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A Cortesã e a Baronesa por Nanda Cristina e JuliaSoares

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Palavras: 5915
Acessos: 1375   |  Postado em: 01/11/2020

Mi Baronesa

Isabel

Carmen adorou cada canto do quarto de Rafael. Eu cuidei de todos os detalhes, os brinquedos, os móveis, a cor do papel de parede. Foi uma felicidade imensa ver que minha mulher gostou da surpresa. Agora nosso filho tinha um espaço só dele.

Margot iria embora na manhã seguinte e como eu tinha assuntos para resolver na capital, resolvi acompanhá-la. A mulher mostrava uma fragilidade que era bastante preocupante.

Carmen me contou um pouco de sua história, foi a primeira vez que falou da vida antes do bordel. Eu não conhecia absolutamente nada de seu tempo na Espanha. Ela nunca tocou no assunto e eu achava melhor não forçá-la a falar sobre algo que era notoriamente sofrido e difícil.

Nos despedimos e partimos rumo a capital. Margot estava sentada à minha frente na carruagem e por vezes suspirava incomodada.

– Estás bem? - Disse preocupada.

Ela forçou um sorriso e suspirou.

– Bem, na medida do possível, minha querida... Somente com um pouco de dores nas costas. - Ela falou sem me encarar.

Fiquei em silêncio por alguns minutos observando-a.

– O que está acontecendo, Margot? - Ela me olhou e suspirou de novo.

– Foi um tombo... - Não deixei ela continuar.

– A verdade, Margot... - Falei paciente.

Ela me olhou triste.

– Como disse a Carmen, a velhice chega para todos, Querida! - Deu uma risadinha.

– Sempre foi uma mulher vigorosa, lembro de quando a conheci... - Ela sorriu.

– Estou cansada, Isabel... Já andava assim a algum tempo, antes mesmo de Carmen vir para a fazenda. Só nunca comentei nada com ninguém. Os meses foram passando e tudo foi piorando. O médico disse que tenho muitas tarefas para uma mulher da minha idade, que deveria repousar nessa fase e não tomar conta de uma pensão de luxo. - Disse rindo e revirando os olhos.

– Margot, deveria escutar os conselhos do médico... - Me ocorreu a ideia de dizer para ela o mesmo que comentei com a minha mulher e sei que seria do agrado dela. - Por que não vem ficar na fazenda? Lá terá o repouso que precisa, terá Carmen, Rafael... - Ela sorriu largo. - Cuidaremos de ti e tua filha ficaria radiante de ter tua presença na nossa casa. - Sorriu mais, pegou em minha mão e apertou de leve.

– Fico lisonjeada com o convite, Minha Querida! - Acariciava minha mão e me olhava com ternura. - Tu poderias ter sido minha filha... - Ela disse emocionada e via as lágrimas descerem em seu rosto cansado. - Não tem um só dia em minha vida em que não pense em Jorge... Em tudo que poderíamos ter vivido juntos. - Margot secava as lágrimas e me emocionei junto com ela. - Eu só quero encontrá-lo de novo, tenho tantas saudades... - Ela virou o rosto e olhou pela janela da carruagem.

– Eu sinto muito, Margot... - Ela sorriu em meio às lágrimas.

– A pensão é minha vida, Isabel! As meninas são minha responsabilidade, por mais que teu convite me seja tentador, não posso deixar tudo que construí para trás... Ficarei na minha casa, até o dia da minha partida. - Disse firme mas de um jeito doce.

Não insisti no convite. Era nítido que Margot não queria abandonar a casa e eu respeitaria a decisão. Também não abandonaria minhas fazendas e todo trabalho da vida de meu pai.

Doeu meu coração vâ-la naquele estado. Era difícil imaginar minha vida sem Carmen... Meu pai e Margot passaram a vida sofrendo pelo seu amor impossível e longe um do outro. Foi uma vida triste para os dois, não queria o mesmo para nós duas.

Algumas horas depois chegamos a capital e levei-a até sua casa.

– Obrigada, Minha Querida! - Disse quando a ajudei a descer da carruagem.

Já era noite, a casa estava viva, com sua música alta e risadas.

– Vou ajudá-la a subir a escadas... - Não negou minha ajuda. Cruzou seu braço no meu e devagar subimos a pequena escada até o portal de entrada.

Margot abriu a porta e o cheiro de cigarro e perfume invadiu minhas narinas. Ela entrou na minha frente e logo duas meninas correram para ajudá-la.

Eu entrei logo atrás e um filme passou em minha cabeça. Lembrei quando entrei ali pela primeira vez. Olhei para a bonita escada de madeira e do alto dela vi aquela Carmen atrevida sorrir para mim. Tanta coisa se passou... Ela não era mais a mesma mulher que conheci nessa casa e eu não era a mesma Isabel que entrou por essa porta há um ano. A voz de Margot me fez voltar a realidade.

– Isabel... - Tirei o olhar do alto da escada e encarei a mulher a minha frente. - Quer tomar alguma coisa? Mesmo sabendo que Carmen a mataria só por entrar aqui sozinha. - Disse rindo alto. - Sei que está cansada da viagem. Beba algo e vá para casa, Querida! - Me puxou pela mão até o bar.

"No olvides que soy el heredera de ese burdel y no me importaría incendiarlo contigo dentro, ¿entiendes?"

Sua voz invadiu meus ouvidos e senti um arrepio nos pelos do meu braço. Tive que sorrir. Carmen estava comigo mesmo a leguas de distância.

Não recusei a bebida, estava realmente cansada. Me sentei no banco de frente para o bar e Margot pediu ao garoto uma dose de uísque.

– Relaxe um pouco, Minha Querida! - Disse sorrindo.

Alguém apertou meus ombros delicadamente e em seguida envolveu os braços em meu pescoço.

– Baronesa, quanto tempo! - Sofia estava pendurada em meu pescoço e eu gelei.

"Y si sé que caminas, miras o respiras cerca de cualquier mujer, Rafael pronto se convertirá en Barão."

A voz de Carmen de novo se fez presente. Levantei na mesma hora e afastei delicadamente a mulher.

– Sofia, deixei Isabel em paz! - Margot disse irritada para a menina.

– Não estou fazendo nada além do meu trabalho, Madame Margot. - Disse debochada.

– Isabel, não é uma cliente... - Margot disse me olhando. - É comprometida e sua mulher não gostará nada de vê-la agarrada em seu pescoço.

Concordei com olhar.

– Carmen não está aqui, Querida! Pode relaxar... - Sofia era teimosa e voltou a se insinuar. - É até engraçado imaginar a mais famosa Cortesã do Império brincando de ser esposa da Baronesa. - Falou rindo alto e me irritou bastante. Bebi o uísque em um gole.

– Obrigada pela bebida, Margot! Mas já está na hora de ir embora!

– Entendo, minha querida! Vou levá-la até a porta. - Novamente me deu o braço e quando se aproximou empurrou Sofia com o corpo. A mulher mais nova bufou e revirou os olhos. Margot a olhou séria e a menina saiu do caminho sem questionar. - Obrigada pela companhia, Isabel! - Ela disse quando chegamos a porta. - Cuide de Carmen e Rafael! - Falou sorrindo e me deixou um beijo em meu rosto.

– E tu, cuide-se também, Margot! Precisando de qualquer coisa sabes bem onde nos encontrar! - Ela agradeceu, acariciou meu rosto e me beijou novamente. Um sentimento de despedida me invadiu e pela reação de Margot ela também sentiu. Sorriu lindamente e me lembrou da mulher vigorosa que conheci nessa casa. Seria assim que sempre lembraria dela.

Parti da pensão rumo a minha casa de Botafogo. Estava exausta e o dia seguinte seria longo. Apesar da saudade de Carmen e Rafael eu não demorei para pegar no sono. Tive sonhos confusos. Muitos eram as lembranças da época que passava longas noites no segundo andar do bordel, mas o que me fez acordar chorando foi o sonho que tive com meu pai:

"Estava saindo da casa de Madame Margot, depois de uma noite maravilhosa com Carmen, quando coloquei os pés para fora da casa, não era uma das ruas da capital que estava a minha frente.

Uma chuva forte caía e o cheiro de terra molhada invadiu minhas narinas. Olhei para trás e o bordel ainda estava no mesmo lugar, quando virei o rosto para frente me deparei com Pérola amarrada em uma árvore mais a frente. Estava confusa, mas andei em sua direção. Ela relinchou assim que me aproximei e deixei um carinho em seu focinho.

– O que faz aqui, garota? - Disse ainda confusa.

A árvore era grande o bastante para nos proteger da chuva. Subi nela e corri o mais rápido possível, chovia muito e isso prejudicava minha visão. Fui deixando o animal me guiar. A estrada de terra parecia não terminar nunca, mas de longe vi a figueira da fazenda e tinha alguém ali montado a cavalo. Corri mais e quando estava me aproximando da grande árvore, a chuva foi diminuindo. Reconheci de imediato o homem à minha espera. Era meu pai. Parei assim que cheguei a figueira e ele sorriu largo para mim. Eu só podia estar louca. Eu sabia que meu pai estava morto, era impossível estar ali na minha frente.

– Isabel! - Falou sorridente.

Meus olhos se encheram de lágrimas assim que escutei sua voz. Desci do cavalo e ele fez o mesmo.

– Não vai abraçar teu velho pai? - Falou abrindo os braços para mim. Eu corri para seu colo como fazia quando criança. Ele me apertou em seus braços e eu chorei por toda saudade que sentia dele. - Eu sei, minha filha... Também sinto a tua falta! - Disse sorrindo.

– Isso é impossível... - Falei tocando seu rosto. Ele estava tão vivo quanto eu. Podia sentir sua barba em meus dedos, enquanto acariciava seu rosto e sua respiração em minha testa antes dele deixar um beijo ali.

– Nada é impossível, minha querida! - Falou rindo.

– Mas como está aqui na frente se o vi morrer nos meus braços? - Disse chorosa.

– O que morreu foi meu corpo, Isabel! Eu continuo bem vivo! - Disse alegre.

– Senti tanta falta, papai! - O abracei de novo. - Tenho tantas coisas para te contar! - Disse animada e ele riu alto. - Eu tenho um filho agora!

– Sim... Meu neto Rafael! Um novo Albuquerque de Castro! - Falou orgulhoso. O olhei curiosa. - Esqueceu que sempre estou contigo? - Meu pai apontou para meu coração. - Marta te falou isso no dia em que estive na fazenda. - Eu arregalei os olhos. Sabia que Marta tinha visto algo na varanda.

– O senhor estava mesmo lá?! - Falei emocionada. - Achei que estivesse delirando... - Rimos.

– Fui conhecer meu neto! - Falou. - E sentiu minha presença...

Concordei. Estávamos abraçados e me lembrei dos nomes gravados na figueira.

–- Quero que veja uma coisa... - O puxei pela mão até o tronco da árvore que estava com iniciais I.C.B gravadas. Me aproximei e passei os dedos pelas letras. Ele fez o mesmo.

– Tu amas muito essa moça, não é?!

– Amo mais do que tudo nessa vida! Agora nosso amor transbordou e multiplicou com Rafael... - Sorri ao lembrar dos dois.

– Sei o que sente. Quando tu nasceu, senti que não poderia amar ninguém nesse mundo mais do que amo ti! - O abracei de novo.

– Margot, sente tua falta também... - Ele me olhou um pouco triste, mas sorriu.

– E eu sinto a falta dela todos os dias... Mas o momento de nos encontramos está próximo! - Fiquei um pouco triste, mas sabia que seria um alívio para os dois. Ele me olhou animado. - Será que ainda perde uma corrida para o teu velho pai?! - Ele correu e subiu em seu cavalo. - Vamos, menina! - Montei e corri atrás dele assim que saiu em disparada.

– Isso não vale, o senhor não me esperou! - Falei alto. O homem estava um pouco a frente e ria alto.

Corremos livres como fazíamos quando estava vivo. Sempre me levava campo afora apostando corrida. Demos a volta no campo a frente e eu o venci.

– Acho que está enferrujado! - Falei rindo. Ele se aproximou.

– Um dia teria que superar o teu pai! - Disse rindo.

Voltamos para baixo da velha árvore. Ele olhou para frente e fechou os olhos. Quando os abriu, me olhou emocionado.

– Preciso ir, minha querida... - Desceu do cavalo e me ajudou a descer do meu.

– Não vá, papai! - Pedi o abraçando forte. - Preciso tanto do senhor...

– Não precisa! - Disse me encarando. - Criei uma mulher forte e corajosa! - Levou a mão até meu queixo me fazendo encará-lo. - É uma Albuquerque de Castro, levanta a cabeça, Isabel! Tudo que precisa está dentro de ti! E criará Rafael com o mesmo amor que eu a criei.... ele será um grande homem, menina! - Disse me fazendo sorrir orgulhosa. - Seja corajosa, minha filha... - Me abraçou forte.

– Por quê, pai? - Perguntei curiosa, seu tom de voz não eram bom.

– Tem coisas que não poderei dizer, mas saiba que sempre estarei contigo! Eu te amo! - Disse me abraçando. Deixou um beijo em minha testa e subiu no cavalo.

Eu chorei como uma criança naquele momento. Ele somente sorriu e virou o cavalo para o campo a frente. Meu pai foi se afastando devagar e sumiu como mágica."

Acordei assustada e chorando. Aquele sonho foi tão real que ainda podia sentir o último beijo que ele me deu. Era tão raro sonhar com ele. Agradeci pela oportunidade de vê-lo e levantei disposta a enfrentar qualquer dificuldade que aparecesse.

Saí cedo de casa e fui direto para o banco. O dinheiro que Louis enviou salvou Águas Claras. Seria eternamente grata ao meu amigo por isso. O banco ainda estava vazio, mas o velho Barão já estava em seu escritório.

– Baronesa Isabel Albuquerque de Castro! - Fui anunciado por um dos funcionários do banco.

– Mande-a entrar! - Escutei sua voz na sala.

O rapaz me deu passagem e sorriu gentil quando fechou a porta.

– Isabel, minha querida! - O Barão se aproximou e apertou minha mão. - Quanta alegria vê-la aqui!

– Digo o mesmo! - Falei retribuindo o gesto.

– Antes de tudo, sinto muito ao que aconteceu com tua fazenda! - Falou e voltou a sua imponente cadeira.

– Agradeço, Barão! Mas conseguiremos reverter o prejuízo!

– Não tenho dúvidas, Minha Querida! É filha do teu pai! - Falou me fazendo sorrir e lembrar do sonho.

– Vim quitar a parcela da compra da fazenda Águas Claras! - Ele sorriu largo.

– Está certo! Vamos aos negócios!

Depois do pagamento feito o Barão me convidou para beber e fumar ali mesmo em seu escritório.

– É um dos melhores do mundo! - Cheirou de leve o charuto em sua mão.

Me ofereceu outro que prontamente aceitei e passamos algumas horas entre conversas animadas. A tarde foi chegando e me ajeitei para partir.

– A conversa está muito Barão, mas tenho que voltar a fazenda! - Disse bebendo o resto do uísque em meu copo.

– Mas tão cedo! Ia convidá-la para visitar um lugar extraordinário aqui na capital... - Eu sabia do que ele falava. - Abriu a pouco tempo, tem mulheres lindíssimas! - Falou animado. - Vamos comemorar o bom andamento da fazenda e a chegada do teu herdeiro! Sei que andou visitando a pensão de Madame Margot a algum tempo atrás... - Disse rindo. Era difícil alguém da capital não saber que os Albuquerque de Castro tinham um novo herdeiro. Fora isso, todo homem desse lugar frequentava a pensão, estranho seria se não hovessem comentários sobre minhas visitas ao bordel. - Madame Carmen faz milagres, eu sei. Nunca visitei seu quarto, mas alguns amigos me contaram que ela é magnífica, não julgo a senhorita! - Disse acendendo outro charuto e me levantei um pouco irritada.

– Acho que já passou da minha hora, Barão! - Falei séria.

– Disse alguma coisa de errado, Minha Querida?! - O velho não sabia da minha história com ela, muito menos de sua presença em minha fazenda, fiquei irritada com seu comentário, mas ele não tinha culpa.

Foi a primeira vez que escutei gracinhas sobre a antiga vida da minha mulher e isso não me agradou nenhum pouco.

– Peço desculpas se a ofendi, minha querida! - Disse assustado e confuso.

– Imagina, Barão! Só está na minha hora, não quero chegar muito tarde na fazenda. - Estendi a mão e ele a apertou. - Agradeço a companhia sempre agradável do senhor. - Ele retribui o sorriso.

– É sempre um prazer recebê-la! Até a próxima!

Do banco parti direto para a fazenda. Fui remoendo o comentário do Barão por todo o caminho. Não era culpa de Carmen, ela tinha um passado e eu precisava aprender a lidar com algumas situações. Sabia que aquele não seria o último comentário que escutaria. Amar a cortesã mais cobiçada do Império tinha seu lado amargo.

Cheguei a fazenda antes do anoitecer. Carmen me esperava na varanda com Rafael em seu colo e assim que os vi todo aquele sentimento ruim passou. Era realmente outra vida, ela não era mais aquela mulher e isso me deixava feliz. Corri até os dois.

– Oi, filho! Ah, que saudade que a mamãe sentiu... - O menino se agitou assim que escutou minha voz.

Me aproximei de Carmen e a beijei.

– Senti saudades! - Carmen disse me beijando novamente.

– Eu também! Muita! - Rafael soltou um gritinho e se agitou mais. - De ti também, meu amor! - Peguei meu filho no colo e deixei alguns beijos em sua bochecha, ele deu um sorriso largo, era a primeira vez que o bebê sorria assim, foi emocionante para nós duas.

– Ele também sentiu a tua falta, amor! - Peguei Carmen pela cintura e beijei o topo da sua cabeça. Entramos na casa em seguida. Passei parte da noite agarrada aos dois, até Rafael mamar e dormir. Ficamos nós duas na sala conversando sobre meu dia na capital.

– Então deixei Margot em casa... - Falei deitando em seu colo.

– ¿Entraste? - Perguntou séria. Pensei em mentir, mas nunca era bom mentir para Carmen.

– Sim... - Escutei ela bufar irritada.

– Hija... - Falou o resto baixinho me praguejando e não contive a risada.

– Amor, foi Margot que me convidou para entrar, ela viu o quanto estava cansada e me ofereceu uma bebida, foi só isso. - Disse tocando seu rosto. Ela virou irritada.

– ¿No tienes más bebidas en tu casa? - Falou se levantando.

– Só queria agradar Margot. - Carmen engoliu em seco e resmungou.

– ¡Apuesto a que una mujer se quedó contigo! - Disse irritada. - ¡No puedes ver a alguien con un título importante que separe las piernas! - Ri alto e abracei ela pela cintura mesmo com ela tentando me empurrar para longe.

– Não as julgue, tu fez o mesmo quando entrei por aquela porta! - Ela me deu um tapa de leve. Porém lembrei do comentário do Barão e me passou pela cabeça que Carmen tinha feito isso com muitos outros homens com títulos importantes. Ela estranhou meu silêncio e se aproximou.

– ¿Qué pasó, Isabel? - Disse curiosa.

– Nada! - Respondi um pouco seca.

– Como assim nada? Por que está com essa cara?! Estava rindo de mim a segundos atrás! - Bufei e fui até a porta da casa olhando para a noite. Ela me abraçou por trás.

– O que aconteceu? Me conta... - Disse beijando meu ombro.

Eu não queria contar, mas Carmen sabia ser insistente. Acabei cedendo antes que me irritasse com suas perguntas.

– O Barão Gusmão Maia, dono do banco em que fiz a compra da fazenda, me convidou para visitar uma pensão nova da capital. - Ela me virou para encará-la. Revirei os olhos.

– Usted não aceitou...?

– Estou aqui na fazenda, não estou?! Como aceitei então! - Disse irritada e ela fechou a cara.

– ¡Su caballo! ¡Debería vivir en el establo con los otros animales! - Falou irritada e se aproximou me enfrentando.

Revirei novamente os olhos.

– Eu não fui! - Disse de novo. - Porém ele fez um comentário que não me agradou! - Ela desfez a cara de irritada e agora estava tensa.

– ¿Lo que él dijo?

Não encarei a mulher quando falei.

– Disse que sabia que visitava a casa de Margot e que não me culpava pois Madame Carmen era magnífica! - Falei irritada e fechando os punhos. Carmen pareceu viajar em seus pensamentos.

– ¡Te juro que nunca me acosté con el Barão! - Disse apressada.

– Com ele sei que não, o velho me contou! Mas os amigos dele comentaram o quanto era fantástica! - Me afastei de Carmen e sai da sala pisando forte. Entrei no quarto e bati a porta com força.

– ¿Estas loco? ¡Rafael está durmiendo! - Disse entrando no quarto em seguida. Me arrependi no segundo seguinte. - ¡Era una cortesana, Isabel! ¡Tú lo sabes! ¿Crees que me gustan esos comentarios? - Falou com as mãos na cintura.

– EU SEI DISSO! - Gritei e parei assim que lembrei que agora tínhamos uma criança pequena na casa. - Eu sei disso... Não estou com raiva, só fiquei com ciúmes! - Ela se aproximou e me abraçou pela cintura.

– Sabes que teremos que aprender a lidar com isso... Com mi passado! - Falou tristonha. A abracei forte. Não queria brigar com Carmen por isso, não era sua culpa. Ela estava certa teríamos que aprender a lidar com comentários maldosos.

– Tu és minha! - Peguei seu rosto e a beijei forte. Carmen se empolgou e se agarrou em meu pescoço.

– Siempre tua, mi amor! - Peguei-a no colo e a levei até a cama, sem deixar de beijá-la. - Faça amor comigo, Isabel! - Gemi ao escutar ela falar meu nome, era sempre sensual.

Não pensei em mais nada, só a tomei para mim. Após longos dias sem seu corpo, as duas estavam à flor da pele. Foi intenso e gostoso como sempre.

***

Rafael já estava com três meses e como era maravilhoso acompanhar o desenvolvimento do nosso filho.

Dezembro chegou com seu calor habitual e as festas. Era o primeiro natal de Rafael e Carmen comigo, queria que fosse especial. Principalmente porque a mulher estava muito empolgada. Margot não voltou a fazenda naqueles meses e acabou se comunicando conosco somente por cartas. Prometeu que voltaria para as festas de fim de ano, o que a deixou mais tranquila.

Carmen e Marta estavam arrumando alguns enfeites pela casa e Lucília andava atrás das duas com Rafael em seu colo. Me deixava feliz ver o quanto ela se apegou ao menino e ele parecia gostar de sua companhia.

– Gostou das luzes, Querido?! - Lucília falava e Rafael sorria largo.

Me aproximei dos dois.

– Fico feliz de ver como gosta do meu filho... - Falei baixinho somente para ela ouvir. Marta e Carmen estavam distraídas demais com a decoração.

Ela sorriu triste.

– Eu amo essa criança, Isabel! Assim como te amo e me arrependo profundamente do que falei sobre ele. - Disse chorosa.

Abracei os dois.

– Não se preocupe, Lucília, isso já é passado! Se gosta do meu filho já é o suficiente para mim. - Ela beijou meu rosto e em seguida o rosto de Rafael.

– Sabe, ele me faz lembrar muito de ti quando era criança! - Disse animada. - Tenho saudades tua nessa época, era um bebê tão gracioso! Rafael é manhoso e chorão como a mãe era... - Disse me fazendo rir.

– Tu és chorão, rapaz? - Ele se atirou em meus braços. - Mamãe te ama, filho! - Falei beijando sua cabeça.

– Acho que a sina da minha vida é amar os Albuquerque de Castro! - Disse nos fazendo rir.

– Isabel, venha ver como está linda a decoração de Marta! - Carmen me chamou e sorri animada para ela, esse fim de ano seria o mais feliz da minha vida.

Na manhã da véspera de Natal recebemos uma pequena carta de Margot.

"Minhas queridas,

Agradeço novamente o convite, mas não poderei comparecer a festa da fazenda. Espero que não fique brava comigo, Carmen. Sabe que as meninas têm somente a mim e não poderia deixá-las sozinhas nessa data. Sei que compreenderá. Nos veremos em breve, prometo!

Deixo um grande beijo no meu neto! Feliz Natal, minhas queridas.

Margot Montenegro."

Carmen se abateu um pouco, mas assim como Margot escreveu ela acabou entendo os motivos.

Marta, naquele dia deixou a função de cuidar de Rafael para Lucília e passou grande parte do dia com Carmen e Ana na cozinha. Minha mulher me surpreendeu ao se voluntariar para ajudá-las. Dizia que adorava as comidas e queria ser útil preparando a ceia para sua família. Meu coração se encheu de amor. Ela sempre me surpreendia.

Foi uma das melhores noites da minha vida. Reuni todos que moravam na casa para ceia e alguns amigos de longa data que vieram de São Paulo para passar o Natal conosco. Marta e sua família estavam presentes, fazia questão de todos eles na mesa com a minha família.

– Obrigada por tudo isso, Baronesa! - Marta me agradeceu antes do jantar. Olhou emocionada para todos os filhos sentados à mesa.

Peguei em suas mãos.

– Vocês são da família, Marta! Devo muito a ti... A vida do meu filho e da minha mulher! - Ela sorriu.

– Só ajudei acontecer aquilo que já estava programado, Baronesa! - Marta e suas falas misteriosas, nunca mudaria.

Vi uma interação de Pedro com Ana, mais especificamente com sua barriga e olhei surpresa para Marta.

– Acredita que esse menino engravidou Ana? - Disse me fazendo abrir a boca surpresa. - Agora terá que casar com a moça, faço questão!

– Mas pela interação dos dois me parece que não será difícil para ele a tarefa de casar! - Rimos juntas. - Um amiguinho para Rafael, que bom! Fico muito feliz com a notícia, Marta! – Ela me agradeceu e em seguida nos sentamos junto aos outros.

Carmen recebeu a todos com uma elegância que colocava qualquer mulher da alta sociedade de queixo caído. Foi perfeita em cada momento daquela noite. Eu não precisava de uma mulher a minha altura, como ela costumava falar. Eu precisava dela. Ela era perfeita naquele papel, só não se dava conta disso.

Rafael ganhou tantos presentes que não damos conta de guardar todos em seu quarto e foi de Carmen a ideia de dividir muitos deles com os filhos dos empregados da fazenda.

– Esse teu gesto é muito bonito, meu amor! - disse a beijando.

– Rafael, é um niño de suerte!, ¡Pero ni todos los niños tienen la misma! - Disse com o olhar distante e tenho certeza de que ela se lembrou da sua infância.

Cada dia que passava eu via que escolhi a mulher certa para viver ao meu lado.

***

Dezembro foi embora e janeiro entrou com muito trabalho na fazenda. Era hora de replantar. Passamos boa parte do mês devolvendo a vida a plantação de cana e foi em um desses dias que um dos meus empregados encontrou um broche no meio da terra. Era o broche com o Brasão da família Paty de Alferes. Era comum as famílias usarem simbolos com seus escudos. Eu tinha e Rafael o carregava em sua manta. Eu sabia que o incêndio era obra do Barão de Alferes, mas isso me deu a prova necessária para acabar de vez com o maldito. Faria isso no momento certo.

Passava longas horas na plantação e voltava para casa com a noite chegando. Carmen sempre estava na varanda com Rafael em seu colo, me esperando. Nessa noite a encontrei aflita na varanda com um papel em sua mão. Desci da égua e a deixei com José.

– O que aconteceu, Carmen? - Perguntei quando vi que estava com os olhos cheios de lágrimas. - Rafael... - Disse preocupada.

– Rafael está bien, Isabel! Marta o levou para o quarto... Fiquei um pouco nervosa quando recebi essa carta de Margot. - Disse me entregando o papel.

Peguei o papel e fui ler o que deixou Carmen tão transtornada.

" Minha querida,

Sei que prometi voltar a fazenda logo após as festas de fim de ano, mas não conseguirei manter minha promessa. Ando cada vez mais fraca, qualquer esforço já me faz passar muito mal. Sei que reparou que voltava cada vez mais debilitada para visitar vocês. Não queria contar a verdade, pois tinha medo da tua reação. Queria que tivesse paz e tranquilidade na gravidez e não iria incomodá-la com doenças de uma velha.

Nesses meses minha saúde foi ficando mais frágil, até chegar ao ponto que estou agora. O médico já tinha me deixado avisada que eu deveria fazer repouso e como bem sabe sou teimosa. Nunca deixaria de cuidar da minha casa e ir visitar a ti e meu neto. Mas cheguei em uma fase que não consigo realizar nenhuma das duas tarefas.

Sinto muito, minha querida, mas não poderei ir mais a fazenda. A viagem é longa e já não tenho tanta força. As meninas cuidam bem de mim, todas elas, até a atrevida da Sofia, que não sai do meu lado. Escrevo a ti porque não quero que se preocupe com meu sumiço.

Carmen, viva a vida que sempre sonhei em viver ao lado de Jorge e seja feliz, Minha Querida! Eu estarei sempre em teu coração e a levarei comigo para eternidade.

Felicidade e amor é tudo que desejo a ti, Isabel e Rafael.

Amo-te com todo o meu coração, minha filha.

Margot Montenegro."

Acabei de ler e olhei para Carmen que correu para meus braços e chorou como uma criança. Eu entendia seu desespero e sofrimento, quando meu pai faleceu me vi sem chão.

Depois dessa noite Carmen nunca mais foi a mesma, passava os dias trancada no quarto com Rafael. Sempre que chegava não tinha mais sua presença na varanda me esperando. Mas o mais grave disso tudo era ver seu sofrimento ao não conseguir mais alimentar nosso filho.

Rafael gritava de fome e Carmen chorava copiosamente com ele em seu colo.

– ¡Perdóname, hijo mío!- dizia ao tentar amamentá-lo.

Marta estava no quarto e tentou ajudar, mas quando apertou delicadamente o seio de Carmen, a mulher chorou de dor. Marta me olhou preocupada.

– O leite dela empedrou, Baronesa... Sinto muito, Madame. - Marta acariciou seu rosto e olhei para Carmen preocupada.

Me aproximei da cama e peguei sua mão. Rafael gritava.

– Amor, precisamos arrumar uma ama de leite...

- ¡No, yo puedo alimentar a mi hijo! - Disse chorando e meu coração doeu. - ¡Mi amor, perdoname! - Chorava muito, sei o quanto ela se culpa por tudo e agora eu podia sentir seu sofrimento.

Marta pegou Rafael do colo de Carmen e tentou acalmar o menino.

– Não precisa pedir perdão, meu amor! Essas coisas acontecem... Não fique assim. - Dizia enquanto acariciava seus cabelos. Ela afundou o rosto em meu peito. - Marta, peça a José para ir até a outra fazenda e veja se tem alguma mulher que esteja amamentando. - Carmen soluçou alto, senti minha blusa molhada pelo seu choro.

Marta saiu em seguida com Rafael. Passei a noite com Carmen em meu colo e foram longas horas até ela se acalmar. Seu choro era sofrido e tinha culpa nele. Eu sabia que não era só por Rafael que ela chorava.

José felizmente encontrou uma escrava em outra fazenda com um filho recém-nascido, escrevi uma carta ao fazendeiro que era seu dono e José consegui trazê-la até Águas Claras. Carmen estava em silêncio no quarto quando ela chegou.

– Obrigada por vir... - Disse a mulher que sorriu tímida. Rafael ainda chorava e Marta o levou até ela. O menino se agarrou a mulher e se calou no momento que sugou seu seio.

O sol já raiava e conseguimos escutar os grilos cantando novamente. Ele tinha chorado por horas seguidas. Suspirei aliviada por vê-lo em paz.

Comprei a escrava e a trouxe para a fazenda com o filho pequeno. Ela ficou desconfiada quando disse que estava livre, mas aos poucos foi se adaptando a nova rotina. Ela começou a ajudar Ana na cozinha e amamentava Rafael sempre.

Carmen passou a ficar trancada no quarto e cada dia mais distante e eu mais perdida. Me preocupava muito e quando chegava em casa ia direto para o quarto ficar ao seu lado. Ela se agarrava em meu pescoço e cochilava.

Acordei inquieta e não a senti nos meus braços. Ela estava em pé olhando pela janela e fumando. Me aproximei e a abracei por trás.

– Perdeu o sono? - Ela sorriu fraco e acariciou meu braço.

– Sí... Estava quente na cama, me levantei para tomar um ar. - Beijei seus ombros e senti ela se encolher nos meus braços, quando passei meus lábios pelo seu pescoço ela se virou e agarrou meu pescoço para me beijar. Fui andando até a cama com ela agarrada a mim. Quando me virei para jogá-la na cama, Carmen me parou.

– No... - A olhei sem entender, ela desabotoou minha blusa devagar e beijou cada parte nua do meu corpo. Eu gemi com seus beijos. Quando já estava sem a blusa, agarrou forte em meu seio. Não estava acostumada com aqueles toques. Ela levou a boca a um deles e gemi alto.

– Carmen... - Falei gem*ndo.

– ¿Me dejarás tomarla esta noche, Isabel? - Disse me surpreendendo. Aquele pedido era novidade para mim. Seria uma maneira nova de tê-la e todas as maneiras e jeitos com ela eram maravilhosos.

– Sim, meu amor! - Disse a beijando.

Ela me jogou na cama, como eu sempre fazia com ela. Engatinhou e ficou em cima do meu corpo. Era tão sensual vê-la nessa posição. Mas ao contrário do que imaginei ela não me provocou com seu sorriso atrevido, me beijou apaixonado e me fez derreter de amor com suas juras ao meu ouvido.

Ela beijou cada parte do meu corpo nu e entrou em mim no mesmo momento que dizia que me amava. Eu gemi alto e sorri com a sensação nova e gostosa que estava sentindo. Carmen não tirava os olhos de mim e me beijava com ternura a todo momento.

– ¡Yo te amo, mi Isabel! - Dizia sem parar. Carmen aumentava o ritmo me fazendo gem*r cada vez mais alto.

– Eu vou... - Disse sorrindo.

– Ven a mi, mi amor... - Eu me derreti completamente quando a escutei falar.

Foi tão intenso que não consigo descrever. Meus dedos dos pés estavam dormentes e uma sensação gostosa de relaxamento tomou conta de mim. Carmen sorriu e se afastou deixando beijos pela minha barriga.

– Ahora es el momento de probar mi Baronesa... - Quando terminou de falar sua língua já estava em mim. E pela segunda vez naquela noite, Carmen me fez delirar de prazer.

Seu corpo voltou junto ao meu e ela tocou meu rosto e me beijou, como se tivesse gravando cada pedacinho meu em sua memória. Fizemos amor novamente e por vezes me peguei sentindo como se cada toque seu fosse uma espécie de despedida.

Dessa vez fui eu que deitei em seus braços quando acabamos de fazer amor. Ela dormiu algum tempo depois e eu passei a noite escutando as batidas do seu coração, se tornou um dos meus sons preferidos, junto com a risada gostosa de nosso filho.

– Eu te amo pela eternidade e além da eternidade...

Foi a última coisa que disse antes de me entregar ao sono.


Fim do capítulo


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Comentários para 29 - Mi Baronesa:
Cacavit
Cacavit

Em: 10/11/2020

Prevejo momentos tensos à vista!!.
Por favor não demorem à atualizar, a ansiedade é prejudicial à saúde!!!
Gratidão por compartilharem!!!
Vlu!!!

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