da moto e esperei que Savannah fizesse o mesmo. — Vem. — Estendo a mão e ela segura. Seguimos por uma trilha e adentramos na floresta, sinto Savannah ficar tensa, mas ela segue firme ao meu lado. Andamos por uma meia hora até que paramos diante de uma colina, era cercada de verde e algumas flores, um lugar que inspirava beleza e paz.
— Que lugar é esse? — Ela pergunta.
— Duas semanas depois da morte de Erick e Nancy, Ben me contou sobre a participação dela, na morte de Emy. Semanas depois comecei a sonhar com esse lugar, em meu sonho havia uma menina e ela me pedia para encontrá-la. Acabei vindo até aqui, notei que algo tinha sido enterrado devido à imperfeição no terreno. Acredite, não sei bem como lidar com questões espirituais, mas acho que Emy foi enterrada aqui.
-Emma, eu…
— Desculpe se estou trazendo toda a dor de volta, mas eu senti que precisava trazer você aqui.
— Como se chama esse lugar?
— Entre asas. Existe uma abundante quantidade de espécies de borboletas aqui, por isso acabaram dando esse nome. — Savannah começa a chorar e fica de joelhos, corro em sua direção e a abraço forte.
— Obrigada Emma, muito obrigada. Emy está aqui, eu sei, você me mostrou onde encontrá-la. — Savannah se levanta e segura em minha mão. — Emy, a borboleta amarela com asas azuis me trouxe até você. Sei que você adora flores e borboletas e que este lugar lhe trará paz. Entendo agora, entendo que preciso dizer adeus. Eu te amo por isso a deixo ir.
Adeus Emy.
Voltamos para casa, Savannah parece ter finalmente se livrado de tudo que a prendia aquela sua outra vida, ela parecia pronta para começar tudo do zero, ela queria se reconstruir e me escolheu para isso.
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Seis anos depois.
— Mamãe cante uma canção! — observo a cena da porta do quarto.
— Tudo bem. Qual canção você gostaria para hoje? — Savannah pergunta a nossa filha de 4 anos.
— A que você canta para mamãe, Emma. — Os cabelos negros e olhos verdes de Anne eram idênticos aos de Savannah, mesmo assim eu sentia que ela também era minha, afinal a carreguei durante nove meses.
— Ok, mas só se a mamãe Emma me ajudar. — Savannah estende uma mão para mim, a qual seguro.
— Cantem. — Savannah e eu nos olhamos e começamos a cantar a nossa parte preferida da canção.
— Every word I say is true — Digo.
Please, forgive me — Savannah continua.
I can´t stop loving you — Dizemos juntas.
Já em nosso quarto, deixo minha cabeça descansar em seu peito enquanto ela afaga meus cabelos, dormimos assim todas as noites.
— Eu te amo. — Savannah quebra o silêncio.
— Eu te amo. — Respondo.
— Agora durma, temos um dia cheio amanhã. Dome irá nos enlouquecer durante a festa de aniversário de Dimitri.
— Ano passado voltamos cobertas de bolo.
— Esse ano apostarei em caramelo.
— Espero que esteja errada. — Beijo seus lábios. — Te vejo amanhã.
— Te vejo amanhã. — Ela devolve rindo.
E assim adormecemos, sentindo que nossas vidas finalmente estão seguindo o rumo certo, simplesmente por estarmos na mesma direção.
Fim do capítulo
I found acaba aqui, obriagada por ter lido, obrigada pelos comentários. Até a próxima.
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