CAPITULO 45
No alto da árvore, Nara examinava o movimento na casa abandonada com o binóculo profissional HD que permitia ver a 30,000 metros de distância com visão noturna e diurna. Cada lobo que foi designado para um ponto estratégico estava munido de um binóculo, um rifle calibre 762 mm, arma longa distância com silenciador de e um rádio auricular.
r13; Filha, se prepare, as câmeras da rua do seu lado foram desligadas. Em pouco tempo sairá alguém para ver o que está acontecendo, derrube todos, tem uma equipe fazendo a limpeza, e no furgão a Esther apaga e muda as lembranças dos funcionários que não sabem o que está acontecendo.
Em seguida, outra equipe os deixa próximo ao hospital mais próximo. Agora aqueles que sabem de tudo que está acontecendo e preferem se calar em troca de dinheiro, ela vai apagar tudo não se lembraram nem mesmo do nome, amnésia total.
r13; Deixe comigo papai, agora vou desligar, tem um homem saindo. r13; Rapidamente regulou a mira telescópica do rifle para ter uma visão perfeita do homem que olhou em todas as direções. Apoiou a arma no ombro direito, puxando o gatilho. O tiro foi certeiro no ombro esquerdo. com o impacto, que nessa velocidade se assemelha a uma tonelada, era impossível ele continuar em pé. A queda foi rápida, e mais rápido ainda o rio de sangue que descia da abertura em seu ombro o do impacto com o chão o que o fez bater a cabeça e desmaiar. O homem não teve tempo nem de ver de que lado tinha vindo o tiro. Mais dois homens saíram. Ao verem o colega atingido, sacaram as armas e os aparelhos de comunicação, e antes de qualquer outro movimento receberam o mesmo tratamento do colega, só que dessa vez usava sedativo. A loba se revirava toda por dentro, querendo pular para acabar o serviço, a adrenalina que corria nas veias era uma música erótica para ela. Nara a todo momento se manteve no controle. Passados alguns instantes sem que ninguém mais aparecesse, soltou o alerta.
r13; Atenção a todos, no meu lado está tudo resolvido, tenho 3 dormindo, a equipe da limpeza tem que vir rápido, antes que esses coitados morram. r13; Desligou e ficou aguardando. Do alto viu uma maca com dois homens nas laterais correndo, colocaram os três de uma vez só, um em cima do outro. Na hora de erguer, dois caíram e rolaram no chão. Nara teve vontade de rir. Se o tiro ou o impacto da queda não havia matado, com certeza essa segunda queda faria o trabalho. Os homens levaram só um corpo mesmo, e quando voltaram, outra maca vinha junto.
r13; Nara, em todos os lados a limpeza foi feita, agora são quatro horas da manhã, daqui a pouco o sol nasce. Às seis da manhã é a troca dos guardas e às sete o todo poderoso aparece. Quero que entrem agora, não sabemos quantos ainda tem lá dentro, vai entrar você, Amkaly A. D e a mãe dele. Todos são bruxos. Entrem como lobos. Se tiver de escolher entre viver e matar. Mate.Lá embaixo no porão outros lobos farão uma busca minuciosa, quem sabe a gente pode encontrar mais prisioneiros. Agora vá. Somente Esther vai estar como humana, e, filha.... cuidado... r13; Ziam não queria demonstrar fraqueza, mas era a sua filha, sua garotinha que estava mandando para a guerra.
r13; Também te amo, pai, quero ser como você quando chegar a minha velhice. r13; Sentiu seu pai gargalhar e mandar que ela fosse à puta que pariu. Os dois riram, e ainda rindo, Nara pulou da árvore como uma loba.
Três lobos viam de lados diferentes, uma loba vermelha com fios amarelados se esfregou toda em seu pelo, uma outra toda marrom com, exceção da cabeça, onde os fios ficavam de todas as cores, lembrando as cores da loba de Esther, ficou ao lado da bruxa e um casal de lobos pretos, mãe e filho, ficaram mais afastados. O lobo preto não tirava os olhos da loba marrom.
Nara rosnou e deu sinal para alguns dos lobos entrarem com ela e o restante ficarem aguardando, esperando para invadir quando desligaram o sistema. Esther lançou o véu da invisibilidade por cima de todos, criando uma bolha e foram entrando.
r13; Pai, manda cortar todos os cabos de internet. Se tiver uma torre próxima, manda derrubar, já entramos.
r13; Os lobos foram para a torre — a voz de Ziam se fez ouvir.
r13; Amkaly, chame seus irmãos. r13; Nara pediu carinhosa, passando o focinho no corpo da outra loba.
Amkaly uivava baixinho para os ouvidos de um lobo e silenciosamente para os ouvidos humanos. Imediatamente todos ouviram a resposta. Dois uivos de lobos jovens responderam.
r13; Estou na ala c., cela 212. Tem um painel na porta, digite a senha, vai abrir uma sala. Peça a todos para fazerem um círculo e usarem a força da mente para abrir a porta da cela. Ela é toda de prata, e se for aberta de forma natural vai disparar um dispositivo, avisando a todos os guardas.
Correram pelo corredor branco, as portas todas fechadas e blindadas com material comum. Quando entraram na ala “C”, três guardas se ergueram de suas mesas, já armados. Esther jogou um pó azul no ambiente, Amkaly pulou na jugular de um deles e rasgou, Nara, sem perceber, tinha se transformado na forma Dhalia, metade humana metade loba, como os seus antepassados egípcios, com a garra arrancou todo o sistema digestivo do outro guarda. Antes do homem segurar suas tripas, Esther arrancou sua cabeça. O terceiro homem tentou correr, mas um lobo preto foi mais rápido, com um pulo arrancou o coração da caixa torácica, Nara ficou olhando para os monitores e encontrou a cela.
r13; Esther, olhe se tem alguém vivo e tire dele a informação de como se desliga isso. r13; Rapidamente a bruxa tocou em todos, parando em um.
r13; Vá na mesa da esquerda e digite. Quando pedir a senha, ponha o projeto Eva.
Enquanto Esther falava, Nara digitava. Ao terminar, uma luz vermelha começou a piscar na porta da sala mais à frente, e para lá eles correram. Esther empurrou a porta, então eles viram outro corredor escrito ala C, e a cela 212 rapidamente fizeram um círculo, e as mentes se uniram. Esther ecoou um cântico numa língua estranha, desconhecida, a cela foi aberta. A todo momento, Nara examinava o painel com receio de ser disparado, dentro da cela outra porta branca apareceu. Metade da porta era de vidro, dando a visão completa do casal de adolescente olhando de volta assustados, buscando reconhecer alguém entre os lobos ali presentes.
Quando todos voltaram à forma humana, Amkaly deu um passo à frente, e a garota também com esse movimento, arrastando sem querer o garoto. Tinha vontade de abraçar os irmãos, a menina era uma versão infantil da doutora Ananya, já o garoto não se parecia com ninguém, nem mesmo com a sua gêmea. Nara digitou a senha, abrindo a porta. Os garotos saíram rapidamente, e novamente a senha foi digitada, fechando a porta.
r13; Venha rápido, temos que sair daqui. Já, já vai ter a troca de segurança e o alarme vai chamar a atenção de todos.
r13; Não podemos ir, nossa mãe está em uma dessas salas. Se não tirarmos ela daqui ele vai usar sua barriga para dar cria até quando ela for útil, ou conseguir lobas para isso. Eu sou Maya Nala e esse é Kesabel, dividimos o mesmo útero e nos consideramos irmãos. Eu posso sentir vida se tocar nas paredes, mas presa ao Kesa ele anula meus poderes. r13; Ela levantou as mãos para mostrar os pulsos com as algemas. Esther procurou nos bolsos uma luva, as calçando em seguida. Retirou o brinco da orelha e segurou os braços dos garotos, abrindo as algemas.
r13; Nara, leve todos para fora em segurança, eu vou ficar com a Maya. Vamos procurar a mãe deles. r13; Já ia saindo quando sentiram o cheiro de humanos vindo da entrada. r13; Estão vindo humanos aí. Vocês cuidem deles que nós três vamos procurar a humana. Venha, docinho r13; Sandy bufou demonstrando não ter gostado do apelido carinhoso e, mesmo assim as três, correram para o fim do corredor com a garota de mão aberta passando a ponta dos dedos nas paredes.
Nara e seu grupo se encaminhava para a saída do andar com os ouvidos e narizes apurados, resolveram usar as escadas, já que a luz na parede denunciava que os humanos estavam descendo do elevador. No próximo andar e já mais tranquilo.
r13; Vamos voltar e usar as duas entradas todas de lobo, vamos encurralar os seguranças, ali não tem inocentes, eles sabiam o que acontecia, eles ouviam os gritos e nunca denunciaram ou pediram ajuda. r13; Nara ordenou a seu grupo, composto por ela mesma, Amkaly e dona Gema mãe do A.D, que descessem silenciosamente pelo lado direito ao que vinha da rua, o restante correu para a entrada da frente, que ali naquele imóvel não tinha serventia alguma por ser a frente da casa. Mesmo assim, por dentro funcionava como a parte dos fundos, quando todos se encontraram na sala, cada humano empunhar uma arma, cada um mirando um lobo. Todos estavam na mira, ao menor gesto, um lobo recebia uma bala. No instante seguinte, todos os humanos estariam mortos, mas Nara não queria arriscar seus lobos.
“Garoto, esses humanos já viram sua irmã se transformar de loba em humana?” r13; Nara perguntou pela rede usada pelos lobos.
“Uma vez, e eles só não a estupraram porque eu não deixei, eles não conseguem ver uma mulher nua que mostram na hora a besta que são.”
“Ótimo, todo mundo com a xereca de fora.” As três mulheres ficaram nuas e os seguranças arregalaram os olhos sem saber para que parte do corpo apreciavam primeiro. Essa leve distração foi o suficiente para A.D e o garoto conseguirem desarmar dois deles. Com a mesma agilidade de lobo pegaram as armas e disparam, sem dar chance de nenhum dos cinco guardas reagirem. Foram tiros certeiros no meio das testas, a morte foi instantânea.
r13;Junte todas as armas, vamos levar conosco r13; Nara se abaixou procurando o celular de um dos seguranças, pegou o primeiro que encontrou. Por sorte não tinha senha, rolou o dedo na tela e discou.
r13; Alô, é da polícia? Quero fazer uma denuncia, no casarão abandonado na rua primeiro de maio número 1020, o doutor Astrogildo Mascarenhas, dono do casarão que funciona como uma clínica clandestina, acaba de matar cinco dos seus comparsas. r13; Desligou, se transformou novamente com celular na boca e saíram todos para o ponto de apoio que ficava uma quadra mais distante, todos entraram no furgão.
r13; Vocês podem me dizer onde está minha irmã e por que ela ainda não chegou? r13; O garoto estava preocupado com a demora. Nunca tinha se separado da irmã por tanto tempo.
r13; Está vendo se tem mais prisioneiros para tirarmos daqui o quanto antes, agora vamos embora, tenho que tirar todos em segurança o mais rápido possível.
Enquanto isso
Esther e Sandy corriam junto a Maya, que corria com a mão esticada, passando a ponta dos dedos nas paredes. Já tinham descido dois andares, o que era de se admirar, tendo em vista ser um casarão antigo, que na planta original não contava com andares para baixo, o máximo que tinha na construção de casarão do passado era um porão, cercado de janelas ao redor de toda a construção para ajudar na luminosidade e ventilação.
Esther até percebeu tais janelas, mas todas fechadas e lacradas. Rente à parede original foi erguida outra estrutura mais moderna, com materiais próprios para construções de edifícios, o que justificava as escadas em pedra de mármore e a presença de dois elevadores lado a lado. Ali tudo tinha um toque de modernidade, luxo e praticidade. Em frente ao local onde elas estavam tinha uma porta toda trabalhada no chumbo. Bem em cima do porta na parede, uma placa grande, amarela, com um desenho de triângulo bem no centro, feito com tinta preta que realça a cor da placa. Dentro do triângulo havia uma caveira idêntica à dos barcos dos piratas, onde foi escrito com letras garrafais para manter distância. Se a garota Maya não tivesse avisado ser ali o local onde a mãe estaria, qualquer um desconfiaria do local com essa placa chamativa.
r13; Tem gente aqui. Pelo pulsar dos corações, são 10 pessoas... um homem, quatro mulheres e sete corações menores. As batidas são muito rápidas, a mulher que me gerou e me trouxe ao mundo está aí dentro. r13; Maya estava toda concentrada, com as duas mãos espalmadas na parede, ouvindo ou sentido a vida pulsando lá dentro.
r13; “Ziam, encontramos a mãe dos garotos, está trancada numa sala. Lá dentro tem um casal que suponho ser médico. Venham rápido, o sol está nascendo, temos pouco tempo.”
“Estamos entrando.”
Parecia até que eles estavam no próximo corredor, bem pertinho, pois entraram imediatamente tão logo ouviram Esther.
As três mulheres afastaram-se um pouco quando um grupo de homens liderados por Ziam invadiu o ambiente, todos armados. A maioria deles veio ao mundo pelas mãos de Esther, com exceção de dois deles, que pelo o odor com certeza eram humanos. Dois belos exemplares, um o oposto do outro.
O de olho azul usava uma farda dos fuzileiros navais, somente a calça, e um colete a prova de balas, o cabelo todo raspado e uma tatuagem de uma cobra começando na costela esquerda e serpenteando os braços musculosos, a cabeça deitada no pescoço do fuzileiro. Esse trazia um rifle com um silenciador acoplado, passado sobre o ombro o olhar frio como o aço que o outro estava cortando.
O Outro, um negro de chamar atenção por onde passasse, também nu da cintura pra cima, limpo de tatuagens, mas usando dois brinquinhos de pedra vermelha em cada orelha, olhos negros e lábios carnudos, um sorriso encantador. Mas nenhuma das mulheres presentes demonstrou interesse na beleza dos homens de corpo muito bem trabalhado. Ambos exalava cheiro de humanos,
Os homens jogaram o líquido que estava dentro do vasilhame de vidro, colocando a boca do vidro em cima na lateral da porta e permitindo que o mesmo escorresse livremente até o piso.
Fizeram o mesmo procedimento no outro lado da porta, em cima e embaixo. Depois de concluído, afastaram um pouco para o lado, um cheiro fortíssimo de ácido nítrico penetrou no nariz de todos ali presentes, obrigando-os a tapar os narizes. O outro homem, o negro com corpo atlético, parecendo um lutador de box, acendeu o maçarico e por onde o ácido passou, a chama acompanhou. O chumbo foi derretendo como chiclete no asfalto quente. Em questão de segundos, os dois chutaram ao mesmo tempo a porta, que não resistiu ao impacto e veio abaixo com um estrondo, caindo inteira para o lado de dentro de um quarto que mais parecia quarto de hospital, assustando a todos. O casal de médicos olhou espantado para o grupo que invadiu o quarto, e a garota correu para uma paciente em particular.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Flaralove
Em: 11/08/2021
Pelo amor de deus
Tô aqui super ansiosa esparando o resto da história !
Resposta do autor:
DESCULPE PELA DEMORA, MINHA REVISORA DEMORA A ENTREGAR OS CAP. E OBRIGADO POR ESTAR GOSTANDO, ESPERO FAZER O MELHOR . CONTINUE COMENTANDO SUA OPINIÃO ME INTERESSA, ELA ME DIS SE ESTOU NO CAMINHO CERTO.
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