Oioioi
Marcela, não!
POV MARCELA
Os dias se arrastavam e minha raiva ainda estava presente no meu peito. Voltei para a minha antiga casa, não poderia ficar mais na casa de Sandro, não depois de tudo isso. Jaqueline era quem estava feliz com isso, e fazia de tudo para me agradar, porem eu ainda não conseguia me soltar e reprendia todos os seus toques e investidas. Bia e eu não tivemos nenhum contato fora da cyber e mesmo assim era apenas estar presente no mesmo ambiente. Ela em momento algum tentou alguma proximidade e só fez que o que eu pensava sobre ela se confirmasse, ela agia com frieza, uma frieza que eu desconhecia.
Eu sentia saudades, sentia saudades dos toques, dos beijos, da risada sapeca que ela dava quando eu falava algo bobo, mas nessa situação toda eu não podia me dar o luxo de ficar pensando nisso. Precisava focar no desempenho da minha empresa que anda me queimando alguns neurônios depois que comecei a revisar uns contratos pessoalmente.
-Licença Marcela, posso falar com você rapidinho? – Alice colocou a cabeça para dentro da minha sala e eu pedi que ela se aproximasse.
-Algum problema Alice? – Ela parecia apreensiva.
-Marcela, eu sei que isso não é do meu interesse, mas eu noto uma movimentação estranha com alguns contratos. – Alice disparou a falar e eu ouvia o que ela me dizia, sempre soube que podia confiar nela, se que ela não me decepcionaria.
-Sempre soube que você era uma pessoa integra Alice, não se preocupe que iremos resolver isso. – Ela concordou com a cabeça e se levantou.
-Obrigada por confiar em mim Marcela. – Sorri e meu celular tocou informando que minha mãe me ligava.
Minha mãe ligou para me lembrar do almoço de aniversário do um pai que aconteceria nesse fim de semana, eu estava sem a menor vontade de ir, mas não podia fazer isso com meu coroa. O problema seria encarar eles com Jaqueline ao meu lado e ainda ter que me encontrar com meu irmão, depois do ocorrido do restaurante não tivemos nenhum tipo de contato. Confirmei que iria e continuei analisar os contratos que estavam em minha mesa.
O domingo amanheceu ensolarado e eu aproveitei pra dar uma corrida e colocar os pensamentos em ordem, a endorfina me ajudava a pensar melhor. Corri mais ou menos uma hora e só parei quando meu corpo já estava pedindo socorro. Voltei pra casa e encontrei Jaqueline e as meninas tomando café.
-Bom dia meninas. – Dei um beijo em cada uma e me sentei pra tomar café com elas. – Todas vocês vão comigo no almoço do meu pai?
-Desculpa Má, mas vou sair com o Gustavo hoje. – Milena disse e Giovana também disse que iria sair com o namorado.
-Eu vou com você meu amor. – Jaqueline fez um carinho em minha mão.
-Eu também vou Má. – Lívia sorriu com a nossa interação. – é bom ver nossa família junta novamente.
-É ótimo mesmo filha. – Jaqueline respondeu a filha e continuamos nosso café.
Logo após o café subimos e fomos nos aprontar para irmos para a casa dos meus pais. Eu não estava animada, mas meu pai era importante demais pra mim, eu amo aquele velho com todas as minhas forças.
-Prontas? – Perguntei Jaqueline e Lívia quando elas desceram as escadas.
-Sim, podemos ir. –Peguei as chaves e partimos.
Em vinte minutos já estávamos na casa dos meus pais, seria um almoço só para alguns amigos e nossa família. O almoço aconteceria no jardim, quando chegamos já tinham algumas pessoas acomodadas conversando animadamente.
-Filha, que bom que chegou. – Meu pai me abraçou e entreguei a sacola com o presente dele.
-Feliz aniversario meu velho. – Beijei seu rosto e abracei apertado. – Que sua vida seja incrível e que você continue esse velho chato que eu amo!
-E que não vive sem! – O beijei novamente e fui abraçar minha mãe.
Jaqueline e Lívia parabenizaram meu pai que fez uma cara de confuso e eu apenas dei os ombros. Não estava a fim de ouvi sermão do meu pai àquela hora, ou ter que dar explicações. Peguei uma cerveja e fui cumprimentar alguns parentes e amigos. Jaqueline e Lívia se enturmaram também e a musica ao vivo animava os convidados. Eu conversava com uma tia minha quando meus olhos automaticamente seguiram para a entrada onde Sandro e Beatriz entravam sorrindo, ela estava incrivelmente linda e eu engoli seco.
Os dois cumprimentaram algumas pessoas e minha vontade era ir até lá, mas eu não podia e logo que Jaqueline viu Bia, ela grudou ao meu lado. Minha única saída foi beber e eu descia uma cerveja atrás da outra. Jaqueline conversava comigo e eu não fazia ideia do que ela dizia, pois minha mente estava lá na mesa em que Beatriz estava sentada, eu queria ser uma mosca pra ouvir o que ela e meu irmão tanto conversavam, ela ria de tudo que ele dizia e isso era gatilho pro álcool entrar na minha corrente sanguínea.
-Filha quer me explicar isso? – Meu pai se aproximou e me questionou apontando pra onde Lívia, Bia e Sandro estavam sentados.
-Explicar o que pai? – Ele me olhou indignado e balançou a cabeça. – Não quero conversar sobre isso aqui.
- Eu disse que não ia intrometer mais em sua vida. – Ele apertou meu ombro e saiu.
Eu sentei e fiquei ali pensando nas minhas escolhas, minha vida seria mais fácil se eu tivesse escutado meu pai lá no passado. Pedi o garçom um uísque e fiquei ali sozinha com meus pensamentos. O dia parecia passar devagar e depois que Bia chegou à festa perdeu toda a graça pra mim. O cantor começou a tocar um pagode e o inicio da musica parecia querer me dizer algo.
Rubel_Quando bate aquela saudade
É você que tem
Os olhos tão gigantes
E a boca tão gostosa
Eu não vou aguentar
Senta aqui do lado
E tira logo a roupa
E esquece o que não importa
Nem vamos conversar
Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Quero te ver de branco
Quero te ver no altar
Não tem medo, não
Eu sei, vai dar errado
A gente fica longe
E volta a namorar depois
Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Eu tô com uma vontade danada
De te entregar todos beijos
Que eu não te dei
E eu tô com uma saudade apertada
De ir dormir bem cansado
E de acordar do teu lado pra te dizer
Que eu te amo
Que eu te amo demais
Eu nunca fui fã desse tipo de musica, mas a letra daquela era interessante, o cantor continuava o refrão e vi Bia se levantando e indo em direção à entrada da casa dos meus pais, não pensei direito e fui atrás dela. Olhei para o lado e vi Jaqueline entretida em uma conversa com uns amigos de papai. Andei rapidamente e consegui alcança-la na entrada do banheiro social, Bia se assustou quando a segurei pelo braço.
-O que... – Ela se virou e encontrou seus olhos nos meus. – Marcela, o que você está fazendo?
-Isso. – Empurrei seu corpo para dentro do banheiro e fechei a porta.
Não esperei ela dizer nada e avancei minha boca em cima da dela, o beijo era urgente e feroz, eu queria senti-la e Bia não se opôs a isso. Nos beijávamos como se precisávamos daquilo pra viver, e ela só afastou do meu corpo quando o ar nos faltou.
-Marcela, não! – Beatriz disse enérgica, ela saiu do banheiro e me deixou lá.
POV BEATRIZ
Quando Sandro me convidou para o almoço do pai dele eu fiquei receosa em aceitar, mas eu também precisava me distrair, essa semana foi uma semana longa demais. Marcela e eu não tivemos contato direto e às vezes eu me pegava pensando nos nossos momentos juntas.
Assim que chegamos à casa dos pais dele meus olhos se conectaram imediatamente aos de Marcela e meu coração bateu descompassado, mas logo vi Jaqueline pendurada em seu braço e fiz a egípcia fingindo que ela não existia naquele ambiente. Me concentrava na companhia de Sandro e Lívia, mas meus olhos me traiam as vezes e olhavam para ela virando uma cerveja atrás da outra e depois passou para o uísque.
-Está tudo bem Bibi? – Sandro me questionou quando viu pra onde eu tanto olhava.
-Está sim, mas preciso ir ao banheiro. – Ele me indicou onde ficava e eu segui até lá.
Adentrava na casa com os pensamentos a mil, eu nem sei o que eu estava fazendo ali naquele almoço, eu iria me despedir e ia pra casa, não dava mais pra continuar. Quando cheguei na entrada do banheiro me assustei com o toque grosso em meu braço.
-O que... –Me virei irritada pra ver quem era a pessoa, e fiquei surpresa quando me virei. – Marcela, o que você está fazendo?
-Isso. – Perguntei olhando para os lados, rezando pra que ninguém aparecesse ali.
Ela mão respondeu e empurrou meu corpo pra dentro do banheiro, Marcela estava alterada pelo álcool e eu nem tive tempo de raciocinar quando sua língua invadiu minha boca sem aviso prévios. Nossas línguas travavam uma guerra e o gosto forte do uísque deixava o beijo ainda mais excitante. As mãos dela apertavam minha cintura e só Deus sabe o que aquele contato causava em mim. O ar nos faltou e com isso minha consciência gritou alto.
-Marcela, não! – Me afastei sem dar tempo dela, fazer algo que não devia.
Fim do capítulo
Não me cancelem...
Beijinhos!
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Socorro
Em: 28/06/2021
Afffff,
Marcela, meu anjo tenha um pouco de amor próprio e esqueça essas mulheres elas não merecem vc .. vou confessar nunca gostei dessa Beatriz kkkk (autora jack e Bia um belo casal heim se merecem aff)..
marcela, levante a cabeça e segue a vida Querida esperava mais de vc ...
Resposta do autor:
O queeeeee? Kkkkkk
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Marta Andrade dos Santos
Em: 28/06/2021
Nossa que pena essa Jaqueline é um cascacu.
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