CAPITULO 05
CAPÍTULO 5
Nara shiva chegou, como dizem os mais antigos, com três palmos de língua para fora, suspirando pesado, típico de quaisquer felinos em corridas, seja no ato da caça ou da disputa por território ou até mesmo na escolha da fêmea. Vinha, além do cansaço, balançando a cauda e pisando com elegância. Parou abruptamente ao ouvir os gritos do seu pai.
r13; Nara, onde, diabos, você pensa que vai? E que porr* é essa de você trazer uma humana para sua casa e ainda por cima montada no seu lombo? r13; seu pai pensava que estava falando quando, na verdade, estava aos berros enquanto terminava de descer o último dos dois degraus da varanda Florida que circulava todo o terreno da construção da casa branca, com janelas imensas vindo do teto ao piso todas de vidro circundando todo o segundo e terceiro piso da bela residência e plantas ornamentais espalhadas ao longo de toda varanda, dando a ela um ar de aconchego.
A seu lado, caminhando macio e usando um vestido floral combinando, com os olhos azuis, os mesmos olhos de Nara e cabelos castanhos-claros cor de mel , sua mãe também olhava intrigada pela atitude da filha.
Por último, um pouco atrás do pai de Nara, vinha seu tio Anael Raj que, igual a seu pai, também estava nu da cintura para cima e com os cabelos pretos chegando aos ombros soltos ao vento. Ele igualmente demonstra no olhar a mesma suspeita do irmão.
Ao sentir a presença dos estranhos, a garota ficou com medo e muito nervosa, o que não deixou de ser sentido pela loba que estava conectada com ela pelo laço do qual vinham se comunicando.
A loba recuou dois passos, olhando para a floresta na intenção de voltar. Só não o fez porque se lembrou do homem armado e do cachorro na mata. Sabia que eles estavam à sua procura e não tinha tempo nem queria arriscar a vida da sua humana.
r13; Estou esperando sua resposta, mocinha. De onde vem essa garota? Não me diga que ela estava junto com o resto da turma no ônibus, porque todas as outras crianças já foram para suas casas depois de terem sido avaliadas pelo médico do hospital. E essa daí onde estava escondida? Qual é seu nome, garota? - Ziam Kabir andou três passos para frente.
A filha recuou na mesma quantidade, com as patas dianteiras e a cabeça toda curvada, quase chegando ao chão na posição de ataque. Todos sabiam o que iria acontecer se tentassem tirar à força a humana de cima do seu lombo.
—"Fale pra ele o que aconteceu, diga a verdade, não tenha medo, eu não vou deixar que eles te ataquem."
Amkaly Aruna ficou realmente com medo de tudo, olhou para os lados, buscando a dona da voz. Alguma coisa dizia que só podia ser a garota falando dentro da sua cabeça o que era impossível. Mas como sua mãe dizia uma vez com loucos, seja também um deles.
—"E você que está falando comigo, ou está lendo meu pensamento igual mais cedo? Por que não aparece e diz você mesma?"
—"Porque eu estou aqui, você está em cima de mim. Ainda não deu pra ver? E acredite, será melhor pra você eu me manter na forma de lobo no caso de uma emergência." A loba levantou o focinho para encarar uma Amkaly incrédula, que também olhava dentro dos olhos da loba sem querer aceitar o que estava vendo.
r13; Amor, olha só como aquela garota olha para nossa filha. Não me diga que elas estão se comunicando? Isso é impossível. Meu neném é muito novinha pra esse tipo de coisa. r13; Nádia apertava o braço do marido e falava pelo laço da ligação dos dois.
r13; Elas estão se comunicando, não está vendo? Mas o que diabos está acontecendo por aqui? r13;Ziam não pôde fazer nada para descobrir o que estava desconfiando, foi interrompido pela voz de Amkaly.
r13; Eu caí do ônibus, senhor, e rolei no penhasco até perto do rio.
r13; Estranho, muito estranha essa sua história, mas continue, quero ouvir tudo. Quem sabe eu acredite. r13; Anael Raj estava sendo profissional como sempre foi, em se tratando da segurança do seu povo.
r13; Como eu estava dizendo... quando fui levantar, minha perna estava doendo muito e tive dificuldade de levantar. Foi quando um raio bateu na árvore, que caiu em cima de mim cortando minha perna - Amkaly explicava, ciente de que estava em um sonho longo e difícil de acordar, porque tinha quase certeza de ter visto alguns lobos por perto olhando como se entendessem o que ela estava falando.
r13; Muito arrumadinha essa sua desculpa, não acha, mocinha? Então devemos acreditar que caiu, rolou um penhasco imenso e não quebrou nada? Porque, pelo que vejo, você está inteira. Me mostre o corte na perna r13; Anael Raj desconfiado, pediu, indo mais para perto da garota. Não conseguiu seu intento porque a loba rosnou alto.
—Para piorar a situação, a humaa tinha certeza que a loba tinha mandado o cabeludo ficar longe.E, por mais incrível que fosse, ela também viu os outros lobos se afastarem grunhindo e pedindo desculpa.
—O que estava acontecendo com ela? Por que estava vendo e ouvindo coisas estranhas?
—O vento soprado das árvores sussurrava segredos que ela não conhecia, como se a chamassem para correr livre e descalça, sentindo a areia e as folhas em seus pés. Não sentia medo da loba branca ou dos humanos à sua frente, só tinha um certo receio. Logo ela, que não gostava de estar perto de estranhos, ali se sentia em casa. Que sonho mais louco era esse do qual não acordava nunca? E o mais estranho era que seu sonho tinha cheiro e cores.
r13; Faça o que meu irmão disse e me mostre a perna cortada - Ziam Kabir ordenou.
r13; Vire de lado, Jane das selvas, para que eu possa mostrar a perna para essa dupla de cabeludos que pensa que são o Conan. Se bem que são mais bonitos - pediu, e a loba sorriu com a comparação que a humana fez de seu pai e seu tio com o Arnold Schwarzenegger do filme antigo "Conan, o Bárbaro".
Para espanto da plateia geral, ela virou de lado para que todos vissem o corte na perna da garota. Quando apontou o local e também olhou, viu que sua perna estava perfeita, sem corte, sem arranhões, como se nada tivesse acontecido.
Todos ficaram estarrecidos enquanto olhavam a perna sem entender nada e com a certeza de que a garota estava mentindo por algum motivo.
Amkaly estava começando a achar que o sonho estava virando um pesadelo. Como os sonhos que tinha desde que nasceu, desde que se entendia por gente sonhava com lobos e um pequeno lobo sempre estava perto nunca o viu cara a cara só sentia e sabia que esse lobo a protegeria sempre se sentia protegida nos sonhos o que não podia dizer de agora com todos os lobos olhando para sua perna sem vestígios de em algum momento ter sido cortada., ela sabia que sua perna estava com um corte imenso, quando apareceu uma garota linda - a mais linda que ela já tinha visto - com um cheiro mágico e um sorriso de derreter pedra, cuidava do ferimento como um pajé de uma tribo de índios, mastigando ervas e cuspindo dentro do ferimento - isso mesmo, cuspindo as ervas dentro do corte - que ia parando milagrosamente de sangrar. Em seguida, aparecia uma loba branca lutando com um cachorro, isso sem contar a garota tirando uma cobra de cima dela. E agora andava com essa loba e não tinha mais corte nenhum na perna e muito tempo não via a garota por perto.
Para completar, estava na frente de dois cabeludos idênticos tatuado lobos um no braço e o outra na costa inteira, lunáticos -está certo eram bonitões, mas meio loucos -, um monte de lobos que não eram mais lobos, e sim pessoas, e uma mulher parecida com a garota do rio.
—"Acho que estou ficando louca. É isso, pirei com a pancada, se é que caí de algum lugar", pensou consigo mesma enquanto se ajeitava em cima da loba e arrumava o cabelo em um coque mal feito que deixou metade dos fios caindo em seu ombro.
—"Você não está louca, para com isso. Tudo é real", Nara Shiva falou em pensamento.
—"Tá legal, como tudo isso é um sonho louco, vou fingir que estou conversando com um animal."
–"Loba, eu sou uma loba e uma garota. Meu nome é Nara Shiva. Tá ficando chato repetir isso a todo instante."
r13; Nara, filhinha, a mamãe vai pegar na mão da garota e ajudar a descer, tá bom assim? - Nádia falava calmamente, acalmando a loba que olhava para todos os lados em busca de uma fuga a qualquer momento.
Amkaly levantou a cabeça e olhou a mulher que se dizia mãe da Nara - se bem que elas tinham zero semelhança a garota que viu lá no rio se parecia muito ou melhor era a cópia do cabeludo metido a galã -, mas não sabia se era uma boa ideia descer. Vai que eles fariam dela uma prisioneira em algum lugar asqueroso ultra secreto. Não, era melhor ficar ali mesmo, até porque estava muito confortável.
—"Para com isso humana, ela é minha mãe, não vai fazer nada demais. Espera." pediu enquanto sentia o ar mudando junto com o vento vindo da floresta, o que fez a garota ficar apavorada e segurar com força na pelagem branca da loba arrancando alguns pelos que ficaram presos entre seus dedos.
A loba ergueu o focinho e cheirou o ar, ela pressentia o que podia acontecer. Muitos homens que trabalhavam na segurança da reserva vinham se aproximando e, pela batida dos seus corações um pouco acelerados acima do normal, ela tinha certeza de que eles fariam a garota descer.
Como sozinha não tinha força para lutar e nem coragem para matar um inocente, não tinha escolha.
Saltou por cima da cabeça do tio e pisou do outro lado, entrando nas matas. Ainda teve tempo de ver os homens chegando em disparada e seu pai atônito, de olhos arregalados, sem saber o que fazer ou pedir muito alto e claro aos homens armados.
Ziam ficou desesperado ao ver um dos homens com a mira no ombro da garota. Se puxasse o gatilho, acertaria em cheio, derrubando a garota, que não morreria, mas o atirador sim. Nara pularia na jugular do infeliz, estraçalhando seu pescoço.
- BAIXEM AS ARMAS. NÃO ATIREM. DEIXEM-NA IR.
*Nota*
SHIVA. Deus supremo
Amkaly(única) Aruna (vermelho)
Kabir. O grande
Raj. O príncipe
Fim do capítulo
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