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A Bruxa das Flores por Niiale

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Palavras: 1639
Acessos: 518   |  Postado em: 16/05/2021

Floriografia

Capítulo 2 – Floriografia

 

"A Linguagem das Flores"

 

❁

Hoje é um daqueles dias tão quentes que o asfalto parece colar nos sapatos e a maresia tão forte que tudo parece melado de sal, tudo tão salgado quanto o próprio mar.

 

E hoje é daqueles dias que não devia ter saído de casa. Mas contrariei tudo, todos os avisos do universo e saí, saí empolgado para encontrá-lo, para lhe contar que finalmente descobrira uma forma de trazê-lo para cá e, no fim, o perdi.

 

É claro que talvez eu sempre fora seguido e já estava óbvio o segredo, que talvez se não tivesse ido hoje, eles o pegariam sem meu conhecimento e acharia que se simplesmente se cansara de mim e depois de um ano resolveu esquecer tudo e ir para casa. Mas todas essas deduções seriam contrariadas quando ligasse a televisão ou o computador ou meu celular ou simplesmente saísse na rua, como agora.

 

Cada centímetro da rua está cheio de pessoas agitadas com as notícias, se esbarrando em desconhecidos que se reconhecem rapidamente no calor do momento para conversar sobre o assunto.

 

“Quando divulgaram mais coisas sobre?”, “Você viu?”, “será que ainda está vivo?”.

 

As perguntas e deduções enchem meus ouvidos por mais que tente ignorar, sinto meus olhos arderem, a bolsa batendo contra meu quadril enquanto corro me incomoda mais que gostaria, o calor, o sal, eu mesmo, o mundo, o universo, o destino, tudo me irrita e vou mudar tudo isso, vou salvá-lo.

 

“A casa da bruxa só pode ser encontrada se realmente necessária, normalmente é tão escondida que às vezes até a própria se perde. Além disso, é preciso pesquisar floriografia, escolher o significado que mais se encaixa, que mais condiz com a mensagem que quer passar. Quando pensar que está perdido, é quando encontrará.”

 

Não sei se bruxas atualmente usam internet, mas pesquisando meios de realizar meu — nosso — antigo desejo, encontrei um artigo enorme sobre a bruxa das flores. As vezes que postou isso fora alguém que recebeu ajuda e quis divulgar, ao invés da própria bruxa, seja como for, quando li aquilo, nunca me senti tão empolgado.

 

Sempre ouvi sobre linguagem das flores – floriografia –, era algo antigamente, creio eu, não imaginava que alguns ainda usam isso.  Na primeira vez que li sobre, havia escolhido uma flor totalmente diferente, uma que começava com quase a última letra do alfabeto. Mas há pouco tempo atrás, quando o significado precisou ser mudado, ao bater o olho na tela, encontrei facilmente.

 

E esse facilmente carrego em minhas mãos, essa flor que não imaginava ser como é, não imaginava um significado tão profundo e tão condizente com o que quero expressar, aperto tão forte em minhas mãos que sinto os dedos doerem, carrego tão apertado em meu peito que se pudesse enfiav* dentro de mim.

 

Mesmo com isso, com a flor que necessito em minhas mãos, com o medo e desejo de mudança tão fortes, por quê não acho a bendita casa? Perdi a conta de quantas ruas percorri e afinal, como é a casa de uma bruxa?

 

“Realmente existe?” Esse pensamento cruza minha mente, me fazendo parar, ofegante, estremecendo todo meu corpo.

 

É claro que existe. Afasto o pensamento negando com a cabeça. Se alguém como ele existe, uma bruxa não é impossível.

 

Percebo uma leve agitação no ar, pelo canto do olho esquerdo vejo uma porta surgir quase que num passe de mágica. Olho em volta, somente eu a vejo? As pessoas continuam passando, correndo como formigas, desviando de mim.

 

 Um passe de mágica é exatamente o que preciso, respiro fundo e toco a campainha, ouço o som da mesma ressoar do outro lado da porta.

 

Segundos, talvez minutos se passam e, então, a porta se abre. Segurando-a aberta, uma mulher de cabelos e sombrancelhas brancas, pele levemente morena e um vestido azul que a segundos atrás fora desamassado com as mãos sorri ao me ver, na verdade olha o vaso em minhas mãos e então todo o medo e incerteza que me enchia, fora esvaziado, como se eu fosse um balão e ela acabasse de me furar com uma agulha.

 

– Preciso de ajuda — junto toda minha coragem para dizer. — e acho que só você pode me ajudar.

 

— Ora, — sorri se movendo levemente para o lado, dando-me passagem. — entre então.

 

Passo por ela dando de cara com alguns degraus de uma escada, devo deixá-la passar na frente e me guiar? Ou vou sozinho?

 

— Pode subir, — ouvi-a atrás de mim — não tenha medo, estou logo atrás de você.

 

Subo vagarosamente os degraus, “não tenha medo”, hein? Acho que todos tem um pouco de receio ao ouvir de uma bruxa, mas eu conhecia algo parecido, quem sou eu para temer essa mulher? Mas...sua casa cheira à café fresco e pães de queijo no forno, além de um cheiro de mata e flores.

 

Alcanço o fim da escada e a visão que tenho me surpreende: plantas para tudo o que é lado, o teto e janelas todo de vidro, a luz do dia bate nas folhas e quase me cega. A casa não tem mobilia, se tivesse, seriam engolidas pelas folhas e galhos e flores. Lá fora o calor e maresia me doíam na pele, aqui dentro, um ar fresco e até um pouco de frio me atingem. Em frente a maior janela aberta, um pássaro, talvez o mais diferente que vi, come tranquilamente uma maçã.

 

Um pouco para a direita vejo uma cozinha, essa mobiliada devidamente, escondida por uma escadaria tomada de trepadeiras, mas vejo que, o andar de cima não é tão iluminado quanto aqui.

 

Olhando ao redor, me desespero levemente, um vaso de amaranto florido parece me julgar, de repente o pequeno vaso em minhas mãos parece insignificante

 

A mulher passa por mim, me convidando para sua cozinha. “Sente-se,” ouço-a dizer, “está com fome? Claro que sim, não ter comido ainda hoje. Gosta de café? Ou prefere chá?”, muitas perguntas de uma vez me deixam tão atordoado quanto o mar de plantas.

 

— Café está bom. — minha voz sai mais falhada do que gostaria. — acho que estou com um pouco de fome sim.

 

O ambiente aconchegante quase me fez esquecer ele, o motivo de eu estar aqui.

 

— Não se preocupe. — uma voz masculia atrás de mim me assusta. Não pode ser o que estou achando que é, pode? — Alma já gostou de você.

 

Olho para trás, o pássaro me encara. Então, Alma, a bruxa me serve café em uma bela xícara azul e pães de queijo em um pratinho florido.

 

— Ora, — a ave continua, se soubesse que falava mais cedo, imaginaria a voz que todos os papagaios tem e não a perfeição que sai de seu bico. — se você veio pelo motivo que estou pensando, uma ave falante não devia te assustar.

 

— É verdade! — levanto-me batendo ambas as mãos na mesa, fazendo-a tremer. Ando agitado de lado para outro. — Aqui, eu trouxe essa flor num vaso mesmo, foi difícil achar, mas vi numa floricultura não muito longe daqui mas... você já tinha a flor e-

 

— Acalme-se. Sente-se, beba seu café, coma seus pães de queijo. Eu vou te ouvir. —  “Alma” diz sorrindo ternamente. Olha para o vaso que lhe trouxe. — A maioria das pessoas me traz apenas uma única flor enrolada num papel, ou um buquê, você é diferente.

 

— Imaginei que se trouxesse só uma flor ou o buquê seria ruim, morreriam rápido. — sento-me envergonhado. — Mas você é uma bruxa, deve saber revivê-las.

Ela me encara seriamente.

 

— Não posso reviver algo que se foi.

 

— Ah. — Sinto meus olhos arderem novamente. Seguro as lágrimas.

 

— Suponho que esteja aqui pelo que tem circulado nas notícias de hoje, certo?

 

— S-sim...— minha voz falha. — Mas agora não sei se pode me ajudar.

 

— O tal tritão... você o conhecia? Sabe quem foram os que os levaram? Está preso em algum lugar específico?

 

— Não! — ouço-me gritar, não queria gritar. — E-eu corri até ele hoje, como todos os dias durante um ano — abaixo a voz — ele estava no lugar de sempre, afastado, escondido nas pedras. Ia falar para ele que encontrei um meio de fazê-lo sair do mar, ganhar pernas, como a história da Pequena Sereia... Eu descobri sobre você e a intenção era te encontrar para que pudesse lhe dar pernas...

 

— Mas o capturaram? — sua voz era suave, tentava me consolar.

 

— Não... — gemi. — me aproximei dele e ele veio até mim, mas me pegaram, não vi o navio da marinha, não vi os policiais, não vi nada e...me pegaram. Gritei, o mandei fugir, nadar para longe...mas ele ficou irritado quando me afastaram e segurou um policial e...atiraram nele. Nas notícias, em todo lugar diz “se sobreviver será mostrado ao público” — sorrio sarcasticamente. — ele está morto e você não pode trazer os mortos de volta.

 

A bruxa das flores se levanta, vem devagar em minha direção e me abraça.

 

— Não posso reviver algo que se foi, mas posso alterar o seu destino. — pega meu rosto em suas mãos e olha em meus olhos. — Você pesquisou o significado do amaranto, não foi? Escolheu dentre tantos outros aquele que sentiu ser o correto.

 

Aceno com a cabeça.

 

— E o que o Amaranto quer dizer?

 

A voz do pássaro chega aos meus ouvidos.

 

— Imortalidade. Amor que nunca desaparecerá. — sussurro.

 

 

 

 

Fim do capítulo


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