POV MARCELA

-Bia? O que aconteceu? – O elevador se abriu eu tentei me aproximar dela.

-Marcela, isso é errado. – Não acredito, ela estava arrependida. – Não devíamos ter feito isso.

-Ainda não fizemos nada Bia. – Estávamos sozinhas dentro do elevador e segurei seu rosto entre as mãos. – Eu quero tanto quanto você quer.

-Mas isso não pode acontecer. – Beatriz não me olhava nos olhos e eu tinha que pensar rápido.

-Tudo bem, mas olha pra mim e fala que você não quer, ai eu te deixo ir para o seu quarto. – Ela me olhou, mas não disse nada e ali foi minha deixa para encaixar nossas línguas em um novo beijo.  – Não quero te forçar a nada, ainda está cedo  vamos para o meu quarto e tomamos algo e conversamos um pouco, pode ser?

      Ela balançou a cabeça em afirmação e eu apertei o elevador para o meu andar. Beatriz me seguia em completo silêncio e eu precisava pensar em algo para o clima não ficar tão chato. Assim que entrei eu liguei para o serviço de quarto e pedi uma garrafa de vinho francês, e alguns petiscos, perguntei Bia se ela queria algo a mais e ela negou com a cabeça. Ela se sentou no sofá que tinha em meu quarto e eu só queria adivinhar o que se passava na cabeça dela.

-Saímos antes de o show encerrar. – Dei um sorriso tentando puxar assunto.

-Aquela era a ultima musica provavelmente. – Ela sorriu de canto e o serviço de quarto bateu na porta.

       Servi as taças e entreguei em sua mão, me sentei ao lado dela no sofá e comecei a puxar assunto sobre trabalho, queria que ela se soltasse, não queria força-la ou fazer com que ela se sentisse incomodada. Depois da segunda taça, ela já estava mais solta e falava mais, enquanto eu tentava me controlar pra não agarra-la novamente.

-Você quer parar de ficar me encarando? – Ela disse sem jeito e eu sorri.

-Impossível você é muito linda. – Ela corou as bochechas.

-Marcela... – Bia deu um suspiro antes de continuar. – Você é minha chef, o pior você é casada e casada com minha outra chefe.

     Dei um sorriso e ela me olhou sem entender nada.

-Eu sei que essa relação de chefe e funcionaria não seja mais adequada, mas desde que eu coloquei os olhos em você algo dentro de mim mudou e me fez querer ter você. – Eu segurava as mãos dela e fazia contato visual intensamente. – Bia, você foi a única mulher em sete anos que mexeu comigo, eu nunca tive olhos pra ninguém enquanto estava casada, e eu não consigo controlar minha vontade de você, você se aproxima e meu corpo inteiro reage de forma intensa.

     Ela não disse nada, apenas ouvia as palavras saindo da minha boca.

-E sobre eu ser casada. – Ela se remexeu no sofá, eu sabia que Bia tinha integridade e eu sabia que era aquilo que estava impedido ela prosseguir. – Jaqueline e eu não estamos mais juntas, inclusive eu estou hospedada na casa do Sandro. – Sorri sem humor.

-Eu sinto muito. –Foi a única coisa que ela disse.

-Não sinta, eu estou bem. – Suspirei fundo, pois eu precisava resolver minha vida quando voltasse ao Brasil. –Bia, eu jamais faria algo do tipo, eu não sou essa pessoa.

     Eu me aproximava dela, e ela fechou os olhos quando toquei em seu rosto.

-E agora e vou beijar você, pois eu não aguento mais me segurar.

         Ela sorriu com aquele sorriso que me deixa boba e eu levei meus lábios aos dela. O beijo começou suave, e o gosto cítrico do vinho parecia deixar o toque das línguas ainda mais gostos. Com delicadeza a deitei no sofá e fiquei por cima sem desgrudar nossas bocas. Sua mão foi de encontro a minha nuca e a outra segurava minha cintura, o beijo foi tomando proporções mais intensas e um gemido baixo saiu dos lábios dela quando meu joelho pressionou entre o meio de suas pernas.

        Suas mãos começaram a deslizar sobre a lateral do meu corpo e eu sentia suas unhas me arranhando de forma sutil, meus beijos agora eram distribuídos entre seu pescoço e mandíbula, e Bia se remexia embaixo de mim em busca de mais contato. Afastei um pouco e a puxei pela mão ficando de pé em sua frente. Desamarrei o nó do se cropped e voltei a distribuir beijos molhados por todo o seu colo. Colei novamente nossas bocas e fomos andando lentamente até a cama, caímos juntas em cima do colchão macio. Aconcheguei-me melhor em cima dela, mas antes me livrei da minha própria camisa ficando apenas de sutiã.

-Você é linda. – Ela sorriu e me ajudou retirar o cropped dela.

-Não é hora de me deixar sem graça. – Ela sorriu timidamente.

        Bia não sabia, mas aquele sorriso tímido me deixava completamente louca pra beija-la. Senti ela dar uma leve mordida em meu ombro quando minha boca encontrou seus seios e com certeza aquela era uma das melhores sensações já experimentadas. Intercalava entre ch*pões e mordidas, e os gemidos dela aumentavam de acordo com a intensidade em que minha boca trabalhava. Passei a descer meus beijos por sua barriga e sentia Beatriz arquear a linha da coluna como se quisesse que aquela tortura parasse. Desabotoei o botão da sua calça jeans e me sentei na cama puxando sua calça para baixo a deixando apenas de calcinha. Ela tinha os olhos fechados e prendia os lábios entre os dentes, eu podia passar a noite inteira admirando aquela mulher, mas com certeza melhor que admirar, seria poder provar.

       Sorri com meu pensamento e voltei aos beijos em sua barriga e descia a boca ainda por cima da sua calcinha de renda preta. Meu corpo estava em brasa e o dela não estava diferente, Bia se abriu mais e eu sentia o quão molhada ela já estava, o seu cheiro estava me deixando maluca e eu não esperei mais nada apenas arredei a calcinha de lado e passei a língua em toda extensão de seu sex* úmido. Ela deu um gritinho fino quando sentou minha língua pressionar seu clit*ris e os gemidos dela era a coisa mais gostosa de ouvir naquele momento. Suguei, ch*pei e eu podia passar horas ali que eu não me cansaria, os gemidos dela iam ficando mais intensos e eu sabia que logo ela atingiria seu ápice. Minha mão pressionava seu mamilo rijo e a outra ainda segurava sua calcinha enquanto pressionava seu clit*ris como dedão.

-Mar..marcela eu... – Ela tinha dificuldades de falar e eu aumentei o ritmo. – Eu vou goz*r Marcela.

      Ela mão terminou de falar e eu senti seu corpo tremer em baixo de mim e sua respiração foi ficando mais intensa. Escalei seu corpo e beijei com intensidade fazendo com que seu gosto se misturasse entre nossas línguas.

-Gostosa. – Ela sorriu vermelhinha e me beijou novamente.

-Agora é minha vez. – Bia me virou na cama ficando por cima e me presenteou com um sorriso diferente, um sorriso um tanto que safado.

       Não sei por quanto tempo ficamos ali nos deliciando uma na outra, nem me lembro de quantos orgasmos foram aquela presenciado naquela noite, também eu não perderia tempo em ficar contanto.  Quanto mais ela gemia o meu nome entre um orgasmo e outro, mais eu a queria. Beatriz não sabia, mas ela me fazia abrir exceções, me fazia querer fazer coisas que e jamais pensei em fazer.

-Cansou? – Ela perguntou divertida.

-De você? Impossível. – Selei nossos lábios novamente.

-Preciso voltar para o meu quarto. – Ela falou em quase um sussurro e eu a apertei mais entre meus braços.

-Não, fica mais um pouquinho. – Fiz bico e ela beijou minha boca novamente. – Ainda não matei minha vontade de você.

     Ela balançou a cabeça, e novamente eu fiquei por cima dela admirando a cor dos seus olhos intensos. Juntei nossas bocas e colei nossos corpos em um contato único e que me deixava totalmente entregue a ela.

      Bia estava exausta e acabou cochilando, me peguei admirando aquela garota deitada de bruços, enrolada nos lençóis brancos da cintura pra baixo. Era incrível como alguém entra em sua vida e muda tudo dos eixos, eu tenho quase certeza de que se ela não mexesse tanto comigo eu teria acreditado na primeira mentira em que Jaqueline tivesse me contado depois de descobrir sua traição. Dei um beijo em seus lábios e me aconcheguei melhor em seu corpo.

      Acordei com frio e alguns raios de sol entravam pela cortina aberta, ontem eu nem tive tempo de fecha-las. Abri os olhos lentamente e passei a mão pela cama quando me lembrei do motivo de não ter fechado as cortinas. A cama estava vazia, me endireitei na cama e olhei pelo quarto na esperança de algum vestígio dela, mas suas coisas já não estavam ali. Me levantei e segui até o banheiro, por sorte ela estaria lá, Mas também estava vazio. Bufei de raiva e entrei no chuveiro, não acredito que Beatriz nem ao menos se despediu, senti uma sensação péssima, e eu nem ao menos poderia cobrar algo dela.

       Sai do banheiro e alcancei meu celular, mandando uma mensagem para Melissa contando o que eu tinha acontecido.

Fim do capítulo