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Tela em cinza por shoegazer

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Palavras: 2198
Acessos: 697   |  Postado em: 05/09/2021

Notas iniciais:

Para quem gosta de capítulos com conteúdo adulto, este é um deles, então por conta disso, já deixo avisado de antemão.

Nessa noite, queime

Eu sentia sua língua tocar a minha com argúcia. Amanda respirava fundo ao me beijar e, ainda de olhos fechados, trouxe seu corpo mais próximo do meu.

Amanda, em um movimento orquestrado, foi levando seu corpo para cima de mim, segurando-me pela cintura, sem deixar de me beijar em nenhum momento. Suspirava alto como ela na medida em que nosso beijo se intensificava e eu, sem perceber, deslizei as mãos por suas pernas que se encaixavam contra as minhas.

E quando percebi, via seu rosto próximo ao meu me vendo de cima, com os olhos cerrados, suplicantes pro conta de sua atitude. Deslizei minhas mãos até o interruptor e, com apenas a iluminação que vinha de fora, a segurei pela camisa e a puxei para beijá-la novamente.

Mas aquele beijo era diferente dos demais em muitos sentidos: ele era tomado exclusivamente pelo tesão causado por aquele momento. Amanda contorcia suas pernas em cima de mim e em uma atitude ousada, segurou minhas mãos acima da minha cabeça, arrastando seus lábios, que faziam um caminho de delicados beijos até meu pescoço indo contra a firmeza da sua mão segurando meus pulsos.

Sentia meu corpo ficar quente, e me contorcia de cima para baixo quando Amanda beijava meu pescoço e cravava levemente seus dentes nele, fazendo-me arrepiar. Desvencilhei-me de suas mãos e, puxando-a para sentir seus lábios novamente aos meus, desci minhas mãos urgentes até os seus seios, o que a fez recuar em um primeiro momento, mas permanecer.

Estava passando por cima de sua camisa, mas era o suficiente para querer ter aquilo mais de perto, então arrastando as mãos, retirei sua camisa. Segurei seus braços fortes que me seguravam e deixei escapar um breve gemido.

Amanda tomava outros ares. Se antes ela era uma pessoa contida e tímida, com poucas palavras e sorrisos envergonhados, agora sua atitude lasciva era uma pessoa de delituosa volúpia.

Ela ofegava como eu, e eu sabia o que ela queria, suas mãos denunciavam, então dei o primeiro passo, pegando suas mãos e colocando contra os meus seios. Amanda me encarou envergonhada, mas, mordendo os lábios, apertou meus seios e os preenchendo com suas mãos, massageava devagar enquanto me olhava reagir a tudo aquilo.

Foi o pretexto perfeito para que eu me sentisse mais à vontade para fazer o que gostava de fazer. Aproximei meu rosto de seu ouvido e enquanto ela me tocava daquela forma, sussurrei em seu ouvido.

— Isso, continua...

O corpo de Amanda se arrepiou e se afastou do meu abruptamente, com o olhar atemorizado. Estiquei-me, encarando-a.

— O que foi? – perguntei envergonhada por conta da minha atitude provavelmente atrevida demais para ela.

Mas ela, sem dizer nada, se aproximou novamente de mim, e a partir dali sua conduta tinha mudado totalmente. Para melhor.

Amanda tirou minha camisa com agilidade, deixando-a deslizar por meu corpo e caindo no chão e, com suas mãos enérgicas, me trouxe contra as suas pernas, movimentando-se devagar em cima de mim conforme voltava a me beijar com considerável luxúria.

Meu corpo se retraía mais uma vez com seu toque, porém ela não se afastou, continuando o caminho que fazia com seus lábios até chegar nos meus seios.

E nisso ela passou a ponta de sua língua entre um deles, encarando-me por um segundo antes de voltar ao que fazia, excitando-me ainda mais. Tentava segurar seu cabelo, mas ela sempre desvencilhava minhas mãos, as levando para acima de minha cabeça, prendendo-me.

Era uma tortura excitante, já que sem poder me mexer, só me restava me expressar por meio dos meus incontroláveis gemidos baixos que ressoavam pelo quarto. Tive a impressão de que, conforme ela me olhava de relance, ela fazia aquilo porque gostava da minha reação.

Mordi os lábios devagar assim que a olhava descer a boca por meu corpo praticamente despido. Ela tirou seu sutiã e eu ao ver sua atitude, sem demora, me adiantei em ajudar a tirar sua calça, e ela tirou meu óculos, colocando-o de lado.

E nos encaramos naquele segundo, desprovidas de amarras ou vergonha, atraídas por apenas um sentimento: o desejo.

Estava com os lábios entreabertos, respirando devagar. Olhava-a diretamente nos seus olhos, e neles não haviam culpa ou receio, apenas a vontade de fazer o que queria fazer. E se aquilo era nosso pacto velado sobre esquecer tudo que nos prende, assim nós os faríamos.

Amanda deslizou a mão até o meio de minhas pernas e, com certo temor, levou seus dedos até minha calcinha, tocando a parte especificamente que estava úmida. Ao ver aquilo, ela suspirou baixo e, colocando sua cabeça ao lado da minha, começou a me tocar por cima.

Seu tato ágil denunciava a prática que deveria ter com aquilo, já que ela tinha ido exatamente onde deveria ir movimentando do jeito que eu mais gostava que o fizesse. Só que, ao mesmo tempo que seu toque era delicado ao se movimentar, ele era firme no quesito tato, levando certa pressão a aquela região.

Segurei sua nuca e deixei escapar propositalmente um gemido, mais voluptuoso e sugestivo que o anterior, e ela continuou seu toque com mais rapidez.

Não suportei em não poder fazer nada e levei minha mão até o toque de sua calcinha, que estava úmida como a minha, o que me fez reagir deixando escapar o que tinha achado daquilo.

Amanda deixou escapar de seus lábios o que achava daquilo também. Sua voz grave e desejosa, tomada por prazer, me excitou ainda mais. Queria ouvir mais daquilo, e queria lhe tocar mais, então levei minha mão por dentro daquele fino tecido que nos separava.

Não conseguia me concentrar em mais nada que não fosse no que eu tinha em mãos. Era úmido, tinha o toque macio e fazia aquela garota gem*r baixo em meu ouvido, segurando o travesseiro. Então, afastei minha mão dali e tirei a sua calcinha.

Sem nenhuma objeção, Amanda me ajudou com isso e ao se ver totalmente despida, também quis ver o mesmo em mim. No entanto, atraída pelo prazer, ela antes que tirasse a minha calcinha, levou seu rosto até o meio da minhas pernas e beijou aquela região com delicadeza enquanto tirava devagar.

Eu nem sabia o que fazer ali. Ela me olhava de joelhos, e se arrastava apoiando seus cotovelos para me ver de cima. Fechei os olhos, e deixei que ela me guiasse.

Amanda gentilmente afastou minhas pernas e voltou a me tocar, agora sem mais nada que nos separassem e por conta disso, seu toque se tornou mais firme e aguçado, sem receio em explorar o que seus dedos tocavam.

Mas eu queria percorrer ainda mais os caminhos do corpo de Amanda, então voltei a toca-la como antes, fazendo o que achava certo, e vendo que funcionava, continuei a fazê-lo.

Ao abrir os olhos, vi Amanda ao meu lado, com os olhos cerrados quase se fechando, a boca entreaberta que deixava escapar seus gemidos baixos, e suas pernas, que ainda estavam em cima das minhas, se contorcendo ao meu toque enquanto ela resistia ainda me tocando.

Consequentemente, virei para cima dela, invertendo os papéis. Eu não queria só sentir o seu toque contra mim e meu toque contra ela, eu queria senti-la. Arrastei minha boca por seus lábios e segui o agradável caminho por seu torso, parando em seus seios por um período maior do que no resto, para assim voltar a descer.

O que estava a meus olhos e a pouca distância de minha boca era inebriante e, como se estivesse esperando tempo demais para fazer aquilo, deferi meus lábios de encontro ao que tinha em minha frente.

Era algo que deveria ser deleitado de olhos fechados, movimentos precisos, mas movidos pelo prazer e principalmente, o quão inefável era tudo aquilo.

Não sabia dizer se eu já tinha sentido o que senti quando fiz aquilo, mas se eu já tinha sentido, tinha sido apagado completamente por aquele momento. Afinal, ver aquela mulher de pernas abertas gem*ndo mais alto que antes enquanto se contorcia com o que fazia com minha boca era uma coisa que eu ainda não tinha sentido antes.

Era melhor do que minha imaginação, que estava vívida. Eu queria fazer tudo que eu sempre quis e sempre tive receio, e continuei. Queria que ela viesse ali, e eu pudesse receber tudo aquilo, colocando em prática o que havia aprendido em meus casos ocasionais passados.

E funcionava pensar em fazer o que gostaria que fizessem com você, já que ela respondia de uma forma que o que antes era úmido, agora escorria por minhas pernas.

Então fiz o movimento com a ponta da minha língua mais rápido, mas antes que eu pudesse continuar ainda mais, Amanda bateu em meu ombro, chamando minha atenção.

— Hǎi yún... – ela sussurrava, olhando para cima.

— O que foi? – aproximei-me dela – Fiz alguma coisa errada?

— Eu quero sentir você.

Cerrei os olhos, olhando para ela, que em um movimento fugaz, trouxe minhas pernas para cima dela, exatamente entre as suas.

— Eu quero sentir você – ela voltou a dizer, sussurrando as palavras.

E naquele instante, perdi o ar.

Era o momento em que você sabia que o que estava acontecendo ali era diferente. Havia o prazer e toda a volúpia envolvida, mas assim que me movimentava devagar entre ir para frente e para trás, quando via seu olhar penetrante, aquilo se confirmava ainda mais.

Ela deixou suas mãos atrás de minhas pernas, ajudando a coordenar o movimento que fazia acima dela e eu, que antes estava apoiada na cama, levantei meu corpo e deixei minhas mãos livres pendendo enquanto apenas meu quadril se movimentava.

Eu via Amanda de baixo, olhando para mim pressionando os lábios e logo olhando para o que acontecia ali, fechando os olhos. Quando via a expressão do seu rosto, meu corpo derretia internamente e concentrava o calor naquela região que se movia.

Ao sentir que nossos fluidos começavam a se misturar por conta do toque, entendia ainda mais o que ela queria. Era diferente de tudo que eu já tinha feito, e era de um jeito tão ameno quanto o que ela significava.

Não demorou para que ela, com o rosto tomado pelo prazer e denunciando pelo toque, chegasse ao seu clímax. Eu pude sentir exatamente quando ela chegou lá, e quase o fiz também.

Afastei de onde estava e levei minha boca até lá, e enquanto me deleitava no gosto prazeroso daquele momento, ela segurava meu cabelo. Eu queria até a última gota daquilo, e demorei o tempo que achava necessário para que eu a instigasse mais uma vez.

No entanto, antes de deitar ao seu lado, ela segurou meu pulso, gesticulando para que eu voltasse onde estava. Olhei curiosa e, com o ar saindo de sua boca, ela, com as bochechas ainda mais coradas, apontou para seus lábios.

Aquele era meu maior ponto fraco. Era onde mostrava toda minha vulnerabilidade e com isso, minha exposição por completo por conta daquela atitude tão íntima. Mas Amanda me passava confiança para isso como ninguém, então sem pensar mais sobre, arrastei meus joelhos até a região de sua cabeça e, devagar, sentei ali.

Só não esperava a explosão de prazer que a sua língua me causaria. Seu toque rápido e firme ao mesmo tempo que se movia por onde podia fazer fez meu quadril se contorcer instantaneamente a aquele toque, mexendo ainda mais para baixo no movimento de subir e descer.

Ela se tocava quando fazia isso, e queria que eu visse. Eu já estava excitada o suficiente, e ficava ainda mais, levando-me a gem*r em um tom que não esperava fazer. Quando o fiz, Amanda moveu sua língua em movimentos de ir e vir assim como eu me movia.

E voltava a tocar onde tinha tocado com os dedos, mostrando que além da sua agilidade com os dedos, a mesma se mostrava em sua língua. Gemia ofegante ao sentir aquilo e, estimulada o suficiente para que não pudesse mais me controlar além de segurar sua cabeça e trazer ainda mais contra mim, cheguei aonde queria, só que com uma intensidade inesperada ao me ver sem ar por alguns segundo após isso e, com as pernas tremendo, caí ao seu lado, tentando recuperar o ar que me faltava.

Encarava o teto, tentando voltar aos sentidos normais enquanto Amanda passava a mão no rosto, com seu olhar costumeiro, virando para ficar de lado e me encarar.

Assim que recuperei o ar, virei para ela, que mantinha o sorriso satisfeito e ajeitava meu cabelo, que estava bagunçado.

— Está tudo bem? – perguntei para ela, passando a ponta dos dedos em seu rosto.

— Nunca estive melhor – ela respondeu risonha, aproximando seu corpo do meu, e sem hesitar, passei os braços por sua cintura, abraçando-a.

Estava em transe por conta do momento que tivemos. Por um instante, esqueci da vergonha que tinha do meu corpo, da minha aparência, ou do medo que tinha de fazer as coisas corretamente. Focada em apenas dar e sentir prazer, como deveria ser, nos encaramos por tempo suficiente para que sem perceber, acabasse dormindo abraçada a ela, desnuda, com a cabeça apoiada em seu ombro, sentindo seu cheiro inebriante misturado ao meu.

Fim do capítulo


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Comentários para 32 - Nessa noite, queime:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 06/09/2021

Eita !

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