Quando terminou aquela discussão toda, Belle foi conversar com Nati a fim de consolá-la e também para adquirir informações a respeito do seu gostar por ela. Jhenny já estava abraçada com a Nati de modo amigável, depois daquele descontentamento era disso que sua amada precisava, e logo depois buscar amparo das autoridades para fazer jus às acusações.

Jhenny propôs que elas fossem para seu apartamento, pois lá seria mais calmo para montar uma estratégia verdadeiramente eficaz. Belle, escutando aquilo, logo se prontificou a acompanhá-las. Jhenny hesitou por um momento, mas Nati consentiu que ela fosse. Uma outra menina que acompanhou tudo o que aconteceu (que, se eu não me engano, se chamava Angélica ) também entrou no carro, indo então as quatro para o apê.

Lá as garotas conversaram sobre diversos assuntos, um dos que mais causaram certo incômodo foi quando Jhenny disse abertamente que Nati sentia algo por Belle, pois logo elas se entreolharam e ficou meio que um clima diferente no ar.

Passado algum tempo, alguém começou a esmurrar a porta muito forte. Jhenny estava na cozinha preparando algum petisco, Angélica foi ao banheiro e Natila ainda permanecia sem a mínima condição de levantar, então Belle, meio que envergonhada, foi e abriu a porta. Para a sua surpresa, era o Willas possesso de cólera com uma arma na mão, que quando viu a Belle parada ali com os olhos pretos e arregalados, disse:

W – Que diabos você está fazendo aqui, mulher?

B – Essa pergunta seria minha, ou melhor, é minha. O que caralh*s você está fazendo aqui?

W – Vim terminar minha conversa com a Jhennyffer , a sandália.

B – Já falei que esses nomes pejorativos me causam náusea. Você está irreconhecível. E essa arma aí, que você pensa que vai fazer, cara?

W – Já disse que vim resolver algo, quero saber se você é surda e o que está fazendo com a SAPATÃO?

Nesse momento Jhenny veio correndo da cozinha saber o que estava acontecendo e o porquê daquela gritaria toda. Foi quando Willas a viu, empurrou a Belle, entrou no apê, levantou a arma trêmulo e apontou em direção a Jhenny enquanto falava:

W – Agora dá uma de inteligente, sua macho-fêmea.

Foi quando ele viu a Nati e concluiu:

W – Ah, agora entendi porque a Belle está aqui, vocês têm um caso, suas nojentas. Isso é ridículo!

E ele tremia muito mais, o ódio aflorava em seu sangue, a euforia ficava cada vez mais nítida e avassaladora.

Completou:

W – Será bom que matarei as três de uma vez e essa palhaçada acabará de uma vez por todas.

Ele apontou a arma para Nati e disse:

W – Primeiro você, porque sua sapatonice por desejar minha mulher é o motivo que fez isso tudo acontecer. Agora perdi a mulher que queria casar, pois ela compactua com isso.

Foi quando ele, extremamente nervoso, atirou de olhos fechados na direção da Nati e ela foi atingida na perna.

Os entorpecentes que ele usara outrora lhe casaram alucinação profunda, teve uma ligeira queda de pressão, a vista ficou turva e Jhenny percebeu, foi quando ela se atracou com ele. Ela sabia muito bem que avançar em alguém armado não era uma boa ideia, mas a pessoa que ele atingiu foi a Nati, seu grande amor.

Belle Ximenes correu desesperada e muito atordoada sem ao menos saber o que fazer, se nocauteava Willas ou se socorria a Nati. Enquanto isso os dois permaneciam no chão, e Jhenny agia como se fosse Anderson Silva no octógono.

De repente Angélica aparece e numa fração de segundos, no meio da confusão, a arma é disparada em sua direção, atingindo de forma certeira um de seus olhos, causando imediatamente a dilatação e consequentemente a perda do olho esquerdo. Logo outro disparo e dessa vez na testa, fatal. Angélica não teve como escapar. Assustados com aquilo, todos se entreolharam e notaram que ela claramente estava morta. Willas tentou fugir, mas Jhenny por ser muito mais alta, conseguiu contê-lo. Ela lutava capoeira e com apenas um golpe denominado "martelo", a garota acabou fazendo com que o assassino caísse nocauteado.

Os vizinhos já haviam chamado a polícia que, quando chegou, encontrou Willas amarrado. Estavam levando-o para a mala quando ele avistou o amigo que era policial e ironicamente estava presente na operação. 

Escritora: Jessica Cantanhede

Revisão: Kathianne Maria M. S Pereira

Fim do capítulo