Capitulo 34
Pato Fú - Love me Tender
Voltei minha rotina de trabalho e Marina, sim Marina... Ela fazia parte do meu dia-a-dia, através de trocas de mensagens, telefonemas e encontros. Criamos um vínculo muito forte e apesar de não ter rolado, sequer um beijo, tínhamos uma intimidade incrível.
No final do mês, fomos surpreendidas pela decisão de César em permanecer na Alemanha e logo depois uma nova surpresa quando o mesmo aceitou o divórcio sem maiores questionamentos e sem precisar retornar ao Brasil, pois ele nomeou seu advogado para cuidar dos trâmites.
- Nem acredito Duda, achei que ele ia surtar!
Marina estava empolgada, era um sábado ameno e estávamos indo ao festival das cores no Ibirapuera. Ela estava linda toda de branco, cabelos soltos e aquele sorriso de derreter iceberg.
- Estranhei também, mas ainda bem que ele aceitou. Sabe se ele continua morando em Leipzig?
- A construtora fica em Berlim, ele vai morar lá.
Achei a história bem esquisita, mas não queria pensar no babacão, minha maior alegria estava ao meu lado e o melhor em breve seria uma mulher completamente livre.
Chegamos relativamente cedo, conseguimos um bom lugar. Marina sentou entre minhas pernas e curtimos muito as músicas, o clima ameno... Volta e meia eu beijava seu pescoço, estava uma delícia.
- Achamos vocês!
Olhamos para o lado e eram Bia e Flavinha, que durante a semana comentaram que não iam.
- Que bom que vieram, sentem aqui. – Disse me afastado.
Marina inverteu as posições e sentou-se atrás de mim. Foi a minha vez de sentir seu abraço gostoso e seus beijos em meu pescoço que me arrepiava inteira.
- Tá bom aí? – Perguntou Flavinha no meu ouvido.
Nem respondi, fechei os olhos e curti aquele momento delicioso.
No final do festival, veio a melhor parte, o pó colorido se misturando, pessoas felizes, dançando, celebrando a vida... Não sei como e nem quem começou, mas quando percebi estava aos beijos com Marina em meio a toda aquela fumaça colorida, foi um beijo que teve início e meio, mas não tinha fim...Quanto mais beijava, mais vontade eu tinha de beijar aquela boca maravilhosa.
- Vocês vão morrer sufocadas! – Ouvi Flavinha gritando.
Lentamente nos desgrudamos e colamos nossas testas, as respirações alteradas mostravam o quanto estávamos extasiadas.
Sorrimos uma para a outra, tirei uma mecha de cabelo que caía no rosto de Marina e olhando para Flavinha perguntei:
- Como você consegue ser tão inconveniente?
- Aprendi com você.
Estava tão feliz, que nem retruquei, puxei Marina para meus braços, não conseguia ficar longe dela por muito tempo, sentia necessidade física de sentir sua pele colada na minha.
- Vamos linda? – Perguntei segurando sua mão.
Marina estava linda toda colorida, a mulher não tinha defeitos, sério mesmo.
- Preciso de um banho, vamos sim.
Flavinha quase se convidou para ir junto, mas Bia deu um cutucão e saíram antes de nós.
- Acho que a Flávia queria sair com a gente. Disse Marina, enquanto pegava as coisas para irmos embora.
- Amanhã marcamos algo, agora vem cá, preciso de outro beijo.
Durante o trajeto até meu apartamento, não conseguíamos parar de nos tocar, estava radiante e ter Marina inteira era tudo o que mais queria.
Logo que entramos, Marina me empurrou contra a porta e me beijou com tanto desejo que ambas gem*ram de tanto tesão.
Conduzi minha ruiva até o banheiro, entramos debaixo do chuveiro e deixamos a água nos limpar de todo aquele pó colorido. Encostei Marina na parede gelada e subi sua perna na altura do meu quadril e passei minha unhas, arranhando de leve.
- Ai Duda! Gem*u de forma deliciosa.
Beijei seus lábios e fui descendo até a altura de seus seios, lambi, mordi e ch*pei... Marina era gostosa demais.
- Continua Duda!
Obedeci e desci até seu ventre, olhei para cima e Marina estava de olhos fechados e respiração ofegante, dei leves lambidas em sua barriga e cheguei em seu ponto sensível, parei o que estava fazendo e olhei para Marina, que abriu os olhos e ficou sem entender.
- Posso?.– Perguntei baixinho.
- Me faz sua Duda! – Era um pedido urgente.
Beijei seu sex* e comecei a lamber, Marina se contorcia e pedia mais, sua mão segurava minha cabeça.
- Rebola minha gostosa, rebol* pra sua Duda.
Marina me obedeceu e quando mais ela rebol*va, mais minha língua entrava em seu sex*. Quando percebi que ela ia goz*r, parei. Marina de novo me olhou sem entender, levantei e fiquei olhando para aquela boca linda, a beijei com desejo e sem que ela esperasse a penetrei com meus dedos, Marina soltou um gritinho e arranhou minhas costas.
- Ai Duda...
Marina gozou lindamente, a amparei em meus braços e esperei ela se recompor.
- O que foi isso? Perguntou depois de um tempo.
- Foi amor. – Respondi.
Terminamos nosso banho entre beijos e carícias. Marina me empurrou na cama e foi a vez dela me levar a vários orgasmos.
- Aceita namorar comigo Marina? - Perguntei depois de uma intensa maratona sexual, exausta e com ela deitada em meu peito.
Marina me olhou surpreendida e abriu aquele sorriso que tanto me encanta.
- Claro que aceito meu amor.
Amor? Marina me chamou de amor? Assim eu não aguento.
- Mas não pense que vai se safar fácil assim, você precisa pedir minha mão aos meus pais. – Disse brincando.
- Pode ser agora. - Perguntei sentando na cama.
- Agora tenho outros planos. Disse me puxando para cima de seu corpo. Vem aqui, já estou sentindo falta dos seus beijos.
Ficamos um bom tempo entre beijos, risadas e algumas carícias mais ousadas.
- Vamos jantar? Perguntei após ouvir seu estômago roncar.
Marina deu risada e aproveitei para levantar da cama e pedir pizza. Voltei e a encontrei vestida.
- Duda você foi incrível, sonhei tanto com esse momento e nem nos melhores sonhos era tão perfeito assim.
- Sonhou é? Conta mais. – Perguntei sem conter a ansiedade.
- Você entendeu. – Respondeu sem graça.
- Mas quero ouvir da sua boca. – Rebati.
Marina não falou nada, respeitei sua timidez.
- Eu também sonhei muito com esse momento linda. Você me causou uma forte impressão na primeira consulta. – Confessei, sentando a seu lado.
- Te achei fofa, educada, engraçada... Mas sabia que era roubada. – Comentou brincando.
- Por que?
- Que pergunta amor! Casada e com uma lista de mulheres. Gostava muito de conversar com você, seu senso de humor, misturado com sua timidez me deixavam confusa, não sabia se te admirava ou te amava.
Fiquei surpresa com aquela revelação, deixei que ela continuasse.
- Aí veio o natal e você apareceu deslumbrante naquela festa da ONG, mas na hora que vi a Lara, desanimei, logo depois conversamos, foi tão bom. No dia de Natal, eu estava eufórica com a viagem e quando te contei, percebi o quanto você ficou abalada, aquilo quebrou meu coração, quando nos despedimos senti uma dor tão grande, que fui até o escritório chorar, coube à minha mãe me consolar e me fazer entender o que sentia por você.
- O que sua mãe falou?
- Gostou né? - Perguntou dando risada - Ela me disse que eu estava gostando de você, não como amiga e que a viagem era uma fuga. No fundo ela estava certa, fui para Alemanha tentar entender o que estava acontecendo comigo e o tempo lá só me mostrou o quanto sentia sua falta.
Marina era especial demais, não me cansava de ouvi-la.
- Quando te vi me esperando no aeroporto não tive mais dúvidas do que sentia por você... Te amo Duda!
Fiquei muda, senti minha garganta secar, a voz sumiu, não esperava de jeito nenhum ouvir aquela declaração. Marina sempre foi direta e ouvi-la me deixou num estado de euforia e leseira.
- Desculpe, não quis te assustar...
Meu estado de lerdeza deixou Marina preocupada, ela correu até a cozinha e voltou com um copo de água. Virei de uma vez.
- Nossa linda, desculpa eu...Sonhei tanto com esse momento e te ouvir me deixou sem palavras...Te amo demais Marina!
Nos abraçamos e ficamos um tempão nos curtindo, descemos para buscar a pizza e devoramos em poucos minutos.
Assistimos um filme e fomos dormir, ter Marina a meu lado era uma sensação impossível de descrever.
No domingo fui almoçar na casa dos sogros e para minha surpresa os irmãos de Marina estavam lá, fui sabatinada pela família toda, confesso que gelei quando começaram as perguntas, mas percebi que era mais uma brincadeira do que qualquer outra coisa.
Quando o almoço foi servido, Vítor fez um brinde e deu boas vindas.
- Bem vinda à família Portella, trate Marina bem e será bem tratada, trate-a mal e aguente as consequências.
- Vítor! – Laís chamou sua atenção.
Vítor deu uma piscada pra mim e almoçamos.
- Amanhã tenho reunião com o Fabio, a Leninha e o Jean. Vamos tentar inaugurar a clínica em julho.
Estávamos sentadas no sofá conversando, enquanto Samuel, seu irmão nos servia o café.
- Vai dar tudo certo linda.
- Quero você lá no dia da inauguração.
- Estarei com certeza.
Passamos uma tarde agradável, fui muito bem recebida pela família da Marina, os irmãos e cunhadas foram receptivos e simpáticos.
Voltei para casa já tarde da noite, sob os protestos de Marina, que pediu que eu dormisse com ela. Fui no caminho pensando em várias coisas para surpreender a minha namorada linda.
Cheguei para trabalhar na segunda-feira com um sorriso enorme, assim que Lara me viu, já perguntou:
- E aí ?
- Estamos namorando! – Respondi cantarolando.
Lara ficou feliz e me chamou para o café.
- Só toma cuidado por enquanto e tenta ser discreta tá?
Fiquei olhando sem entender nada.
- Duda a Marina até pouco tempo era casada com um figurão, pertencia a uma tradicional família paulistana, sejam prudentes nesse início.
- Você por acaso está sabendo de alguma coisa e não quer me contar?. – Perguntei desconfiada, a troco de que, Lara me alertaria?
- É só um conselho Dudinha! - Disse se afastando.
Fui atrás, aquela conversa me deixou com a pulga atrás da orelha, assim que Lara entrou fechei a porta, cruzei os braços e disse:
- Agora você vai me contar tudo o que está acontecendo, enquanto não falar eu não saio daqui.
Lara me olhou assustada, sentou em sua cadeira, pegou uma pasta e disse:
- Toma cuidado, não se exponham é só isso. – Disse colocando os óculos de grau e voltando sua atenção para o conteúdo da pasta. Vi que não ia conseguir arrancar nada dela e me dei por vencida.
- Tudo bem, seremos discretas.
Não pensei mais na conversa com Lara e assim os dias foram passando, meu namoro com Marina a cada dia ficava mais intenso, sempre que podíamos ficávamos juntas, mas a minha carga de trabalho não ajudava muito e as vezes, só conseguíamos nos ver nos fins-de semana e essa situação começou a me incomodar muito.
Finalmente a clínica foi inaugurada, para a alegria de Marina que estava radiante, acompanhei-a no primeiro dia de trabalho e confesso que fiquei babando quando a vi de jaleco.
Consegui alguns dias de folga e Marina fez um ajuste na sua agenda e fomos viajar só nas duas, a primeira parada foi em Brasília para que ela conhecesse a minha família, claro que todos ficaram encantados com ela.
- Escolheu bem filha. – Disse minha mãe.
Marina estava conversando com meu pai e sorria de alguma piada sem graça que ele adorava fazer.
- Na verdade fui escolhida mãe, Marina apareceu no momento certo e me tirou da escuridão.
Minha mãe olhou espantada, pois nunca tinha me visto tão apaixonada.
- Definitivamente você cresceu, preciso agradecer muito a Marina.
Passamos três dias em Brasília e de lá seguimos até Goiânia, fomos até a casa do meu avô, Marina gostou de tudo, adorou o arroz de pequi, paparicou meu avô, de lá fomos até a casa de Renata e Conrado, minha prima ficou feliz por mim e aproveitando um momento que Marina foi ao banheiro, disse:
- Acho que agora não teremos mais diversão!
- Foi uma fase boa, agora você está casada e muito bem casada e eu tenho Marina que me completa em todos os sentidos.
- Ai que fofa prima! – Adorei sua ruiva, você tinha razão ela é linda!
Nossa última parada foi em Porto Seguro, passamos uma semana curtindo a praia, o calor e principalmente nos curtindo.
Voltamos no domingo pela manhã e durante a viagem fiquei arquitetando planos.
- Está tudo bem amor? –Perguntou Marina ao desembarcarmos em Congonhas.
- Tudo bem linda, só pensando em algumas coisas.
- Posso saber em que?
- Nada demais, agora vamos. – Respondi puxando sua mão em direção ao taxista que nos acenava.
Fim do capítulo
Olá meninas, gostaram do primeiro beijo?
Capítulo fofinho e quentinha nessa sexta gelada!
Beijos e um ótimo fim-de-semana!
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 08/05/2021
Vou começar de dando parabéns, me apaixonei pela história desde o primeiro capítulo e não consegui parar de ler até chegar aqui...
Me emocionei muito com a partida da Silvinha...
E Duda dispensa comentários, uma pessoa incrível e agora que está namorando a perfeição da Marina só desejo a felicidade do casal.
Até o próximo
Resposta do autor:
Olá tudo bem?
Pôxa muito obrigada, fiquei emocionada com seu comentário!
Duda é incrível mesmo e merece uma Marina na vida dela.
Quanto à Silvinha, foi difícil escrever, protelei até onde deu e te confesso que após escrever fiquei mal, não a conheci, mas sei o quanto ela foi especial.
Beijos
brinamiranda
Em: 07/05/2021
Ahhhh que capítulo mais lindo Gabi, me dei bem nessa kkkkk.
Essa fumaça colorida, o banho compartilhado depois, tudo muito lindo, adorei...aliás amei.
Bjs
Resposta do autor:
Capítulo fofo!!
Esse festival é lindo e inspirador!
Beijos
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fernandail79
Em: 07/05/2021
Autora, que hot maravilhoso! Você nasceu pra escrever essas cenas. :D Bom, dessa vez, não posso dizer que a Skybrina é passiva. Honrou o apelido nesse capítulo!
Que massa que ela está namorando a Marina. Tem sogros maravilhosos no pacote e até os cunhados são gente boa. Espero que a Marina não pule fora, nem que o César apareça para importuná-las.
Resposta do autor:
Oi Fernanda!
Pare viu? Não sou boas em cenas hots! Dudinha fez a festa com a Marina... Hehehehehe...
César? Ah o César... Será que ele aparece ainda?
Beijos
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