A Seguranca II por Lena
Capitulo 23
Eu acordei quebrada, completamente quebrada. Cheguei a olhar para meu corpo para ver se estava tudo no lugar, mas a cada movimento que fazia meu corpo todo doía.
Mesmo cansada eu precisava ir para o trabalho. Ser adulto é isso. Trabalhar, trabalhar e no final continuar liso e trabalhando.
Me levanto ainda com o corpo dolorido e sigo para minha rotina matinal, porem sem as crianças pois entraram de férias.
Todos na residência dormiam incluindo os adultos, mas apesar de ser uma das donas eu precisava ir resolver algumas pendências antes de voltar para casa.
Já dentro do meu carro, o caminho foi tranquilo, mas ao passar por uma rua mais deserta paro meu carro bruscamente ao ser cercada por dois veículos pretos. E como a rua era estreita não tinha para onde correr. Porem meu desespero foi maior ao por a mão em baixo da coxa e não achar minha pistola.
Quatro homens encapuzados saem do carro à minha frente apontando suas armas, e mais dois descem do carro de trás mas sem se aproximar.
Sem reação ao ver a aproximação dos homens armados, colocando ambas as mãos na cabeça, saiu do carro olhando para todos os lados completamente aflita por não ver casas por perto.
- Você é Mirian ? - pergunta um dos homens colocando sua arma grudada em minha testa.
Continuei calada sem responde-lo. Mas também, com uma arma na cabeça eu iria falar que era eu? Pergunta idiota essa viu.
- Eu tô perguntado é porque quero que você responda! - se distanciando da morena o homem já impaciente atira em seu pé fazendo a morena, apesar de não cair, gem*r de dor.
- Vai continuar calada ?
O dor maldita é a dor de um tiro...
Minha pele queimava e meu pé latej*v*. O tiro em meu pé atravessou, mas não me curvei. Tentei ao máximo, apesar da dor, me acalmar, mas o homem colocou sua arma novamente em minha cabeça. E não deixei de encara-lo.
- É. Pela sua marra deve ser você mesmo.
O homem aparentava sorrir e rápido com o cabo da sua arma, ele acerta o rosto da morena que um pouco tonta acaba caindo no chão.
Ela não teve tempo de se levantar, pois foi cercada, e um dos homens pisou no seu pé machucado enquanto os outros lhe desferiam chutes no abdômen, rosto costelas.
A morena somente teve a ação de proteger sua cabeça. Mas a dor aguda passou por seu corpo ao sentir mais chutes em locais mais machucados e uma pisada forte no seu ferimento do pé.
A minha visão estava turva, mesmo tentando proteger minha cabeça recebi vários chutes no rosto deixando meus olhos inchados. Apesar de já ter passado por citações piores, eu tive medo de morrer... Somente minha familia jazia em meus pensamentos. Eu não poderia deixa-los.
Depois de apanhar por minutos que para mim pareciam horas, meu corpo inteiro doía. Eu não consegui me mexer e respirar se tornou uma tortura.
E me erguendo levemente, vejo mesmo com a visão turva, os três homens ofegantes enquanto o quarto mantinha-se firme com o meu pé machucado preso.
- Você é dura mulher. Mas foi só um aviso.
Esboço um sorriso fraco e manchado sangue sem saber se eu ainda tinha dentes na boca.
- V-vocês batem que nem p-puta. - ainda sorrindo vejo a raiva consumir o homem que chutou forte meu rosto me apagando por completo.
~*~
Meu coração estava apertado. Eu não vi a hora que a morena saiu de casa, apesar de ser normal, mas, desta vez estava diferente.
Fiquei por alguns minutos olhando pela sacada do quarto vendo o tempo mudar completamente deixando meu coração ainda mais aflito. E não me contendo liguei para a morena que não atendeu.
Saindo ainda nervosa, chegando a sala encontro minha sogra parada na porta de casa olhando perdida para a rua.
- A senhora também está sentindo ? - me aproximo da minha sogra que somente me confirma e volta para sua posição anterior.
Me aproximo da mais velha abraçando a mesma por trás que aceita o carinho descasando sua cabeça em meu ombro.
~*~
- Será que ela tá bem ? - pergunto o estranho que ao passar pela rua junto a sua esposa, se assustou ao ver um carro aberto e uma mulher muito machucada e desacordada caída na rua.
- Que pergunta idiota Luiz. Claro que ela não tá bem. Liga para a emergência. - diz a mulher ao repreender seu marido que atendeu ao seu pedido.
A mulher se aproxima da desconhecida desmaiada sentindo sua pulsação, apesar de fraca, respirou com alivio ao ver que a mulher estava viva. Porém quando ia se distanciar para encontrar seu marido, ela escuta um vibrar fraco próximo a mulher.
Ao se aproximar e procurar com cuidado, a mulher encontra o celular que vibrava alertando uma ligação. Na tela estava a foto de uma mulher ruiva, mas como a tela estava danificada a mulher teve dificuldade ao atender. Então, ainda com o aparelho nas mãos, uma nova ligação se faz presente, e apesar da dificuldade a mulher consegue atender.
- Mirian ? - respiro aliviada pela morena ter atendida tirando por alguns segundos a aflição do meu corpo.
- Oi moça.
Não era a voz de Mirian... Meu coração bateu rápido, e por minha respiração ficar rápida minha sogra que estava ao meu lado se aproxima já aflita.
- Onde esta a Mirian? Quem é você ?
Um som de sirene toma o telefone me fazendo se levantar rápido e completamente assustada.
- Eu sou Luciana. Encontrei o carro aberto na rua e uma moça um pouco machucada e desacordada. Mas a ambulância já chegou. Vou te passar o endereço.
Olhando para minha sogra que não se desgrudava de mim, meus olhos marejam e como não consegui responder, a mulher mais velha pega rápido o celular e eu não consegui mais ouvir a sua voz e nem nada ao redor.
Fiquei por alguns minutos perdida em meus pensamentos, a imagem da minha sogra surgi à frente mas eu não conseguia ouvir sua voz. E ao chacoalhar meu corpo, acordo do transe olhando fixo para minha sogra.
- Está me escutando agora ? - dona Renata olha para sua nora que confirma com a cabeça.
- A Mirian esta machucada. Você precisa ficar calma, as crianças não podem perceber.
Eu não conseguia responder, somente confirmava com a cabeça, e no automático segui para o quarto acordado João que ainda dormia junto a Matheus. Com um breve relato informo ao meninos, que apesar de assustados seguiram para encontrar minha sogra.
Ligando para a babá, a mesma se prontificou a comparecer o mais rápido possível. E com um pouco mais de lucidez segui para sala encontrando todos juntos incluído Diana que parecia aflita.
- Matheus e Diana vão busca o carro de Mirian. Eu e João iremos ao hospital. Beatriz aguarde a Babá chegar, quando Diana e Matheus voltarem com o carro eles irão com você até o hospital. - dona Renata tentando se manter calma, deu a ordem aos presentes na sala que não relutaram.
Todos logo saem correndo para cumprir suas tarefas, e somente Beatriz fica na sala escutando o silêncio e deixa as lagrimas caírem em seu rosto assim como o soluço. Depois de minutos a mulher respira forte e segue para acompanhar os filhos que logo acordariam.
~*~
Chegando ao hospital dona Renata encontra sua filha ainda no corredor. E junto com João, a mulher se aproxima da filha, e seus olhos se fecham ao ver o estado que a sua menina se encontrava.
João suspira forte ao ver sua amiga completamente machucada e logo agarra a sua tia que deixou o choro preso ser libertado demostrando a dor que era ver sua filha naquela situação.
- Ela vai fica bem. Ela sempre fica... - diz João ainda abraçado a sua tia sentindo a mulher mais velha chorar.
Ambos são retirados do momento ao verem a mulher ser levada rápido para uma sala no final do corredor. Mesmo tentando acompanhar, eles foram barrados ficando ali ainda abraçados, nervosos e preocupados com a morena.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 08/11/2021
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