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Sociedade Secreta Lesbos por contosdamel

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Palavras: 4101
Acessos: 1120   |  Postado em: 25/11/2021

CAPÍTULO 14: O PASSADO TRAZ RESPOSTAS

Amy tentava dormir em seu quarto, mas sabendo onde sua amada estava isso era impossível. Perdeu-se em pensamentos, tentando encontrar uma forma de livrar Esther das garras daquela mulher cruel, sem que a morena se ofendesse com a intervenção. Recebeu telefonema de seus pais e estranhou que seu pai não a tenha exortado por estar em uma fraternidade diferente da que sua mãe queria. Deduziu então que ele ainda não sabia e foi mais um fato estranho, visto que, Sandra compartilhava tudo com seu marido Peter Anderson. Sandra por sua vez, nada cobrara de sua filha, mostrou-se amorosa, preocupada, e mais um fato improvável pra Amy, perguntou sobre Esther.

 

 

 

 

 

-- Mãe? Aconteceu alguma coisa? A senhora me perguntando sobre Esther? Isso é no mínimo esquisito...

 

 

 

 

 

-- Ora Amy... estou tentando ser educada... mas estou vendo que seu humor hoje não está dos melhores, aconteceu alguma coisa?

 

 

 

 

 

-- Mãe... gostaria de ajudar Esther, mas ela não deixa... tem uma mulher, uma tal de Michelle que inferniza a vida dela, eu a odeio! Maltrata, chantageia Esther...

 

 

 

 

 

-- Michelle?

 

 

 

 

 

-- É mãe, uma tal de Michelle Roberts...

 

 

 

 

 

Um silêncio se instalou, Sandra sentiu um aperto no peito, como se pressentisse algo terrível, mais que isso, uma chuva de hipóteses sobre o passado iniciou-se. Não teve condições de prosseguir a conversa com a filha:

 

 

 

 

 

-- Mãe? A senhora está aí ainda?

 

 

 

 

 

-- Sim Amy, mas preciso desligar filha, em breve estarei aí e vamos encontrar um jeito de ajudar Esther. Não faça nada, não se envolva com essa mulher.

 

 

 

 

 

-- Mas mãe... mãe?

 

 

 

 

 

Sandra desligou o telefone angustiada. Cada vez mais novas peças do quebra-cabeças de seu passado com Carmem surgiam. Ela precisava investigar isso e o faria. Peter, seu marido, era um homem poderoso, bem-sucedido profissionalmente, sempre foi rico, mas sua fortuna não era apenas fruto da herança da família Anderson e a da união com o patrimônio da família Davis, sua firma de advocacia era a mais bem conceituada de Nova Iorque, ocupava pelo menos cinco andares de um luxuoso prédio na 5ª avenida, tinha como clientes poderosas multinacionais, além dos políticos mais influentes do estado. Entretanto, o poder não absorveu a sensibilidade e generosidade desse homem. Era um pai amoroso e marido apaixonado, sempre foi, sobretudo, um grande amigo para Sandra desde a época que esta era noiva de seu irmão mais velho: Wiliam Anderson. Percebendo a angústia da mulher, Peter logo se preocupou, conhecia Sandra como ninguém.

 

 

 

 

 

-- Aconteceu alguma coisa, meu amor?

 

 

 

 

 

-- Não sei, meu bem... Estou preocupada com Amy... Ainda não contei alguns detalhes da minha visita a Prescott... acho que o destino está brincando com todos nós...

 

 

 

 

 

-- Sente-se, minha querida. Seja lá o que for, vamos resolver juntos como sempre fizemos, conte-me tudo.

 

 

 

 

 

Sandra então começou a narrar tudo que acontecera em sua visita à filha, seu ingresso na Gama-Tau, seu envolvimento com Esther, e o mais grave, revelou que Esther era a filha de Carmem Gonçalez e Wiliam, seu irmão. Peter ficou em choque, levantou-se do sofá e ficou andando de um lado para o outro, enquanto Sandra prosseguia.

 

 

 

 

 

-- Peter, tem algo muito estranho em toda a história entre Carmem, seu irmão e eu. As peças não se juntam, Esther me culpa pela desgraça que foi a vida da mãe dela e a sua também. Falou em vingança, e nossa filha está completamente apaixonada por ela.

 

 

 

 

 

-- Sandra... Minha sobrinha então está viva? Não morreu no acidente com Will e com o tio Joseph? Como assim a Amy está apaixonada por uma mulher e logo sua prima! É muita coisa pra assimilar, como você não me contou isso quando retornou de Prescott?

 

 

 

 

 

-- Meu bem, perdoe-me, você estava tão envolvido com a causa do filho do senador Benson que quis adiar essa conversa...

 

 

 

 

 

-- Mas Sandra, essas coisas que você me disse são graves demais! Minha sobrinha viva! Se ela atribui a você todo sofrimento de Carmem e fala em vingança, nossa Amy pode estar em perigo. Ela pode usar nossa filha para se vingar de você, será que você não pensou nisso?

 

 

 

 

 

-- Acredito que ela também ame nossa filha, Peter, mas ela está confusa, perturbada, especialmente depois de nossa conversa... E tem mais...

 

 

 

 

 

-- O quê?

 

 

 

 

 

-- Encontrei Michelle na saída da casa Gama-Tau... e agora, Amy me falou que uma tal de Michelle Roberts maltrata e chantageia Esther... não acha muita coincidência de nomes?

 

 

 

 

 

-- Sandra, temos que agir imediatamente, minha querida... vou adiantar as coisas no escritório, passar os casos para outros advogados, e vamos para Prescott o mais rápido possível. Até a próxima semana quero ver minha sobrinha e tentar dissuadi-la dessa vingança.

 

 

 

 

 

-- Peter, temos que descobrir o que houve de fato, provar para Esther que eu e sua família não tivemos culpa do sofrimento de Carmem e nem o dela.

 

 

 

 

 

-- Qualquer fato mal contado, mentiroso, será desvendado, meu bem. Eu lhe asseguro isso!

 

 

 

 

 

Na mansão Gama-Tau, Esther subiu para seu quarto na certeza de encontrar Amy esperando-a em sua cama. Decepcionou-se vendo-a vazia. Pensou em procurá-la no quarto, mas a ansiedade por continuar a ler o diário de sua mãe foi mais forte, especialmente após descobrir que a mesma Michelle que fora a cúmplice do amor entre sua mãe e Sandra era a mulher cruel que lhe mantinha refém.

 

 

 

 

 

-- Rebeca descobriu nosso namoro... quando imaginei que ela ficaria possessa, ela me surpreendeu com o silêncio, notei uma tristeza profunda no seu olhar... desde ontem ela não fala comigo... o que se passa na cabeça dela? Michelle tem aparecido no meu quarto nas madrugadas, confesso que estou com receio desse hábito dela...Sandra não confia nela, começo a desconfiar também, apesar de não fazer nada, os olhos dela sobre mim parecem indecentes... acho que minha loirinha tem razão, o mais sensato é morarmos num lugar nosso, deixarmos as fraternidades para viver nosso amor.

 

 

 

 

 

O diário de Carmem cada vez mais se revelava como decisivo para Esther compreender tudo que se passara com sua mãe e Sandra, já começava a acreditar que havia mesmo pontos obscuros principalmente pela presença de Michelle nesse cenário.

 

 

 

 

 

-- Acho que conquistamos mais uma amiga a nosso favor. Carol, a melhor amiga de Sandra na Beta-Lo já sabe de nós, e ao contrário do que pensávamos, não se escandalizou... minha loirinha está segura de contar aos pais sobre nós, antes que William transforme num escândalo de grandes proporções... ainda não sabemos como, mas ele descobriu nosso romance, surpreendendo-nos na nossa cabana... foi uma cena lamentável, Sandra ficou abalada, perdemos nosso cantinho secreto para nos encontrarmos, não é mais seguro para nós manter nossos encontros lá.

 

 

 

 

 

Ao ler o nome Carol, imediatamente Esther lembrou-se da história que sua mãe narrara ao seu avô, quando ouviu uma conversa desta com outras meninas da Beta-Lo no banheiro da universidade, palavras que desencadearam o fim do seu romance com Sandra. Sem dúvida ela tinha que procurar esses rastros do passado e ter certeza da verdade sobre Sandra e sua mãe.

 

 

 

 

 

O dia seguinte fora marcado por muito trabalho na Gama-Tau, as meninas quentes de Prescott estavam agitadas pela visita que receberiam. Amy esperava ansiosa pela descida de Esther do quarto, lutava contra a vontade de subir ao seu encontro e constatar que a morena não dormira em casa, mas o olhar constante para as escadas da loirinha chamou a atenção de Rachel, que se aproximou comentando:

 

 

 

 

 

-- Deve ter dormido demais nossa presidente... por que você não vai lá acordá-la? Além das aulas de hoje, temos muito trabalho a fazer por aqui...

 

 

 

 

 

Parece que Amy só precisava de um algum tipo de segurança que encontraria sua amada no seu quarto, subiu rapidamente ao terceiro andar da mansão, encontrando Esther ainda dormindo, sobre seu peito um caderno velho que obviamente atraiu a atenção da loirinha. Tentou acordar Esther com beijos e sopros suaves perto do seu ouvido assustando a morena que derrubou no chão o caderno aberto. Ao recolhê-lo, Amy viu rapidamente o nome de solteira de sua mãe, tal fato a deixou curiosa, fez menção de ler algo mais quando o caderno fora arrancado de sua mão por Esther que disparou:

 

 

 

 

 

-- Quem te deu o direito de ler isso?

 

 

 

 

 

-- O nome de minha mãe escrito aí me deu tal direito! O que é isso?

 

 

 

 

 

-- Não te interessa, Amy...

 

 

 

 

 

-- Claro que me interessa, Esther! Diga-me o que é isso?

 

 

 

 

 

-- Amy, já te falei não te interessa!

 

 

 

 

 

-- Você e seus mistérios, já estou cheia disso Esther! Já suportei demais, quer uma relação comigo? Que eu seja só sua? Então chegou a hora de você me deixar fazer parte de sua vida, chega de meias palavras, de reticências, de segredos. Chega!

 

 

 

 

 

-- Ah, você está cheia disso? Então estamos quites, por que também estou cheia disso: de você pegando no meu pé, me fazendo perguntas, cobranças, nunca gostei de ninguém me sufocando. Então chega! Sai do meu quarto que tenho muito que fazer.

 

 

 

 

 

Amy saiu batendo a porta com força, fumaçando de raiva, contendo as lágrimas, desceu as escadas e saiu da mansão implicando a mesma força à porta, despertando olhares curiosos das irmãs Gama. Rachel, como sempre se fez presente junto à amiga, e subiu para o quarto de Esther, encontrando-a furiosa.

 

 

 

 

 

-- Olha, você nem vem!

 

 

 

 

 

-- Opaaa, calma aí onça! Vai me morder como mordeu a Amy, é?

 

 

 

 

 

-- Ai, Rachel, me deixa em paz!

 

 

 

 

 

A morena ia procurando uma roupa qualquer para vestir, jogando tudo para cima demonstrando seu estado nada amigável, mesmo assim Rachel insistiu.

 

 

 

 

 

-- Nem adianta você fazer cara de bicho, não vou sair daqui antes que você me conte o que houve.

 

 

 

 

 

-- Rachel, você é uma mala!

 

 

 

 

 

A moça sorriu ignorando a face de raiva da amiga e não se intimidou.

 

 

 

 

 

-- Sou sim, por isso mesmo você não vai se livrar de mim... vamos, fale logo.

 

 

 

 

 

-- A Amy se mete demais onde não é chamada, você acredita que ela estava lendo o diário de minha mãe?

 

 

 

 

 

-- Opa... como assim? Amiga a Amy é um poço de educação, ela não leria nada sem permissão, especialmente um diário...

 

 

 

 

 

-- Ah claro, a senhorita Anderson é perfeitinha!

 

 

 

 

 

-- Esther, conte logo essa história direito...

 

 

 

 

 

-- O diário caiu aberto no chão, ela viu o nome da mãe dela e ficou me fazendo perguntas sobre ele. Não respondi, disse que não interessava a ela.

 

 

 

 

 

-- Ah! Como que o nome da mãe dela escrito em um caderno velho empoeirado no seu quarto não interessa a ela?

 

 

 

 

 

-- Rachel você é minha amiga ou não?

 

 

 

 

 

-- Sou, claro que sou. Só eu mesmo pra te aguentar, viu... por isso tenho todo direito de dizer quando você está errada!

 

 

 

 

 

-- Ah, quem ela pensa que é pra ir entrando no meu quarto, fazendo perguntas, exigindo explicações...

 

 

 

 

 

-- Sua namorada, Esther Gonçalez!

 

 

 

 

 

-- Isso não dá todo direito a ela!

 

 

 

 

 

-- Será possível, Esther, que vou ter que te ensinar a namorar? -- dizendo isso, Rachel não se conteve, riu divertida, conseguindo arrancar risos discretos da amiga, e continuou -- Larga mão de ser turrona! Amy merece alguma explicação, sim...

 

 

 

 

 

-- Ah, ótimo, Rachel! O que direi a ela? Que o nome da mãe dela está no diário de minha mãe porque elas namoraram na juventude?

 

 

 

 

 

-- Diga apenas que é o diário de sua mãe e que ela conheceu a mãe dela na juventude. O resto deixe que ela descubra com Sandra, se ela quiser.

 

 

 

Esther ficou pensativa, durante o resto do dia não procurou Amy nem esta o fez. Ficaram entretidas com as obrigações da universidade e da fraternidade. No fim da tarde, Esther procurou o mesmo lugar quieto nos jardins do campus para continuar a leitura do diário de Carmem.

 

 

 

 

 

-- Michelle tem me assediado agora descaradamente, Sandra tinha razão. Na festa de ontem na fraternidade, ela usou de todas as armas para me levar para sua cama, inclusive com uma bebida exótica, segundo Rebeca, essa bebida contém ingredientes alucinógenos... e por falar em Rebeca, minha irmã guia me livrou de cair na sedução de Michelle. Minha permanência na fraternidade está ficando impossível, apesar da proteção de Rebeca, sinto-me perseguida por Michelle, e como ela sabe sobre o romance entre mim e Sandra, temo pelas consequências.

 

 

 

 

 

Cada página daquele diário transportava Esther para uma realidade que ela conhecia, uma realidade onde os personagens da vida de sua mãe se repetiam na sua própria vida.

 

 

 

-- Atraí a fúria de Michelle rejeitando-a noite passada. Não posso permanecer nessa casa. Não revelei isso à Sandra, minha loirinha está tensa demais, isso a deixaria ainda mais nervosa. Ela viaja amanhã para Nova Iorque, pedirá sua parte na herança de seu avô, para alugarmos um apartamento e sairmos das fraternidades, será melhor para nós. Vai ser difícil enfrentar esses dias sem ela por aqui... Carol será nossa mensageira, já que usar os telefones da Gama-Tau será impossível, Michelle me impede de todas as formas. Enfim esse pesadelo está chegando ao fim, em breve Sandra e eu estaremos juntas para sempre.

 

 

 

 

 

Enquanto isso, Amy tentava se concentrar nos estudos na biblioteca, ainda irritada pela discussão com Esther e intrigada com tal caderno com o nome de solteira de sua mãe. Nenhuma hipótese que ela formulasse fazia o menor sentido, os mistérios e o comportamento da namorada era para a loirinha completamente indecifráveis. Quando menos esperava, Amy foi surpreendida por uma voz pouco familiar.

 

 

 

 

 

-- Amy Anderson?

 

 

 

 

 

Ao virar-se em direção a voz, Amy estremeceu ao constatar de quem se tratava: Michelle Roberts. A jovem disfarçou seu espanto, e até certo medo, quando a viu, e respondeu educadamente:

 

 

 

-- Sim, pois não.

 

 

 

 

 

-- Preciso falar com vocês a sós, você pode me acompanhar?

 

 

 

 

 

A loirinha balançou a cabeça positivamente recolhendo seus livros da mesa e seguiu Michelle até uma sala no prédio da reitoria. Chegou a sentir calafrios ao ouvi-la trancar a porta. No tom arrogante de sempre após mandar que a loirinha sentasse, Michelle disparou:

 

 

 

 

 

-- Quero apenas lhe dar um aviso mocinha: afaste-se de Esther. Ela pode estar se dizendo apaixonada, tendo um romancezinho ridículo com você, mas ela não é dona de si. Esther é minha propriedade, para seu bem e para o bem dela, repito: fique longe dela.

 

 

 

 

 

Amy arregalou os olhos, engoliu seco, mas ouvir aquelas palavras despertou na loirinha uma raiva indescritível, encheu-se de coragem e respondeu:

 

 

 

 

 

-- Você acha mesmo, que pode vir aqui me ameaçar? Acredita mesmo que tem algo contra mim? Ora Sra. Roberts, não sou sua refém, não tenho medo do seu poder, do seu dinheiro. Minha família tem até mais poder e dinheiro do que você, então não me venha com esse ar de superioridade, não me intimida, Esther não é sua propriedade e nosso romance é real, não tem nada de ridículo.

 

 

 

 

 

-- Como se atreve, sua fedelha?! Escute aqui, não vou permitir que você se intrometa entre mim e Esther, não desisto do que quero e não é um pirralha como você que vai me ameaçar.

 

 

 

 

 

-- Então você está se sentindo ameaçada?

 

 

 

 

 

-- Por você, uma pirralha? Nunca! Tenho total domínio sobre Esther.

 

 

 

 

 

-- Se você tivesse tanta certeza do seu “domínio” sobre Esther, não teria vindo tentar ameaçar a PIRRALHA aqui... Não te devo nada! E seu “poder” não é páreo para minha família, Sra. Roberts, então pense bem antes de vir com suas ameaças... E digo mais, Esther e eu estamos apaixonadas, e farei de tudo para livrá-la de você, sua doente!

 

 

 

 

 

-- Então você não tem medo de mim, não é? Vamos ver o que Esther vai achar quando ela sofrer as consequências da insolência da namoradinha dela... Vamos ver quem está no comando.

 

 

 

 

 

Michelle soltava faíscas de ódio pelos olhos, não esperava Amy enfrentá-la, mas as últimas frases deixaram a loirinha apavorada, temendo o que aquela mulher louca e sádica poderia fazer à sua amada. Arrependeu-se de não ter se controlado, mas não deu tempo se refazer, Michelle deixou a sala batendo a porta com toda força, desfilando pelos corredores da reitoria com sangue no olhar.

 

 

 

 

 

Esther passava em frente ao prédio da reitoria indo em direção da Gama-Tau, quando avistou Michelle sair de lá absolutamente transtornada, escondeu-se da sua visão, e em segundos viu Amy sair pela mesma porta, com a pele alva tomada de rubor. Conhecendo a loirinha, Esther sabia que isso era sinal do seu nervosismo e isso a deixou nervosa também. Esperou Michelle se afastar o suficiente e seguiu Amy pelo campus.

 

 

 

 

 

-- Amy? O que houve?

 

 

 

 

 

-- Esther?

 

 

 

 

 

-- Vem cá, você está pálida -- Esther abraçou Amy e sentiu o coração da loirinha descompassado, nem se lembraram que estavam brigadas, ficaram abraçadas, até Amy acalmar-se e então falar:

 

 

 

 

 

-- Esther, nem sei como dizer isso, mas Michelle Roberts me procurou agora...

 

 

 

 

 

-- Oh, Deus! Você está bem? Ela fez alguma coisa? O que ela queria com você, minha linda?

 

 

 

 

 

-- Calma, meu amor... Ela só quis me intimidar e exigiu que me afastasse de você.

 

 

 

 

 

-- Aquela vagabunda!

 

 

 

 

 

Voltou a abraçar Amy com carinho, como se quisesse protegê-la, mal sabia que a loirinha estava sim apavorada, mas não por ela mesma, mas pelo que Michelle poderia fazer a sua amada.

 

 

 

 

 

-- Esther, ela não me assustou... Eu até a enfrentei... Ela não sabe com quem está se metendo...

 

 

 

 

 

-- Não, Amy, não diga isso! Michelle é uma mulher perigosa, ela joga baixo, joga sujo, fique longe, eu me entendo com ela.

 

 

 

 

 

-- Mas tome cuidado... Temo que ela faça algo contra você porque eu a enfrentei. Ela fez ameaças...

 

 

 

 

 

-- Calma, eu sei lidar com ela... Não se angustie, vamos pra casa.

 

 

 

 

 

Na mansão, tudo pronto para a chegada das irmãs ilustres. Ellen e uma veterana que já fora affair de Esther, Vanessa, cochichavam pelos cantos da casa. Laurel que conhecia muito bem as armações de Ellen comentou com Rachel o comportamento estranho das veteranas. Rachel, no entanto, parecia mais preocupada com o resultado da conversa entre o casal Amy e Esther, que subiram para o estúdio assim que adentraram a mansão.

 

 

 

 

 

-- Eu queria te pedir desculpas pelas coisas que disse hoje de manhã -- Esther falou segurando as mãos de Amy.

 

 

 

 

 

-- Eu acho que também te devo desculpas, mas é que quero tanto te conhecer Esther... Às vezes me sinto tão próxima de você, seus olhos me dizem tanto. Mas outras vezes você se torna uma incógnita pra mim, fico perdida porque te amo tanto...

 

 

 

 

 

Esther se emocionou com a declaração de Amy, segurou o impulso de dizer que também amava a loirinha, abraçou-a e disse:

 

 

 

 

 

-- Espero um dia poder revelar todos os meus segredos a você Amy, sem te afastar de mim... Sobre o caderno que você viu mais cedo comigo, bem, é o diário de minha mãe.

 

 

 

 

 

-- Sua mãe? Mas por que o nome de minha mãe estava escrito nele? Pessoas ou nomes iguais?

 

 

 

 

 

-- Isso acho melhor você perguntar à sua mãe, minha linda...

 

 

 

 

 

Mesmo tomada de curiosidade, Amy concordou para não brigar de novo com Esther. A morena, por sua vez, esperou a loirinha dormir e voltou a ler o diário de Carmem, notando que os relatos da mãe ali começaram a ficar mais espaçados. Percebeu que o momento mais triste da história de Carmem se aproximava.

 

 

 

 

 

-- Esse é o dia que por mais que eu queira esquecê-lo vai me acompanhar para sempre, me trazendo toda dor desse momento. Sandra Davis me destruiu, todo amor que eu tinha por essa mulher tenho que matá-lo assim como ela fez à minha alma... Ela me fez acreditar que estava indo resolver nossa vida em Nova Iorque, mas era tudo parte de um plano para me humilhar diante da fraternidade dela e do campus. Faz uma semana que ela viajou, não me mandou um recado sequer, apesar de todos que mandei para ela por Carol. Hoje no banheiro ouvi a conversa de Carol com outras meninas da Beta-lo na qual ela dizia: “Meninas, a Sandra conseguiu! A latina da Gama-Tau está na mão dela, toda apaixonada confiando que a Sandra deixará a fraternidade para morar com ela. Ontem mesmo ela me falou sobre o casamento dela com Wiliam, acertaram tudo no jantar na casa dos pais dela... Ai, o amor não é lindo? Wiliam entendeu porque Sandra usou aquela aberração para darmos uma lição nessas Gama-Tau. A última parte do plano se aproxima... Como ela foi ingênua! Acreditar que Sandra é doente como elas...” Não pude acreditar nisso... Até ver no jornal da universidade a matéria falando sobre o jantar para marcação da data do casamento de Sandra com Wiliam, e para me humilhar ainda mais, as beta-lo espalharam pelo campus panfletos fazendo piada da minha relação com Sandra com frases que só ela e eu dissemos uma pra outra. Como ela pôde fazer isso comigo? Se ela pensa que isso vai ficar assim, ela se prepare, porque a volta dela e do noivinho será um grande evento para mim...

 

 

Esther leu aquilo não mais tomada de revolta, mas procurando detalhes para investigar a possibilidade de tudo não ter passado de uma grande armação com o dedo de Michelle no meio. Depois desse relato, os que se seguiram foram escassos, algumas frases narrando o sofrimento que ela enfrentava, a revolta e a saudade de Sandra, crises de consciência, poemas, nada que acrescentasse na busca por respostas de Esther. Depois de ler as revelações de sua própria mãe, convenceu-se que tinha que dar à Sandra ao menos o benefício da dúvida para não ser obrigada a ferir seu grande amor: Amy.

Fim do capítulo


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