Capitulo 32
Estava em San Francisco a uma semana, Dome se casaria daqui a três dia e tudo estava uma correria só. Meu presente seria a decoração. Paige era uma romântica incurável, então apostei nas cores delicadas. Jennie estava uma pilha de nervos com nossos novos investidores, ela enlouquecia e me enlouquecia junto.
Estou organizado tantas coisas que dividi cada minuto do meu dia. Tenho 72 horas para terminar a escolha das flores, ajudar Dome com seu vestido e ignorar que verei Savannah em breve, fora o fato que ela estará no altar ao meu lado, toda vez que penso nessa possibilidade sinto borboletas dançarem freneticamente em meu estômago.
Meu celular começa a tocar, um lembrete de que frena está chegando. Tenho cinquenta minutos para chegar ao aeroporto. Pego minha bolsa e me despeço de Jennie a qual resmunga qualquer coisa como resposta. Entro no carro e acelero, chego em inacreditáveis quarenta minutos no aeroporto.
O voo de Fren atrasou alguns minutos felizmente. Encaro vários e vários rostos até ver o dela surgir. Ela está linda com um jeans apertado, regata branca e óculos escuros, seu cabelo em coque bagunçado, homens e mulheres olham para ela, devia ser crime ser tão bonita assim.
— Olá. — Ela diz parando diante de mim.
— Oi! Legalmente ruiva. — Frena ri.
— Senti falta do seu bom humor. — Ela beija meus lábios rapidamente.
— Como foi a voo?
— Ham… Longo.
— Sei como se sente. Pronta para conhecer o lado mau da família Clark?
— Está falando de sua irmã? — Fren diz pegando sua mala.
— Da minha Avó também.
— Aposto que são adoráveis.
— Não diga isso antes de conhece-las. — Saímos do aeroporto e pegamos o carro.
— Estou ansiosa e nervosa.
— Eu também.
Após alguns minutos chegamos em casa, ajudo Fren com as malas, ela está com uma expressão preocupada.
— Hey, não fique assim. — Digo
— E se elas não gostarem de mim?
— Isso é impossível, você é incrível.
— Mas…
— Apenas seja você. — Assim que chegamos a porta Fren começa a dar pequenos pulinhos. — O que está fazendo?
— Estou tentando me acalmar, esse método é uma tradição de família. — Abro a porta e entramos.
— Família cheguei. — Amélia surge da cozinha com seu avental para macarronadas e ao seu lado, Dome.
— Hey, você não me disse que estava pegando a Fiona. — Reviro os olhos diante do comentário de Dome.
— Dominique, não seja desagradável. Olá querida, Emma nos falou muito de você. — Amélia diz e aperta a mão de Frena. — Ignore Dome, ela tem problemas mentais, os quais ainda não foram estudados. Aliás, gostei do seu cabelo, vermelho é minha cor favorita.
— Obrigada, Senhora Clark.
— Ora, me chame Amélia.
— Amélia.
— Sou Dome, é um prazer conhece-la. — Dome também aperta a mão de Frena — Emma fala muito de você.
— Bem ou mal?
— Ham… Como eu disse ela fala muito de você. — Dome gargalha.
— Já entendi.
— Mostrarei seu quarto. — Digo.
Levo Fren para o quarto de hóspedes, ela observa tudo e dá um grande sorriso. Põe suas malas sobre a cama e vem em minha direção, ela estende sua mão para que eu segure, nossos dedos se entrelaçam e ela leva minha palma até os lábios, o azul de seus olhos está ainda mais lindo do que me lembrava.
— Senti tanta saudade do seu cheiro. — Sua outra mão vai para minha cintura e em um movimento rápido ela junta nossos corpos. — Senti falta de tocar em você. — Ela beija meu pescoço. — Senti falta dos seus lábios. — Frena aproxima sua boca da minha…
— Com licença. — Uma voz grave diz, meu corpo reage no mesmo instante, não importa quanto tempo passe essa voz sempre fará meu coração disparar.
— A.. Savannah? — Meus olhos ficam presos nela, ela está de jeans e blusa de mangas curtas, sua boca traz um leve tom avermelhado, o verde dos seus olhos é indescritível.
— Interrompo algo? — Ela pergunta entrando no quarto. Frena segura firmemente em minha mão.
— Não, não, eu… Eu estava mostrando o quarto a Fren. Aliás, essa é Frena.
— Oi! Sou Frena Jeep, namorada da Emma.
— Savannah Owens, sou a ex namorada. — Não acredito que estou passando por isso. — Não vai me dar um abraço Emma? — Meu coração dispara. Vejo Savannah abre os braços e não tenho como fugir.
— Cla… Claro. — Solto a mão de Fren e sigo até Savannah, ela me abraça forte enquanto deixo minhas mãos em suas costas. Sinto seu cheiro delicioso e fecho meus olhos querendo guardar cada segundo desse abraço.
— Senti sua falta. — Ela diz e me sinto arrepiar.
— Ham… O que eu perdi? — Dome pergunta e me afasto de Savannah. Volto a ficar ao lado de Frena a qual segura em minha mão novamente.
— Nada, estava apenas cumprimentando Emma e Fre… Como é mesmo seu nome? — Savannah provoca.
— Frena.
— E Frena. — Ela concluí.
— Gostou da surpresa Mana? Como você está sobrecarregada com a decoração chamei Savannah para me ajudar.
— Você sempre pensa em tudo, Dominique. — Digo ácida.
— Desceremos antes que Amélia suba aqui. Savannah, pode levar sua mala para seu antigo quarto. — Dome diz.
— Meu antigo quarto eu dividia com Emma. — Savannah diz provocativa. — Acredito que possa ficar no quarto de hóspedes como ficou da primeira vez — digo. — Agora o almoço. — Dome diz e se vai sendo acompanhada por Savannah. — Desculpe por isso, eu não fazia ideia. — Eu sei, não precisa se desculpar. Vamos descer? Estou morrendo de fome.
Amélia servia sua deliciosa macarronada Savannah e Dome já se encontravam a mesa sentadas lado a lado, Fren puxa uma cadeira para que eu me sente, o que faz Savannah revirar os olhos. Começamos a nos servir, um clima tenso toma conta do ambiente, os olhos de Savannah não me dão sossego.
— O que você faz da vida Frena? — Amélia pergunta quebrando o silêncio.
— Sou escritora.
— Sobre o que você escreve? — Dome indaga.
— Romance.
— Daqueles terrivelmente clichês? — E a vez de Savannah.
— Não, escrevo sobre amores reais onde os casais não se deixam na primeira dificuldade.
— Às vezes os casais são forçados a se separar.
— Se o amor for verdadeiro eles ficam juntos, não importa o quão difícil possa ser.
— Às vezes o amor pode pregar peças.
— O amor verdadeiro só prega certezas. Assim como o meu por Emma. — Os olhos de Savannah faíscam. — Você é casada Savannah?
— Sim. — Savannah responde de má vontade.
— E onde ela está agora?
— Em casa.
— Aposto que esperando por você. — Savannah me encara por alguns segundos antes de desviar o olhar. — Sua comida é deliciosa Amélia. — Frena continua.
— Obrigada, querida.
O almoço foi tenso, o assunto que surgia era logo encerrado porque Savannah e Fren começavam a trocar farpas. É evidente que eu estava preocupada com a situação, ao contrário de Dome e Red que pareciam se divertir. Savannah era ácida e Fren irônica, parecia uma competição de provocações. Estávamos nessa a somente três horas e eu já começo a me perguntar se terei forças para aguentar o resto disso.
— Você fez de propósito! — Digo a Dome certa hora quando ficamos sozinhas.
— Do que está falando?
— Não venha bancar a inocente Dominique, eu sei muito bem que você trouxe Savannah apenas para provocar!
— Por que eu faria isso?
— Você sabe muito bem.
— Savannah está aqui para me ajudar, somente para isso.
— Você ainda me paga Dome.
Subo para o quarto e me jogo na cama, não acredito que Dome fez isso comigo. A presença de Savannah é puramente para me tirar do sério. Agora ainda existe Frena, como poderei lidar com elas ao mesmo tempo? Ficou bem claro que às duas não se suportam. Para piorar Frena ainda disse que somos namoradas. Eu nunca assumi nossa relação e agora Savannah pensa que estamos comprometidas. Ótimo! Eu certamente irei perder o resto de sanidade que me resta. Fico divagando por horas até que ouço batidas na porta.
— Entre.
— Oi! — Frena diz.
— Oi!
— Tudo bem?
— Sim e com você?
— Maravilhoso. Amélia é ótima e Dome também.
— Fico feliz que esteja gostando.
— Ela é linda!
— Ela quem?
— Savannah Owens. — Frena tenta imitar o tom grave de Savannah e acabo rindo.
— Sei que não está sendo fácil.
— As coisas boas da vida nunca são. E eu não desisto assim de primeira. Que tal me mostrar seu jardim?
— Venha.
Levo Frena até o jardim, assim que começamos a atravessar o gramado ouço o tão conhecido barulho dos socos de Savannah, ao nos aproximarmos da garagem vejo a imagem mais que provocante de uma Savannah suada, vermelha e ofegante.
— Ela luta também?
— E apenas para combater o estresse. — Savannah deixa sua atividade preferida e se dirige até nós.
— Olá novamente. Estão indo a algum lugar?
— Emma irá me mostrar o jardim.
— Que romântico.
— Gostamos de coisas românticas. — E lá vamos nós.
— Eu também. Aliás, obrigada pela rosa que criou em minha homenagem Emma.
— Eu…
— Permita que lhe agradeça devidamente. — Savannah me puxa de forma rápida e segundos depois planta um demorado beijo na minha bochecha. — Tenham um bom passeio. — Ela diz e se afasta.
O passeio com Frena que era para ser agradável acabou não sendo, ela ficou um tanto quanto calada durante o breve trajeto. Mostrei algumas rosas e contei como meus pais amavam flores, ela me ouviu atentamente, mas senti que algo a incomodava, não precisava ser um gênio para saber ter a ver com Savannah.
Não demoramos muito, Fren alegou está cansada devido à viagem, durante o jantar ela continuou calada, Savannah não chegou a aparecer, Dome disse que ela estava um pouco indisposta. Já passava das 22:00 quando resolvi subir e tomar banho.
Encho a banheira e me abrigo na espuma, meu corpo começa a relaxar e finalmente sinto uma sensação de paz.
Fecho meus olhos e tento manter meus pensamentos distantes de Savannah, mas a tentativa foi em vão. O cheiro dela invade o ambiente, eu não ouço seus passos, mas sei que ela está aqui. Sinto suas mãos repousarem em meus ombros.
— Savannah, saia! — Digo, meus olhos ainda fechados.
— Me deixe apenas agradecer pela rosa. — Sua voz rouca ressoa em meus ouvidos.
— Você agradeceu.
— Mas, não da maneira que gostaria.
Abro meus olhos, Savannah está ajoelhada em minha frente, sua mão pousa em meu rosto e seu polegar contorna meus lábios, minha respiração fica pesada e já estou prestes a implorar para que ela me beije.
Não preciso esperar muito para sentir seus lábios sobre os meus. O beijo ainda é perfeito, ela me domina com sua boca exigente e não demora até que sua língua dance sobre a minha. Sua mão passei tórax e desce até se perder na espuma, menos de um segundo depois sua mão está sobre meu sex* e um gemido manhoso escapa da minha garganta.
— Obrigada. — Savannah se levanta me deixando confusa.
— Não para! — Seguro sua mão.
— Você tem namorada. Lembra?
— E você uma esposa! O que realmente está fazendo aqui? Seu lugar é ao lado de Nancy.
— Estou apenas tentando proteger você.
Savannah sumiu da mesma forma que apareceu, de repente. E no fim ela acabou me deixando ainda mais confusa e necessitada.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 23/11/2021
Dome sempre aprontando kkkk
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