CAPITULO 48
Ananya sentiu o coração errar uma batida ao avistar aquela linda loira de olhos verdes, boca carnuda, pernas roliças e corpo de Deusa. Por quanto tempo não sentiu aquele perfume e quanta saudade sentiu daquela boca?
O tempo parecia não ter passado, ela continuava linda da mesma forma que se lembrava da última vez em que sentiu aquilo tudo colado ao seu corpo. Ainda mais usando aquele vestido leve, mostrando todas as suas curvas.
Ficou a uma certa distância, em pé, olhando sem que suas pernas obedecessem à ordem para prosseguir. Seu corpo petrificou, não tinha forças para dar mais um passo.
O cheiro de flores e frutas juntas, combinado com cedro siciliano com folhas de maçã verde, lembrando a essência de um verão ensolarado na Sicília, era o cheiro da sua mulher, tal qual o cheiro do dolce Gabana blue, combinado com o Ph da pele da loira. Seus olhos ficaram turvos. Só então percebeu que estava tremendo e chorando.
Jana estava fazendo um carinho no rosto da filha quando sentiu um puxão na ligação. Sentiu suas mãos tremerem e começou a suar frio.
. Em seu nariz, inebriando cada centímetro da sua pele, bailou o aroma de água salgada do mar com uma leve pitada de limão sobre uma superfície de madeira âmbar, tudo isso misturado entrou na sua corrente sanguínea, explodindo seus hormônios e fazendo a festa interna. Olhou para os lados e conseguiu avistar a dona da sua vida, a mulher pela qual foi capaz de passar por tudo só para mantê-la em segurança.
Foi capaz de silenciar o seu laço, com muita dor no peito e com a ajuda de seu amigo Ragendra, de esconder o que de mais puro existia, que era seu amor por aquela mulher que se encontrava ali em pé, linda como sempre foi, bem vestida, sempre usando roupas sociais, com uma saia justa colada no corpo, com uma abertura que vinha da virilha e findava no joelho, uma saia toda de linho branco com o zíper na parte da frente, uma blusa de musseline na cor de pétalas de rosa rara, totalmente transparente, mostrando o sutiã de renda branca, o que a fez ter certeza de que a calcinha era do mesmo material, assim como teve a certeza de que não demoraria muito para arrancar tudo no dente.
Com carinho, afastou a filha para o lado e só abriu os braços em um chamado mudo que foi prontamente atendido. Ananya, sem um pingo de vergonha, correu, abraçando sua companheira, e, por um momento, só choraram abraçadas, sem ligar para as pessoas ali por perto que, emocionadas, chegavam a lacrimar silenciosas, assim como fazia Nádia e Bárbara, ambas cientes do tamanho da felicidade que era encontrar novamente o motivo para viver.
r13; Que saudade, meu amor. Quase enlouqueci quando tive que silenciar nosso laço para sua segurança. Ele me dopou, vida minha. No dia em que nos pegou juntas, ele me dopou r13; falava baixinho, mas todos ali ouviam.
r13; Quando eu retornei, já estava grávida. No início, eu pensei que tivesse sido violentada, mas, quando eu completei 18 semanas, nossa filha começou a me aparecer nos sonhos e falar coisas sobre você e sobre o pai dela. Eu achava que estava enlouquecendo. Ela me levava em sonhos até você, eu via tudo que ele te fazia e fazia ao pai da Amkaly, que também estava sendo prisioneiro e drogado, como você. r13; Nesse momento, Amkaly abraçou a mãe e ficaram as três abraçadas enquanto Jana continuava a confissão. r13; No sonho, nossa filha me pedia para suportar tudo por ela, que precisava vir ao mundo encontrar a loba branca para liderar uma nova raça, mais forte e mais justa. Foi por ela, foi por nossa filha que eu suportei tudo calada r13; Jana continuava sussurrando ao ouvido de Ananya, que soluçava silenciosamente agarrada à cintura da mulher, com medo de perdê-la outra vez.
Jana se afastou milímetros do corpo da amada, o suficiente para secar suas lágrimas com a ponta dos dedos e beijar seus lábios, apagando toda dor que um dia sentiu. Foi o suficiente para acordar Ananya, que segurou seu rosto com as duas mãos e a beijou com gosto. Suas bocas se buscaram com sede e fome, e quão delicioso era o sabor de um beijo com lágrimas. Só quem já passou por uma separação saberia dizer a maravilha que era beijar e ser beijada dessa forma. Era quase tão delicioso quanto goz*r chorando enquanto Ananya arrancava sua vida com ch*padas vorazes em seu sex*, que se abria como uma flor ao ser sugado pela loba.
O perfume das duas bailou no ar como uma dança suave, rodopiando e girando entre as duas, que cegas estavam para ver os outros sorrindo contentes.
Nádia foi a primeira a se aproximar.
r13; Aham. Acho melhor vocês duas procurarem um lugar para se comerem, o cheiro de sex* está mexendo com os hormônios de todos, e estamos prestes a ser invadidos e não temos tempo de trans*r, portanto, não nos façam inveja. r13; Nádia e as mulheres presentes sorriam.
r13; Estamos indo para a cabana com a ordem da minha alfa. Quando tudo isso passar, eu e minha nova família vamos jurar, honrar, dar a vida pela vida da nossa alfa Nara Shiva r13; Ananya confessou, abraçada à sua companheira, que não parecia nem um pouco constrangida com as brincadeiras.
r13; Eu já tinha sentindo os ventos mudando e falei para minha cunhada. Quando tudo isso passar, teremos uma nova liderança. Digo mais, acredito que essa reserva será a única no mundo que será administrada por dois alfas, pai e filha, e a ideia me agrada, afinal eu vou ter dois lobinhos e precisarei do pai deles para ajudar. Afinal, eu não os fiz só, né mesmo?
r13; Está certa, crianças dão muito trabalho para criar. Eu tive a ajuda da minha amiga e irmã Sandy e do Ragendra de quando em vez para segurar a minha lobinha. Aliás, senhora, quero agradecer por terem recebido tão bem a nossa filha. Eu já sabia que ela seria encontrada, mas tinha medo do que pudesse acontecer com ela, que não imaginava nem de longe que também era uma loba de linhagem. Tivemos que esconder isso dela para protegê-la, por isso fiz tudo isso. O Alex, que vocês acabaram de conhecer, trouxe o ônibus escolar e forjou o acidente só para soltar a Amkaly desse lado da floresta. A gente sabia que ela seria salva por sua filha. Esse era meu medo, de ela ser interpretada como uma espiã.
r13; Então foi você que planejou tudo, mãe? E como eu não reconheci o Alex como motorista? r13; Amkaly estava surpresa com a informação. r13; Afinal, nós crescemos juntos. Eu saberia.
r13; Ele estava disfarçado e, antes de assumir a direção, ele colocou na cabeça dos alunos que tinham sofrido um acidente, mas, na verdade, ninguém sofreu nada. Eles passaram para outro ônibus, e os deixou ali sentados pensando no acidente. O amigo do Alex foi embora e o Alex veio mais à frente, freou bruscamente e te empurrou. Todos nós sabíamos que, mesmo que se machucasse com a queda, logo ficaria curada. A nossa preocupação era se a loba branca iria ouvir o seu chamado. Mas, graças a grande Deusa, deu tudo certo.
r13; Mas o que dava à senhora tanta certeza?
r13; Você, minha filha. Foi você que disse o que fazer através dos seus sonhos e dos quadros que pintava. Quando era só uma bebezinha, eu sonhava com uma moça igual a você e, agora, que me pedia para esconder de você que era uma loba. Quando conheci Ragendra, foi através de Sandy, que trabalhava lá e descobriu. Aí o Mascarenhas transferiu a Sandy lá pra casa e, juntas, liberamos ele, que passou a frequentar nossa casa, ensinou tudo que sabemos de magia e escondeu sua loba. Só a sua parceira, sua mãe e outra bruxa poderiam ver realmente como é.
r13; Mas a Nara disse que tem uma coisa dentro da minha cabeça que impede ela ou qualquer outra pessoa de chegar perto. O que é que eu tenho? r13; A esperança de obter uma resposta positiva para acabar com esse mistério que estava tomando conta dos seus pensamentos ultimamente brilhava em seus olhos.
r13; Nada, você não tem nada. Foi uma magia que seu pai e você mesma fizeram para trancar sua loba.
r13; Não entendi, mãe, como assim eu mesma fiz? r13; A surpresa era evidente no semblante de Nádia e sua cunhada, por isso mesmo Amkaly abriu o canal que a ligava com sua parceira para que esta também participasse.
r13; É simples, Ragendra levantou um véu de fumaça invisível com o meu cheiro e o seu. Como nossos cheiros estão misturados com o da sua mãe Ananya... r13; Nesse momento, todos olharam para Ananya, que fixou o olhar na companheira, esperando a continuação da explicação. r13; Sua loba se sentia protegida. Era como se suas duas mães a embalassem para dormir.
r13; Calma aí, Jana. Você está dizendo que nossa filha... r13; Os olhares agora se voltaram para Amkaly, esperando sua reação ao ser chamada de filha por sua mãe biológica. Esta, por sua vez, olhou para o outro lado da reserva, fingindo não ouvir. r13; Foi envolvida no véu do sono e que este véu envolveu sua loba, cobrindo seu verdadeiro eu? Por isso eu senti sua presença e ela a minha na primeira vez que nos vimos.
Amkaly a encarou, ciente da verdade. Na primeira vez em que se viram, sua loba ouvia uma voz dentro do rio, mas não era um rio, era o sangue chamando ao mesmo tempo em que avisava para ter cuidado. Amkaly sorriu, entendendo. Agora as coisas faziam todo sentido.
r13; Ela sentiu meu cheiro e eu o dela. A Esther também sentiu, só que a gente achava que era gatilho de perigo. Ananya acabou confessando, mas, se você já se transformou em loba aqui, é porque acabou a magia. Sua loba se sente segura no seu primeiro cio. O Mascarenhas conseguiu que um capanga me colocasse pra dormir com tranquilizante e levou você dopada para que mantivesse relações sexuais com dois homens da sua confiança para recolher seus óvulos. r13; Jana tinha a atenção de todas com seu relato. r13; Era seu primeiro cio e você se transformou, quebrou tudo na clínica e matou todos os seguranças, fugindo. Antes de fugir, desenhou a Nara em cima de um penhasco, metade lobo e metade mulher. Ele gasta rios de dinheiro para saber onde está essa loba. Você veio do Rio de Janeiro até a nossa casa, passou um mês para chegar. Depois disso, eu aceitei que ele fizesse todas as experiências comigo desde que não tocasse em você. Foi aí que começamos a planejar sua fuga.
Ananya olhava admirada sua companheira.
r13; Você e sua mania de fugas mirabolantes. Lembro que, quando nos conhecemos, você vivia fugindo para dormir comigo — disse Ananya.
r13; Alguém tinha que ser o alfa nessa relação e você, meu amor, é nerd demais para pensar nessas coisas. Ainda bem que, na cama, é o diabo em figura de gente. r13; Jana por segundos se esqueceu da plateia quando a beijou, esfregando-se na horizontal na loba, que apertou a sua bunda com força.
r13; Maêêê, por favor, se recomponha. r13; Amkaly agiu como qualquer filho, achando que a mãe e só mãe, esquecendo que também é mulher e tem tesão.
r13; Por mim, pode continuar. Nada mais lindo do que sentir tesão por nossos parceiros. Se fosse eu, já estaria com a mão dentro da calça do meu marido, fazendo uma massagem relaxante. Como não vou poder fazer isso agora, vamos deixar de conversa fiada e sigam para a cabana. Não saiam de lá por nada, nem mesmo se jogarem uma bomba aqui dentro. Andem, vão tirar esse atraso. Passa, vai... r13; falava e mostrava o caminho do rio.
Jana olhou para a filha, que balançou a cabeça afirmativamente. Nesse momento, Jana segurou a mão de Ananya.
r13; Nem ouse se transformar em loba agora. Quero tirar essa sua roupa no dente. Agora, vamos, antes que eu faça isso na frente de todos. r13; E caminharam rapidamente, sem olhar para trás, debaixo de assobios e vaias das pessoas ali presentes.
r13; Meninas, vamos para casa procurar nossos maridos e, no caso da minha nora, sua mulher, e descansarmos um pouco, que essa noite foi puxada. r13; Passou o braço por cima dos ombros de Bárbara, sua cunhada, e de Amkaly,sua nora, e saíram conversando tranquilamente.
Fim do capítulo
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