Nara engasgou, sabia o que já tinha passado dos limites, e muita  informação foi oferecida a humana por que estava se apaixonando, será que seu pai e tio estavam certos? E se estivesse caído numa cilada armada pelos humanos para dizimar seu povo ? Não era aceitável que estivesse caído como um patinho na sedução da humana.

— Eu me recuso a acreditar que ela esteja me enganando.  

—Eu sei o quanto é complicado confiar nas humanas principalmente quando nosso lobo se derrete por ela. Mas fique de olho, observe seus movimentos, sinta seu cheiro, se ela estiver te enganando uma hora ou outra vais saber.

—Está certo papai vou ficar com um pé atrás por enquanto  mas eu sinto que ela não é espiã, andei olhando em sua  mente   e o que vi foi muita solidão, o pai dela nunca agiu como um pai, parece mais um guardião, ela não sabe o que é amor de família, nunca teve uma festa de aniversário. 

—Nao e possível tanta indiferença com sua cria—Ziam deixou escapar entre um gole e outro.

—Ela foi criada a maior parte dos anos  pelos os empregados da casa e a mãe tem graves problemas de saúde, acho até que tem problemas psicologicos, o pai só vem em casa uma vez por mês, leva a mãe para o hospital e quando volta a mulher não se lembra nem do nome. r13; Parou de falar com a aproximação da garçonete que demorou arrumando tudo vagarosamente olhando sempre para Nara. 

—Esse papel tem meu insta, e o meu zap. Me add.—a moça falou baixinho só para Nara ouvir se ela fosse humana o que não aconteceu, todos na mesa ouviram e arregalaram os olhos , Deixando a loba sem jeito, Quando a garçonete saiu Nara perguntou.

r13;—Qual o problema de Vocês parecem dois moleques de rua.

—Para mim é novidade ver as fêmeas dando em cima da minha filha, e só mostra que eu e meu irmão estamos ultrapassados.

Ziam e Anael riam descaradamente enquanto o primeiro pegava o papel em cima da mesa antes de abrir Nara tirou de suas mãos, e guardou no bolso, não tinha intenção de aceitar o convite mas achava um desrespeito para com a moça, por isso tratou de falar sério obrigando pai e tio voltar ao que interessava.

—E quanto a mãe da Amkaly descobriu alguma coisa concreta? r13;tomou um gole da cerveja, e jogou uma porção generosa de amendoim na boca.

r13;Aí é que está, ninguém fala nada, os empregados daquela casa parecem muito assustados, quando a garota que nós pagamos para se passar por amiga da sua humana, e pediu para falar com ela, o porteiro falou que lá não mora ninguém com esse nome. Na redondeza ninguém nunca viu uma mulher que possa ter uma filha.

—Foram no colégio onde ela afirma que vai para fazer as provas bimestrais, deve ter amigas por lá, ninguém entra e sai de um local por tantos anos como um ser invisível.—Nara estava cada vez mais desconfiada das palavras e histórias da ruivinha.

 -Tem  umas garotas que às vezes conversam com ela  também não sabem onde ela mora. Tudo que sabem é que de dois em dois meses, ela vai no colégio fazer as provas sempre acompanhada por dois seguranças, e nessa mesma época ela também vai a praia, a shoppings, , mais os seguranças não saem de perto.—Anael guardou o celular onde tinha notado algumas coisas, abriu uma cerveja e tomou toda de uma só vez.

r13; Papai, o senhor não acha estranho  essas meninas  não saberem nada? Sei lá, eu acho esquisito. r13; Passou a vista pelo o local bem arejado e de fácil acesso, comida boa, podendo ser frequentado por famílias como uma jovem mãe que estava colocando comida na boca do filho como aquele senhor do canto que apreciava seu cafezinho depois do almoço.

r13;Eu acho pra lá de estranho mas as garotas acham até normal, sempre se viram dessa forma, elas têm certeza que a garota e filha de um figurão da política, por isso todo esse cuidado e também acham a garota muito triste.

r13; Eu passei o nome dele para o sistema, vamos fazer uma varredura, o que tiver debaixo do tapete, vamos puxar para a superfície. Como é que está com a garota? Ou melhor, como ela está reagindo? r13;Seu tio Anael quis saber enquanto abria outra garrafinha de cerveja com o dente.

r13;Ainda bem que o álcool não tem o mesmo efeito em nós como tem nos humanos, por que ao contar com a quantidade de garrafas dentro dessas quatro caixas e a quantidade de pedaços de carne neste cesto, vocês teriam que ir de reboque para casa. —Os lobos sorriram mostrando todos os dentes—Ela está reagindo bem, sem traumas, sem frescuras, ainda está meio perdida. Mas é só questão de tempo para se adaptar. r13; Separava alguns amendoins enquanto falava, quando já tinha uma quantidade grande das bandas torradinhas jogando todos na boca.

A conversa fluía entre os três, quando um grupo armado entrou correndo no bar, assustando a todos, inclusive o trio.

Nara Shiva  levantou de um salto, já pronta para se envolver em defesa dos clientes, seu pai conhecendo a filha que tinha segurou firme em seu pulso, as pessoas assustadas na pressa de levantar caíram derrubando, cadeiras, mesas, pratos e talheres, mais distante pôde -se ouvir o tilintar de taças quebrando tudo junto  e misturado  fez  um  barulho muito alto  o que assustou algunhas crianças que começaram a gritar, sendo acalmadas por suas mães, Nara Shiva sentiu o cheiro do medo e olhou para o local, e viu uma mulher em posição fetal, olhando com mais  atenção pode ver um criança em seus braços sendo protegida por seu corpo,, apurou mais o nariz, ouvidos, e ouviu vindo do lado da mulher a batida de três corações, assustados, o que significava que a mulher estava gravida.

Foi só um segundo, um milésimo de segundo e Nara Shiva soltou da mão do seu pai e estava ajoelhada próximo a mulher que ao sentir a aproximação de alguém, fechou os olhos e apertou mais seu filho contra seu peito.

r13;Por favor não faça nada com meu filho, ele e só uma criança, por Deus, não nos mates.

r13;Xiiii.... não sou ladrão, e nem tão pouco vou te matar, fique calma, ouça bem o que estou dizendo vou falar bem baixinho, eu vou te colocar na minha frente vire-se toda de frente pra mim e coloque seu filho e sua barriga no meu corpo, vou servir de escudo. Consegue fazer isso, consegue?

A mulher que aparentava ter uns trinta e cinco anos no máximo 1.,60. Cabelos pretos curtinhos e de olhar assustado, olhava para Nara tentando buscar confiança e foi se virando devagar, quando estava toda de frente Nara abraçou junto com a criança foi caminhando de costa virada para o local onde os bandidos tinham ido, de longe pode ver, um dos bandidos com a arma na cabeça da garçonete que momentos antes servia a mesa de Nara, a moça chorava, e outros dois apontava a arma para todos que estavam no bar.

r13;Ei grandona, aonde pensa que vai? Fique aí parada e pare de gracinha, todo mundo no chão, vai ser rápido. r13; Um dos homens armados falava para as pessoas deitadas no chão, que nesse momento de desespero todos buscam na fé o livramento, a oração era ouvida baixinho aos ouvidos dos lobos, sempre olhando o grupo e o homem que apontou a arma para ela, e que agora estava muito nervoso apontando para as pessoas deitadas no chão, enquanto seus comparsas faziam a limpeza no caixa, Nara deu mais um passo e mais um e mais outro. Uma rajada de vento as abraçou, avisando que tinha chegada na parte de fora, sempre olhando os homens Nara segredou a mulher que ainda chorava baixinho.

r13;Está vendo aquele jeep preto com detalhes em vermelho, atrás daquela corola branca? r13;a mulher balançou a cabeça afirmativamenter13; é meu pegue a chave, não corra siga em linha reta você estará andando contra o vento se eles se virarem vão ver a mim tirando a visão do que está acontecendo lá fora, não ligue o carro se esconda entre os bancos, ele é a prova de bala, não saia até eu ir buscar a senhora entendeu? Falava baixinho e com o rosto escondido pelos longos cabelos, a mulher mesmo assustada balançou a cabeça e Nara abriu os braços liberando mãe e filho que saíram devagar sem olhar para trás, só quando a mulher entrou no carro Nara ficou de frente encarando os 04 homens armados.

r13; Está olhando o que?   no chão, deitada agora.... r13; Antes de gritar novamente. Alguém encostou uma arma em sua cabeça.

r13; Policia largue as armas, mão na cabeça,

A confusão foi geral, não se sabia de onde surgiu tanto policial, todos buscando um ponto para se posicionar sem correr muito risco. Dois tiros foram disparados com silenciadores e dois bandidos foram ao chão, só que segurava a garçonete continuava de pé.

r13;Largue a arma e mão na cabeça. Solta a moça r13;Ziam e Anael que estavam lá fora bebendo sem se intrometerem, olharam para o policial, e ao mesmo tempo entre si falando ao mesmo tempo.

r13; Que cabra parecido com o Django, será que é algum irmão dele perdido no mundo, eu ouvi dizer que o velho pai dele, trans*va com tudo quanto era de humana, e que muitas delas morriam na hora do parto. Até que nosso pai descobriu o que eles em sua turminha vinham fazendo e os proibiu de tamanhas atrocidades.

r13;Nosso pai teve que devolver várias crianças para suas mães que gritavam nas praças alegando que seus filhos tinham sido sequestrados, os lobos só queriam os filhotes femeas não queriam as humanas eles pretendiam cruzar com essas crianças e terem filhos de sangue puro. Ainda bem que tudo isso e passador13;Ziam completou pensativo, lembrando de tudo que sua raça já passou, para continuar vivo, as atrocidades que foram capazes para perpetuar a espécie, sabia que em muitos países os lobos ainda agiam da mesma forma, mas graças a ciência e muito estudo estavam melhorando, encontrando suas parceiras, o congelamento de embriões de lobos  para inseminação vinha progredindo graças aos estudos e empenho da doutora Anastácia, que muito vinha ajudando a colocar no mundo lobinhos que foram conce

bidos por meio da inseminação. E que nasciam muito saudáveis.

Fim do capítulo