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A Bruxa das Flores por Niiale

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Palavras: 2189
Acessos: 395   |  Postado em: 16/05/2021

Salsinha

Capítulo 4 - Salsinha

"Conhecimento Útil"

 

❁

 Os sons do lado de fora continuam altos e agitados, deve passar das três horas da tarde. O quarto agora está escuro de uma forma que só Clara consegue deixá-lo. Talvez as cortinas não gostem de mim.

 

 Deitadas embaixo do cobertor, com o tecido encostando em nossos corpos nus e a sensação de meu corpo no dela, respiro fundo, criando coragem para perguntar.

 

 — Quando vai realizar meu desejo?— falo rápido, antes que mude de ideia.

 

 — Ora, — Clara afaga meus cabelos ternamente. — meu trabalho é vender flores e guiar umas almas aqui e outras ali para seu fim. Quem realiza desejos aqui é você.

 

 — Vou reformular a pergunta...— levanto-me, olhando-a nos olhos. — quando vai guiar a mim?

 

— Quando seu nome aparecer na minha lista. — suspira. — Sabe que odeio falar sobre isso com você.

 

 Clara levanta-se, sentando na cama. Observo atentamente cada parte de seu corpo, seus cabelos abundantes, longos e escuros, tão escuros quanto o céu da noite, caem sob seus ombros e seios. A pele morena de sol brilha levemente, devido ao suor, na fina luz que ultrapassa a porta, vinda do corredor.

 

 — Vamos tomar um banho e comer algo? — ela se vira para mim, mexendo no cabelo desconfortável. — Logo você precisa salvar um rapaz e seu peixe. 

 

 — Falando nisso... -- reviro os olhos por seu comentário - você quebrar regras por esse rapaz não tem problema? — pergunto curiosa. — será que ele morreria tentando pelo menos reaver o corpo?

 

 — Provavelmente. Mas o que me preocupa é se você alterar essa linha do tempo, transformando-o em um tritão, ainda sim o destino dele ser a morte. Será que não vai morrer no processo ou virar comida de tritão?

 

 — Meu trabalho é realizar o desejo dele, o que acontece depois não me interessa. — levanto-me devagar. — Também não sei como é o processo de transformar um humano em tritão, por isso preciso consultar você sabe quem, para nós duas acharmos um meio. Eu poderia procurar sozinha em alguns dos livros que tenho aqui, mas duas cabeças pensam mais rápido que uma.

 

 Andamos devagar e em silêncio até o banheiro, onde entramos juntas embaixo do chuveiro quente e aconchegante.

 

— Eu poderia te ajudar — Clara retoma o assunto de segundos atrás. — Mas não faço ideia de como ler seus livros.

 

— Não se preocupe com isso. Minha mãe e avó que os escreveram, por isso não consegue ler. É um idioma que elas criaram e me ensinaram algo que inventaram, para ninguém poder ler. Nem eu mesma consigo entender direito às vezes.

 

 Acabamos o banho e nos vestimos em silêncio. Na cozinha, enquanto Clara nos fazia maravilhosas panquecas de frango, eu a ajudava preparando a salada e, nesse tempo, conversamos. Conversamos sobre coisas banais, sobre o tempo, sobre passado e presente sobre o filme que vimos em sua casa alguns dias atrás.

 

 Laima juntou-se a nós, dizendo que Alex passara o dia todo em casa, em família. Com a conversa a três criamos teorias sobre Alex e o tritão, inventamos meios de tornar humanos em peixe, sem nem saber ao certo se havia mesmo um meio. Mas certeza que há.

 

 O jantar saiu já era mais de sete da noite, comemos sem parar a conversa, quase sem nem respirarmos, pulando de um assunto para outro, despedindo-nos lentamente, cinco dias não é muito para mim que a verei, já ela não me verá nessa linha do tempo.

 

E então era hora de ir.

 

 A casa não pode ficar sozinha, precisa de cuidados e também de quem recepcione clientes, caso apareça algum. Caminho devagar até onde Emily encontra-se sentada entre as samambaias. Os pés presos em raízes dentro de uma bacia de água.

 

 “Algumas plantas”, lembro-me da voz de minha avó, “em especial as samambaias, tem o poder de adquirir aparência humana. Nascem dentre as folhas e então servem seus donos em troca dos cuidados. A sua bisavó, minha mãe teve a oportunidade de conhecer uma mulher-samambaia, dera-lhe o nome de...”, infelizmente não me recordo o nome da de minha bisavó.

 

 Emily nascera de uma samambaia, anos atrás, nascera já adulta e com  roupas, um belo vestido verde embaixo de um avental de babados brancos. Seus cabelos de um verde tão escuro que confunde-se com preto. Só levanta de seu posto quando preciso, parece saber sempre minhas necessidades.

 

 — Emily. — digo seu nome — preciso que cuide da casa por cinco dias.

 

 Em resposta a mim, solta um longo suspiro, daqueles que soltamos quando temos um sono revigorante, abre os olhos devagar, me encara e sorri. Delicadamente, solta seus pés das raízes que os prendem e se levanta, ajeitando o vestido e os cabelos. Vira-se para mim, segurando com as mãos as pontas do vestido e faz uma leve mesura.

— Boa noite, — diz — Senhora Alma e Senhor Laima.

 

 — Boa Noite Emily. — cumprimento-a. — pode cuidar da casa para mim?

 

 — Certamente. — passa por mim rapidamente, se apressando para me ajudar nos preparativos.

 

 Preparativos esses que não requerem muita coisa, apenas os papéis que Alex escrevera mais cedo, em especial o com as anotações de horário e local, mas usarei apenas a localização, o horário mudarei para agora a noite, um dia antes do que Alex sugerira. Preciso descobrir como transformar alguém em tritão, então, na verdade, talvez não precisasse que Alex fizesse as anotações. Suspiro nervosamente.

 

 Emily reaparece, carregando em seus braços um manto de cetim preto, o mesmo que minha avó me confiara antes de acontecer tudo aquilo.

 

 — Com licença. — Emily pede, vestindo em mim o manto que carregava.

 

 — Obrigada, Emily. — sorrio.

 

 Por baixo do manto, visto apenas um vestido tomara-que-caia preto. O mais fácil de se tirar quando o maior  efeito colateral dessa viagem no tempo me atingir. Laima voa em minha direção, pousando em meu ombro esquerdo.

 

 Respiro fundo e abaixo-me, aproximando-me do chão. De dentro do bolso do manto, retiro um pedaço de giz, o segundo item necessário para realizar a viagem no tempo. No chão, desenho o símbolo de minha família, um símbolo simples, desenvolvido por minha bisavó e passado para mim através de minha avó: um grande círculo que carrega em seu interior um losango, dentro dele, dois riscos, um em cima do outro, deitados na horizontal. Ao redor, nas pontas do losango, escrevo a data de três dias atrás, o local que Alex indicara nas anotações e a hora daqui a dois minutos.

 

 Levanto-me posicionando-me dentro do círculo, pisando no interior do losango. Olho para Emily, agradecendo-a mentalmente por mais uma vez cuidar da casa em minha ausência.

 

 Um minuto se passa. Laima remexe-se desconfortável em meu ombro, prevendo o que estava por vir. Emily entrega-me um pequeno punhal de lâmina escura, adornada com várias flores pequenas e prateadas. Com o punhal em mãos e o último minuto passado, corto a palma da mão esquerda, deixando o sangue cair por todo o círculo.

 

 Então acontece a pior parte.

 

 Tudo em volta gira rapidamente, como se estivesse sentada naqueles brinquedos giratórios de parquinhos infantis, só que você não pode parar por exatos três minutos. Fecho os olhos para não ver o mundo girando a minha volta e prendo a respiração.

 

 E tão rápido acontece mas parece demorar uma eternidade, tudo para. O cheiro do mar atinge minhas narinas, abro os olhos e a tontura atordoa meus pensamentos, caio de costas na areia, mãos e pernas abertas, respirando pesadamente. Procuro Laima rapidamente, está deitado ao lado de minha cabeça, gem*ndo desconfortável.

 

 — Odeio essa parte. — Laima sussurra.

 

  Resmungo em concordância e abro os olhos, encarando o céu estrelado acima de nós. A voz de alguns adolescentes a festejar na areia não muito longe ressoam com o quebrar das ondas nas pedras.

 

 Onde estamos ninguém costuma vir, tem muitas pedras e corais que podem ser perigosos, talvez o local perfeito para se encontrar secretamente com aquele que ama, uma pena que todo segredo acaba sendo descoberto mais cedo ou mais tarde.

 

 Sinto a agitação comum em meu peito após esse encanto e minha pele formigar.

 

 — Laima, — chamo. — já está melhor? Precisamos ir.

 

 Não me responde, mas grunhe em descontentamento. Levanto-me trêmula e o pego no colo, escondendo-o embaixo de meu manto. Se os adolescentes o virem, terei muito trabalho.

 

 Ando descalço pela areia que, apesar de estar noite, encontra-se quente de várias horas de sol quente. Passo pelos adolescentes que estão ocupados demais com eles mesmos para me notar e alcanço a rua, também quente de sol.

 

 O caminho até minha própria casa não é longe, mas me demoro o máximo que posso para chegar, ainda sim chego rápido e bato na porta. E quem a abre sou eu mesma.

 

 Encontrar e conversar comigo mesma é algo horrível. Diferentemente de um irmão gêmeo que a única semelhança a você seria a aparência, encontrar-se consigo mesmo é terrível de forma que nós duas fazemos a mesma careta, é como se olhar no espelho.

 

 Conhecer a si mesmo pessoalmente é uma maldição quase pior que a que carrego comigo, você é a única que sabe seus segredos e inseguranças e meios de agir.

 

 “Alma 2” me abre passagem sem dizer nada e eu também permaneço em silêncio todo o caminho até a cozinha. Deixo Laima ao lado de si mesmo também, em seu poleiro, já está melhor que quando chegamos e, como eu, sente-se desconfortável em sua segunda presença.

 

 — E então? — Alma 2 pergunta. — a que devo sua indesejada presença? Vem de quantos dias a frente?

 

“ Minha voz é realmente essa?” penso arrependida de estar aqui.

 

 — Três dias talvez? — respondo tentando fazer a conta. — Não sei ao certo mais.

 

 — Bom, vamos tomar um chá enquanto me explica.

 

 Me observo preparar um chá de hortelã. Se se encontrasse com você mesmo o que faria? Eu passo esses momentos com repúdio, só consigo olhar e achar os erros em cada movimento. Enquanto Alma 2 prepara o chá, resumo com todos os detalhes possíveis sobre o que precisamos descobrir.

 

 — Você explicou sobre os tritões e sereias? Que costumam enganar os humanos? — Alma 2 nos serve o chá.

 

  — Claro que sim, como já lhe disse. — beberico o chá.

 

 — Vamos acabar logo com isso. — a segunda eu se levanta e sobe as escadas apressada.

 

 Olho para ambos Laimas, que se encontram de costas um para o outro de penas arrepiadas, se ignorando, como se se olhassem, se atacariam por raiva e arrependimentos do passado.

 

 Com talvez dez cadernos pesados, Alma 2 retorna à cozinha e os solta na mesa. Os materiais de nosso estudo batem com força na mesa, tremem na grande pilha e se aquietam no lugar. Pego o primeiro caderno da pilha e o admiro, folheio as páginas cheias de desenhos, rascunhos e escrita no misterioso idioma que minha avó inventara, olhar sua letra me enche de um sentimento nostálgico. Respiro fundo, odeio nostalgia.

 

 — Precisamos encontrar nesses cadernos uma forma de transformar um garoto em tritão, certo? — Alma 2 pergunta-me com leve irritação na voz. — Se eu soubesse ler rápido esses documentos não precisaria encontrar a mim mesma. — resmunga.

 

 — Fazendo de suas palavras as minhas: vamos acabar logo com isso, antes do meio dia de amanhã. Preciso encontrar Alex na praia antes do efeito colateral. — respiro fundo mais uma vez e folheio o caderno em minhas mãos com mais atenção.

 

 No meio das anotações encontro rascunhos de um desenho de uma bela mulher-samambaia e informações sobre. Será essa mulher baseada na de minha bisavó?

 

 Mais algumas folhas a frente encontro o desenho de um tritão, sinto meu corpo arrepiar de alegria, encontrei tão rápido assim o que precisava? Então podia ter me poupado desse encontro perturbador.

 

 Passo os olhos pelas anotações e...alarme falso. Esse artigo era como transformar um tritão em humano e o processo não é nada bonito, faço uma leve oração desejando que o contrário não seja pior.

 

 Não sei quantas horas se passaram, mas o sol já brilhava pela casa toda, ainda lutando contra nosso sono, Alma 2 e eu procuramos avidamente nos cadernos, agora eu segurava o penúltimo da pilha e ela o último.

 

 — Ah! — Alma 2 grita. — encontrei!

 

 — Sério? Esses cadernos nunca nos deixam na mão. — digo admirada.

 

— Mas...— sua voz sai quase que dolorida e seu rosto carrega uma expressão nervosa. — o processo não é nada fácil e nem bonito.

 

 Rapidamente vou ao lado de Alma 2, para ler a anotação. Minhas orações não foram atendidas.

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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