A coronel anda nos cascos. Se ela pudesse matar o sogro novamente, ela faria!
Capitulo 92. Hoje ela está impossível
Ao chegarem ao Serviço Reservado e logo que entrou em sua sala, a coronel já foi despachando as primeiras ordens do dia. Logo de primeira já mandou chamar o seu secretário tenente Munhoz que rapidamente se encaminhou para a sala. Já chegou parando em frente da mesma fazendo o sinal da cruz e rezando para que a coronel estivesse de bom humor já que ultimamente era uma coisa rara de acontecer. Bateu na porta e escutou:
-- Entre!
-- Bom dia coronel! – Bom dia capitão!
-- Bom dia tenente! Responderam as duas.
-- O sargento Paulo me falou que a senhora queria falar comigo.
-- Sim tenente. Eu quero que o senhor me faça duas coisas e preste bastante atenção no que vou pedir. Senta ai e anota.
-- Sim senhora coronel.
-- Primeiro o senhor vai telefonar para o presídio militar e pedirá para falar com o major Malaquias. Assim que ele atender o senhor vai avisá-lo de que na próxima sexta-feira eu quero o capitão Ferreira aqui na minha frente para prestar depoimento. Em segundo lugar o senhor irá acompanhar a capitão Castanheira na reunião que acontecerá no Clube dos Oficiais. Depois eu quero o relatório completo de tudo o que se passou nessa reunião. Ok? Rafaela só observava a sogra conversando com o tenente e a cara de assustado que ele fazia era hilária. Teve vontade de rir, porém, sabia que a sogra não era fácil. No fundo ela tinha até pena do rapaz, mas, também sabia que a coronel gostava muito do jovem.
-- Então tenente, o senhor entendeu?
-- Sim senhora coronel. Vou providenciar agora o que me pediu!
-- Estarei esperando tenente!
-- Sim senhora coronel. Capitão daqui a pouco eu volto para irmos. Falou olhando Rafaela de cima a baixo. A coronel percebeu e olhando seriamente para o rapaz falou:
-- Tenente eu não vou mais avisá-lo em relação a capitão Castanheira. No terceiro aviso eu vou suspendê-lo de suas funções e te mandar para a zona Sul. Estamos entendidos? Vai ser a última vez que vou chamar a sua atenção por isso. Na próxima o senhor irá se arrepender de ter me conhecido. Agora suma daqui e só volte quando estiver com tudo pronto. Assim que o secretário saiu, Rafaela foi até a sogra e falou:
-- Coronel coitado do tenente! Sem olhar para a nora, Márcia respondeu:
-- Isso aqui é um lugar de trabalho e não de flertes. Principalmente para quem é casado ou está próximo de se casar. Entendeu capitão?
-- Sim senhora coronel! – A senhora está coberta de razão. Cada coisa no seu devido lugar e hora.
-- Isso mesmo capitão. Agora, vamos trabalhar? A parte da manhã passou tão rápido que a coronel nem havia percebido. Ela estava tão entretida com os relatórios que não percebeu a entrada das filhas. Ela já havia despachado as ordens do dia e agora estava relendo todos os papeis.
-- Boa tarde mamãe! Falaram as três. Quando Márcia levantou a cabeça viu que Perfídia, Antônia e Celina estavam olhando para a ela. A felicidade ficou evidente na face da coronel que falou para as três:
-- Meus tesouros mais preciosos! – Que surpresa boa receber a visita das minhas princesas! – Vocês já almoçaram?
-- Sim mamãe nós já almoçamos no shopping!
-- E em qual shopping vocês foram? -- Nós? -- Ali no Center Norte.
-- E a mãe de vocês? – Já chegou em casa?
-- Sim mamãe. E a mãe Sílvia está toda eufórica com a possibilidade dela e a mãe Denilha virem embora pra capital.
-- Isso é ótimo! – Eu não poderia receber notícia melhor! – E a propósito meninas. Onde estão os seus irmãos? Foi Celina quem respondeu para a mãe:
-- Bom o Gabriel saiu com a tia Genova, o Nicola está no vovô Giuseppe e o André estava junto com a mamãe Andressa e o tio André.
-- E a Rafaela mamãe? – Não está? – Achei que iria encontra-la aqui. Márcia e as filhas ficaram olhando para Perfídia e sem mais milongas a coronel respondeu:
-- Eu pedi que ela acompanhasse o tenente Munhoz em uma reunião no Clube dos Oficiais. Para começar a aprender de fato como as coisas funcionam. Afinal, um dia ela irá ocupar o meu lugar e eu quero deixar tudo pronto para quando chegar esse dia. Mas não foi só para isso que vocês três vieram aqui.
As três se olharam e então Perfídia respondeu:
-- Mamãe ontem eu e essas duas maluquinhas aqui, estávamos olhando uns desenhos que a Tônia andou fazendo e eu achei o máximo. Ela tem potencial para engenharia, arquitetura e até decoração! – E a Celina deu a ideia de passarmos esses desenhos e plantas que ela faz no computador para depois nós duas montarmos um escritório juntas!
Márcia ficou olhando para as três filhas. Porém, depois perguntou:
-- E a Celina ficou de fora por quê? A menina tratou logo de esclarecer para a mãe:
-- Mamãe, a senhora está cansada de saber que eu estou interessada em fazer medicina veterinária e trabalhar junto com tia Cláudia no canil. Então, esse assunto só interessa para a Antônia e a Perfídia. Eu estou fora dessa.
-- Pois bem, minhas princesas. E aonde eu entro nessa parte? -- Se vocês vieram aqui, é porque estão necessitando de alguma ajuda. Acertei?
As filhas se olharam e depois Antônia respondeu:
-- Sabe o que nós estamos pensando mamãe? – Aquele escritório que era da construtora que vendeu o empreendimento e a senhora acabou comprando. A senhora vai usar?
-- Não minha filha! – Por quê? – Vocês estão com intenção de reformar e montar o escritório de engenharia?
-- Engenharia e arquitetura mamãe! -- A Tônia quer fazer engenharia! Respondeu Perfídia para a mãe.
A coronel olhou para as filhas e respondeu:
-- Minhas queridas filhas, aquilo é de vocês! – Tudo o que eu e sua mãe temos é herança de todos. Vocês podem fazer o que quiserem e lá tem um espaço bom. Futuramente Tônia, você e sua irmã pode até construir uma maquete com algum empreendimento que acabarem pegando. Se quiserem eu posso orientar as duas já que os planos da Celina são outros.
As filhas responderam para a mãe:
-- Isso seria ótimo, mamãe! – Com a experiência que a senhora tem e os seus conhecimentos, nós poderíamos ir longe nessa ideia! Disse Perfídia toda empolgada.
-- Então estamos combinadas. Eu vou ajuda-las a realizar esse sonho. As três moças se levantaram e abraçaram a mãe. Antônia estava empolgadíssima e Perfídia então era a alegria em pessoa.
-- E quanto a você minha filha? Perguntou olhando para Celina.
-- Quanto a mim o quê mamãe? Falou rebatendo a pergunta da coronel. Celina, era marrenta e topetuda tanto quanto Andressa. Puxara a mãe em tudo o que sepodia imaginar. A cada dia que passava estava por demais parecida com a esposa da coronel. Os olhos verdes e o cabelo louro acobreado lembravam Andressa quando mais nova antes de ela se casar com Márcia.
-- Eu só quero saber se você futuramente vai mesmo fazer a faculdade de medicina veterinária, quando chegar o momento certo. Só isso filha!
-- Sim mamãe. Já andei até conversando com a mamãe Andressa e ela me deu algumas dicas. Por isso pretendo entrar na polícia e ir para o canil. A madrinha Cláudia já falou que irá me dar todo o suporte que eu precisar.
-- Pois bem, só me resta parabenizar minhas filhas pelas decisões que tomaram. Parabéns minhas princesas! Eu estou muito orgulhosa de vocês. Agora vamos esperar o que os seus irmãos irão decidir sobre os caminhos que futuramente irão seguir.
-- Mãe! -- A que horas a senhora vai embora hoje? Perguntou Celina
-- Eu vou daqui a pouco filha. Só estou esperando a capitão e o tenente chegarem para irmos embora. Por quê?
-- Por quê? -- Nós queríamos uma carona para casa. Viemos de uber e não estamos querendo voltar para casa de uber novamente. Assim a Perfídia pode esperar a Rafaela chegar e então iremos todas no seu carro.
Márcia ficou olhando para as filhas sem nada comentar.
-- Pois bem, esperemos que aqueles dois cheguem e assim poderemos ir para casa. Tenho muitos assuntos a resolver.
Meia hora depois a capitão e o tenente chegaram. A coronel foi logo perguntando o conteúdo da reunião.
-- Bom coronel a reunião é aquilo de sempre que a senhora conhece bem. Aqueles oficiais que só sabem ficar babando nas moças que estão na academia. Porém, o que se comentou é que logo o comando geral irá mudar. Logo o coronel Barbalho vai aposentar e eles já estão procurando outro para o lugar. Ainda não se tem os nomes. Porém, senti que um certo nome irá para a lista. O seu, coronel Mantovanni estará provavelmente entre eles.
A coronel ficou olhando seriamente para a nora. Celina como já conhecia bem a mãe, percebeu que a mesma não havia gostado do que a capitão havia falado. Ela não culpava a moça. O que ela não queria era esse cargo porque sabia que seria o seu último trabalho na polícia militar e depois automaticamente iria para a reserva e isso ela não aceitava em hipótese alguma.
-- Bom já que a Rafaela e o Munhoz chegaram, acho que podemos ir embora não é mamãe? Perguntou Celina.
-- Sim filha! – É claro que podemos ir! – Por hoje já terminamos não é capitão? Disse para a nora.
-- Sim coronel podemos ir.
-- Tenente o senhor também está dispensado por hoje. Pode ir embora.
-- Obrigada coronel! – Senhoritas com licença!
Fim do capítulo
É a coisa vai ficar sinistra.
Bom descanso a todas e curtam mais essa louca família.
Amor, aos poucos estou voltando.
Na semana tem mais.
Bjs.
Comentar este capítulo:
Marta Andrade dos Santos
Em: 27/07/2021
Nossa!
Resposta do autor:
Bom dia querida!
Calma que essa fase vai passar. Nós sabemos o porque da coronel estar nos cascos. Mas como uma boa guerreira, ela vai superar essa fase em relação ao fiho.
Obrigada por ler e comentar. Votarei com capítulo novo.
Boa.
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