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LEIS DO DESTINO - SEGUNDA TEMPORADA por contosdamel

Ver comentários: 2

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Palavras: 3737
Acessos: 1725   |  Postado em: 15/11/2021

Notas iniciais:

Das coisas estabelecidas, assentado


 

2.5. Ex positis

A Galaxy’s era uma galeria bem conceituada entre os críticos e artistas. Por conta disso, Liza conquistara um prestígio considerável no meio, o que lhe concedeu crédito para atrair nas exposições um bom público e cobertura da mídia, tal mérito também podia ser atribuído a Daniela, que sempre ressaltava a qualidade dos eventos realizados ali.

 

            Julia realizava sua segunda exposição nessa galeria. Este trabalho estava sendo aguardado com ansiedade pelos admiradores do seu talento, tão bem reconhecido no exterior.

 

            O vernissage foi muito bem articulado para o sucesso tradicional dos eventos organizados pela galeria por Liza, assim, a Galaxy’s recebeu naquela noite um seleto grupo de convidados: imprensa especializada, críticos de arte, admiradores e compradores de artes plásticas, e obviamente os amigos mais próximos da artista, entre eles sua ex-namorada Diana.

 

- Julia você superou minhas expectativas, seu trabalho está fantástico! A Liza me disse que grande parte já está reservada por compradores, parabéns!

 

- Obrigada Diana, me entristece que no meu país não valorizem tanto minhas esculturas.

 

- Você está conquistando seu espaço, hoje você já é conhecida lá, tenho certeza que logo você terá o sucesso reconhecido lá também.

 

            Julia sorriu e olhando em volta perguntou:

 

- E então, já conversou com a Rosana?

 

- Não, não tive coragem. Ela também não me procurou, sinal que não quer conversar.

 

- Não se viram desde então?

 

- Não, e espero que isso não aconteça tão cedo.

 

- Notícia ruim pra você minha querida, porque elas estão vindo para cá agora.

 

            Diana não teve tempo de se refazer do susto do aviso de Julia, Daniela e Rosana se aproximaram cumprimentando a escultora pela exposição, ao mesmo tempo em que saudaram a fotógrafa ainda pálida.

 

- Olá Diana.

 

            Rosana foi discreta no cumprimento, recebendo resposta à altura.

 

- Como vai Rosana?

 

- Bem e você?

 

- Estou bem também.

 

            Os olhares desencontrados deixaram evidente o desconforto entre as amigas, para a sorte das duas, Daniela nada percebeu.

 

- Vocês duas, façam-me o favor de não excederem no vinho, me poupem de outro episódio lamentável como o da sexta passada.

 

            Rosana e Diana sorriram sem graça, e assim permaneceram pelo resto da noite. A fotógrafa tratou de ficar afastada ao máximo da cantora, mas, a presença de sua tradicional turma de amigos não deixou seu intuito se concretizar. Gerard, o mais sensível do grupo, percebeu a intenção de Diana e foi discreto cochichando enquanto admiravam uma das esculturas:

 

 

- Você pode me falar agora o que está acontecendo entre você e sua amiga brasileira de infância?

 

- Han? - Diana fingiu não entender.

 

- Diana eu te conheço, você é uma das pessoas mais transparentes que conheço. Não precisa ser um gênio para perceber o mal estar entre você e a nova estrela da música segundo os olhos da Dani.

 

- Você está ficando maluco Gerard. Não há nenhum mal estar. Só estou tentando consertar a garfe que cometi na sexta, estraguei o encontro das duas.

 

- Sei...

 

- Gerard não faz essa cara de biba psicanalista!

 

- Só quando você parar de fazer cara de sapa dissimulada!

 

            Os dois seguraram a gargalhada com um olhar cúmplice.

 

- Não tem nada acontecendo, nada com que se preocupar meu amigo. Mas... Preciso de você pra me manter longe delas sem ficar tão óbvia minha fuga.

 

- Tudo bem, por hoje você tem meu apoio, mas, seja o que for que você esteja tentando encobrir, precisará de mais empenho nessa tarefa. A Dani só não notou porque está encantada demais pela Miss Flower, cuidado.

 

            O conselho de Gerard deixou Diana ainda mais apreensiva. Era hora de fazer uma retirada estratégica, decidiu não demorar mais tempo ali, logo após o discurso de Julia, iria embora discretamente. A fim de se refazer da tensão que sofria em meio aos amigos que insistiam em permanecer juntos na mesma roda, Diana se refugiou no banheiro, encarando o espelho como se buscasse uma solução politica e moralmente correta para aquela saia justa.

 

- Acho que não podemos fugir a vida toda uma da outra não é?

 

            Rosana surpreendeu a loirinha, entrando no banheiro. Diana permaneceu diante do espelho, mas, dessa vez encarava Rosana através dele. A apreensão deu espaço a um misto de nervosismo e atração, despertado pelas memórias tão vivas do último encontro das duas. Objetivando escapar do embate daquela confusão sentimental e de desejos, Diana usou sua irreverência para se esquivar:

 

- Consegui por seis anos, acho que consigo despistar você de novo.

 

            Rosana acenou em acordo.

 

- Você é boa mesmo em fugir. – Rosana disse se aproximando.

 

- Você também tem talento pra isso doutora, afinal o fez isso muito bem quando a ressaca moral te abateu não é?

 

            Diana disse desviando o olhar, lavando as mãos.

 

- Acha mesmo que pode me julgar ou me cobrar alguma atitude?

 

            Rosana encostou-se à pia vizinha a fotógrafa, cruzando os braços.

 

 

- Não estou fazendo isso Rosana, só estou tentando dizer que estamos agindo em acordo, um acordo não decretado, mas, implicitamente firmado.

 

- Um acordo sobre esquecer o que aconteceu naquela noite?

 

- Sobre atribuir o que aconteceu ao excesso de margaritas, e não deixar que isso interfira na nossa amizade.

 

            Diana baixou os olhos, mas Rosana não se conformou. Buscou os olhos verdes da loirinha e manteve os seus fixos naquelas esmeraldas e perguntou:

 

- Excesso de margaritas? Tem certeza que isso resume o que aconteceu?

 

- Sim. Foi um equívoco. Tenho certeza que ainda vamos dar risada disso um dia. Mas, por enquanto, vamos nos esquecer, tem mais gente envolvida que não entenderia dessa forma.

 

            Diana fez menção de se afastar, mas, Rosana segurou sua mão, despertando a onda de reações do corpo, próprias de uma situação de estresse para fuga ou luta: mãos suadas e frias, coração disparado e o arrepio da pele tomou conta do corpo das duas.

 

- Rosana... Não faz isso.

 

- Não estou fazendo nada Diana... Só quero deixar tudo esclarecido entre nós.

 

- Não está claro o suficiente? Foi um erro Rosana, a gente não pode deixar que isso mude nossa relação.

 

- Diana, já mudou. Mudou tudo. Nosso corpo tem memórias. Não há como negar. As memórias estão aqui, fervilhando nosso sangue, acendendo nosso desejo, me empurrando pra perto de você...

 

- Rosana... Para com isso...

 

            A fala entrecortada de Diana e a respiração acelerada atestaram a veracidade das afirmações de Rosana.

 

- Não posso Di. Não consigo.

 

- Você acha que está sendo fácil? Mas, não podemos! A Dani nunca me perdoaria, além do mais... Não quero estragar nossa amizade... Não quero que as coisas mudem.

 

- As coisas já mudaram você pode sentir isso?

 

            Rosana conduziu a mão de Diana pelos seus braços, pelo tato a loirinha pode perceber os poros eriçados. Alcançou o rosto ruborizado da loirinha sentindo o calor que emanava dele. Diana não refutou mais, fechou os olhos e deixou seu corpo e as memórias dele ditar os movimentos seguintes.

 

            Como atraídas por um imã invisível deixaram os corpos se colarem. E com as bocas quase fundidas, respiraram o hálito uma da outra, travando inutilmente a última luta entre sensatez e desejo. Diana foi a primeira a entregar os pontos: segurou a nuca de Rosana, enlaçou seus dedos nos cabelos da cantora e a empurrou contra a porta, invadiu a boca de Rosana com sua língua sedenta e sorveu a saliva quente, mordiscou os lábios ardentes da psicóloga, emendando um beijo cálido, dessa vez, absolutamente consciente, tornando-o ainda mais irresistível.

 

            O beijo fez explodir o turbilhão de sensações vividas no apartamento de Diana no ultimo encontro das duas, tornando previsível o que aconteceria se a atração prevalecesse mais uma vez sobre a razão. A previsibilidade do instante freou Diana.

 

- Não Rosana, nós não podemos. Chega.

 

            A loirinha afastou Rosana com dificuldade. A psicóloga segurou as madeixas caídas sobre seu rosto vermelho marcado pela intensidade daquele momento, tentando se refazer.

 

- Eu acho que você tem razão. Não podemos.

 

            Rosana buscava se recompor, recobrando a razão.

 

- Rosana, eu não posso negar que o que aconteceu mexeu muito comigo, você também tem razão quando fala que tudo mudou, mas, eu não posso fazer isso com a Dani...

 

- Diana... Não tenho a menor condição de prosseguir com algum relacionamento com a Dani. Depois do que houve entre mim e você, não consigo pensar em mais nada, estaria sendo desonesta com a Dani, enganando-a. Mas, não quero que ela me julgue uma aproveitadora, que a usou para conseguir uma oportunidade no Light Rock, depois da sexta, nossa banda foi contratada para fazer uma temporada lá, temo que a Dani interprete mal se eu terminar tudo agora.

 

            Diana jogou a cabeça contra a porta, confirmando mentalmente as consequências daquela atração irresistível descoberta.

 

- Eu vou me afastar de vocês. Quem sabe vocês tenham chance de se entender. Não quero se a culpada de minar a relação de vocês duas.

 

- Diana não há relação, só saímos algumas vezes...

 

- A Dani está envolvida... Se for passageiro eu não sei, mas é suficiente para eu não querer ficar no meio disso.

 

- Então é por causa dela?  - Rosana encarou Diana indagando.

 

- Também por ela. Não quero também estragar nossa amizade, eu acabo magoando todo mundo que gosto quando o relacionamento deixa o campo da amizade...

 

- Então... Vamos deixar as coisas assim, como se nada tivesse acontecido.

 

- Sim... E acho que ficaremos mais seis anos sem nos encontrarmos.

 

            Rosana sorriu discretamente disfarçando sua tristeza. O acordo que antes fora firmado pela inexistência da verbalização deste, agora estava decretado. No entanto, isso não resolveu o caos interior instalado em ambas, uma coisa era certa: estava tudo diferente, tão diferente a ponto de não tolerarem a repercussão daquela mudança.

 

***********

 

            A morosidade da justiça incomodava profundamente Natalia e sua assessora. Carla compartilhava da ansiedade da chefe em ter a resposta à denúncia oferecida contra Acrisio Toledo. Mas, enfim, à custa de uma marcação implacável de Carla, que pessoalmente cobrou o parecer do juiz 6ª vara criminal, no final da semana, Natalia obteve mais uma vez a resposta negativa do juiz que não recebeu a denúncia da promotora, ordenando mais uma vez o arquivamento do inquérito.

 

-- Não é possível! Essa decisão rejeitar a denúncia por falta de justa causa para exercício de ação penal é absurdo! Do que mais ele precisava para justificar essa ação?

 

            Carla bradou sua indignação no gabinete de Natalia que ainda decepcionada não escondia que no fundo já esperava por isso.

 

- Esse maldito deve ter comprado a maioria dos juízes do estado, só isso justifica essa resistência toda. O grande problema é que os testemunhos são mesmo fracos. Tudo gira em torno de suspeitas. A polícia ainda não conseguiu entrar nas terras de Acrisio para vasculhar de verdade, por que igualmente não conseguem uma autorização judicial, Acrisio declara que nunca escondeu nada, que sempre autorizou as fiscalizações do Ministério do Trabalho, e que seus empregados tem ordem para permitir que a polícia investigue as denúncias, mas, o inquérito revela que as diligências eram limitadas. Nenhum mandato de busca e apreensão foi expedido!

 

- Tem que haver um jeito Natalia! Uma hora um empregado desses consegue fugir, ou alguma prova consistente cairá na nossa mão.

 

- Até lá, eu vou tratar de importunar todos os juízes de São Paulo, e acho que está na hora de deixar escapar algo pra mídia...

 

- Do que você está falando chefinha?

 

- Não percebeu que ninguém fala dessas investigações contra ele? Você sabia disso antes de trabalhar aqui?

 

- Claro que não! Eu sabia que ele era um escroque, desde aquela história que ele se meteu no seu relacionamento com Diana, eu tive certeza que ele era capaz de tudo...

 

            Carla calou-se ao notar a mudança na expressão de Natalia, como se estivesse remexendo em uma ferida sangrenta.

 

- Desculpa Natalia eu não devia ter falado sobre isso...

 

- Tudo bem Carla, mas vamos nos deter nos fatos de agora, por favor.

 

- Claro. Continue falando sobre isso aí da mídia...

 

- Bom, Acrisio Toledo, apesar de não estar ocupando um cargo público, ainda é uma pessoa pública. Precisamos usar isso contra ele. De repente, isso pode ter algum efeito nessa sucessiva recusa dos juízes.

 

- Nat, mas, você não pode convocar a imprensa para denunciar isso.

 

- Não posso oficialmente... Mas, acho que podemos encontrar um jeito de fazer isso vazar...

 

- Natalia! Justo você tão certinha! Isso não está certo eticamente, ou está?

 

- Ai ai... Moral, ética... Isso me lembra Dorothea! Carla, você não percebe o perigo? Ele ganhou na convenção e vai disputar o cargo de governador de Mato Grosso do Sul de novo, já que não ganhou da última vez. Se esse homem conseguir se eleger, aí sim, nunca mais conseguiremos processá-lo, nem tampouco condená-lo. Ficará impossível pegá-lo.

 

- A campanha eleitoral já começou! Precisamos nos apressar.

 

- Então, por um bem maior, não acha que podemos dar um jeito nisso?

 

- Claro que podemos chefinha, e acho que sei quem pode nos ajudar.

 

 

 

            Natalia conseguiu na antiga amiga, uma aliada importante na missão que abraçara na justiça. Carla tinha conceitos morais parecidos, e isso ajudou muito na parceria das duas no ministério público.

 

            A semana chegara ao fim com a frustrante decisão do juiz da 6ª vara acerca da sua primeira denúncia. Tal notícia até fez a promotora esquecer-se do compromisso marcado no início da semana com Eduarda, assim, não se lembrou de retornar a ligação desta para confirmar o encontro.

 

            Perto do seu prédio, retornando para casa na sexta-feira, para coroar seu dia imperfeito, Natalia se irritou ao perceber seu carro morrer naquele trânsito tumultuado.

 

- Era só o que me faltava!

 

            A promotora murmurou furiosa, encostando seu automóvel. Mesmo sem entender absolutamente nada de mecânica, ela fez o que a maioria faz: abriu o capô para olhar o motor.

 

- Ok, gênio da mecânica, o que você vai fazer além de colocar água no radiador e apertar os cabos da bateria?

 

            Natalia falou sozinha acerca dos dois únicos procedimentos que ela era capaz de realizar no motor do carro. Enquanto procurava no seu celular o número de uma oficina mecânica, passou sua mão pelo rosto enxugando o suor e ouviu uma risada. Irritada perguntou:

 

- Posso saber qual a graça?

 

            A promotora virou-se em direção ao som da risada ao indagar rispidamente, quando se surpreendeu com Eduarda encostada em uma moto com um sorriso arrebatador no rosto.

 

- Eduarda?!

 

            Sem graça pelo tom grosseiro que usara, Natalia ruborizou.

 

- A graça é você que está ainda mais linda com essa carinha suja de graxa.

 

            Mesmo tímida Natalia não pode deixar de sorrir com o elogio. E ali, olhando para Eduarda perto daquela motocicleta, não pode deixar de associá-la mais uma vez às suas memórias de Diana.

 

            Eduarda se aproximou e delicadamente tentou limpar o rosto sujo de Natalia, mas ao invés disso, só espalhou mais a graxa.

 

- Ops... Acho que piorei tudo. – Eduarda comentou.

 

            As duas sorriram, desfazendo de vez o clima estressante imposto pela situação.

 

- O que você faz aqui? – Natalia perguntou.

 

- Bom, minha intenção era te pegar em casa para nosso jantar, mas... Vi uma linda mulher tentando dar uma de mecânica em no meio do trânsito caótico de São Paulo, não resisti e parei pra ver.

 

            Natalia ficou tímida mais uma vez, mas disfarçou.

 

- Ah, você costuma fazer isso? Só para pra ver? Não ajuda?

 

- Você está precisando de ajuda? Nem parecia!

 

            Eduarda brincou.

 

- Ah muito engraçadinha você. Claro que estou precisando!

 

- Deixe-me ver, como posso ajudar.

 

            Eduarda olhou para o motor atentamente, e disse:

 

- É o que pensei mesmo. Já sei o que fazer.

 

- Nossa! Jura que você entende tanto assim?

 

- Entendo.

 

- E então?

 

            Natalia perguntou curiosa. Eduarda sacou o celular do bolso, discou e logo falou:

 

- Ah oi, é do teleguicho?

 

            Natalia revirou os olhos depois de sorrir.

 

- Ah então é assim que você ajuda?

 

- Ué isso não ajuda?

 

- Você disse que já sabia o que era, e que sabia o que fazer. Pensei que você entendesse!

 

- Eu entendo que: não faço a menor ideia do que tem o seu motor velhinho, e sei muito bem o que fazer: chamar um guincho para levar seu carro para uma oficina ué!

 

            Natalia sorriu, não disfarçando o encantamento por Eduarda. Depois de levar a promotora até a oficina seguindo o guincho, Eduarda disse:

 

- Pronto, agora a senhorita pode vir jantar comigo.

 

- Jantar?

 

- Não era esse nosso compromisso pra hoje?

 

            Natalia bateu com a mão na testa.

 

- Com o dia que tive hoje, esqueci-me completamente desculpe-me Eduarda.

 

- Só vou te desculpar se você me prometer que não vai mais passar sua mão suja de graxa no seu rosto de novo! No começo estava fofo, mas agora está mais pra caminhoneira e não sou fã do estilo, sinto muito.

 

            Natalia gargalhou.

 

- Vamos?

 

- Ah você quer levar a caminhoneira suja para jantar em algum posto de gasolina na estrada?

 

- Não. Quero levar uma promotora linda para lavar esse rosto e depois jantar em minha casa.

 

            Com o rosto corado, Natalia disse:

 

- Acho um convite irresistível.

 

            Assim, Natalia mais uma vez se dividiu entre as lembranças de Diana que Eduarda despertava por suas semelhanças com a primeira namorada, montou na garupa da motocicleta, totalmente envolvida pela presença inebriante de Eduarda.

 

            Chegaram ao prédio de luxo na zona sul da cidade. Um espaço tão estiloso quanto à dona, outra semelhança com Diana, no entanto, com mais ostentação. O duplex abrigava moveis modernos, e uma vista maravilhosa das luzes da noite paulistana, numa vista panorâmica pela vidraça da sala.

 

            Natalia refez sua maquiagem rapidamente depois de retirar a graxa do rosto e surgiu na sala, onde Eduarda lhe aguardava com uma taça de vinho.

 

- Eu não sabia que o convite era para jantar aqui em sua casa.

 

- Eu te disse que sou direta, objetiva no que quero. Como cozinhar é um dos meus talentos, vou usar isso pra te conquistar.

 

            Natalia apertou os olhos, observando Eduarda sorver um gole de vinho.

 

- Não sei se consigo acreditar em você. – Natalia respondeu.

 

- Por quê? Não acredita que quero te conquistar?

 

- Não é sobre isso. Não acredito que você saiba cozinhar tão bem.

 

            Eduarda franziu a testa e se aproximou de Natalia.

 

- Quando você provar o jantar que preparei, será tarde demais para fugir de mim, você vai ficar caidinha por mim.

 

            Natalia sorriu e respondeu:

 

- Então ainda tenho alguns minutos antes de ser laçada por sua conquista?

 

- Fuja enquanto pode...

 

            Eduarda roçou os lábios no canto da boca de Natalia atiçando a promotora.

 

- Está com fome? – Eduarda sussurrou.

 

- Ahan... Morrendo de fome.

 

            Natalia insinuou duplo sentido na resposta, mordendo os lábios olhando para a boca de Eduarda.

 

- Vou pedir para servir o jantar então.

 

            Para a insatisfação de Natalia, Eduarda se afastou bruscamente com um sorriso malicioso uma vez que viu na reação da promotora seu desejo. Minutos depois, a loira surgiu na sala:

 

- Vamos? O jantar está na mesa, se incomoda de jantarmos ali no deck?

 

- Claro que não, nem está tão frio hoje.

 

            A vista da noite paulistana trouxe um ar ainda mais romântico a mesa posta com toda delicadeza por Eduarda.

 

- Você tem alergia a alguma comida? Camarão por exemplo?

 

- Não.

 

- Ótimo, preparei para a entrada uma saladinha de camarão ao vinagrete. E salmão defumado com risoto de pera, o que acha?

 

            Natalia olhou impressionada para o visual do prato.

 

- Uau! Estou mesmo perdida não é?

 

- Eu te avisei...

 

            Eduarda provou que não mentira sobre seus dotes culinários, impressionando Natalia.

 

- Foi mesmo você que preparou o jantar?

 

- Claro que sim. Na próxima vez, chamo você para me assistir preparar.

 

            Natalia abriu um sorriso largo.

 

- O que foi? O convite te pareceu tão bom assim?

 

- O que me pareceu muito bom foi o começo da sentença: “na próxima vez”.

 

            Eduarda sorriu quase que timidamente para a satisfação de Natalia que a olhou visivelmente encantada.

 

- Não me olhe assim Natalia, por que aí eu estarei perdida também...

 

            Eduarda se aproximou de Natalia e delicadamente com o fino guardanapo, limpou o canto da boca da promotora, sujo com o chocolate da sobremesa.

 

- Parece que meu rosto sujo está atraindo suas mãos hoje não é? – Natalia brincou.

 

- Não é só seu rosto que atrai minhas mãos Natalia.

 

            Sem mais demoras, Eduarda demonstrou o teor da veracidade de sua afirmação envolvendo Natalia pela cintura com suas duas mãos, sufocando lhe com um beijo urgente, anunciando o que a noite ainda reservava: a nascente paixão óbvia na entrega de seus corpos ansiosos por se darem inteiros mais uma vez.

           

Fim do capítulo


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Comentários para 5 - 2.5. Ex positis:
Lea
Lea

Em: 30/12/2021

Será que a Natalia está encantada com a Eduarda ou com a semelhança que ela tem com a Diana??? Tomara que ela pare de ver essa semelhança e embarque sem olhar para trás!

Quanto a Diana...vai deixar outra pessoa importante passar pela sua vida e não fazer nada!!!!

*Mel você de doce só tem o nome! Porquê bagunçar assim as vidas de suas personagens??*

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/11/2021

É Nat está encantada por Eduarda.

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