Oi estão gostando?
Gostaria de repetir mais vezes.
POV PETRA
Depois do ocorrido da ultima sexta eu decidi que ia me dedicar a minha filha, não posso confundir mais a cabecinha dela, eu estaria presente em sua vida tanto quanto Mariana estaria. Domingo cedinho eu já estava pronta pra passar o dia com ela e nos divertiríamos bastante. A programação foi parque de manhã, fomos almoçar no restaurante que ela gostava e no inicio da noite iriamos ao cinema. Minha filha já não estava tão irritada comigo e isso já era um bom sinal. Combinei com Mariana que ela dormiria comigo e como ela ainda estava com catapora eu passaria na escolinha para avisar que ela faltaria alguns dias.
-Mamãe, eu ainda vou ter festinha? – Estávamos andando pelo shopping de mãos dadas.
-Claro meu amor, a mamãe já está organizando tudo. – Ela sorriu e continuamos andando. – Vai ser uma festa linda.
-Oba, eu “quelo” muitos doces. - Concordei com a cabeça e Malu avistou alguém de longe. – Olha é a tia Deia.
-Malu que surpresa. – A professora se aproximou e abaixou pra cumprimentar minha filha. – Está tudo bem?
-Eu “tô” doidoi. – Andrea me olhou confusa.
-Oi Andrea, Malu está com catapora, inclusive ia amanhã avisar a diretoria que ela não poderá ir por alguns dias.
-Oi Petra, que pena Malu. – Ela fez um carinho no cabelinho da minha filha. – Vou sentir sua falta nas aulas, espero que você fique boa logo, vocês já estão indo embora?
-A mamãe e eu vamos ao cinema. – Malu disse empolgada. –Você quer ir com a gente tia? A mamãe “Mali” não veio. – Malu fez uma carinha triste.
-Filha, Andrea deve ter outro compromisso.
-Eu ia adorar Malu. – Andrea abriu um sorrisão pra mim. – Se você não se importar, é claro.
-Não tem problema. – Sorri simpática. – Vamos comprar o ingresso, já está quase na hora da sessão.
Por sorte conseguimos comprar a poltrona ao lado da nossa e Malu me fez comprar varias guloseimas pra assistir o filme. O filme começou e Malu que estava sentada entre nós duas não piscava os olhinhos, ela e eu éramos apaixonadas por animações, assistíamos qualquer coisa. Andrea vez ou outra olhava pra mim e apenas sorria de lado, eu nunca olhei pra ela com outros olhos, mas não podia negar sua beleza. O filme terminou e Malu saiu tagarelando pelos corredores do shopping de mãos dadas comigo e a professora.
-Mamãe, podemos comprar batatinhas? – Malu perguntou quando avistamos a praça de alimentação.
-Podemos filha, mas você ainda aguenta batatinhas depois de um balde de pipoca? – Minha filha sorriu sapeca.
-Confesso que eu também estou com fome. – Andrea disse divertida.
-Vamos de pizza então? – Andrea concordou e nos acomodamos em uma das mesas.
Enquanto esperávamos a pizza conversávamos sobre trivialidades, e riamos das graças que Maria Luiza fazia na mesa, minha filha me fazia sorrir por qualquer bobeira. Em determinado momento da conversa Andrea perguntou onde Mariana estaria e Malu logo respondeu.
-As minhas mamães não “momolam” mais. – Andrea me encarou curiosa e Malu continuou. – Mas elas continuam sendo minhas mamães.
Sorri com a explicação da minha filha e Andrea tentou disfarçar a curiosidade na notícia.
-Pois é, Mariana e eu resolvemos seguir novos caminhos. – Bebi um gole do suco e sorri sem graça.
-Sinto muito Petra. – Ela fez um carinho em minha mão por cima da mesa. – Se você precisar de qualquer coisa não hesite em me procurar.
-Obrigado Andrea.
Mudamos de assunto e comemos pizza enquanto Malu se acabava nas suas batatinhas. Minha filha já estava ótima, tirando a coceira da catapora. Já eram quase nove da noite quando decidimos ir embora.
-Você está sem carro? – Perguntei Andrea ao ver que ela abria o aplicativo de carro. – Te deixo em casa.
-Não precisa se preocupar. – Ela hesitou de inicio, mas logo aceitou a carona.
A casa dela não ficava tão longe, e fomos o caminho comentando sobre algumas musicas que tocava na radio enquanto Malu cochilava na cadeirinha.
-Hoje ela cansou. – Virava a esquina da Rua de Andrea quando vi Malu dormindo.
-O passeio foi bom. – Sorri e ela retribuiu. -Obrigada pela carona, pelo cinema e pela pizza.
-Eu que agradeço pela companhia. – Estacionei o carro em frente sua casa e ela soltou o cinto.
-Gostaria de repetir mais vezes. – Andrea disse e eu fiquei sem resposta, já tinha muitos anos que eu não sei como retribuir flertes. –Podemos marcar pra você cozinhar pra mim.
-É pode ser. – Sorri sem graça e me lembrei de que Maria Luiza queria convidar a professora para o seu aniversario. – Andrea, no dia 18, iremos fazer festinha pra Malu, ela gostaria que você fosse, e eu também.
-Vou adorar. – Andrea se aproximou e puxou meu rosto deixando um beijo na bochecha. – Até mais Petra.
Fiquei meio que sem reação e ela desceu do carro passando pelo portão e entrando em casa. Liguei o motor e parti pra casa da minha vó, o dia já havia sido longo demais.
Flashback on:
O tempo passava corrido, meus dias no le cordon bleu eram puxados e eu quase não estava tempo para pensar em outra coisa. Meu peito rasgava de saudade de Mariana e da minha vó, mas ultimamente eu conversava com elas algumas horinhas no domingo que eu tinha um tempinho livre. Já ia inteirar o decimo nono mês em que eu estava na França e eu só queria terminar o curso logo e voltar ao Brasil.
-Ei pirralha. – Diane era uma colega de classe que me ajudou a me adaptar ao curso. – Vamos almoçar?
-Vamos. – Ela era a única pessoa que me tratava bem, a galera tinha um certo preconceito por eu ser brasileira e ser a mais nova deles.
Diane devia ter seus 25 anos e era uma mulher muito interessante, porem eu só pensava em uma, que devia nem me querer mais a essa altura do campeonato. Não dá pra manter um relacionamento a distancia, onde não se tem tempo de falar ao telefone. Eu já tinha notado que Mariana e eu tínhamos esfriado bastante, e sei que era devido à distância, e agora que ela estava na faculdade o meu medo era ela conhecer pessoas mais interessantes e mais presentes
-Tá pensando na sua garota? – Diane perguntou com seu francês carregado.
-Não consigo parar de pensar nela. – Suspirei fundo.
-Eu posso tentar tirar ela da sua cabeça. – Diane e eu estávamos esperando o horário da aula, sentadas no jardim. Ela segurou minha mão e eu senti uma coisa estranha. – Você e eu podemos ir até o meu dormitório.
-Diane, eu acho que não rola. – Puxei minha mão e me levantei. – Me desculpe, mas eu tenho namorada.
Sai sem esperar resposta, fui pra minha casa eu não tava com animo de assistir mais aulas. Resolvi ligar pra Marina, mas chamou até cair. Fiquei ali pensativa e fui dar uma olhada na nova rede social que estava bobando, abri o facebook e a primeira foto que vi me deixou bem chateada. Mariana estava abraçada a um cara em um restaurante e o sorriso dela estava incrivelmente lindo. Chorei em silêncio e eu decidi focar no meu curso e voltar o mais breve para o Brasil. Não vou perder a mulher da minha vida assim tão fácil.
Fim do capítulo
Essa professora tá marcando ein?
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Marta Andrade dos Santos
Em: 15/06/2021
Ciscando no terreiro de Mariana, Andréa.
Resposta do autor:
Abre o olho Mari
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