Criminal por lorenamezza
CAP 24 MUSK
SAVANNAH POV
Última noite antes da nova invasão. Sozinha no quarto desse hotel fuleiro que conseguimos para nos esconder. Penso em meus pais, se estariam orgulhosos de mim. Provavelmente não, saí de casa aos 17 anos fui para faculdade, já pensando na minha carreira: ser agente do FBI. Depois me formei com louvor na academia, tive êxito em todas as missões. Ter sido convocada para essa missão, me abririam as portas do meu sonho. Mas a família ficou para trás, as relações. Nosso chefe ter morrido e todas nossas informações com ele, nos deixou sem chão. Eu estava indo para uma missão suicida. Mas tentaria arrancar uma confissão de Simon, para que pelo menos minha fiel parceira Joane e Zayin pudessem ter uma vida normal.
Depois de tudo que passei, Carmen era a coisa mais próxima do real que já tive. Estava com muita vontade de ouvir sua voz. Não resisto. Talvez fosse a última vez que ouviria sua voz.
Pego o celular descartável. Chama uma vez, duas vezes. Ela provavelmente estaria dormindo. Na quarta chamada ela atende.
- Alo? – sua voz parecia de sono. Eu não respondo. Afinal morto não fala.
-Alo? – um pouco mais de entonação. Fecho os olhos e suspiro, com uma vontade tremenda de responder.
- É você? – com a voz brava. Saiba que vou te prender! – meus olhos se encheram de lágrimas. Desliguei em seguida. Acho que ela havia descoberto tudo.
Com olhos ainda marejados adormeço, teria um dia muito tenso, precisava descansar.
(..)
Fiz questão de tomar um bom café. Seria o último.
- DJ! Você tem minha senha, depois que tirar minha irmã. Pegue o dinheiro da minha conta e desaparece. Seu nome já está nos jornais. Sinto muito não conseguir limpar seu nome. – eu sentia de verdade ter dado tudo errado.
- Savannah por favor! Peça ajuda a detetive! – ela segurou minha mão implorando. – Vi na tv que encontraram Olly morto ontem. Ela não corre mais risco com ele.
- Ainda bem! Esse teve o que mereceu, pena que não foi por minha mão. –ergui as mãos para o céu. Se ela não acreditar em nós? Como fica minha irmã? Veronica não tem mais como se esconder. Você sabe disso. – eu mordia a torrada com extrema vontade. – Zayin vai ligar e dizer onde elas estão, sejam rápidos, eu não conseguirei enrolar Simon por muito tempo.
- Aos Justiceiros! Savannah, eu e Zayin. – ela ergueu a xícara para um brinde.
- A nós. – ri sem vontade.
CARMEN POV
Dormi cismada com o telefone que receberá à noite. Porque eu tinha certeza que tinha sido Savannah.
“Savannah desculpa por antes, mas você não quer saber porque você estava naquele beco? “
“- Estou com medo Carmen! “
“- Esse caso é importante para mim Savannah. Me responde uma coisa, com sinceridade? “
“- Claro detetive! “
“- Você me diria a verdade se lembrasse do que aconteceu naquela tarde? ”
“- Não sei quem eu era! E se fosse alguém que pudesse te magoar? “
“– Eu quero mesmo ser honesta com você. ”
Savannah o que você está tramando! – penso em voz alta.
Chego à DP, vou direto para minha sala, sem cumprimentar ninguém. Pego uma xícara de café e chamo minha fiel parceira à minha sala.
- O que foi Carmen? – chegou de mansinho, andava cismada comigo, pensava que eu estava com raiva dela.
- Não estou brava com você. Por favor traz tudo que você souber de Simon Cutler. – tomava meu café e aquele telefonema, não me saía da cabeça. Tamborilava os dedos, remexia os pés. Estava com a sensação de que algo grande iria acontecer.
Tempo depois ela volta para minha sala com a ficha completa
“Simon Phillip Cutler, 61 anos, empresário filantropo, britânico. ”
- O que um cara como esse vem fazer em Los Angeles? – eu tentava fazer a conexão.
-Sei que ele tem uma ong que leva produtos eletrônicos para países que necessitam de ajuda. Recebe ajuda do governo para isso. – ela lia sobre ele na internet.
- Com ajuda do governo você disse? Hum. Precisamos saber mais sobre ele.
- Vou fazer! – saiu apressada.
Com a lembrança do telefonema da noite anterior. Pego meu novo celular e ligo para o hospital. Chama algumas vezes e minha ligação é interrompida por uma chamada desconhecida.
- Alo? -silencio por alguns segundos. Alo?
- Você quer prender os justiceiros? – a voz estava distorcida.
- Quem está falando? – falei com ansiedade.
- Elas voltarão para a Musk daqui a pouco, para buscar o dispositivo.
- Você disse elas? – fiz cara de espanto.
- Sim elas! Mas será mais fácil pegá-las se você for sozinha. Se apresse!
Caiu a ligação.
Novamente uma ligação com dica. Quem estava nos ajudando? – bufava. Porque quer que eu vá sozinha?
Pensei por alguns minutos. Sempre segui meus instintos para resolver os crimes, e algo me dizia para me preparar. Fui ao deposito e peguei escondida 2 pistolas, alguma munição e meu kevlar. Coloquei na bolsa e saí do DP sem que notassem. Nem mesmo Sheila saberia. Entrei em meu consentido e fui em direção à Musk, o caminho era curto mas tentei ser a mais rápida que pude.
“ Amor! Todas as vezes que saí com você, algo aconteceu. Desculpe te meter nessa de novo. Se prepare! ” – dei um tapinha em seu capô.
SAVANNAHPOV
- Savannah! Zayin passou a localização de Taylor. Disse que quem vai cuidar da segurança não é a Marie, mas terão 3 pessoas cuidando mais 2 na parte da frente do prédio. – ela anotava o endereço num papel.
- OK! Vamos! Está na hora! – eu terminava de me arrumar, coloquei algo confortável, calça jeans e camiseta preta, jaqueta também preta e tênis. Meu look preferido.
- Tem certeza que não quer mudar de ideia? – me puxou para um abraço.
DJ não poderia ser reconhecida, colocou boné, peruca. Pegamos nosso carro e seguimos para a missão. Eu não era perseguida, poderia entrar com minha identidade original.
Ela estacionou a 1 quarteirão atrás, coloquei apenas óculos por segurança. Entrei como visitante do museu das invenções.
- Bom dia! Estou com o grupo de visitantes, poderia ir ao banheiro? – perguntei a simpática guia do grupo de visitantes.
- Sim! É a terceira porta a direita.- apontou a localização. O problema era que havia escondido o dispositivo no piso superior.
Entrei no banheiro que ela indicou, esperei uns minutos, saí e ela estava distraída corri para a escada que dava acesso ao piso superior. Sem ninguém na minha cola, consigo chegar no banheiro. Não havia ninguém, entrei na cabine desejada, empurrei com cuidado a tampa superior.
- Ufa! Está aqui ainda! – ri sozinha imaginando que todos estavam buscando um material que nunca saiu da empresa.
Até aquele momento estava tudo indo bem.
Narrador POV
Enquanto isso DJ no carro, falava sozinha, com a ansiedade a mil.
- Cadê você? Por favor não demora!
SAVANNAH POV
Recoloco a tampa no lugar, e lentamente saio do banheiro e desço as escadas. Sigo para a saída principal, e ouço a guia chamando por mim. Nem sequer olhei. Agora sim já na rua, sigo apressada para o carro.
Entro rápido no carro.
- Pegou? – DJ se apressa em perguntar.
- Aqui! – lhe entrego a caixa. Seguro firme em sua mão.
- Vai com o carro! – retira os cintos rapidamente.
- Não! Você precisa dele.
- Confia em mim! Vai! Eu vou fazer o que me pediu. – me beijou a testa emocionada e saiu, tomei seu lugar rapidamente e fui dando a partida.
CARMEN POV
Que merd*! Como vou encontra-las. Se a Savannah estiver aqui, a reconhecerei, mas a preciso ficar atenta à Joane.- disse à mim mesma, enquanto estacionava meu carro na frente da Musk. Claro que com giroflex ligado, isso foi fácil.
Não vejo movimentação lá dentro, percorro as ruas com os olhos. A procura de qualquer ato suspeito. De longe vejo uma silhueta conhecida entrar num carro.
- Savannah! – com a arma já empunhada, acelero meus passos, para tentar alcançá-la. Porém assim que estou chegando, ela saiu apressada cantando pneu. Faço mira mas não podia atirar, não com tanta gente perto.
- Carmen?! – olho apara o lado e vejo Joane.
- Você está presa por roubo e associação ao tráfico. – apontava firme a arma para ela.
Fim do capítulo
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