Eu apresento Mariana e Petra, minhas novas protagonistas do drama kkk. Espero que vocês as ame assim como eu estou amando!
Eu quero o Dívorcio!
Tell me you love me
Era a quinta vez em que eu olhava a tela do meu celular em busca de alguma resposta e nada, Petra mais uma vez tinha esquecido o compromisso que marcou comigo. Isso vem acontecendo com certa frequência e eu já estava no meu limite, eu não aguentava mais suas desculpas dizendo que ficou presa no trabalho ou algo do tipo. Nosso relacionamento estava quase entrando no oitavo ano e eu me perguntava onde erramos para termos chegado a esse ponto.
Flashback on:
Novembro de 2009
-Pronto cheguei e agora eu sou toda sua. – Ela me deu um beijo no rosto e deu aquele sorriso cafajeste que vinha preenchendo minha mente.
-Onde você estava? – Falei emburrada, e levemente enciumada com a possível resposta.
-Estava com a Letícia, ela é meio pegajosa e não queria me deixar sair. – Petra disse com tranquilidade e eu senti uma pontada no peito. Por que ela tinha que ser tão cafajeste?
-Você não vai sossegar nunca? – Questionei e ela gargalhou. – Você já pegou quase todas as garotas do colégio.
-Falta a mais linda delas. – Aquela frase mexeu comigo, mas eu não podia deixar Petra me encaixar na sua listinha de peguetes, não era aquilo que eu queria. – Mas ela insiste em dizer que é hetero.
-Na verdade eu tenho algo chamado Q.I, por isso nunca farei parte dessa lista boba que você tem guardada. – Novamente ela gargalhou e me segurou pela cintura, fazendo cocegas naquela região.
Petra e eu nos conhecemos desde a sétima serie, quando eu me mudei para a cidade, ela sempre foi comunicativa e foi a primeira pessoa que me recebeu e me acolheu nessa escola de malucos. Ela tinha luz própria e ninguém apagava isso, seu sorriso era iluminado e isso era uma das razões que meninos e meninas morriam de amores por ela. Comigo não seria diferente, mas eu preferi ter seu amor em forma de amizade do que pertencer ela apenas em uma noite. Viramos melhores amigas, e era incrível a forma em que nos conectávamos apenas com um olhar, ela me entendia e era a pessoa em que eu mais confiava. Petra morava com a avó e era um exemplo de neta, na escola apesar de ser a pessoa que mais frequentava a diretoria era a que tinha as melhores notas. Eu a amava e nada no mundo me tiraria da vida dela.
-Já decidiu o que quer fazer? –Era o fim de semana do meu aniversario e faríamos algo só nós duas. –Festinha pra galera?
-Nem vem você me prometeu que faria o que eu quisesse no meu aniversario. – Ela revirou os olhos arrependida da promessa. – Quero filminho, muita comida e cafuné. Você me deve pelo aniversario do ano passado.
-Tá bom, serei sua serva e farei tudo o que minha deusa desejar. – Ela me abraçou por trás enquanto esperávamos a van pra voltarmos pra casa. – Vais ser na minha casa ou na sua?
-Meus pais vão para o sitio e eu acho que pode ser na minha então. – Ela bateu palminhas, e levantou as mãos aos céus. –Teremos a casa só para nós.
-Nem acredito que vou deitar e rolar na cama da jabiraca. – Dei um tapa em seu braço ela reclamou de dor, minha mãe e Petra não se davam bem e minha mãe sempre deixou claro que não a suportava e Petra também não ficava para trás. – Sua irmã também vai?
-Eu acho que sim. – Dei os ombros e entramos na van. – O meu primeiro pedido será aquela lasanha de quatro queijos com a receita da sua vozinha.
-Eu disse que seria sua serva, mas não precisa explorar. –Gargalhei e seguimos viagem.
Petra não sabia, mas toda vez que ela fazia uma palhaçada meu coração palpitava ainda mais por ela. Eu até tentei esquecer esse sentimento, comecei um relacionamento morno com Lucas, um colega de classe, mas nada me fazia tão bem quanto estar na presença de Petra. Cada detalhe dela era único e fazia com que ninguém no mundo conseguisse substitui-la. A van parou na porta da minha casa e descemos, éramos vizinhas de rua e por isso não nos desgrudávamos.
-Meu fim de semana começa amanhã ás oito nenhum um minuto a mais. – Ela fez uma reverência e me beijou no rosto se despedindo e correndo pra casa.
Eu estava com um sentimento diferente no peito, mal sabia que aquele fim de semana mudaria minha vida por completo.
Flashback off:
Bufei de raiva e virei a taça de espumante tentando esquecer aquelas lembranças de uma Petra que já não existia mais. Em partes eu também me cobrava por esse casamento falido, eu sentia que fui negligente em vários fatores e por isso chegamos onde estamos hoje.
-Ela não veio né? – Gabriela se aproximou e eu apenas confirmei com a cabeça. – Ela deve ter se enrolado no restaurante amiga, algo deve ter acontecido.
-Esse é o problema Gabi, sempre é esse o problema. – Eu estava exausta, e não era um cansaço físico, era algo mental. – O restaurante sempre vem em primeiro lugar.
-Não gosto de te ver assim minha amiga. – Gabi tinha um olhar de pena e eu decidi ir para casa. – Eu estou sempre aqui por você, não se esqueça.
Dei um abraço em minha amiga e entrei no carro irritada. Hoje era a festa do escritório, meu chefe estava presente e tudo o que eu mais queria era minha esposa ao meu lado assim, como a maioria dos associados estavam com seus acompanhantes, mas lá estava eu mais uma vez sozinha. Cheguei em casa e dei de cara com Julia cochilando no sofá. A chamei com cuidado e acertei com ela os honorários em que ela passou cuidando da minha filha e me despedi dela. Subi com cautela e encontrei Maria Luiza esparramada pela cama, enrolada na sua cobertinha da Barbie. Malu tinha quatro anos e era a coisa mais preciosa em minha vida, a felicidade da minha filha vinha antes de qualquer coisa e eu fazia de tudo para que ela tivesse todo amor do mundo. Dei um beijo em seus cabelos encaracolados e fui para o quarto que dividia com Petra, tudo ali me lembrava ela e minha mente vagava pelas diversas vezes em que aquele quarto testemunhou nossas juras de amor.
Flashback on:
Estava deitada agarrada ao corpo de Petra, era domingo à noite e meu fim de semana especial estava acabando, mas eu não queria me desgrudar dela. Estávamos assistindo uma comedia romântica e eu nem prestava atenção no filme, só queria que aquele domingo não acabasse e Petra voltasse para as varias garotas que corriam atrás dela.
-Já dormiu? – Ela questionou enquanto fazia um carinho gostoso em meus cabelos.
-Se você continuar com esse cafuné, eu vou dormir. – Ela sorriu anasalado e continuou. – Você está com sono?
-Um pouquinho, mas vou esperar o filme terminar. – Ela me aconchegou mais entre seus braços e eu a abracei pela cintura. – Você é sortuda.
-Por quê? – Virei de frente a ela e perguntei confusa.
-Vai dormir agarradinha comigo, todas as garotas dariam tudo pra tá no seu lugar. – Ela sorriu debochado e eu fechei a cara.
-Como você é idiota. – Revirei os olhos e ela beijou minha bochecha. – Vai lá atrás das garotas então. –Tentei levantar, mas ela foi mais forte que eu.
-Pra que? Se a única que eu quero está bem aqui? – Aquilo me acertou em cheio, não era possível que eu tinha ouvido errado. Ela me queria? – Mari, eu sei que você vai achar isso loucura, e que eu tô dizendo isso só pra te dar uns pegas, mas já tem um tempo que eu tô querendo algo além da amizade. – Me sentei direito e ela acompanhou o movimento e continuou falar tentando não se enrolar nas palavras. –Eu não quero estragar nossa amizade, eu não quero que você saia da minha vida nunca, mas eu te quero de outra maneira.
Eu não respondi nada, a única coisa que consegui fazer foi colar meus lábios nos dela e fazer o que há tempos eu tanto desejava.
Flashback off:
Me livrei daquelas lembranças e entrei em baixo do chuveiro, tomei um banho longo e deixei a água levar aqueles pensamentos nostálgicos. Vesti meu pijama e olhei o relógio da cabeceira que marcavam quase uma da manhã e nada de Petra aparecer, era sempre assim, quase nunca ela estava em casa cedo e isso era o motivo da maioria das nossas brigas diárias. Bufei de raiva e me ajeitei na cama tentando pegar no sono. O barulho das chaves me despertou e eu desci a escada irritada, hoje ela iria me ouvir, e eu não falaria pouco.
-Você já honrou mais nossos compromissos. – Falei em tom repreensivo e ela suspirou levando a mão na testa.
-Puts, eu fiquei presa na cozinha. – Ela tirou a jaqueta e jogou no sofá. – O Danilo faltou hoje, fiquei sozinha.
-Petra, eu já estou cansada das suas desculpas. – Eu já estava cansada de ouvir a mesma ladainha todo dia. – São automáticas as suas respostas, na verdade tudo que você faz ultimamente é automático, o restaurante sempre vem em primeiro lugar, você não tem mais tempo pra mim, você não tem mais tempo pra sua própria filha.
-Isso não é verdade. – Ela tentou rebater.
-Não é verdade? – Dei um sorriso irônico e ela se jogou no sofá. – Qual foi a ultima vez em que você saiu pra passear comigo e com a Malu? Qual foi a ultima vez que você ligou pra sua vó? Eu não te reconheço mais, sua vida agora gira em torno do seu trabalho.
-Você está sendo injusta! – Ela tentava argumentar, mas não tinha embasamento em nada.
-Eu injusta? E você está sendo egoísta. – Falei com raiva e ela se levantou. – Eu não sou mãe solo, sua filha também precisa de você.
-Você fala como se eu não ligasse para a nossa filha.
-Mas é o que parece, eu achava que pelo menos sua filha era importante pra você já que comigo você já parou de se importar faz tempo. – Eu tentava controlar minhas lágrimas, eu jamais imaginaria que meu casamento passaria por algo do tipo.
-Mariana, eu estou exausta, eu não quero conversar sobre isso agora. – Ela recolheu a jaqueta e ia se encaminhando para as escadas. – Amanhã a gente pode conversar, mas hoje eu realmente preciso de banho e cama.
-Eu já estou me acostumando com você fugindo das nossas conversas. – Passei por ela e não esperei que ela respondesse.
Ela subiu em silêncio e foi direto ao banheiro, Petra era do tipo que odiava discutir, e isso me tirava do serio, pois às vezes eu só queria gritar com ela e que ela fizesse o mesmo. Ouvi o barulho do chuveiro e algumas lágrimas teimosas desceram pelo meu rosto. O celular dela estava em cima da mesa de cabeceira e começou a apitar informando mensagens chegando, eu nunca fui uma esposa ciumenta, eu sempre confiei nela e nunca precisei bisbilhotar seu telefone, mas naquela noite algo dentro de mim gritou por isso.
Paola via whatsapp:
-Obrigada pela companhia, eu me diverti demais essa noite.
-Beijos, espero que possamos repetir isso. -Paola Castro.
Meu sangue inteiro ferveu e um ódio descomunal me possuiu, eu não acredito que Petra estava me traindo. Ela saiu enrolada no roupão e me olhou sem entender o que eu fazia com o celular dela nas mãos.
-Era por isso aqui que você ficou “presa no restaurante”? – Apontei o celular e ela se aproximou tentando entender. – Eu não acredito que você fez isso comigo Petra.
-Do que você está falando? – Entreguei o celular a ela e ela apertou as sobrancelhas tentando compreender. – Não é nada disso que você está pensando.
-EU NÃO ESTOU PENSANDO PETRA, EU ESTOU VENDO. - Alterei a voz sem me importar com mais nada. – Eu acreditei que você tinha mudado, MAS VOCÊ CONTINUA A MESMA CAFAJESTE SAFADA DO COLÉGIO.
-Hey, para com isso. – Avancei sobre ela deferindo alguns tapas, eu estava fora de mim. – PARA MARIANA. –Ela me segurava pelos pulsos e eu me rebatia ainda mais.
-Me solta, não encoste em mim. – Ela me soltou e tentava explicar, mas eu não escutava nada, eu estava cega pelo ódio. – Sai da minha casa, eu não quero ver você.
-Mariana, dá pra você se acalmar? – Comecei a juntar algumas peças de roupas da sua parte do closet e jogava nela.
-SAI. – dei outro grito e ela suspirou cansada, ali era o fim, eu não aceitaria uma traição. – Eu não quero você na minha casa, eu não quero você na minha vida. Eu quero o divorcio.
Fim do capítulo
AAAAAAAH CADÊ O DIALOGO MEU CASAL?
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Anny Grazielly
Em: 12/06/2021
Aiaiaia gente... ja nao gosto dessa Paola... pqp.... ja começo sofrendo
Resposta do autor:
Paola é um amor kkk
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Marta Andrade dos Santos
Em: 11/06/2021
Vixe kkkkk
Resposta do autor:
Vixe
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