Capitulo 25 - Lar doce lar
Perdemos a noção do tempo, depois que fizemos amor e ficamos dentro da banheira. A sensação de estar nos braços da Nicole, me deu a tranquilidade que eu não tive a semana inteira. Já sentia a pele arrepiada por causa do frio, mas me sentia tão protegida que não consegui sair.
Se a menos de trinta dias eu não sabia qual a sensação de beijar uma mulher, de sentir desejo por uma mulher, agora nos braços dela eu me sentia plena. Tinha a sensação de que ela estava me esperando a vida toda, e eu esperando por ela. Eu estava tão certa de que queria ela na minha vida, que em nenhum momento me preocupei com o Igor, ou com qualquer pessoa e seus julgamentos. Como em todo relacionamento, não tínhamos certeza nenhuma, se iria dar certo, se iria durar por muito tempo, se seria pra sempre, minha única certeza era que eu estava apaixonada e que viveria todos os dias intensamente.
_Precisamos almoçar e sair pra comprar o presente da Vitória_ falei virando e ficando de frente pra ela.
_Podemos almoçar ou jantar no shopping e depois compramos o presente.
_Pode ser, mas precisamos ir logo, a noite quero ficar em casa grudadinha em você.
_Vai acabar enjoando de mim.
_Impossível, quanto mais eu tenho, mais eu quero_ Aline falou me dando um selinho e mordendo meu lábio.
_Tá esfriando vamos sair, quero aproveitar você só mais um pouquinho.
Levantei, e peguei dois roupões no armário, e fomos pra cama, queria curtir ela um pouco, aproveitar cada segundo, matar a saudade e recuperar o tempo que perdi a semana inteira longe da Nicole.
Liguei o ar, e me aninhei nos braços dela, nos cobrimos com o edredom. Eu dormi poucas horas a noite, acabei acordando cedo e fazer amor me deu uma preguiça gostosa. Com o corpo relaxado aos poucos fui deixando a sono me vencer.
Não sei por quanto tempo dormimos, só lembro de puxar a Nicole pra dormir de conchinha comigo, sentia a respiração quente dela próximo do meu ouvido, lembro de puxar ela pra perto de mim quando ela tentou virar, e sempre que ela voltava me abraçava de forma protetora e beijava a minha cabeça, como pode alguém entrar na minha vida de forma tão inesperada, e se tornar um vicio.
_Aline, acorda, meu anjo, precisamos sair, eu sei que está cansada, mas tem uma pessoa que vai ficar triste se chegarmos sem presente, e se ela tiver a personalidade parecida com a da tia vai ficar uma semana de bico.
_Amor...tá tão bom aqui...só mais um pouquinho_ Aline falou sonolenta.
_Repete _falei pra ver se ela tinha falado aquilo por causa do sono.
_Só mais um pouquinho, vem cá_ Falou deitando no meu peito, e colocando a mão por dentro do roupão.
_Aline, se continuar, não vamos conseguir sair dessa cama.
_Eu quero só um beijo pra acordar _falou colocando a mão entre as minhas pernas.
_Nossa que rapidez, já está assim, molhada.
_Você me enlouquece, eu quero você agora.
_Sou tua faz o que você quiser comigo.
Sentir Nicole daquela forma, com aquela ousadia tão única, me dava um tesão incontrolável. Pedi que ela descesse da cama, e sentei na ponta do colchão, pedi que ela abri as pernas e salivei quando vi que ela estava mais molhada do que eu. Ela não perdeu tempo se ajoelhou na minha frente e abocanhou o meu o sex*, ch*pava com vontade, e quando eu estava quase goz*ndo ela parava, passava a língua, e olhava pra mim, era claro que ela estava me provocando, testando o meu limite. Eu me contorcia de tesão. Eu implorei que ela me fizesse goz*r, queria a ver bebendo o meu gozo.
_Me pega por trás _Falei morrendo de tesão, se ela sabia provocar eu também sabia.
Fiquei em pé, deitei parte do meu corpo na cama e empinei a bunda pra ela. E ela me penetrou com dois dedos, e quanto mais eu gemia mais ela dava estocadas, o que me deixava enlouquecida. G*zei, sentindo ela morder as minhas costas, e como se não bastasse ela desce o corpo e lambe o meu gozo.
Ficamos de pé, e ela me abraçou por trás, me levando na direção do banheiro.
Quando finalmente conseguimos descer, e olhamos no celular já passava das cinco horas da tarde. Nos empolgamos tanto que não vimos a hora passar e se não tivéssemos que sair de casa, com certeza teríamos ficado na cama.
Preferimos comer uma fruta, enquanto conversávamos. Como todo o resto da casa, a cozinha era muito bem planejada, espaçosa, e era composta de duas partes que se interligavam, em uma ficava o fogão, e geladeira e os outros eletrodomésticos moderníssimos, e na continuação da cozinha uma área onde ficavam os armários e uma mesa grande centralizada. A maioria das refeições eu fazia naquela cozinha, além de ser mais prático, gostava da companhia da Lu.
Não lembro a ultima vez que utilizei a sala de jantar, mas creio que foi em um jantar de aniversário, que estavam apenas o Igor, A Fernanda e as crianças, e de fora apenas o Rick, que sempre estava comigo em algumas datas especiais. Depois que os meus pais faleceram, nunca mais fiz festa em casa, sabia que seria que seria muito difícil ver a casa cheia e não ter eles circulando entre as pessoas.
Fomos nos trocar, antes que desistíssemos de sair, e quando descemos a Nicole tirou a moto dela que estava atrás do meu carro, enquanto eu esperava ao lado do carro, meu telefone tocou.
_Oi Igor _falei quando atendi e percebi Nicole me olhando
_Você vem amanhã? _ele perguntou
_Sim, jamais deixaria que ir.
_Ainda bem que não ficou chateada.
_Chateada eu estou, mas a Vitória não tem nada a ver com isso. Precisamos ser adultos e separar as coisas.
_Conseguimos resolver o problema da obra, começamos as horas extras na segunda...
_Sim, mas quem resolveu não fomos nós, e sim a nossa equipe _não deixei que ele continuasse, deixando claro mais uma vez o que pensava.
_Eu sei, já agradeci a todos por isso_ amanhã conversamos melhor, ou na segunda já amanhã o dia é da Vitória.
Desliguei com uma interrogação enorme na cabeça, não pelo fato dele ter falado que agradeceu a todos da equipe, e sim por Nicole não ter comentado que falou com ele, já tinha sido ela que encabeçou a solução do problema da construtora.
Entreguei a chave do carro a ela, e sentei no banco do carona, embora gostasse de dirigir, hoje abriria uma exceção, havia pedido pra ela dirigir, e depois de muita resistência consegui convencer ela.
Quando chegamos ao shopping já estava anoitecendo, e o numero de pessoas era considerável, na sua maioria de turmas de adolescentes, o que me deixava um pouco impaciente por causa do barulho, da agitação. Entramos em algumas lojas, e eu já estava impaciente, não tinha a mínima ideia do que compra para a Vitória, sem contar que precisava levar algo para o Gabriel, apesar de ser muito tranquilo, as vezes percebia que ele sentia ciúmes da minha sintonia com a irmã.
Depois de mais de uma hora procurando, a Nicole teve a ideia de comprar um daqueles carrinhos elétricos. Encontramos um todo rosa, e como não tinha nenhum detalhe nele, fomos em um daqueles stands que fazem adesivos e impressões, e pedimos que eles fizessem alguns adesivos com temas de princesa e em casa iriamos improvisar uma plotagem. Para o Gabriel, acabei comprando um vídeo game novo, mesmo sabendo que a mãe dele iria surtar por causa do preço. Nicole fez questão de dividir o valor do presente da Vitória comigo, já que, segundo ela, não seria justo já que foi convidada pela aniversariante.
Fomos deixar os presentes no carro, e voltamos para jantar. Escolhemos um restaurante quase no final da praça de alimentação lotada, e sentamos para fazer os pedidos. Enquanto comíamos, conversávamos sobre banalidades, assuntos bobos, e o que rendeu ótimas gargalhadas.
_Adorei o nosso dia, obrigada! _falei segurando a mão da Nicole e beijando a palma.
_Se depender de mim, teremos muitos assim _ela falou passando a mão no meu rosto.
_Vamos? Precisamos plotar o presente _eu queria ir pra casa, assistir um filme, tomar um vinho, curtir mais a minha namorada.
Levantamos para ir pagar a conta, quando ouvimos uma voz atrás de nós, e viramos as duas ao mesmo tempo.
_Dra Aline, Dra Nicole que surpresa_ era Alice acompanhada do namorado.
_Alice, boa noite, como está? _ falei formalmente.
_Oi Alice _ Nicole falou em seguida.
Fomos apresentadas ao namorado de Alice, um rapaz muito simpático, bonito, que parecia ser muito apaixonado por ela. Conversamos alguns minutos e Alice nos convidou para ir ao cinema recusamos, agradecemos e quando estávamos nos despedimos, sem perceber eu acabei segurando a mão de Nicole, o que foi prontamente percebido por Alice. Apesar de não perguntar nada, por ser tratar da chefe dela, ficou apenas nos observando, mas eu tinha certeza que o ocorrido não seria segredo, e que na segunda feira a obra estaria comentando. Mesmo assim não larguei a mão de Nicole e fomos em direção do estacionamento, pela primeira vez em anos, estava pensado apenas em mim, sem me preocupar com o julgamento das pessoas.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 15/07/2021
Oxe logo Alice misericórdia.
Resposta do autor:
Adorei o oxe...kkkk. Os comentários das minhas leitoras são os melhores.
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