pois é, depois de tamta demora, mais um capitulo
Capitulo 53
Carmem
Dois indivíduos simplesmente invadiram minha sala, com a coitada da secretaria em seu encalço, eles andavam como se fosse um desfile, eles eram as estrelas e nos a plateia, eles exalavam confiança. Era impossível negar que não havia algum grau de parentesco com a garota que me fitava com um olhar de culpada.
Espera, quer dizer que aquela historia mirabolante era verdade?
Quer dizer que eles são os donos da empresa?
Espera, quer dizer a Isabelle é minha patroa?
- Desculpe invadir seu escritório, mas estamos atrasados para um compromisso, e a conversa que teremos não será breve. Disse a mulher me observando.
Nossa que mulher bonita.
Será que a beleza é de família?
Ou será que é coisa de gente rica ?
- tudo bem, Sr. e Sra. Black, afinal, pelo que eu entendi, a empresa é de vocês, então sintam-se a vontade. Alfinetei a mulher bonita que apenas sorriu e respondeu.
- já sei porque você gosta dela filhota.
- mãe, pai eu já esclareci sobre os acontecimentos, e eu tenho certeza que vocês já tomaram as devidas providencias sobre o caso, então a conversa não vai ser tão longa assim.
- graças a deus! estou louco para ir á praia, há propósito, me chamo David e essa é minha esposa Elisabeth e minha filhona, Isabelle, bom, vocês já devem ter conhecido ela, a propósito, quem é você? Indagou o homem que tinha um sorriso amigável no rosto.
Isa
Carmem parecia ter recuperado a sua compostura, após o susto, mas era perceptível a magoa misturada com confusão em seus olhos.
- Me chamo Diego, sou o diretor de financias. Disse se aproximando para um aperto de mão, mas surpreendentemente meu pai o abraçou e respondeu.
- obrigada por cuidar tão bem das nossas financias.
- é muito obrigada. Disse mamãe o abraçando também.
Olhei para Carmem que olhava aquela cena com um ponto de interrogação.
Eu sei que ele é parecido com meu irmão, mas também não é pra tanto né, afinal, não é ele.
Carmem
Porque eles estão se abraçando?
E por que eu não ganhei abraço ?
Eles estão falando conosco como se fossemos velhos amigos, mas é literalmente a primeira vez que vejo os meus patrões.
Antes de conhecer essas figuras, eu estava imaginando que os donos dessa empresa eram um bando de esnobes, babacas metidos, onde o David era um vovô babão que ficava dando em cima das suas funcionarias e que era casado com alguma modelo novinha interesseira, eu sabia da existência de uma herdeira, a famosa princesinha Black, eu imaginava que seria uma patricinha ou apenas mais uma rebelde sem causa, mas me surpreendi com a família Black, ela não era nada do que eu tinha imaginado, muito pelo contrario, David era um partidão, jovem, bonito e bem humorado e sua esposa não ficava atrás, ao menos eu acertei em uma coisa, ela parecia uma modelo, mas era inevitável não perceber o amor que exalava daquele casal, O olhar de ambos que brilhavam ao encarar o rosto um do outro, no sorriso que repousava no rosto da Elisabeth toda vez que ela fitava seu marido explicando concentrado algo muito importante, era notório o orgulho que emanava deles toda vez que minha suposta “funcionaria” explicava como solucionou o caso.
Amor, era isso que transbordava daquela família.
- então podemos encerrar por aqui esse assunto, já conseguimos reparar os danos e recuperamos a empresa, espero que vocês dois não guardem magoa de nós, e que continuem prestando o excelente trabalho nessa empresa. Disse Elisabeth, dando por encerrada a reunião.
- tudo bem, eu não irei abandonar essa empresa. Respondi e fui acompanhada por Diego
- eu também não.
- olha só, já esta quase na hora do almoço, será que vocês aceitariam almoçar comigo ? afinal, preciso conversa com vocês. Disse a Isa para mim e para o Diego.
- claro, podemos almoçar no restaurante de sempre. Confirmou Diego, enquanto me limitei a manear a cabeça positivamente.
-perfeito, então nos vemos na recepção, mas antes prometi mostrar o cafezinho da Dona Maria para meus pais, mamãe não acredita que é o melhor café do mundo.
- há, ela vai adorar. Então nos vemos na recepção. Disse me surpreendendo com a voz amigável que saiu da minha boca.
ISA
- dona Maria! Dona Maria! Tem café ?
- oi minha filha, acabou, mas não se preocupe que já tem uma água no fogo, já já você vai poder tomar seu cafezinho. Respondeu Maria com um sorriso caloroso nos lábios e um olhar curioso para meus pais.
- que bom, minha mãe ama café, e eu acabei comentando que você faz o melhor café do mundo e meu pai David adora cozinhar e ama minha mãe Elisabeth , logo ele quer aprender a fazer seu cafezinho. Disse com um sorriso apontando para as duas figuras que estavam ao meu lado,como dois seguranças.
- olá dona Maria, minha filha comentou muito sobre você, e se não for incomodar, gostaria que me permitisse observa o tão exaltado café. Indagou meu pai gentilmente, ele era assim, era o doce da família.
- claro meu filho, pode ficar a vontade, sua filha é muito educada, inteligente e gentil.
- há que isso dona Maria, assim você vai me deixar envergonhada. Respondi fazendo charme.
- obrigada dona Maria, por cuidar da nossa menina, ela me contou que você fazia o almoço para ela, e sempre a lembrava de almoçar quando ela se perdia no trabalho. Há e eu realmente amo café, por falar nele, já esta com um cheiro maravilhoso. Agradeceu minha mãe com sinceridade evidente.
Dona Maria conversava e fazia o café, mas eu já tinha demorado demais, e possivelmente Carmem já estava irritada me esperando para almoçarmos, então me despedi deles e fui ao encontro dela, que estava me esperando na recepção.
Restaurante
Isa
O caminho ate o restaurante foi silencioso, ela não parecia estar refletindo, provavelmente sobre os acontecimentos anteriores, e mesmo agora, sentadas uma de frente para outra, ao fitar seu olhar, percebi que apenas seu corpo estava presente, enquanto sua mente estava bem longe. Com isso, percebi que quem deveria introduzir a conversa seria eu.
- uma cerveja pelos seus pensamentos. Disse sorrindo com ternura.
Ela me observou, e percebi naquele momento que algo tinha mudado, como se finalmente o quebra cabeça tivesse terminado,entao ela respirou fundo e respondeu.
-você me parece relaxada.
- o que ?
- sabe, a primeira vez que lhe vi, você me parecia muito saturada. Como se estivesse carregando o mundo nas costas, mas agora olhando para você, percebo que a leveza em você, talvez essa seja a primeira vez que eu realmente enxerguei você.
Suas palavras me atingiram muito mais do que os socos que levei nas minhas brigas. Quando dei por mim, as palavras já tinham saído da minha boca como um lamento.
- eu sinto muito por ter criado um relacionamento amigável por meio de mentiras, mas eu realmente quis sua amizade. Nosso relacionamento fora da empresa, não foi uma mentira, nem um truque como você deve esta imaginando. Foi real, de um jeito diferente.
- você é minha chefe! Exclamou ela.
- não, meus pais são seus chefes, eu sou filha do chefe. Ela sorriu minimamente, mas já foi uma vitória.
- tudo bem, filha dos chefes, me conte sobre você, sobre quem você é realmente. Há, e você me deve uma cerveja.
Eu sorri para ela, fiquei realmente feliz por ela não querer se afastar de mim, e sim querer me conhecer, não o personagem que criei para inventigar a empresa, e sim a Isabelle Black.
Fim do capítulo
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florakferraro
Em: 18/05/2021
Vai concluir a história?. Estou doida pra ler mais 6 anos a mais não da
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