• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 1

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O
    O Jardim dos Anjos
    Por Vandinha
  • O
    O caminho da felicidade
    Por stela_silva

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 11

Ver lista de capítulos

Palavras: 4023
Acessos: 5451   |  Postado em: 18/04/2021

Notas iniciais:

Eu volteiii. E espero que para ficar.

Espero que apreciem a leitura, foi feita com carinho.

A pegada está diferente afinal eu mudei em vários aspectos e com a minha escrita não poderia ser diferente.

Beijos e boa leitura.

instagram: @andriellyteixeira92

se eu sumir me procurem lá. ;)

Capitulo 1

 

Capítulo 1°

Alice

Sexta à noite e cá estou eu mais uma vez servindo de motorista para os meus queridos amigos. Tudo por não ser muito fã de bebidas alcoólicas. Para falar a verdade, nunca nem cheguei a provar qualquer coisa que contenha álcool. O que para minhas mães era um alivio, já para os meus amigos era um motivo de piadas.

Troquei a música que tocava no som do carro. Estacionei em frente à casa de Anna e logo ela apareceu com um largo sorriso. Somos amigas desde a infância, ela foi a primeira pessoa que eu fiz amizade logo que fui adotada pelas minhas mães Isabella e Larissa.

- Que milagre você já está pronta. – provoquei, era comum eu sempre tomar um chá de cadeira quando íamos sair para algum lugar, já que ela levava uma eternidade para se arrumar.

- Eu já nasci pronta. – respondeu colocando o cinto de segurança.

- Então como você explica todas as vezes que esperei horas até que você ficasse pronta?

- Apenas erros de cálculos. Hoje comecei a me arrumar mais cedo. Podemos ir ou você tem mais alguma piada?

- Podemos sim. – dei partida no carro. – Ei! Você já chega querendo mandar no meu carro. – reclamei quando ela trocou de música.

- Claro, você tem péssimo gosto musical. E para homem também. – revirei os olhos, ela sempre que podia implicava com meu namoro.

- Você já vai começar?

- Não, inclusive já parei. Nem sei como insisto em te fazer ver que o seu namoro com o Matheus é apenas para alimentar o ego do pai idiota dele. – fiquei calada.

            Não que eu concordasse com o que ela havia dito, mas queria apenas evitar mais uma das muitas discussões que tínhamos quando esse assunto vinha à tona. Matheus e eu namoramos há mais de dois anos, ele foi meu primeiro e único namorado. Filho do prefeito Saulo Sodré e Marcela Sodré, por diversas vezes o rapaz já havia reclamado sobre ter que fazer as vontades do pai, já que ele era figura pública.

- Oi tia. – Anna cumprimentou a mãe de Miguel.

- Olá meninas, o Miguel ainda não terminou de se arrumar. – Fernanda comentou nos deixando entrar.

- Eu não vou esperar a princesa ficar pronta. – reclamou Anna.

- E eu que pensei que não ia ter que esperar ninguém hoje. – comentei e minha amiga me lançou um olhar nada amigável.

- Sentem-se. – Fernanda apontou o sofá. Eu fiz o que ela disse.

- Nada disso, vou tirar a princesa do castelo. – Anna comentou caminhando em direção ao quarto dele.

- Acho melhor eu ir com ela. – sai em seu encalço.

- Sua gay, é melhor que você já esteja pronta. – abriu a porta do quarto. – Que gay safada!

- Anna!!!!- gritou cobrindo-se. Miguel estava completamente pelado tirando uma foto nada descente.

- Ah, mas eu não vou me atrasar porque você resolveu tirar um nudes antes de sair para balada. E outra coisa nem precisa se cobrir, afinal já vi isso aí. – apontou para o p*nis dele. Eu segurei o riso.

            De fato, ela já havia o visto pelado. Apesar de hoje Miguel ser gay e Anna lésbica os dois namoraram 6 meses há alguns anos. Chegaram inclusive a perder a virgindade um com o outro. A gente até brinca que o sex* foi tão ruim e traumatizante que os ambos trocaram de time depois disso. Mas claro que eles tinham dúvidas sobre a sexualidade desde sempre, mas acabaram se apaixonando e resolveram tentar. Coisa que demorou pouco já que logo se traíram simultaneamente com um casal de gêmeos que conheceram em uma festa.

- Alice, você pode me ajudar? – suplicou. Eu era sempre a apaziguadora das discussões deles.

- Vem Anna. – segurei seu braço. – Te dou dez minutos, fica pronto ou vai ter que ir de uber. – reclamei fechando a porta.

- Obrigado! – ele gritou.

            A ameaça funcionou e em dez minutos ele apareceu na sala. Nos despedimos de Fernanda e fomos para o carro. Ainda do lado de fora os dois começaram a discutir quem iria na frente. Como não chegaram a um consenso acabaram tirando a sorte na moeda.

- Vocês parecem crianças. – falei entrando no carro.

- Cara. – Anna falou sem dar importância ao que eu disse.

- Pensei que você preferia coroa. – Migue provocou, de fato Anna preferia as mulheres mais velhas.

- Não me irrita. – ele apenas sorriu e a moeda foi lançada ao ar.

- Ganheiiii!!!! – ele gritou e Anna disse um palavrão abrindo a porta de trás.

- Na volta eu venho na frente. -resmungou.

- Eu disse que você deveria ter escolhido coroa. – fez graça e ela bateu na cabeça dele.- Ai! Má perdedora.

            Agradeci quando a implicância parou. Já que levamos quase trinta minutos para chegar na boate Maximus, essa sem dúvida era a balada mais cara e mais bem frequentada de toda a cidade. Estacionei o carro e nos direcionamos para a entrada. Mostramos nossas pulseiras do vip e entramos em seguida.

            Logo o barulho da música invadiu meus ouvidos. Aquele sem dúvidas era um ambiente que não me agradava, o cheiro de álcool, suor, cigarro. Fora o barulho e as luzes que piscavam com tanta rapidez que poderia facilmente causar uma convulsão em alguém.

            Encarei a pista e avistei uma moça dançando com maestria. Por algum motivo que não soube explicar meus olhos ficaram presos a ela. Pena que estava de costas, a única coisa que consegui enxergar foi os longos fios de cabelo que iam até a cintura.

- Vem Alice. – Anna segurou minha mão guiando-me para o segundo andar.

            Nem deu tempo de chegar até lá e Miguel já estava agarrado a um rapaz na escada. Eu juro que não entendo como ele consegue ser tão rápido. Anna e eu fomos para nossa mesa. Com curiosidade eu procurei a moça na pista, porém não a encontrei.

- Você está bem?

- Sim, você vai brigar se eu disser que já quero ir embora? – questionei.

- Lógico. Você veio se divertir. Já faz um tempão que não saímos juntos, já que você tem acompanhado seu namorado em tantos eventos do pai dele. – resmungou.

- Tudo bem. Não vamos falar disso. Okay? – ela acenou.

            Dessa vez Anna estava certa. No último mês perdi a conta de quantos jantares e festas beneficentes eu tive que ir acompanhando o Matheus. Não é que ele me obrigasse a ir, mas eu além de gostar de sua companhia sabia bem que ele detestava esse tipo de coisa.

            Matheus é o típico cara para casar. Responsável em todos os seus compromissos, mesmo aqueles aos quais ele não quer ir. Sempre me trata bem, adora os meus irmãos e os meus irmãos o adoram. Minhas mães então nem fala.

- Olha só quem acabou de chegar. – comentei olhando para Paula.

            Anna e Paula mantinham um romance as escondidas, já que Paula além de ser casada era nossa professora. Minha amiga abriu um largo sorriso e fez menção em levantar-se.

- Anna, ela está acompanhada. – a segurei pelo braço impedindo-a de ir até ela.

            A mulher que até então mantinha os olhos fixos em Anna ficou sem jeito ao ser agarrada por trás pelo marido. O homem sorriu dizendo algo no ouvido da esposa que apenas acenou sem graça.

            Minha amiga virou o copo de uma única vez, fazendo careta em seguida. Esse é o perigo do álcool, se você está feliz e quer comemorar você chama os amigos para beber. Se você está com raiva e quer esquecer você bebe e no final acaba fazendo coisas que vão trazer grande arrependimento no dia seguinte. 

- Vai com calma.

- Estou calma, apenas me aquecendo.

- Certo. Anna, você fala tanto do meu relacionamento com o Matheus, mas já parou para pensar que esse seu lance com a Paula além de ser perigoso já que ela é casada, também não te faz bem?

- O meu lance com a Paula é sex*. – falou encarando o copo.

- O que eu perdi? – Miguel comentou sentando-se ao meu lado.

- A língua dentro da boca daquele rapaz. – Anna provocou.

- Engraçadinha. Você viu que a “profamante” tá aqui? – esse era o apelido carinhoso que Miguel havia dado a Paula.

- Vi sim, e não me importo. – deu de ombros.

- Ah! Entendi. – o rapaz viu o marido da mulher se aproximar.

            A noite seguiu como todas as outras. Eles se divertem horrores e eu fico apenas curtindo a música e observando as pessoas dançando. Mas algumas horas depois tudo parece ser uma tortura. A música que antes eu curtia agora fica incomoda aos meus ouvidos, o cheiro de cigarros, álcool e suor fazem meu estomago revirar.

- Cansei. – Anna comentou sentando-se ao meu lado.

- Ótimo, podemos ir embora?

- Até parece que você não está gostando.

- O que você acha? – respondi sarcástica.

- Eu acho que você é uma velha presa em um corpo jovem.

- Engraçadinha.

- Eu também te amo. – sorriu colando sua testa a minha.

            Quando ela saiu da minha frente pude ver a cara de poucos amigos de Paula ao ver nossa troca de carinho. Não era de hoje que eu percebia que ela se incomodava com nossa amizade.

- Eu vou ao banheiro. – Anna comentou e saiu.

            De longe acompanhei quando Paula a seguiu. O marido nem pareceu notar nada, homens e essa mania de não observarem as coisas. Passou-se alguns minutos e nem Paula e muito menos Anna retornaram do banheiro. Percebi que o marido da professora já estava ficando inquieto.

- Miguel, eu já volto. – falei e ele nem ao menos pareceu me ouvir, já que estava de paquera com um rapaz.

            Passei com dificuldades pelas pessoas dançando. Apressei o passo quando vi que o homem iria a procura da esposa. Cheguei próxima ao banheiro, onde Paula e Anna discutiam calorosamente.

- Acho melhor você ir. – comentei me aproximando.

- Só que o me faltava você me mandar sair de perto da Anna. – resmungou. Segurando o braço dela.

- Me desculpa. – comentei encarando Anna que parecia não entender nada. Segurei seu rosto e a beijei.

- Amor, eu estava preocupado. Está tudo bem? – perguntou observando a cena.

- Claro. Eu já estava indo. – tentou disfarçar o incomodo com o nosso beijo.

            Abri os olhos para ter certeza que não estavam mais ali. Anna estava com uma cara de quem não havia entendido nada.

- O que foi isso?

- Eu salvando sua pele. – dei de ombros. – O marido dela estava vindo para cá e acredito eu que ele não fosse gostar muito de vocês discutindo calorosamente. De nada.

- Puta que pariu, agora ela vai achar que de fato temos algo. – Anna caiu em si.

- Até parece que eu namoraria você.

- Ei, eu que não namoraria você, prefiro as...

- COROAS. – falamos juntas e caímos na risada.  Anna enlaçou o braço em volta do meu pescoço e caminhamos de volta a mesa.

            O resto da noite nos divertimos e não falamos nada sobre o beijo para Miguel. Sabíamos que ele faria piadas eternamente sobre isso. Já era madrugada quando cansados resolvemos ir embora. Depois de deixá-los em casa fui para a minha. Parei o carro na garagem e caminhei direto para o meu quarto.

            Tirei minhas roupas em seguida fui  para o banho, precisava tirar aquele cheiro horrível de mim. Fechei os olhos sentindo a água quente tocar minha pele, e como em um passe de mágica me peguei pensando no beijo. O gosto dos lábios de Anna, misturados a bebida que ela tomou, o cheiro dos cabelos, a macies. Abri meus olhos assustada.

- O que está acontecendo? – me questionei.

            Sequei os cabelos e fui para a cama, tudo que eu precisava era de uma boa noite de sono. Mas meu sono foi tudo, menos tranquilo. Sonhei a noite inteira com a moça de cabelos longos dançando. E embora eu não tivesse visto seu rosto de alguma forma eu sabia que era ela.

            Algumas pessoas dizem que sonhos são lembranças de coisas que você viveu no seu dia, ou os seus medos, desejos. Acho que foi exatamente isso que aconteceu comigo, sonhei com a estranha da boate me beijando. Acordei com o barulho irritante do despertador.

            Depois de fazer minha higiene matinal, resolvi descer para tomar café. A casa ainda estava quieta. Encontrei Maria na cozinha. Maria trabalhava para nós desde que Suze havia ido embora. Ela nos viu crescer e era a pessoa de confiança das minhas mães.

- Bom dia Alicinha.

- Bom dia Maria. Onde está todo mundo? – questionei puxando a cadeira para sentar.

- Suas mães ainda não desceram e os meninos estão na piscina. Você quer comer alguma coisa?

- Quero sim. Você pode levar para mim na piscina?

- Claro.

            Fui para a parte externa da casa. Bernardo e Arthur estavam conversando sobre jogos quando eu me aproximei.

- E aí pivetes.

- Oi Ali. – falaram juntos.

- Você está com uma cara péssima. – Bernardo comentou.

- Não dormi direito. – comentei sem dar importância.

- Chegou tarde né?

- Mais ou menos.

- Não vejo a hora de ter idade para ir as festas. – Arthur falou empolgado.

- Maninho, se você soubesse o quanto crescer é ruim.

- Ruim? Você sai a hora que quer, volta a hora que quer. Pode dirigir, tem dinheiro. Pode namorar.

- Mas eu tenho responsabilidades também.

- Mesmo assim, eu adoraria ter responsabilidades.

- Tutu, sua única responsabilidade é manter as notas boas e nem isso você consegue. – Bernardo provocou e nós rimos da cara que Arthur fez.

            Tomei café observando meus irmãos brincando na água. Nem percebi quando Matheus se aproximou.

- Oi princesa. – beijou meu pescoço.

- Oi amor. – tocou levemente meus lábios, e foi impossível não comparar com o beijo que dei em Anna. Sacudi a cabeça tentando afastar os pensamentos.

- Então, como foi a noite ontem? – perguntou mordendo um pedaço de melancia.

            Não sei o que me deu, simplesmente não consegui responder à pergunta. Na verdade, não sabia se deveria contar sobre o beijo, apesar de saber que não havia significado nada. E ter certeza que Matheus iria compreender quando eu explicasse o que tinha acontecido.

- Torturante como sempre. – dei de ombros.

- Desculpa não ter conseguido ir com vocês. Meu pai me prendeu no gabinete a noite toda.

- Não tem problema, podemos marcar de novo.

- Podemos sim. E por falar em marcar, você lembra que hoje temos o jantar lá em casa?

- Lembro sim.

- Suas mães vão? – questionou.

- Acredito que sim.

- Ótimo.

- Matheus, vem para água. – Arthur o chamou.

- Estou indo. Você vem? – neguei e ele tirou a camiseta deixando os gominhos da barriga a mostra. Não tinha como negar quão lindo ele era.

            Matheus e eu apesar de namorarmos a anos, nunca trans*mos. E ele diferente dos outros rapazes nunca fez disto uma prioridade. Sempre fez questão de dizer que aconteceria quando eu estivesse pronta, sem nunca me pressionar a nada. O que eu achava fofo e muito atencioso.

- Quanta animação nessa casa.

- Oi tia Mile.

- Você sabe me informar se as suas amadas mães já saíram da toca do amor? – eu sorri com o comentário, era assim que a tia Milena chamava o quarto das minhas mães, que segundo ela quando entravam lá não queriam mais sair.

- Ainda não, mas acredito que devam sair daqui a pouco, afinal precisam comer.

- As vezes esqueço o quanto você cresceu. – comentou sentando-se ao meu lado.

            Matheus saiu da água, arrumando o short e sacudindo os cabelos em seguida. Tia Milena nem piscava observando-o atentamente.

- Você se importa se eu admirar só mais um pouquinho? – questionou sorrindo.

- Não. – respondi com ar de riso. Ela sempre deixou claro o quanto achava Matheus bonito.

- Oi Milena. Tudo bem? – falou educadamente.

- Tudo sim e você?

- Ótimo. Amor, vim te buscar para competirmos com aqueles pestinhas.

- Eu preciso trocar de roupa.

- Não demora. – falou dando as costas e voltando para a água. Tia Mile  baixou os óculos atenta a cada movimento do meu namorado. Era engraçado esse comportamento dela.

- Você precisa parar de paquerar o Matheus. – a mamma comentou sentando-se.

- Não estou paquerando, apenas admirando. – defendeu-se.

- Se o maninho descobre isso. – foi a vez da mammy se manifestar.

- Gente, sou casada, mas não estou cega. E quanto a vocês enfim saíram da toca.

- Por mim continuaríamos lá.

- Me poupem os detalhes.

- Concordo com a tia Mile. Sem detalhes.

- Tudo bem, e me diz a que devo a honra da sua ilustre visita tão cedo aqui?

- Trabalho minha cara amiga, trabalho. Podemos?

- Vamos ao escritório. Já volto amor. – beijaram-se.

- Como foi a festa ontem, se divertiu?

- Foi boa, mas teria sido melhor ter ficado em casa. – respondi e ela sorriu. – Ah! Hoje tem a festa na casa do Matheus.

- Verdade, acredito que os meninos vão querer ir para casa do Isaac.

- Com certeza, eles odeiam essas coisas.

- Pois é.

- Amor, vem. – Matheus me chamou.

- Acho melhor eu ir trocar de roupa.

- Vai lá filha.

            Passamos a manhã na piscina. Já era quase hora do almoço quando Matheus foi para casa alegando estar cansado e que precisava descansar antes da festa. Minhas mães conversaram com os meninos que como imaginávamos preferiram ir dormir na casa da tia Milena com o nosso primo Gabriel.

            Estava terminando de me arrumar. Dei uma olhada no espelho e sorri para o meu reflexo. Modéstia parte eu estava linda. Desci e minhas mães estavam a minha espera.

- Nossa! Você está linda, filha.

- Obrigada mamma. Vocês também estão maravilhosas. Já podemos ir?

- Sim.

            Aquela noite escolhemos ir de motorista, paramos em frente a casa e alguns convidados já haviam chegado. Minhas mães saíram primeiro e eu por último. Caminhamos até a entrada e lá estava a família impecável do Prefeito Saulo. O homem mantinha um sorriso cordial ao lado da esposa Marcela e do filho Matheus.

- Boa noite queridas. – sorriu simpático.

- Como vai Saulo? – a mamma Larissa estendeu a mão para o homem que a apertou e puxou-a para uma foto.

            A alguns metros haviam três pessoas conversando. Percebi que eram repórteres, mas o que de fato me chamou a atenção foi a moça que estava de costas para mim. Encarei a silhueta já conhecida, os cabelos longos soltos novamente. Eu esperei para poder ver seu rosto, mas me assustei quando senti as mãos de Matheus em minha cintura. Ele sorriu para mim e me deu um leve beijo no rosto.

- Ainda bem que você chegou. – falou ao meu ouvido. Apertando levemente onde suas mãos repousavam.

- Falando assim você até parece um príncipe em apuro. – brinquei e ele sorriu. Voltei meus olhos para a moça e ela não estava mais lá.

- Quase isso. – sorriu sem graça.

- Podemos tirar uma foto de todos juntos? – um fotógrafo pediu.

- Claro. – Saulo nos juntou. Sorrimos para a foto e em seguida entramos. E com todos os flashes eu acabei ficando quase cega.  

            Como sempre a decoração era impecável, Marcela era ótima anfitriã. Em toda a cidade qualquer pessoa da classe alta morreria por um convite para qualquer evento que a mulher promovesse. Essa era sua única função, sorrir para fotos ao lado da família modelo e exibir seus maravilhosos eventos.

-  Vamos dançar?

- Claro. – concordei.

            Algumas músicas depois eu senti minha garganta secar.

- Eu preciso beber alguma coisa.

- Claro, eu já volto. – tocou meus lábios e saiu.

- Gostando da festa, Alice? – Marcela perguntou ficando ao meu lado.

- Sim, como sempre tudo está perfeito. – sorri.

- Está com uma carinha cansada. Pelo visto a festa de ontem foi animada. Olha, eu não quero me meter no relacionamento de vocês. Mas Matheus é meu único filho e odiaria que ele fosse passado para trás.

- Do que você está falando?

- Você sabe.

- Não, não faço ideia do que você está querendo dizer.

- Disto. – entregou o celular.

            Na tela aparecia uma foto minha beijando Anna na balada. Fiquei tensa, afinal se qualquer pessoa que visse aquela imagem pensaria que eu estava traindo Matheus o que não era o caso.

- Não é nada disso que você está pensando. – comentei chocada.

- Calma. Se recomponha estão todos nos olhando. – ela sorriu para uma mulher que passou próxima a nós.

- O Matheus...

- Não, não mostrei ao meu filho. Mas peço que daqui para frente coisas como essas não voltem a acontecer. – ela sorria enquanto falava me encarando.  

- Está tudo bem?

- Claro, meu filho. – a mulher sorriu. – Estávamos apenas conversando. Se me dão licença seu pai está me chamando. – se afastou.

- Você está bem? – indagou preocupado.

- Podemos sair daqui? Eu preciso de ar.

            Sem falar nada me acompanhou até o jardim. Nos sentamos em um banco, alguns minutos se passaram até que eu decidi que seria melhor que ele soubesse a verdade sobre mim ao invés da megera da Marcela contar sua versão da história.

- Você lembra que me perguntou sobre a festa ontem?

- Claro, aconteceu alguma coisa?

- Sim. Mas não foi nada demais. Só acho melhor te contar.

- Você está me preocupando.

- A Anna está de caso com nossa professora da faculdade. E ontem ela estava na mesma balada que a gente. – ele escutava atentamente. – Só que ela é casada. E aconteceu uma cena entre as duas e eu percebi que o marido ia atrás delas, então fui até elas antes dele. E para não deixar que ele descobrisse o caso delas eu acabei beijando a Anna. – Matheus ficou sério por alguns minutos e depois caiu na risada. – Por que você está rindo?

- É que eu pensei que era algo grave. – ria ainda mais.

- Mas foi.

- Alice, você beijou a Anna para salvá-la de uma encrenca. Não tem problema nisso. Relaxa.

- Sério?

- Sim. Vem cá, me dá um abraço. – deitei minha cabeça em seu ombro.

- Você é incrível.

- Eu sei.

            Caímos na risada. Conversamos por quase uma hora. Era impressionante o quanto nos dávamos bem. O que mais me agradava em nossa relação era não existir brigas por ciúmes, inseguranças. Sempre conversávamos sobre tudo.

- Mat, eu acho que estou pronta. – confessei encarando seus olhos.

- Para?

- Sexo.

- Oh! -  ficou surpreso. – Você tem certeza?

- Sim tenho. – toquei seu rosto.

- Tudo bem. Mas não vamos fazer isso aqui, muito menos em meio a festa da minha mãe. Ela nos mataria. – brincou.

- Eu não falei que precisa ser hoje. Acho que no momento certo vai acontecer.

- Vai sim. – concordou. – Podemos entrar?

- Podemos sim.

            O restante da noite passou sem mais acontecimentos. Volta e meia sentia o olhar penetrante de Marcela em minha direção, mas depois da conversa com Matheus fiquei mais tranquila por saber que caso ela resolvesse comentar sobre o acontecido ele já estava sabendo. Só queria entender o motivo dela ter me mostrado aquela foto se não tinha pretensão de mostra-la ao filho.

 

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Próximo capítulo

Comentários para 1 - Capitulo 1:
sucortez
sucortez

Em: 05/11/2022

Parabens ótima história!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lay colombo
lay colombo

Em: 11/03/2022

Ala meu corretor trocando o nome da Talia kkkkkkkk

 


Resposta do autor:

Ele sempre troca. lkkkk

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 29/01/2022

Não acharia justo que a vida da Virgínia ceifasse,assim como a da Alana,apesar de tudo, consigo ver que a Virgínia tem um bom coração!  


Resposta do autor:

acredito nisso também, acho que ela foi  infeliz por se apaixonar por duas pessoas ao mesmo tempo e uma delas ser a Alice deixou tudo mais complicado.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 29/01/2022

Que esse seu passatempo,traga muitas outras estórias ótimas como essas! 


Resposta do autor:

rsrs. Fico aaté em graça.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 11/01/2022

Alice é igual a mãe Larissa,resolve tudo na conversa !


Resposta do autor:

Amo essas duas maravilhosas.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

maktube
maktube Autora da história

Em: 13/10/2021

Genteeeeee. Ontem tive dormir cedo para pegar a estrada hoje de madruga. Ainda tô tentando recuperar meu soninho desses dias fora de casa e também descansar pelas horas dirigindo. Enfim, hoje a noite compenso vocês. Com 2 capítulos. Juro de mindinho.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lay colombo
lay colombo

Em: 07/09/2021

Mile segue sendo um ícone kkkkkkkk


Resposta do autor:

O tempo passo, mas ela continua igualzinha. kkk

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lay colombo
lay colombo

Em: 07/09/2021

Nossa tava justamente procurando algo novo pra ler, muito feliz de ver q vc realmente decidiu seguir em frente e postar a história da Alice, já vou começar a acompanhar agora


Resposta do autor:

Obrigada pela animação, espero que goste da história assim como a primeira.

Beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 05/09/2021

Morre não só o desgaste da podre Virgínia kkkkk


Resposta do autor:

mortah!kkk

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 29/08/2021

Não attegou kkkkk.


Resposta do autor:

nem tinha como né. kk

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 18/04/2021

Oi autora 

Gostei do início. 

Milena não tem jeito kkkk

Bjus e até o próximo 


Resposta do autor:

Olá. Fico feliz que tenha gostado do capítulo.

E sim a Mile não toma jeito. kkkk

Beijos.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web