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Palavras: 1676
Acessos: 1619   |  Postado em: 19/06/2021

Sou contra isso

 

— Então, como pronuncia mesmo o seu nome para que eu não erre? – Laís dizia com um quê curioso, duvidando do que tinha dito anteriormente.

— É como se lê mesmo, Rá-ê-i-um.

— Pensei que tivesse um nome composto, digo – ela balançava o copo em seus dedos – Um primeiro nome brasileiro e o segundo em chinês.

— Não nasci no Brasil – respondi de forma automática a quando faziam essa pergunta – E mesmo assim, por lá se leva bem a sério a questão de nomes por ter toda uma questão de significado e identidade, e quando se é trocado, se perde isso.

— Entendo...Faz sentido – ela suspirou, voltando a beber. Sabíamos que aquela conversa ocasional só mascarava a real intenção daquele encontro – E o que faz no tempo livre, Hǎi yún?

Laís se aproximava de mim, passando a ponta dos dedos por minha camisa de botões, de cima a baixo ao me analisar minuciosamente.

— Eu costumo desenhar, ler, ouvir música...Nada demais.

— Também gosto de ouvir música – ela deu um sorriso aparentemente genuíno ao ter tocado nesse assunto – Tem algum artista preferido?

— Ouço bastante Ramones, então posso considerar a minha banda preferida.

Ela me olhou surpresa, mas concordou com a cabeça e levantou-se do sofá, indo direção ao tocador de disco que tinha na sala de sua casa. Nunca tinha visto um na vida.

— Então acho que você vai gostar desses aqui – ela pegou um vinil de capa preta com uma foto e letras brancas na capa e, após limpá-lo cuidadosamente com uma flanela, puxou o braço do tocador de disco e deixou ecoar uma música nas caixas de som acopladas a ele, balançando devagar em minha direção.

Sorri timidamente ao ver o pequeno show que acontecia na minha frente e Laís, ao ver minha reação, serviu mais vinho para nós e, na medida que bebia mais, não deixava de olhar em minha direção.

— Gostou da música? É uma das minhas preferidas.

Não estava prestando bem atenção na música, mas assim que me atentei a ela, percebi que era boa e principalmente, que ornava bem com o clima que queria ser causado.

— Gostei bastante dela – assenti com a cabeça, bebendo o vinho olhando em sua direção, como se retribuísse sua cartada.

Porém, Laís era como um gato brincando com sua presa e eu, ciente de tudo, continuei a dar o que ela queria. Ela se mexia de forma hipnótica na batida que a música fazia[1], balançando o quadril de um lado para o outro e minha mente, ao ver aquilo, foi inundava de pensamentos não tão impróprios.

— Você não mentiu quando disse que era muito tímida, Hǎi yún.

Dei com os ombros entre um sorriso que dizia que nada podia fazer em relação a aquilo, mas ela, ao ver isso, mordeu os lábio de um trejeito maldoso.

— Acho isso tão sexy em você.

— Sério? – arqueei as sobrancelhas, surpresa com o comentário. Normalmente mandavam eu corrigir esse meu modo considerado um defeito.

— Sério.

E, colocando o copo de vinho na mesinha à nossa frente, ela se sentou em meu colo e desceu pelos ombros o vestido que usava, mostrando o torso desnudo com exceção do sutiã rendado que usava.

Olhei para aquela cena por alguns segundos até perceber o que realmente estava acontecendo e, sem conseguir deixar de esconder a satisfação do que via, a beijei com afinco e ela me deitou em seu sofá, continuando aquele beijo com cada vez mais intensidade.

*

— Hǎi yún, você não tem juízo – disse Jude, passando-me o cigarro. Tínhamos nos encontrado no bar onde ela estava, depois do meu encontro.

            — E o que tem? – dei uma tragada e tossi, pouco habituada com aquilo.

O lugar estava barulhento e com muita fumaça envolta, com Jude bebendo uma cerveja. Eu já me sentia alterada o suficiente com o vinho, mas não me importava em me sentir mais um pouco misturando com cerveja.

            — Você ainda pergunta? Conhece essas minas na Internet, e marca encontro. Ainda mais com uma que fala que tem local. E se fosse uma maníaca?

            — Você pode até ter razão, mas ela não era – dei os ombros, devolvendo o cigarro para ela. A emoção da minha ação inconsequente e prazerosa ainda corria em minhas veias.

            — E ela ao menos era boa no que fazia?

            Dei um sorriso de canto, deixando evidente o que tinha acontecido.

            — Era sim.

            — Se seus pais sonharem as merd*s que você faz e que eu ainda acoberto, acho que eles voltam pra China contigo – Jude disse apontando o cigarro para mim, voltando a traga-lo – Depois eu saio como a péssima influência, sempre assim. “Judite, além de você transformar filha em lésbica, transformou filha em maluca” – ela dizia imitando a voz do meu pai de maneira bem parca.

            — Falando nisso, ele quer que eu faça cursinho, acredita? – dizia com desdém – Já disse que é perca de tempo.

            — Só na sua cabeça que seu pai ia te deixar a esmo em casa esse tempo. Se não quer trabalhar, vai ter que estudar – ela apontou para mim – Ainda com aquela ideia para Direito?

            Assenti com a cabeça, e Jude soltou um grunhido de desprezo.

            — Que merd*, Hǎi yún – ela voltava a fumar o seu cigarro até o final – Mas tenta pensar nos prós e contras. Quais são os contras?

            — Uma extensão do que foi o ensino médio, interagir com pessoas, multidões, matemáticas, contas... Preciso mesmo dizer?

            — É um ponto bem forte – ela apagava o cigarro no chão – Mas e os prós?

            — Não preciso ir pra loja com o bàba [2] e passo menos tempo fora de casa.

            — Então por que você não faz assim... – ela aproximou-se de mim como se contasse um plano engenhoso – Fala que vai pra aula e vai fazer outra coisa. Seus pais não saem pra canto nenhum mesmo.

            — Foi o que veio justamente quando a mãe falou sobre... – servi-me de mais cerveja. O vinho todo e o tesão misturado com tensão deixado pela situação anterior me deixava em um êxtase que não passava a não ser aumentando o teor alcoólico até desinibi-lo – Pelo menos não vou ter que ficar perto deles.

            — Qualquer coisa, matamos aula juntas – ela disse sorrindo, puxando o cigarro da minha mão – Sabe que também detesto meu trabalho na maior parte do tempo.

            Ela pegou seu copo e o brindou ao meu.

            — Aos nossos planos contra esse mundo doente e triste.

            — À pessoa mais negativa que eu conheço.[3]

            Brindamos e bebemos do copo até secar.

            — Sabe, Hǎi yún... – disse Jude, pensativa.

            — O quê?

            — Isso não é de todo ruim – ela pressionou os lábios – Pense nas gatinhas que devem ter por lá.

            — É... – concordei com a cabeça, virando mais cerveja no copo. Parei por um instante para prestar atenção na música que estava tocando e fiz uma careta.[4]

— O que foi? A cerveja está quente?

— Não, essa música está uma merd* – disse, suspirando.

— Não seja por isso – ela se levantou e foi até a mesa de som, conversando alguma coisa com o DJ. Não demorou muito para que ele mudasse o som a algo que eu bem conhecia. Rápido e agressivo.

            — Agora está do seu agrado, senhora?

            — Com certeza – disse, sorrindo.

            — Essa banda é sua cara, Hǎi yún – ela dizia alto próximo aonde saía o som –  E essa música parece que estou te vendo entrando na sala, com a cara fechada.

            — “Well I'm against it...”[5] – eu cantarolava baixo, emergida na sensação alcoólica em que havia me envolvido.

            — Eu sei que você faz mais que isso – Jude puxou-me pelas mãos, me levando até o salão para que balançasse com ela – Vamos, Hǎi yún! I'm against it! – ela gritava animada.

            — “I'm against it”! – acabei dizendo no mesmo tom que ela, eufórica, balançando de um lado para o outro.

            Ficamos naquela brincadeira pessoal sem nos importar com o olhar dos outros. Eu, nos melhores termos, tinha saído de um encontro com uma desconhecida e estava bêbada e Jude já tinha nascido sem pudor algum. Não tínhamos receio de nada ali.

            E ficamos naquilo até o cansaço bater e ao terminarmos a cerveja, Jude me levou em casa como prometido.

Ao chegar, vi que minha mãe já estava no quarto. Passei na porta e a vi lendo, como de costume e, tentando esconder meu estado, não entrei no quarto, ficando na fresta que a porta fazia.

            — Já cheguei.

            — Tudo bem, bǎobǎo[6].

            Não era de falar sobre o que fazia, mas na condição em que estava, não pareci me importar muito.

Quando dei as costas, voltei mais uma vez.

            — Mãe?

            — Sim? – ela levantou o olhar para a direção da fresta em que olhava.

            — Eu vou fazer o cursinho.

            Ela deu um sorriso genuíno e fechou o livro por um instante.

            — Obrigada por ter reconsiderado, minha filha.

            Dei os ombros, encostando-me na porta.

            — Boa noite.

            — Boa noite, bǎobǎo.

            E fui em direção ao meu quarto. Depois do banho, não tive espaço para outro pensamento além de me deitar e dormir um sono profundo.

 


[1] “Marque Moon”, Television.

[2] Pai, em chinês: 爸爸

[3] As frases da conversação de brinde delas fazem alusão a animação Daria, da MTV.

[4] “Viva La Vida”, Coldplay.

[5] “I’m Against It”, Ramones.

[6] Querida, em chinês: 宝宝

 

Fim do capítulo


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