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Escrito na Gazeta por caribu

Ver comentários: 3

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Palavras: 2986
Acessos: 1454   |  Postado em: 24/09/2021

Capítulo 8 – O porre

No restante daquele dia, os pensamentos de Lia se focaram, basicamente, em dois pontos – ambos envolvendo Isa. O primeiro era que ela não tinha envergado, como esperado e como tinha ocorrido com os demais colegas, acatando às ordens de Sérgio. O segundo era que Isa era mesmo uma mulher muito corajosa! Lia nunca tinha se demitido de algum emprego na vida, achou tudo meio de novela. Nas histórias que criava, quando ela saía do jornal era porque desaparecia, e agora ponderava que fazer aquela cena era muito melhor! “Eu me demito!”, ela repetia baixinho, sempre rindo depois.

                Só que Lia estava jururu, apesar de ter no rosto um ar cômico. Ficou triste porque Isa não estaria mais ali, sentando ao seu lado, a chamando para tomar café e comer bolo. Ficou chateada quando encontrou uma tortinha holandesa na geladeira, com o seu nome escrito com a letra dela. Voltaria aos seus dias normais e chatos de uma rotina que só não era pior porque cada semana tinha um abacaxi diferente para ela descascar. Não dá para cair no marasmo quando se vive o tempo todo com a corda no pescoço!

                Sentou no canto e comeu, mesmo sem fome. Não tinha feito metade do trabalho. Impossível; estava sem foco.

 

- Se eu fosse você, voltava já para a redação – Luís aparece na cozinha, e se serve de café – A bruxa está lá dizendo que não pode pegar Política, porque Cidades ocupa muito o tempo dela – ele vira os olhos, antes de beber um gole – Falou que a seção policial pesa. Até parece!

- Até parece – Lia responde, ao mesmo tempo – Ela só edita os boletins de ocorrência, e que nem o cu. Depois eu fico lá, reescrevendo tudo.

- Pois é – Luís responde, rindo com o que ela dizia. Achou que Lia estava mais ácida ultimamente – Babado tudo isso, né, da Isa.

- É... – Lia responde, com uma careta, e não diz mais nada.

- Bom, vou indo nessa – ele se despede, jogando o copo descartável no lixo abarrotado – Amanhã a gente se preocupa com essas coisas. Tchau, Lia! Bom descanso!

- Tchau, Luís – ela responde, mas bem depois que ele já tinha saído.

 

                Quando voltou para a redação já estava tudo vazio, os computadores desligados, assim como as luzes da recepção, que deixavam a entrada do jornal numa leve penumbra, típica do entardecer. Lia juntou suas coisas e deu uma olhada breve para onde Isa deveria estar sentada, apagando a luz com um suspiro que pareceu um gemido.

                Pensou em algo para dizer para Caio, quando o viu parado na calçada, mas desistiu ao reconhecer a silhueta de Isa ali fora. Foi impossível não sorrir, porque torceu para vê-la, e Lia já parecia nem se lembrar mais daquela história da balada, oito anos atrás. O que importava, afinal?

 

- Que surpresa boa – Lia diz, assim que fecha a porta atrás de si.

- Finalmente! – Isa fala, ao mesmo tempo.

 

                Se cumprimentaram com um beijinho no rosto e um abraço que pareceu durar mais tempo. Lia gostava daqueles abraços! Sentia que trocavam uma energia boa, com o gesto.

 

- Você está à pé?

- Sim, vim te acompanhar na sua volta para casa – Isa enrosca seu braço no de Lia, assim que começam a andar no sentido contrário aos carros na rua.

- Que gentil, você!

- Eu sou! Tudo bem?, se te acompanhar no caminho?

- Claro, é um prazer! Estava muito entediada na casa dos seus pais?

- Muito, nossa, você nem faz ideia! – ela sorri, e leva o vaporizador aos lábios – E aí, sentiu saudades de mim?

 

                A pergunta faz Lia rir. Isa às vezes falava coisas totalmente inesperadas, que sempre a surpreendiam. Tinha pedido as contas no trabalho, mas seu primeiro comentário era aquele. Era mesmo com aquilo que ela mais se preocupava no momento?

                Reparou que pela primeira vez ela não estava de salto – nem mesmo de roupa social. Tinha uma mochila preta nas costas, usava uma bermuda comprida, abaixo dos joelhos, uma camisa listrada e chinelo. Lia viu uma tatuagem perto do tornozelo dela, mas não conseguiu identificar o que era.

 

- Não? Bom, eu senti saudades – Isa continua, depois que Lia não respondeu – Trouxe um vinho para a gente, se não tiver planos para mais tarde. Jornalísticos – ela complementa, rindo porque sabia que o programa de Lia envolvia ver o jornal da noite. De todos os canais.

- Você bebe vinho todos os dias?

- Cada um enfrenta a vida com as ferramentas que encontra. Prefiro vinho a me encher de remédios, como faz minha mãe – ela comenta, pela primeira vez dando algum detalhe sobre sua família. Mexeu no cabelo, jogando a franja para a esquerda – E não bebo todo dia.

- Tudo bem, claro, desculpe, não estou te julgando – Lia responde, e parecia falar a verdade.

- Sem problemas, não achei que estivesse.

- Isa, eu preciso ser sincera com você sobre uma coisa.

- Vá em frente. Manda! – Isa pede, os olhos sorrindo um pouco quando atravessaram a esquina, uma das poucas com semáforo na cidade, ainda com os braços dados.

- Não gosto dos seus vinhos.

 

                A revelação faz Isa rir alto, até parando um pouco de andar, só para rir mais. O cabelo caiu na frente do rosto e balançou enquanto durou o riso. Lia riu também, mas da risada dela.

 

- Ótimo senso de humor, eu digo sempre. Pode jogar a real comigo, Lia. Me fala as coisas, somos amigas, já. Se não gosta de algo, fala. Tem algum problema comigo? Fala também!

 

                Ela soltou o braço de Lia por um instante, mas o segurou com a outra mão, os dedos a prendendo perto da parte interna do cotovelo. Com o braço desocupado fez carinho na parte de trás da cabeça de Lia, um movimento leve (quiçá até despretensioso), só com a ponta dos dedos, que a fez se arrepiar, o corpo se encolhendo um pouco de maneira involuntária. Isa riu, e continuou com o gesto, subindo e descendo os dedos pela nuca de Lia.

 

- Não é tudo o que eu consigo falar – Lia retruca, empurrando para cima os óculos pretos.

- OK, as coisas mais pertinentes, então. Sem mentiras!

- Tá, sem mentiras – Lia concorda, mas ciente de que não falaria tudo mesmo assim. Tinha coisa que parecia boba quando dita em voz alta e bastava ela se julgando pelo que ouvia; não precisava envolver Isa naquilo.

 

                Quando chegaram na frente do prédio em que morava, Lia viu o carro de Isa estacionado do outro lado da rua, e gostou da sagacidade da mulher. Além de muito corajosa e destemida, Isa era sem dúvida bastante inteligente e perspicaz.

                No elevador, assim que a porta fechou e Lia se esticou para apertar o número 9 no painel, sentiu o hálito de Isa bem em cima, o cheiro forte do perfume dela a extasiando por um instante, e automaticamente Lia pensou que aquela noite poderia ser uma espécie de continuação de sexta-feira. Quem sabe numa versão melhorzinha, com final feliz. Dependia dela, sabia.

                Se afastou um passo mesmo assim, porque no fundo sempre ficava pensando se estava fazendo a leitura certa, se Isa também estava a fim de algo. Lia era insegura com muitas coisas.

O movimento fez Isa sorrir, e Lia sentiu o rosto ficar vermelho. Por sorte logo chegaram ao seu andar, e ela saiu rápido daquele espaço que as fazia ficar tão perto, e derrubou sem querer a chave de casa no meio do corredor. Lia ainda nem tinha bebido nada e já se sentia embriagada, inebriada com o cheiro de Isa.

                Quando abriu a porta de casa, levou alguns segundos escaneando o ambiente, parecendo um pouco em choque com a cena de guerra que encontrava. Isa viu os gatos correrem da sala, assim que as duas entraram.

 

- Oh, não! Não, não! Senhor Seco! – ela recolhia do chão uma planta destroçada, suja com a terra que enxovalhava toda a sala. Tirou os tênis com os próprios pés, as meias já se enchendo rapidamente de pontinhos pretos – Mau, Pamonha! Mau, muito mau, Curau! Estou triste com vocês! – Lia reclama, os gatos sentados na passagem para o corredor, um deles se lambendo – Sinto muito, Senhor Seco, sinto mesmo. Resista, por favor – ela parecia prestes a chorar, levando a planta até a cozinha.

- Vou te ajudar – Isa diz, mas nem sabia como.

- Tudo bem, não precisa, senta, eu já vou lá – Lia responde, de costas para ela. Estava com a planta mergulhada debaixo da torneira da pia aberta, sua voz saindo abafada.

 

                Isa pega a vassoura na passagem, guardada ao lado da pá, perto da porta. Varreu toda a terra espalhada no chão da sala, despejando tudo no vaso derramado de lado, rendido pela gravidade e o empurrão de algum gatinho. Apoiou a garrafa de vinho na mesinha, como da outra vez, como num déjà-vu, e tirou o vaporizador do bolso.

                Quando Lia voltou para a sala, os olhos um pouco vermelhos, ficou grata e surpresa por encontrar o chão limpo, o ambiente todo enfeitado com uma mulher bonita no sofá. Isa estava descalça, os pés apoiados na mesa e Mingau dormia no chão, perto dela.

 

- Como está o paciente, doutora? – brinca, se referindo à planta.

- Bem, eu acho. Vai ficar bem – Lia completa, olhando para Isa por cima do ombro ao sentar. Abriu a garrafa de vinho, serviu uma taça e entregou para ela. Na sequência, abriu uma lata de cerveja.

- Todas as suas plantas têm nome? – Isa quis saber, depois de um gole generoso.

- Algumas, sim – Lia sorri. Bebeu mais um pouco, antes de continuar – As que eu compro, não. Mas as plantas que ganho já vêm com nome. Meus amigos já chegam aqui sempre com uma alcunha na cabeça. Eu acato.

- Justo – Isa sorri para ela. Lia tinha relatos únicos. Era uma pessoa como nenhuma outra que ela tinha conhecido, no mundo.

- Ganhei o Senhor Seco no meu aniversário de 24 anos – Lia continua, pegando o celular do bolso – Ganhei de um amigo, o Tiago. Ele dizia que a planta tinha o cabelinho esquisito, como o meu. E o viado é que tinha cortado meu cabelo na época!

- O Tiaguinho! – Isa reconhece o rapaz na foto que Lia mostrava – Eu o conheço! Você acredita que nós fomos em vários lugares em comum, muitos no mesmo dia, e nunca nos esbarramos? Só descobrimos depois, quando finalmente nos conhecemos. Tiaguinho, figuraça! – Isa completa, algumas lembranças vindo à mente.

- Acredito – Lia responde, mas nem sabia o que pensar. Ou falar. Mas não estava inteiramente surpresa; Tiago era muito sociável, conhecia gente em cada canto que ia.

- Isso aqui foi ele que fez – Isa mostrava para ela uma marca no braço, pequenininha – Ele me queimou, na roda.

- Na roda? – Lia não tinha entendido, e vê Isa levantar o vaporizador – Ah! Na “roda” – repete – Vocês vaporizaram juntos?

- Não, no caso, a gente fumou junto. Foi como ele me queimou: com o baseado.

 

                Lia balança a cabeça, concordando, a garganta fazendo um ruído, como se dissesse “ah!”, mas não saiu exatamente um som. Pensava em muita coisa ao mesmo tempo. Quantas vezes reclamou com Tiago sobre aquela chance perdida na balada, que deu origem a várias encanações. Reclamava para o amigo de uma amiga dele. A menina que justamente provocou tudo aquilo, vários bloqueios. E que agora, tempos depois, Lia queria dar uns beijos!

 

- Quer compartilhar comigo? O que está pensando – Isa pergunta, vendo Lia fazendo cachinhos imaginários no cabelo curto. Ela parou o gesto ao ouvi-la, e sorriu brevemente.

- Tanta coisa...

- Fala só uma – Isa insiste.

- Nunca fumei maconha com o meu melhor amigo, e você já – Lia pega o vaporizador da mão de Isa – Como faz isso? Só puxar?

- Tem certeza? – Isa dá uma vacilada, apesar de estar sorrindo – É, só puxar. De leve, não precisa fazer força. Mas deixa só eu mudar a...

- Mudar o quê! – Lia se fazia de ofendida, sentindo no objeto o gosto da boca de Isa e erva – Fiz certo?

- Pareceu, sim – Isa estava divertida, e bebeu mais um golinho, vendo Lia vaporizar mais – Mas vai devagar, Lia, é a sua primeira vez e o vaporizador está ajustado numa temperatura alta, tende a gerar efeitos mais intensos.

- Mas você parece tão normal! – Lia justifica, a voz parecendo já um pouco mole.

- Eu sou maconheira quase a minha vida inteira – Isa revela, sem parecer orgulhosa do feito – Melhor que remédio, insisto, efeitos colaterais muito mais brandos. Acho que é até melhor que o vinho.

- Claro – Lia estava puxando forte, porque parecia que não vinha nada. Não sentia nada além de uma cosquinha na garganta, mas muito suave. Certeza que estava fazendo errado – Me fala da sua primeira vez – pede, vendo Isa fazer cara de safada – Sua primeira vez com a maconha – complementa, a fazendo rir.

- Ah – Isa responde – Foi numa virada de ano, na praia, eu estava com uma amiga. Éramos adolescentes, eu tinha uns 15 anos.

- E fumou por quê? – Lia mantinha o objeto na boca. Se sentia um pouco mais relaxada agora, no fundo da cabeça sua voz lhe garantia que Senhor Seco sobreviveria, apaziguando todos os sentimentos, em erupção quando chegou em casa.

- Por quê? – era a primeira vez que lhe perguntavam aquilo – Não sei, não foi nada muito planejado, na verdade. Encontramos amigos dessa minha amiga na areia, estava rolando, me pareceu uma boa.

- E foi?

- Já faz quase 20 anos desde então. Posso dizer que sim, foi bom, em longo prazo.

- Longuíssimo prazo – Lia ri, a voz ecoando esquisita em seus ouvidos, distante, parecendo que nem era ela quem estava falando – Nossa, que esquisito! Minha voz está... Minha voz... Isa, você está ouvindo assim também?

- Você está começando a ficar brisada. Me dá isso – Isa pede, pegando o vaporizador da mão dela. Colocou na boca antes de apoiá-lo na mesinha e pegar sua taça, já quase vazia.

- Não estou brisada, não. Relaxa. Maconha não funciona comigo, ou o seu vaporizador quebrou bem na minha vez de vaporizar – Lia diz, e começa a rir muito na sequência.

- Aham – Isa estava rindo também, mas menos – Dá para ver como estava quebrado, mesmo.

- Sim, uma pena – Lia finalmente tinha parado de rir, uma lágrima escorrendo de um dos olhos. Bebeu quase toda sua cerveja em vários goles. Ao terminar, fez um som de satisfação – Eu achava que era uma caneta, que você tinha mania de comer caneta! O tempo todo com a caneta na mão e eu falava “o que que é isso?”. O Alexandre comia caneta uma época, as tampas estavam sempre marcadas de dente – ela fala, emendando o assunto de maneira rápida – Era nojento, demais, e eu ficava muito triste quando ele comia as minhas tampas de caneta! – Lia lamenta, parecendo mesmo chateada – Enchia de baba, de bactéria. Mau, “seu Punheta”, mau! – ela diz, como se estivesse ralhando.  

 

                Isa ri, porque Lia estava muito engraçada, meio sem filtro. Já Lia riu porque estava muito brisada. Levantou e foi até a cozinha sem nem ver, só reparou que tinha saído do lugar quando se viu de volta, uma latinha de cerveja gelada e fechada na mão. E ela parada no meio da sala, se sentindo num truque de mágica, de ilusionismo.

                Sentou ao lado de Isa novamente, e encostou de leve nela.

 

- Você é muito cheirosa, nossa – Lia fala, ainda com o corpo meio torto, o nariz enfiado no pescoço dela – Muito cheirosa, Isa, sua pele, seu cabelo, essa sua mistura de cheiros é fantástica, sinto vontade de te cheirar inteira!

- Eu adoraria que me cheirasse, Lia – Isa tinha um ar divertido – Mas você teria que estar careta, né. Ou sóbria. Ou ambos. É o tipo de coisa que, quando acontecer, você vai ter que estar lá comigo.

- E vai acontecer, Isa? – Lia pergunta, baixinho, o rosto ainda afundado nos cabelos da mulher.

- Claro, por que não?

 

                Lia finalmente volta a sentar direito, um pouco relutante, mas tinha que olhar nos olhos de Isa. Precisava ver se falava sério, se havia alguma chance de ela estar sendo ludibriada com aquela conversa.

 

- Quando acontecer, eu tenho que estar lá com você – Lia repete, e Isa sorri.

 

Isa serve sua taça com mais um pouco de vinho. Ao afastar a garrafa, uma gotinha escorre pelo vidro, e ela limpa com o dedo e lambe, sem cerimônia. Quando leva o copo à boca, nota que Lia a observa, a língua ainda passando devagar pelos lábios – como se gostasse de vinho. Ou de Isa.

Se inclinou um pouco para a frente, puxando Isa com a mão pela nuca, os dedos enrolando no seu cabelo perfumado. Encostou suas bocas, primeiro só de leve, e depois lambeu a lateral, antes de se enroscar na língua de Isa.

Aquela foi sua última lembrança da noite. O beijo (gostoso, molhado e envolvente, a boca macia de Isa) e a música que tocava no momento do beijo: Jungle, de Tash Sultana.

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Música do capítulo:

Tash Sultana, Jungle (https://www.youtube.com/watch?v=Vn8phH0k5HI)


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Comentários para 9 - Capítulo 8 – O porre:
cris05
cris05

Em: 24/09/2021

Eita pleura! Lia ficou brisadona kkkkk!

Nem acredito que Lia teve coragem de falar que não gostava dos vinhos de Isa. E olha que ainda nem estava brisada. 

Tem outro capítulo hoje? E se chama "a ressaca"? Vixe! Tenho nem roupa pra isso! Rs

P.S Particularmente não gosto do número 13, mas já estou ansiosa, o que não é novidade rs, pelo capítulo 13.

Beijos!


Resposta do autor:

 

hahahaha

Amei ela loca rsrs

Falou do vinho pq queria se embebedar com a Isa, mas com goró que ela gosta rsrs Né boba não rsrs

Sim! "A ressaca" vem aí rs Provavelmente vc vai estar de pijama rs

Beijos, até breve!

 

P.S.: se te consola, originalmente era capítulo 12, mas eu criei um que não tava previsto rs

 

P.S.2: Chegou e-mail aqui e eu falei primeiro "eba". Depois "é a Cris" rsrs

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 24/09/2021

Já imagino a ressaca.

Espero que Isa dê uma sacaneada em Lia e diga: " você não lembra o que você fez comigo? Não lembra o que falou? kkkk deixar Lia com a dúvida estampada na cara kkkk

Já pensou as duas acordando agarradinhas na cama da Lia? Acho que Lia dá um pulo, sai correndo e ainda pede desculpas

Isa conhece Tiago. Lia já conhecia Isa. Esse mundo gay é pequeno.

Estou aqui jogada no sofá. Ainda não fiz almoço. Daqui a pouco a criança sai da escola, mas a preguiça está em mim kkkk daqui a pouco o despertador toca lembrando que preciso buscar a cria

Ah! Mas o vinho e os quitutes de logo mais já estão providenciados. Hoje é dia de jogar em família. Agora fazer almoço: tô com vontade não rsrsrs 

Ainda tem que limpar os restos da cã. Aff! kkkk

Mais um capítulo hj? Uhuuuuuu se o vinho não me derrubar antes da postagem, eu leio comento, faço o réplica/tréplica do comentário

Até

 

 


Resposta do autor:

 

hahahaha

Ah, mas será que dá para diferente?rs

A Isa parece ser o tipo de pessoa que provoca com esse esquecimento, e a Lia, o tipo de pessoa que fica o resto do dia na bad, por não lembrar, se sentindo culpada de todas as formas.

As histórias que a Liacontou vão sendo apontadas ao longo do resto da história rs Inclusive a principal delas, que é uma bomba rs Que porre, né rs

Isa conhece Tiago que conhece Lia que já conhecia Isa. Mundo pequeno mesmo (e isso fica comprovado no capítulo 13 rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs Ansiosa desde já pelas reações deste que foi o capítulo que mais me fez rir até aqui rs)

Faz uma semana que não faço almoço, nem lavo a louça rsrs Todo dia de manhã é aquela história: lavo o copinho e o suporte do coador, qdo ameaço lavar o resto caribu me chama, e eu acato às suas ordens porque sou forçada a isso (ela usa um chicote chamado "inspiração" rs)

O capítulo extra de mais tarde vai vir com uma cartinha minha no final rs Acabei de escrever

Beijos, bom vinho! Ótima sexta pra gente!

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 24/09/2021

Que figura Lia brisada kkkkk

Parece que Isa tem uma queda por Lia

Lia dizendo que não gostava do vinho de Isa foi fantástico, mas não falou mais nada. Deveria ter falado

O beijo (gostoso, molhado e envolvente, a boca macia de Isa). Ela gostou do beijo e vai gostar de cheirar Isa todinha kkkk

Capítulo gostosinho para um início de sexta. Quase metade já do dia

Abraços 


Resposta do autor:

 

Esse capítulo é um dos meus preferidos! <3

A Isa tem uma quedona pela Lia rsrs Mas a Lia tem autoestima baixa e um milhão de encanações, aí não vê essas coisas como deveria rs

Oq eu mais gosto dessa história é isso: ela se passa na perspectiva da Lia, e é tudo o que sabemos; não estamos na cabeça da Isa tb rs

Ela deveria mesmo ter falado. Talvez tenha. Vc viu que o beijo foi a última coisa que ela lembrou?rs Então rs

Spoiler: o próximo capítulo se chama "A ressaca" rsrsrsrsrs

E pq hj é sexta, e essa história está fluída, e vcs são uns amorzinhos, à noite posto a continuação!

=D

Ansiosa tb para ver Lia cheirando Isa! Ainda não aconteceu isso, onde estou na história rs

 

Grata pela companhia até aqui! Eu nunca tinha escrito um livro assim (12, às vezes 15h escrevendo quase sem parar): com feedbacks quase instantâneos.

Confesso que ontem antes de dormir fiquei pensando se isso é ousadia demais rs Pq a história literalmente está sendo escrita agora! Comecei a escrever sem saber o final (agora sei rs)

Tomara que no final vcs gostem! <3

 

Beijos, até mais tarde!

Responder

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