"DIGA SIM PRA MIM"[1]

            Os dois meses passaram feito um raio e o dia tão esperado pelo casal finalmente chegou. Os familiares e amigos que vieram de Fortaleza e Goiânia desembarcaram na véspera do casamento. Marília ficou radiante com a presença da avó, pois elas não se viam desde que a baixinha se mudou para Palmas.  

            As noivas decidiram que dormiriam separadas na última noite antes do casamento e que se arrumariam em suas respectivas residências. Marília se aprontou na companhia da mãe, da avó, da irmã e, claro, de André. O amigo estava mais nervoso do que ela e contava para Aninha que ele pegaria o buquê nem que tivesse que empurrar todas as outras encalhadas para longe. As mulheres riam de suas brincadeiras que descontraiam o ambiente.

            A baixinha não pode deixar de comparar a felicidade que lhe preenchia naquele momento com seus sentimentos quando estava prestes a se casar com Beto. Pensou também em como sua vida tinha ganhado novas cores e sentido depois que se permitiu viver um amor de verdade ao lado de Amanda. Agradeceu em silêncio pelo recomeço e pelo apoio da família e de André que sempre esteve ao seu lado e foi o cupido oficial de seu romance.

            - Bi, obrigada por ter insistido em fazer meu namoro com a Amanda.

            - Ma, você tem que ser eternamente grata por eu ter te arranjado uma mulher linda, enorme, bem-sucedida e com o coração maior do que o mundo. Aliás, não quero gratidão não. Pode tratar de retribuir minha gentileza e arranjar um marido pra mim.

            Todas riram da espontaneidade do rapaz.

            Marília ficou pensando se Amanda já estava pronta, quis ligar mas lembrou do acordo que fizeram de só se verem e se falarem quando se encontrassem na festa. Em meio às brincadeiras e risadas, o pai da baixinha bateu na porta e lembrou que tinham que ir para não se atrasarem. Ela iria com o pai e os outros seguiram na frente em direção ao local da recepção.

            - Estou feliz por você, minha filha! Você não sabe como me faz bem ver esses olhinhos brilhando. - Falou enquanto abraçava a filha e depositava um beijo em sua cabeça.

            - Papai, eu achava que nunca mais seria feliz, mas hoje eu me sinto bem de uma forma que eu não imaginava ser possível.

            Amanda era puro nervosismo enquanto esperava a chegada da noiva. Estava radiante pois a felicidade que emanava de cada um de seus poros realçava ainda mais sua beleza.

            Marília chegou na hora marcada, não quis se atrasar como era quase uma tradição nos casamentos porque não se aguentava mais de ansiedade para ver a namorada e celebrar o amor das duas ao lado das pessoas importantes em suas vidas. A médica a recebeu com um sorriso lindo demais que deixava transparecer os melhores sentimentos que nutria pela amada.

            - Estava morrendo de saudades, minha vida! - Sussurrou de modo que só Marília pode escutar.

            - Eu também, meu amor. Como você consegue ficar ainda mais linda? Me explica. - Disse olhando apaixonada para a noiva.

            Durante toda a cerimônias, as duas não contiveram as lágrimas de alegria que rolavam por seus rostos. O amor que sentiam uma pela outra e a intenção de vivê-lo plenamente durante toda a vida embalaram os votos que fizeram e contagiaram todos os que testemunharam a oficialização daquela união.

            Elas curtiram toda a festa, dançaram, tomaram espumante e se deliciaram com as comidinhas e especialmente com os docinhos finos escolhidos pessoalmente por Amanda que se empenhou para que a pequena comemoração fosse perfeita.

            Passaram a primeira noite de casadas em um hotel em Palmas. Chegaram exaustas e eufóricas e aproveitaram um relaxante banho de banheira que estava preparado com sais de morango e pétalas de rosas enquanto bebiam um vinho rose entre um e outro beijo apaixonado.

            As carícias se intensificaram ainda na banheira. Amanda levantou e puxou a esposa em direção ao quarto, a deitando de costas para a cama. A médica beijou toda a extensão do corpo de Marília, começando pela pontinha do pé e subindo pelas pernas e coxas ao mesmo tempo em que as mãos passeavam pelos braços, seios, abdômen e bumbum. Ela apertava, lambia e mordia entre os beijos apaixonados que depositava.  Marília estava em êxtase com a forma possessiva que Amanda a possuía.

            Era primitivo e afetuoso. Selvagem e amoroso. Ela estava entregue e seu corpo inteiro tremia ao sentir a boca da esposa em si. Quando a baixinha estava prestes a chegar ao ápice do prazer, Amanda parou e a colocou ajoelhada na cama. Se posicionando em suas costas, a penetrou por trás e, com a mão livre, apertou seus os seios, puxando seus mamilos causando um misto delicioso de dor e prazer. Muito prazer. Depois desceu a mão até o meio de suas pernas e, ao mesmo tempo que intensificou as estocadas, massageava o clit*ris da esposa e mordia seu pescoço e costas, levando-a a um orgasmo intenso que a deixou com as pernas bambas.

            Antes que Marília pudesse recuperar o fôlego, a médica a virou, levantou sua perna e se encaixou sobre ela começando um intenso e gostoso roçar de seus sex*s. Amanda se movimentava de uma forma quase insana e elas não conseguiam segurar os gemidos e gritos de prazer. A baixinha apertava a bunda de Amanda a puxando ainda mais para si. Querendo intensificar aquele contato, arreganhou as pernas o máximo que conseguiu e jogou, de forma ritmada, seus quadris para frente como se quisesse ser engolida pelo sex* da outra. Elas goz*ram juntas. 

            - Mô, se eu soubesse que depois do casamento ia ser assim, eu juro que tinha casado no dia que a gente se conheceu no hospital. Que amor gostoso foi esse? Estou exausta! - Marília falou deitada sobre o corpo da esposa.

            - Minha vida, eu sei que parece frase pronta, mas eu quero todo dia te fazer mais feliz do que no dia anterior.  Eu quero que tudo seja sempre melhor, quero realizar nossos sonhos, construir um futuro lindo pra nós. Eu estou tão feliz que não consigo explicar. - Falou.

            Fizeram juras de amor até adormecerem abraçadas.  Precisariam acordar cedo na manhã seguinte, pois viajariam em lua de mel. Passariam uma semana em Santiago e o voo com destino à capital chilena decolaria de Brasília.

[1] Diga sim pra mim. Isabella Taviani

Fim do capítulo