Capitulo 19
Estava decidido, eu não iria mais negar o que sinto. Minhas vontades e desejos serão minha prioridade agora, eu serei de Savannah e a farei minha.
Ainda a observando na água senti que eu não precisava ir muito longe para encontrar a felicidade, pois ela estava ali, bem na minha frente. O resto da manhã foi tranquilo pelo menos externamente, porém dentro de mim tudo explodia em expectativa, se os sorrisos de Savannah já me enchiam de prazer antes agora eles parecem ter um efeito ainda mais forte, toda vez que ela sorrir meu coração salta e se ela não colocar uma roupa logo teremos problemas.
Sinto como se meu corpo estivesse agindo sozinho, minha razão está sendo totalmente ignorada.
Voltamos para casa de Amélia uma hora depois, o almoço já estava sendo servindo, ela fez questão de preparar várias massas o que nos fez suspirar de alegria e tristeza, daria trabalho perder tudo aquilo.
Dome como sempre comeu como se não houvesse amanhã, sua barriga ficou enorme, ela estava andando com a calça aberta após finalmente parar de comer, Savannah também se mostrou boa de garfo, mas é claro que ninguém conseguiu superar Tom.
As 14:00 em ponto começamos a nos ocupar com nossas tarefas e como eu temia fiquei com sótão.
Savannah e Tom iriam me ajudar. Dome, Paige e Tilly ficaram com a pintura da parte interna e distribuição dos móveis, Penélope e Amélia começariam a pintura da varanda e por fim Savannah e eu ficaríamos com pintura da parte da frente enquanto Tom assumiria a lateral. No entanto, não era nisso que eu estava concentrada, minha cabeça estava puramente concentrada na decisão de finalmente me entregar a Savannah, porém não tinha ideia de como agir, não poderia simplesmente dizer “Hey, Savannah! Estou pronta, podemos ficar nuas agora e trans*r a noite inteira. ” Ou “Savannah quero ser sua aqui e agora”.
Caramba! Não posso dizer esse tipo de coisa. Talvez, eu esteja escolhendo o caminho, palavras não são o meu forte, então minha única escolha é demostrar.
Não preciso dizer, se eu simplesmente demonstrar ela com certeza entenderá. Talvez eu possa simplesmente beija-la quando estivermos sozinhas, eu só preciso da oportunidade perfeita.
Subimos para o sótão, todos estavam de shorts e camisetas, inclusive Tom, ele tem pernas terrivelmente brancas. Savannah está com short preto, sua blusa é verde, seu cabelo está em um coque frouxo, seus óculos completam seu visual simples e lindo, optei por um short também preto, a camiseta, porém é vermelha e fiz um rabo de cavalo.
Assim que Tom abre a porta do sótão, barulhos estranhos começam a ser ouvidos, me encolho na mesma hora o que faz Savannah e Tom rirem. Quando Savannah liga a pequena lâmpada, avistamos o que deviriam ser ratos, mas são tão grandes que acredito terem evoluído para uma nova espécie de raposa.
— Que coisa é essa? — Começo a dá pulinhos e me escondo atrás de Savannah.
— Emma, não seja tão corajosa. — Ela diz.
— São só ratinhos Emma. — Tom brinca.
— Tenho certeza que essas coisas não são só ratinhos.
— Vamos lá Emma, tem que enfrentar seus medos e você está praticamente quebrando meu braço.
— Desculpe.
Tom se livra dos ratos, mas antes os prende em um tipo de gaiola que encontrou em meio às coisas do sótão, começamos a esvaziar o local colocando a maioria das velharias em sacos de lixo, não entendo como Amélia consegue ter tantas caixas.
Espirro a cada dois minutos, meu nariz já está parecendo aqueles de palhaço e passo a maior parte do tempo tendo sustos. Certa hora Tom sai e vejo a oportunidade perfeita para mostrar a Savannah o que realmente quero, ignoro meu nariz vermelho, a boa quantidade de pó em minhas roupas e a desordem do meu cabelo.
Aproximo-me de Savannah, ela está empilhando alguns livros, respiro uma, duas… três vezes e resolvo chama-la.
— Savannah?
— Sim, Emma. — Ela diz, mas não tira sua atenção dos livros.
— Eu… eu… gostaria de lhe mostrar algo.
— Poderia ser mais tarde? Tenho que separar esses livros, Amélia tem muitos clássicos aqui. — Fico desapontada com o desinteresse dela, então resolvo agir logo de uma vez. Seguro em um dos seus braços e a viro bruscamente para mim. — Emma, o que está fazen… — Savannah não termina a frase, ela olha para mim, seus olhos cheios de surpresa, começo a aproximar meu rosto do seu, mas ela fala novamente. — Não se mexa!
— O que foi? — Noto que ela está olhando para um ponto em cima da minha cabeça. Será que meu cabelo está tão horrível assim?
— Emma, você tem medo de Aranha?
— Que tipo de pergunta é essa Savannah? — Digo irritada.
— Sim ou não?
— Sim, eu tenho medo de arran… Ai Meu Deus! Tem uma em mim? Savannah tem uma Aranha em mim?
— Calma, ela está no seu cabelo, não precisa entrar em pânico. — Ahh, tira, tira… tira — Começo a andar de um lado para o outro.
— Fique quieta — Savannah tenta tirar a aranha, mas estou correndo em círculos, minha cabeça sendo movida de um lado para o outro.
— Emma, pare! — Sinto os braços de Savannah me envolverem pela cintura, meus pés deixam o chão, sem querer acabo deixando minha cabeça cair para trás acertando seu nariz em cheio.
— Ai! — Ela me solta e se abaixa, no mesmo instante tento ver seu rosto, assim que me curvo para frente, Savannah fica de pé, dessa vez nossas cabeças se chocam e caímos às duas sentadas tentando conter a dor. — Por todos os deuses Emma, você é muito desastrada. — Savannah cai na gargalhada e eu a sigo.
— Me desculpe.
— Tudo bem, só não quero imaginar o que poderia ter acontecido se a Aranha em seu cabelo estivesse viva.
— O quê? Por que não me disse.
— Você não me deu muita oportunidade.
— Savannah, seu nariz está sangrando. — Levo as mãos ao rosto, a culpa me atingindo.
— Nada que um pouco de gelo não cure.
— Venha, vamos descer e cuidar disso. — Estendo a mão para Savannah, a qual ela aceita na mesma hora.
— Ham… Antes de tudo isso acontecer você ia me dizer algo. O que era?
— Nada importante. — Digo envergonhada.
— Tem certeza?
— Sim, plena certeza. — Descemos as escadas e nos deparamos com Dome, seu cabelo surpreendentemente preso.
— Por que seu nariz está sagrando? Emma, por que tem um galo enorme na sua testa?
— Pergunte a Aranha morta Dominique! — Digo passando por ela.
— Emma e as Aranhas são sinônimo de desastre, você teve sorte Savannah, da última vez Michael teve seu pé praticamente esmagado.
Savannah foi diretamente para seu quarto, ela disse que cuidaria de si mesma, seu humor não ficou muito bom após Michael ter sido citado.
Fui diretamente para o banho enquanto a água me acalmava tentava pensar em uma nova tentativa de aproximação, porém eu não era boa nisso, na verdade, sou uma negação.
Como mostrarei o quero a Savannah? Eu nunca fiz nada parecido.
Qual a fórmula para chegar em uma mulher e dizer que você quer ir para cama com ela? Encosto minha cabeça na parede fria do box tentando ter uma ideia que realmente funcionasse, até que Dome surge em minha mente, ninguém entende mais disso do que ela, só preciso ser forte para aguentar as piadinhas que ela certamente fará.
Finalizo o banho, está quase na hora do jantar. Visto um jeans qualquer e desço a procura de Dome, a mesma está na varanda com Paige e Tilly.
— Olá pessoal.
— Mulher Aranha.
— Como vai à cabeça Emma? — Tilly aponta para meu pequeno galo.
— Melhor. — Sinto a ansiedade aumentar, mas não tem como fugir disso. — Dome, eu gostaria de falar com você, em particular.
— O que eu fiz dessa vez?
— Venha comigo, por favor. — Dome me segue até perto dos carros estacionados.
— Que passa? — Ela pergunta.
— Preciso de sua ajuda.
— Qual o problema?
— Preciso dizer a Savannah que… — Parte mais difícil.
— Que…
— Gosto dela.
— Disso ela já sabe.
— Contudo, não é esse gostar, é um GOSTAR diferente.
— Seja mais específica. — Dome fala, um sorriso brota em seus lábios.
— Você já entendeu.
— Não, você precisa ser mais direta.
— Eu quero leva-la para cama.
— Não consegui ouvir muito bem.
— Para CAMA, PORRA DOMINIQUE! — Dome ri descontroladamente, seu corpo chega a curvar para frente.
— Irmãzinha, quem diria! Estou tão orgulhosa de você. — Ela me abraça e reviro os olhos. — Vamos Emma, não seja ranzinza.
— Você vai me ajudar ou não?
— Claro que sim! Vocês só precisam de um lugar que não sejam interrompidas e sei exatamente onde, na verdade, colocaremos o plano em ação agora.
— Nós já temos um plano?
— Só confie em mim. Venha, sei onde Savannah está e o lugar é perfeito.
Dominique me arrasta casa adentro, passamos pela cozinha e paramos diante da despensa.
— Savannah está na dispensa? — Pergunto á Dome.
— Shii! Você quer estragar o elemento surpresa?
— Não. — Sussurro.
— Agora entre sem fazer barulho e agarre ela. Não deixe tempo para reação, ataque!
— Você tem certeza que Savannah está aí dentro?
— Claro! Vi Amélia lhe entregar algumas sacolas e ela só pode ter trago para cá. Agora vá… vá… — Dome praticamente me empurra para dentro da dispensa, assim que entro ela fecha a porta, a mesma tranca na mesma hora.
Vejo um corpo se movimentando, está preenchendo algumas prateleiras a frente, caminho em direção a Savannah, lembro-me do que Dome disse “Ataque… Ataque”.
Assim que estou perto suficiente fecho os olhos e puxo todo ar para dentro dos pulmões, dou passos mais apressados, a luz do ambiente não é muito boa. Seguro em seu braço e encosto meu corpo contra o seu, mas antes que nossos lábios se toquem, paro.
O perfume que sinto não é o perfume de Savannah e o corpo que está próximo ao meu não é tão grande quanto o dela, abro meus olhos e preferia não ter feito…
— Emma?
— Ham… Olá, Penélope. — Nesse momento gostaria de ser um, avestruz.
Fim do capítulo
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