BOA LEITURA! ><
CAPÍTULO 9
HERA
O dia estava cheio, assim como a minha paciência.
Me dirijo a mesa da sala de jantar e me sirvo com um copo de suco natural de laranja, enquanto ignoro as piadas dos meus irmãos.
- Qual é Hera, admite, você não vê a hora de conhecer sua companheira não é? - Igor, o filho mais novo do Supremo, e meu irmão caçula, diz petulante. Meus pais estavam sentados no sofá de dois lugares, rindo da cena, enquanto Matheus, o irmão do meio, também ria. - O que você vai fazer quando ver ela?
- O que você acha? - Matheus se pronuncia. - Trepar até...
- Matheus! - Anna, a Suprema e minha mãe, ralha para meu irmão, que prontamente ignora rindo. Os guardas que estavam espalhados pelo grande cômodo pareciam prestes a explodir de tanto segurar a risada.
Respiro fundo extremamente irritada. Odeio quando meus irmãos se intrometem em minha vida, e odeio ainda mais quando decidem fazer piada com assuntos pessoais meus.
- Podem ir rindo, mas aguardem, a vez de vocês também vai chegar. - Digo bebericando o suco e faço uma careta quando sinto o líquido, gelado demais, descer pela garganta.
- Não pretendo ter uma companheira. - Igor diz colocando as mãos atrás da cabeça e pondo os pés em cima da mesinha de centro da sala. Dessa vez, meu pai ri.
- Não conte com isso. - Ele diz acariciando os cabelos da minha mãe, enquanto ela mexe no celular distraidamente.
Todos costumávamos acordar as seis da manhã na alcateia suprema para trabalhar, até mesmo minha mãe tinha os afazeres dela, e agora, mesmo não tendo nada para fazer dentro desse horário nessa alcateia em que estamos, a rotina não mudou. Na alcateia de que vínhamos - a alcateia suprema - acordávamos as seis da manhã para estar no escritório as sete, o Supremo sempre disse que quanto mais cedo chegássemos para trabalhar, mais cedo voltávamos para casa, e eu não discordo da opinião dele. Hoje, não teríamos que ir para o Centro Empresarial tão cedo, mesmo assim, ninguém conseguiu ficar na cama. Com o ataque que sofremos ao sairmos da alcateia Oeste, ninguém está com muito sono ultimamente.
- Desde que chegamos aqui, Lucas disse que a quantidade de jovens moças fazendo caminhada ao redor do Centro Empresarial aumentou drasticamente, aparentemente elas estão se esforçando para esbarrar acidentalmente em vocês. - Meu pai ri novamente. Matheus bufa irritado. Diferente de mim, Matheus acredita no amor e espera ansiosamente para conhecer sua companheira. Não acredito cegamente no amor, mas quero uma companheira, e quando a encontrar não pensarei duas vezes em marcá-la, ter alguém para conversar e compartilhar as coisas é bom, e quero isso para mim. Até mês passado - quando sonhei com a minha companheira pela primeira vez -, não ansiava desesperadamente por uma, mas quem sou eu para reclamar, uma companheira é uma bênção.
- Por que você foi comentar pai? Agora ele vai sair das reuniões com desculpas esfarrapadas para esbarrar nas jovens atletas. - Diz Matheus.
- Verdade, porém. - Gesticulo com uma das mãos para chamar atenção. - Ele já fazia isso antes de saber, então que diferença faz?
A quase um mês venho sonhando com uma loba de pelos vermelhos, desde o primeiro sonho com ela soube que era minha companheira e que estava perto de nos encontrarmos. Sou uma pessoa muito paciente, mas ainda assim meu corpo não entende a necessidade de ter paciência e esperar. Inconscientemente, quando sentimos que estamos próximos de encontrar nossa companheira, ou companheiro, ficamos mais irritados e ansiosos até o dia em que a encontrarmos. Comigo não foi diferente, não durmo direito desde o primeiro sonho, as noites são dormidas aos picados, sempre acordando de hora em hora e quando retorno a dormir era o mesmo sonho: uma loba vermelha correndo pela floresta, eu a sigo, mas ela desaparece, o desespero me consome e quando via que não a encontraria em lugar algum, acordo suada e assustada. Talvez o sonho queira me dizer que ela tentará fugir de mim? Talvez, por via das dúvidas, quando a encontrar vou garantir que ela não saia da minha vista.
- Hera? - Balanço a cabeça como que para espantar os pensamentos. - Refletindo sobre sua companheira?
- Vai se foder Igor! - Ralho irritada.
- Hera! - Minha mãe rebate.
- Essa abstinência está te matando Hera, dá para ver as olheiras. - Igor não tem medo do perigo, minha paciência está por um fio e ainda assim o desgraçado continua provocando. O encaro longamente para expor minha raiva.
- Você em compensação, anda trepando feito um coelho irmãozinho. - Mais uma piadinha de Igor e definitivamente ele não caminhará por umas horas.
- Hera! - Minha mãe tinha o rosto vermelho de constrangimento, é bonito de ver o recato dela mesmo com a idade que tem. Admirável.
- Verdades mãe, nada mais que verdades. - Matheus ri. - Podia ter ido dormir sem essa coelhão.
- Parem vocês três! - Minha mãe aperta o celular com força nas mãos, nos encara um a um com o rosto vermelho, mais por constrangimento que por irritação realmente. Já meu pai, conteve a risada dessa vez.
- Eu sou de longe o filho mais decente. - Matheus se gaba com uma mão no peito.
- Claro que é. É isso que um celibato faz com as pessoas. - Igor não perde a oportunidade de alfinetar, mas pela expressão de Matheus, ele já esperava aquela resposta.
- Pelo menos eu não devo ter filhos perdidos por aí sem saber, não é mesmo, coelhão?
- Vocês estão insuportáveis hoje. - Minha mãe volta a atenção para o celular com o rosto ainda vermelho e balançando a cabeça negativamente.
- Ele começou. - Matheus aponta Igor, que faz cara de ofendido.
Depois de uma hora, o Alfa chamado Lucas, e o Beta chamado Luís, desta alcateia chegam, minha mãe, que não gosta de assuntos relacionados a guerra se retira da sala, deixando eu, meu pai e meus irmãos. Após os cumprimentos todos se sentam ao redor da pequena mesa de centro da sala de estar. Lucas é grande e robusto, mas apesar de seu porte físico rústico seu rosto seria facilmente capa de alguma revista. Já Luís é diferente, não possui somente um corpo rústico, mas sim um rosto de dar calafrios em qualquer inimigo. Luís sentou-se ao lado de Lucas num dos sofás da sala de estar, o porte de lutador de MMA de Luís não passou despercebido, e se as roupas sociais que usavam era uma forma de parecer mais normais, sinto dizer que infelizmente não foi a impressão que passou. O primeiro assunto discutido foi o ataque que havíamos sofrido no inicio da semana na alcateia em que estávamos, é óbvio que tem um informante dentro da alcateia em que estávamos para passar informações para o grupo de vampiros que nos atacou, e mais uma vez discutíamos as possibilidades de quem poderia ter sido, já que poucas pessoas sabiam da nossa presença na alcateia. A pessoa que passou a informação para o inimigo não só sabia onde estávamos, como sabia o dia, a hora e o local pelo qual sairíamos de lá. Contudo, mais uma vez a conversa não levou a nada, Lucas apareceu com a lista que tínhamos pedido, contendo as pessoas que sabiam da nossa movimentação naquele dia dentro daquela alcateia, pessoas influentes e relacionadas aos assuntos que tratamos lá. Apontamos os principais suspeitos, porém sem nenhuma informação que realmente nos dissesse algo revelador sobre quem poderia ser, não podíamos ter certeza.
- A única coisa que podemos fazer é observá-los sem que saibam que estamos de olho neles. - Digo. - Por enquanto é só isso que podemos fazer. - E seguimos para o segundo assunto.
O que todos acreditam até o momento é que viemos para cá para nos recuperar do ataque, porém não é verdade, a alcateia de Lucas, conhecida como alcateia do Norte, é a primeira maior de todo esse pais - Brasil -, não a maior do continente, no entanto, em comparação com as maiores do continente, é a que menos tem sofrido ataques, e por esse motivo viemos para cá ao invés de voltarmos para alcateia suprema, que seria mais seguro para ir devido a quantidade de Seguranças que temos lá para proteger nossa família. Boatos de que um informante e alguns traidores estão na alcateia suprema para tentar matar o Supremo e tomar o controle da espécie, se provou verdadeiro quando dentro de um mês sofremos três ataques quase consecutivos, em momentos muito específicos do mês em questão. Não sabemos quem é o traidor, e juntando os ataques repentinos de vampiros, bruxas e rebeldes, estamos num aperto. Quem quer que esteja tramando tomar o poder de Supremo Alfa, tem poder, isso é um fato. Ainda não sabemos se esse traidor está trabalhando junto com os rebeldes, e por isso trabalhamos assim que o sol nasce até o sol se por para descobrir com quem estamos lidando.
- O que tem em mente? - O Supremo pergunta para Lucas, que coça o queixo definido com uma covinha na ponta, pensativo.
- Por enquanto não temos muito o que fazer sobre isso, mas o que anda me preocupando são os ataques mais frequentes, que andamos sofrendo fora dos muros, raramente vamos a cidade humana, nas poucas vezes que temos ido sofremos dois ataques aos carros, todos ficaram bem, mas foram ataques muito convenientes, convenientes demais para parecer aleatórios. Infelizmente Supremo acredito que também deva ter um informante na nossa alcateia. Quem quer que seja, sabe as circunstâncias das nossas viagens e atacou com bastante precisão.
O Supremo suspira com os olhos fechados. É preocupante saber que em qualquer lugar que vamos, tem um informante para ditar nossos passos para o inimigo. Isso só prova o quão perigoso a pessoa por trás disso pode ser, alguém com poder suficiente para convencer pessoas próximas ao Supremo de trair, e ter esses informantes em qualquer alcateia. Não se trata de um inimigo qualquer.
- Estou considerando pedir que as oficiais que estão fazendo a guarda de Anna continuem. - Lucas encara Luís. - Acho que será necessário, não ficamos com Anna durante o dia, e os Guardas Reais ficam todos comigo e meus filhos.
Lucas olha para Luís novamente, como se passasse a palavra para o mesmo.
- Não acredito que será necessário Supremo, a segurança em toda a alcateia está mais do que reforçada, mesmo com um informante aqui dentro, ele não teria como chegar até sua companheira, designei equipes que farão a ronda durante todo o dia, e toda noite, ao redor do quarteirão. Se a equipe de contenção ver alguma coisa ou pessoa suspeita irá barrar, essa é a ordem. E mesmo que o informante vaze informações para um possível grupo que queira atacar, esse grupo não dará conta de passar pelos muros e pelas equipes de contenção que encontrará pelo caminho, até chegar aqui. Ou seja, se eles forem idiotas de tentar algo do tipo, tenho certeza que não conseguirão. Escolhemos essa casa em especial, por alguns motivos. Mas se o senhor insiste, posso designar duas das quatro que já estão para fazer a guarda da sua companheira permanentemente, compreendo a preocupação.
- Podemos designar dois dos nossos para ficar aqui também. - Digo encarando o Supremo. Ele concorda sem dizer nada.
- Posso designar Luiza e Clara. Preciso de Paula para treinar novos recrutas para a Segurança e para Contenção, e quero Lorena na sala de câmeras, antes da sua chegada mantínhamos alguns guardas em volta da sala de câmeras para o caso de algum ataque, mas agora direcionei todos paras os muros e portões, não acho que vá acontecer, mas se alguém chegar a sala de câmeras para tentar impedir quem estiver lá de acionar o sinal de invasão, sei que Lorena saberá resolver sozinha, apesar de não parecer, ela tem muita força e conseguirá nos informar, já aconteceu antes e sabemos que ela é de confiança para acionar o alarme se achar necessário.
- Entendo, podemos deixar assim, hoje quero as outras duas aqui então.
- Luiza e Clara são ótimas com armas e defesa pessoal, a Suprema estará bem com elas. - Luís afirma seguro, meu pai não parecia convencido, mas concordou mesmo assim.
Voltamos a atenção para Lucas quando notamos que tinha algo a dizer.
- Quer dizer alguma coisa Lucas? - Pergunto. Ele se mexe desconfortável na poltrona.
- Infelizmente. Não tive tempo de dizer antes, acredito que agora seja o melhor momento para comunicar, a profeta Miranda teve uma visão... - Com a menção de 'visão' e 'Miranda' todos no ambiente ficam tensos. - Não foram coisas boas, acredito que devamos nos preparar para uma guerra, e segundo ela, o fim do mundo.
Ninguém diz nada por uns instantes até ouvir Bernardo, o beta do Supremo Alfa, que até então ouvia tudo silenciosamente soltar o ar com força.
- Caralh*... Mais essa agora... - Ele balança a cabeça negativamente. O Supremo massageia as têmporas com os olhos fechados. Lucas e Luís olham para o chão sem dizer nada.
De início tive vontade de rir pela comparação com o fim do mundo, mas a vontade não durou muito tempo, já que saber que Miranda, de todas as Profetas, é a que tem as visões mais perturbadoras.
- O que podemos fazer sobre isso? - Pergunto para Lucas.
- Não muito até o momento, ela se reuniu com as outras Profetas para discutir o assunto, mas até o momento, elas não tem nada a dizer, estão esperando ter outra visão e talvez umas possível solução, mas como disse, até o momento não temos nada além da certeza de que o mundo irá acabar.
Todos suspiram.
- Vamos fazer uma reunião com as equipes de Contenção e Segurança, precisamos deixar claro que estamos a beira de uma guerra, precisamos ficar atentos a qualquer sinal suspeito. Sem contar os rebeldes.
- Sim senhor. - Lucas e Luís respondem, e depois de conversarmos por mais alguns minutos sobre quantos seguranças estão trabalhando na alcateia durante o dia e durante a noite, e quantos foram designados para ficar patrulhando o quarteirão, ambos saem para resolver seus assuntos e ficamos o restante na sala.
- Podemos pedir que mais alguns guardas da alcateia suprema venham. - Digo.
- É muito arriscado pedir que venham agora, os ataques estão frequentes e mais fortes a cada tentativa, é capaz de serem atacados durante o caminho. - Leonardo diz.
- Sim, mas qualquer coisa que fizermos a partir de agora será arriscado. - Retruco.
- Faça isso Leonardo, chame os guardas de mais confiança. Hera, quero que você treine uma equipe de segurança especializada, assim como treinou a nossa Guarda quero uma equipe infiltrada entre os seguranças daqui, quero descobrir se tem informantes entre os seguranças.
- Entendido. Vou pedir para Luís me mostrar as pessoas de mais confiança dele para fazer esse serviço. - O Supremo concorda com a cabeça.
Depois de mais horas discutindo sobre os mesmos assuntos, todos nos encontramos no grande salão, onde aconteceria a reunião com as equipes. O salão é como um auditório, com um pequeno palco no fundo. Grandes janelas se estendiam nas laterais deixando o ambiente claro e arejado. Apesar de ser um auditório bonito e bem arrumado, Luís comentou que é exclusivamente usado para as reuniões das equipes. As várias cadeiras almofadadas na cor cinza iam sendo preenchidas pelas pessoas que chegavam, aos poucos, pessoas com fardas cinza e preta entravam pelas grandes portas, e depois de um tempo as vozes sussurradas tornaram-se altas deixando o ambiente barulhento e irritante. No palco estão eu, o Supremo, Bernardo, Lucas e Luís. Como líder da equipe da Guarda Real, sou responsável por treinar cada integrante novo que entra nas equipes tanto de Segurança quanto Contenção em minha antiga alcateia, no entanto isso é um hobby, minha prioridade é a Guarda Real.
Lucas, Bernardo e Luís discutiam com o Supremo mais uma vez sobre os infiltrados nas alcateias, antes da reunião começar, de repente me vejo nervosa. Até o momento em que percebi meu corpo inquieto, pinicando em várias partes, meu coração estranhamente acelerado, estava tranquila, não existia motivo para minha inquietação, pois já participei de reuniões como essas diversas vezes, ministrei muitas reuniões desse tipo. Tento me concentrar no que estavam discutindo, com a sensação incomoda de crescente ansiedade.
A reunião começa, muitas pessoas ficaram em pé pela falta de cadeiras, mesmo o salão sendo grande podia-se ver pessoas em pé da porta de entrada até o lado de fora do salão. Lucas começa cumprimentando todos, ele explica superficialmente o motivo da reunião, apresenta o Supremo, eu e Bernardo, e passa a palavra para Luís, que informa sobre as manobras de segurança que serão tomadas dentro do condomínio, depois a palavra é passada para o Supremo, que informa a todos sobre a guerra eminente. Meu olhar ia do Supremo para a multidão de pessoas, e nesse vai e vem noto uma mulher musculosa de uniforme preto passando pela multidão, aparentemente queria uma melhor posição para ouvir tudo, a sigo com o olhar ate vê-la parar ao lado de uma garota sem uniforme. Meu coração dispara a bater.
Meu olhar se prende na garota sem uniforme, é minha companheira, tenho certeza. Vejo quando a mulher de uniforme preto para ao lado dela, e da um leve esbarrão em seu braço para chamar a atenção da minha companheira, que a olha, sorri em cumprimento e volta a atenção para o Supremo. Ela não me olhava, no começo pensei que talvez não tivesse me visto, mas a lógica não fazia sentido, não teria como ela não ter me visto logo ali em cima, muito menos depois de Lucas ter anunciado minha presença junto com o Supremo. A encaro descaradamente, e vejo quando ela me olha rapidamente e se surpreende por estar a olhando, ela volta a atenção para o Supremo me ignorando. Meu sangue ferve de raiva e preciso me controlar para não descer daquele palco, e tirar ela dali para ter um conversa.
O Supremo me olha querendo me perguntar algo, e nego com a cabeça sem fazer a mínima ideia do que ele estava falando. Quando o Supremo termina e dispensa todos, desço do palco tentando aparentar tranquilidade, mas meus nervos estavam a flor da pele. De repente noto que a perdi de vista, um frio se instala no meu estômago, minha ansiedade grita em minha cabeça. Olho para todos os lados desesperada para encontrá-la, mas não a vejo em lugar algum, até mesmo a mulher com uniforme da Contenção que estava ao lado dela havia sumido. Controlo o ciúme que surge com ideias do por que daquilo.
Passo pela multidão pedindo licença, o salão estava lotado, a maioria das pessoas estava indo embora, algumas estavam paradas conversando, e por ter muita gente eu não fazia muito progresso em sair do lugar, sequer estava perto de chegar na porta de saída, que com certeza era para onde ela tinha ido.
Depois de minutos tentando sair, e um "congestionamento" ter se formado na porta de saída pois todos decidiram sair ao mesmo tempo, desisto e decido procurá-la de outra forma. Em minutos volto para o pequeno palco em que ainda estavam o Supremo e o Alfa, no entanto não me dirijo a eles, passo pelos dois indo em direção a Luís, que é responsável pelas equipes de Segurança e Contenção.
- Luís. - Ele conversava com um rapaz novo que estava fora do palco, mas logo volta sua atenção para mim. Dispensa o rapaz com um aceno e vem até mim. - Você pode me garantir que todas as pessoas que estavam aqui, são da equipe de Contenção e Segurança?
Sua expressão supressa logo passa para nervosa.
- Sim senhora. - Ele parecia querer perguntar o por que, no entanto, não perguntou.
- Você tem certeza? Tinha alguém aqui que não participasse de nenhuma das duas equipes?
- Sim senhora, somente as equipes são convocadas para essas reuniões. Não permitimos que as pessoas de fora participem, se elas ouvirem o que sempre conversamos por aqui entrariam em pânico e espalhariam para toda a alcateia. Usamos esse salão somente para reuniões das equipes, civis não são permitidos aqui. - O encaro dando a chance de voltar atrás, ao sentir que ele tinha certeza do que estava falando prossigo.
- Quero olhar todas as fichas das guardas femininas que trabalham aqui. - Vejo a pergunta estampada em seu rosto. - Acredito ter reconhecido alguém, quero ter certeza se é quem penso que é.
Ele concorda em compreensão.
- Sim, entendi, caramba, admito que fiquei um pouco preocupado, mas essa pessoa que você pensa ter visto, é uma pessoa boa? Ou não?
- Sim, é. - Caminhamos até o Supremo e o Alfa que ainda conversavam, ambos nos olham quando nos aproximamos.
O supremo interrompe a conversa e me olha com curiosidade.
- Está tudo bem? Senti que você estava um pouco... Nervosa... - Ele diz me olhando. Retribuo o olhar sério.
- Sim, só pensei ter visto um pessoa, mas perdi ela de vista. - Ele me encara. Frequentemente "conversamos" pelo olhar, ele sempre sabe quando algo me incomoda.
O Alfa iniciou novamente a conversa sobre as equipes que estavam sendo treinadas, contudo minha mente estava na garota de jeans azul colado no corpo, com os cabelos castanhos cacheados até a cintura. Uma vozinha quase imperceptível se repetia em minha mente:
MINHA.
Fim do capítulo
OLÁ MINHA GENTE! ><
Queridos da minha vida... Ontem comecei a reler os caps da minha história e fiquei chocada com a quantidade de erros que encontrei O.O
Fiquei até com vergonha, pq era cada erro besta kkkk Mas ok! Vou reler a história p arrumar os erros, e futuramente, ela vai passar pela revisão de um profissional, provavelmente a partir de Março. Confesso p vcs q fiquei pasma com os erros q vi ontem kkkk Releio tantas vezes procurando erros e ainda passa um monte! Revoltante! Mas ok kkkk (DESABAFO DE ESCRITORA)
Sobre o CAP: Hera encontrou Lorena!! FINALMENTE!!! huhuuu
E Lorena foge na primeira oportunidade kkkk Vamos ver como é q as coisas vão desenrolar a partir agr ><
Meu bordão: Espero que estejam gostando, comentem para eu saber o que estão achando. Qualquer erro que virem pode me dizer, vou arrumar com mt prazer. Críticas são bem-vindas!
BOA SEMANA A TODOS! ATÉ A PRÓXIMA! BJINHOS ><
OBS: Essas últimas semanas estão sendo mt corridas para mim, por tanto é possível q me torne propensa a comenter mais erros na escrita, meu horário de trabalho quase dobrou, então está corrido, por isso peço q tenham paciencia cmg, estou encontrando meios de dxr a história TOP d se ler, p vcs, minhas queridas leitoras ><
Mas não se preocupem q não vou dxr de publicar p vcs, estou finalizando a história, e digo p vcs q tem mts caps pela frente ainda.
Agr fuiz...
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Jebsk
Em: 23/02/2021
Adorei a família do Supremo, são fofos juntos e mãe é uma Lady.
Hera é sensacional, sem dúvidas e decidida com sua companheira. Ela nem se questionou da classe social de sua companheira, até agora, tudo nela era posse. Mulher de atitudes, gostei dela. Que continue assim.
Lorena está fugindo, isso é tudo medo da rejeição?
Ansiosa para saber de como vai ser esse encontro e como vai é esse marcar o cheiro.
;-)
Resposta do autor:
Sim! A família de Hera é incrível >< Lady é a palavra perfeita para descrever a mãe de Hera, Anna é uma dama em todo o sentido da palavra ><
Hera é uma pessoa muito auto confiante, e isso não é só por ser filha do Supremo, mas por ela ter sido criada para liderar. Hera cuida de muitas coisas para o Supremo Alfa, ela está acostumada a mandar e fazer as coisas do jeito dela, e isso não será diferente com Lorena. P Hera, assim q ela encontrasse sua companheira, sua companheira seria dela, e iria viver com ela e PONTO, sem discussão kkkkk Como vc disse, Hera é uma mulher de atitude, provavelmente, nunca recebeu um não na vida, então ela 'se garante' kkkk Vamos ver como vai ser, quando ela e Lorena se encontrarem pela segunda vez. Ansiosa por isso ><
Sobre a Lorena fugir: Ela fugiu por vários motivos, o medo da rejeição é um deles, mas também tem outros, naquele momento q ela viu, q Hera viu ela, ela com certeza soube q a partir dali a vida dela começaria a mudar drasticamente, coisa q ela qria adiar um pouco por não se sentir preparada p aquelas mudanças. Lorena conviveu com aristocratas da sociedade lycan (a "familia dela"), e sabe q pessoas desse meio são muito presunçosas, mandonas, e outras coisas, automaticamente ela deduziu q Hera não devia ser diferente já q é filha do Supremo alfa.
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bicaf
Em: 23/02/2021
Oi.
Tudo bem?
Estou gostando muito da sua história. Um bom enredo, cheia de mistério e amor se formando.
Gostava que postasse mais capítulos por semana, mas não dá né. Kkkk. Fico em ânsias aqui.
Beijo.
Resposta do autor:
Oiiii Bicaf! Td sim, e vc? ><
Fico mt feliz q esteja gostando ><
Eu qria mt poder postar mais vezes, porém estou trabalhando mais nos últimos dias, e já é difícil publicar 1 vez por semana, quem dirá mais q isso. Quando eu escrevo, releio várias vezes os caps e SEMPRE acrescento ou tiro algumas coisas, para deixar da melhor maneira possível, e isso é mt cansativo. No meu caso, eu não consigo ficar horas em frente ao computador, ou no celular lendo e escrevendo, sinto dor de cabeça, mal estar, não consigo, por isso tento escrever e editar um pouco todos os dias, mesmo fazendo isso, ainda passam muitos erros, e não gosto de entregar um cápitulo mal feito, cheio de erros e sem pelo menos 3 revisões.
Pode não parecer, mas escrever, não é fácil kkk Por isso não publico mais vezes, mas tenho uns bônus esperando para serem postados futuramente, aguardem >< <3
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Flavia Rocha
Em: 22/02/2021
Ah, que lindo esse momento familia. Eu pensava que eles seriam mais frios uns com os outros, mesmo depois que a Anna se empolgou em falar da Hera para a Lorena no quarto. Mas que bom que eles tem esse relacionamento familiar bom.
A Hera, mesmo não acreditando em amor, como ela diz, parece que não teve aqueles momentos de dúvidas como "Será que minha companheira vai gostar de mim?" ... "Será que minha companheira é uma boa pessoa"... Pelo menos na parte da sua companheira ser realmente uma companheira ela acredita.... Bom, parece isso.
ps: Eu terminei de assistir motherland: fort salem neste fim de semana, e agora eu não consigo parar de imaginar a Hera parecida com a general Sarah Alder. Meu... essa atriz Lyne Renée é linda demais e ainda, as vezes, parece muito com a outra atriz katie DEUSA Mcgrath.
Boa semana autora.
Resposta do autor:
Oii! Sim a família da Hera é um amor de família, são bem unidos ><
Sobre a Hera não acreditar no amor, ela não acredita, mas não se opõem a ideia kkk O típico "Deus me livre, mas quem me dera!" kkkk
Pesquisei a atriz que vc mencionou (Lyne Renée) e fiquei CHOCADA! É desse jeito, nesse estilo, que imagino a Hera, fico MUITO feliz q vc imaginou Hera do jeito q quis passar ps leitores. Espero q todos os outros leitores tenham imagindo desse jeito também ><
Me apaixonei pela atriz kkk Vou assistir a série q vc mencionou só p causa dela kkkkk
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Marta Andrade dos Santos
Em: 22/02/2021
Agora vai!
Resposta do autor:
Agora vai! kkkk
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