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O Convite por La Rue

Ver comentários: 4

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Palavras: 3260
Acessos: 1095   |  Postado em: 06/10/2020

Aproximação


"A gente fica mordido, não fica?

Dente, lábio, teu jeito de olhar

Me lembro do beijo em teu pescoço

Do meu toque grosso,

 com medo de te transpassar"

 

~***~

 

Annabeth respirou aliviada no final das contas, não foram os problemas que levaram a editora-chefe a suspender suas férias com a esposa afinal, estava com tanto receio que fosse mais algum tipo de boato infundado ou maldoso envolvendo as duas que isso acabou prevalecendo sobre qualquer outra possibilidade, principalmente as boas.

 

-Que seu livro entraria para a lista dos mais vendidos isso nós não tínhamos dúvidas. - comentou de forma óbvia ao entregar os papéis para Chase e McLean, afinal ela sabia muito bem o potencial que Annabeth possuía. - eu pedi que a equipe levantasse dados mais específicos, demorou um pouco, mas valeu a pena.

 

Tanto a autora como a agente analisava os gráficos muito bem detalhados. Piper sorriu animada, as vendas estavam indo bem, mas praticamente deu um salto inesperado nos últimos três meses, o trabalho exaustivo delas não fora de fato em vão; já Annabeth continuava com aquela expressão séria, ela sabia bem o que Quinn queria, ela levantara a hipótese de forma muito vaga já há algum tempo, pouco depois de entregar o manuscrito, contudo não sabia se deveria ou se estava pronta.

 

-Esse olhar significa que estamos pensando a mesma coisa, Srta. Chase? - os olhos verdes da editora quase cintilavam com a resposta que viria da mais nova. - os dados indicam que eu estava certa. - provocou um pouco mais.

 

-Uma possível continuação para "Perfídia". - Annabeth levantou a sobrancelha, deixando os papéis sobre a mesa. - sabe que é uma história fechada e como toda história fechada, cumpriu o seu ciclo. - reforçou o que já pontuara em outro momento.

 

Para ser verdadeira ela não tinha certeza se queria revirar aquilo novamente, escrevera aquele projeto sem grandes pretensões, fora sua válvula de escape, um conteúdo mais adulto e encorpado que nascera dos frangalhos de seu espírito naquele momento conturbado de sua vida... Quinn sabia, bem como Piper, a Fabray jamais lhe forçaria a qualquer coisa, sabia melhor que ninguém como funcionava o processo criativo de um escritor, mas uma das primeiras coisas que aprendeu trabalhando com a loira era que dificilmente ela desistia de algo. 

 

-Um ciclo se fecha para dar início a outro... - rebateu com um sorriso convincente. - tenho certeza que seus leitores adorariam desvendar os caminhos escolhidos por suas personagens.

 

A garotinha pegou o exemplar do livro sobre a mesa e começou a olhá-lo com extremo cuidado, Annabeth estava elaborando uma resposta decente, mas algo fez as mulheres permanecem em silêncio. Gigi retirou o boné, aquele era um sinal de que não estava mais "invisível", Quinn lhe deu atenção de imediato, mas não falou nada.

 

Cantava baixinho, mas era difícil de distinguir, ela pegou a mão de Annabeth sobre a mesa e levou até a quarta orelha do livro onde havia a foto e as informações sobre a autora.

 

-Titia... - falou baixinho com um sorriso, mas não olhava para Annabeth, apenas para a foto.

 

-Essa não é a titia meu amor. - explicou colocando o cabelo escuro da menina por trás da orelha. - essa é a amiga da titia, o nome dela é Annabeth. 

 

-Titia, foto... - Giovanna balançou a cabeça, negando a informação que Quinn lhe falara, continuava a segurar a mão de Annabeth contra a foto impressa. - achei.

 

-Esse cheiro... - Piper foi arrebatada pelo aroma bom que vinha da cozinha.

 

Uma mistura de pão recém-assado com batatas no forno que estava deixando seu estômago alegre e eles haviam comido há pouco tempo aquele donuts maravilhoso.

 

-Titia... - repetiu Gigi deixando o livro sobre a mesa assim que também sentiu o cheiro peculiar.

 

A menina olhou para Quinn de uma forma diferente, agitada, mas antes que pudesse lhe dizer alguma coisa a pequena saiu pelo salão como se o conhecesse.

 

-Me desculpem por isso, normalmente ela não fica agitada assim. - comentou Quinn levantando para ir atrás da sobrinha antes que pudesse se machucar com algo, Annabeth lhe acompanhou, já que poderia transitar pelo local. - algo deve ter ativado alguma memória afetiva.

 

-A quem ela se refere quando chama de titia? - perguntou Chase enquanto guiava a mais velha pelo estabelecimento, seguiam para a cozinha.

 

Pensou que a titia fosse sua chefe e que a mesma tinha lhe confundido com a Fabray quando verificou o livro, mas não. Quinn por algum motivo não respondeu, mas não foi preciso, as duas pararam automaticamente antes de atravessarem as portas de vidro. Clarisse estava abraçada a garotinha que parecia não se incomodar com o seu toque ou o gesto de carinho da mais velha, a chef mantinha o rosto contra os cabelos da criança, os olhos fechados e um sorriso discreto enquanto lhe falava alguma coisa.

 

-Essa filha de uma mãe está trabalhando aqui e sequer teve a decência de me contar?! - disparou Quinn de forma baixa para não chamar atenção, o tom levemente irritado e surpreso contrastando com o sorriso bonito e olhar bobo para as duas. - Gigi tem um atraso na fala, a fonoaudióloga disse que pode ser devido à quantidade de idiomas que ela absorve... Com seu pai é em italiano, comigo, Frannie e os demais é em inglês, mas seu desenvolvimento é quase impecável com o francês, infelizmente ela se comunica apenas com uma pessoa dessa forma.

 

Annabeth estava confusa, muito confusa com aquilo, tinha diversas pergunta para fazer, mas sua cabeça estava tão embaralhada que não conseguiu formular absolutamente nada, apenas adentrou o recinto devagar na companhia da Fabray.

 

"Au clair de la lune,

Pierrot se rendort,

Il rêve à la lune

Son cœur bat très fort"

 

Percy apareceu na porta que levava até a adega assim que escutou a canção, nem de longe era normal sua irmã estar bem humorada ao ponto de cantar uma música, muito menos infantil. Piper também chegou logo atrás das duas loiras, mas travou a língua antes de comentar alguma coisa aleatória sobre o trabalho. Era uma cena bonita, ela abraçou Annabeth por trás e pousou o queixo sobre o seu ombro, a loira levou a mão até a sua e apertou de forma carinhosa e levemente trêmula.

 

"Car toujours si bonne,

Pour l'enfant tout blanc,

 

A chef ainda continuava da mesma forma com a garotinha, não havia notado a presença dos demais, ou talvez apenas tivesse ignorado. Annabeth conseguia reconhecer agora a canção que Gigi cantava baixinho no salão.

 

"La lune lui donner,

Son croissant d'argent"

 

A pequena gargalhou assim que chegaram ao final da canção, La Rue lhe deu um beijo delicado e demorado na ponta do nariz antes de limpar rapidamente algum resquício de lágrima que deixou escapar.

 

-On dirait que nous avons un public... - mencionou baixinho contra a têmpora da menina. - e eu achando que quem teria uma surpresa seria você... - confessou com a voz ainda levemente embargada ao direcionar o olhar para Quinn.

 

-Certo, acho que isso é informação demais pra mim... - comentou Piper após sair daquele torpor inesperado.

 

-Desde quando vocês se conhecem? - finalmente Chase conseguiu formular alguma coisa, ainda mantinha os braços de Piper ao seu redor, a sensação era boa e lhe passava segurança.

 

-Clarisse é a melhor especialista em doces que já conheci, foi ela quem fez o bolo do meu casamento, lembram? - comentou trocando um olhar cúmplice e um pequeno sorriso com a chef que brincava com a menina em seus braços.

 

As duas confirmaram, não tinha como esquecer, realmente foi um bolo muito bonito, detalhado e de sabor inconfundível, porém não se recordavam que Quinn alguma vez tenha comentado quem o fizera, talvez Clarisse tivesse lhe pedido alguma discrição quanto a isso.

 

-Conheci a Fabray quando ela visitou a irmã mais velha que vive na França. - complementou Clarisse enquanto dava pequenos pedaços de uma generosa fatia que cortara do pão para a garotinha. - eu vivi por algum tempo com Lui e Frannie, os pais da minha super Gigi. - comentou arrancando mais um sorriso da criança. - ambos são chefs de cozinha, trabalhávamos juntos em um dos melhores restaurantes de Paris.

 

-Gigi achou... - comentou a pequena enquanto seus dedos se distraiam agora com a pequena cicatriz abaixo do queixo de Clarisse e a covinha. Ela pega a mão da chef e aponta diretamente para Annabeth. - a Gigi achou titia, a foto.

 

-Oui, mon amour, tu l'as trouvé. - fez que sim e depositou um beijo breve na testa da menina. - eu espero muito que vocês fiquem para o almoço. - direcionou a fala agora para Quinn que ainda tinha um sorriso bobo no rosto.

 

-Eu não perderia por nada, principalmente algo feito por você. - Quinn estava animada com a possibilidade, só lamentava que Rachel não pudesse desfrutar desse momento, sua esposa também gostava da companhia da morena de olhos verdes.

 

Percy se juntou às demais e Annabeth fez as devidas apresentações, Gigi foi para os braços de Quinn, mas apenas porque Clarisse pacientemente lhe explicou que seria apenas enquanto preparava o almoço. O sommelier acompanhou a Fabray e Piper até o salão, as duas conversariam sobre pequenos detalhes que competiam aos serviços da agente, deixando as duas primas sozinhas.

 

-Eu sinto muito pelo boné. - seu tom era ligeiramente culpado enquanto colocava água em uma panela para ferver e em outra colocava as cebolas para refogar.

 

Clarisse sabia que era um item especial para a sua prima, tinha o mesmo valor simbólico que a sua velha jaqueta das competições. Annabeth praticamente não saía sem ele, mesmo que não o usasse com frequência, porém seu item mais estimado foi justamente aquele que deixara aos cuidados de La Rue. 

 

-Quando soube da minha partida ela ficou muito deprimida. - justificou-se ainda atenta ao que fazia no fogão, pegando uma coisa aqui e ali. - aquilo me partiu o coração, a única coisa que conseguiu amenizar a tristeza da Giovanna foi o boné, ela sempre gostou dele, desde muito pequena.

 

-Tudo bem... - aproximou-se lhe afagando os fios escuros que rebeldemente se desprenderam da bandana, quase rentes à nuca. - fico feliz que seja algo que lhe traga boas lembranças.

 

Sorriu aliviada com a resposta, ela não queria que Annabeth pensasse que queria se desfazer de algo que estava sobre sua posse e repassar ele para Gigi significava que a garotinha era mais importante do que muitos poderiam imaginar.

 

-Fiquei curiosa com uma coisa... - a loira escorou-se apreciando a movimentação e precisão da chef ao mesmo tempo em que gesticulava, incentivando-a a prosseguir. - o que ela quis dizer quando mencionou que "me achou"? 

 

La Rue umedeceu os lábios brevemente e por alguns instantes permaneceu em silêncio, talvez porque estivesse tentando formar uma resposta conexa ou simplesmente não poderia interromper o que estava fazendo e assim desandar com o molho de parmesão.

 

-Eu tenho comigo aquela antiga foto do torneio... A mesma que Sally tem em casa. - começou o seu breve relato enquanto verificava o ponto do molho com as a costas da colher antes de deixá-lo reservado. - Gigi deve ter visto algumas vezes e como essa deve ter sido a primeira vez que lhe viu pessoalmente deve achar que "te encontrou".

 

Chase meneou a cabeça, a fala da morena fazia algum sentido, apesar de que tinha a leve sensação de que o relato fora fracionado de forma conveniente. A garotinha não parecia ser do tipo que guardaria algo de forma aleatória ou sem alguma real relevância, mas não questionaria; apenas fez o possível para continuarem com aquela frágil normalidade. Era incômodo, mas ainda assim era melhor do que se tratarem como se fossem estranhas.

 

-Posso te ajudar em algo? - se prontificou a autora ao ver Clarisse verificando a temperatura e a cocção das batatas que estavam no forno a alguns bons minutos com a ponta metálica de uma sonda.

 

A morena lhe olhou com as sobrancelhas levemente franzidas para ter certeza de que não estava brincando, mas nos segundos subsequentes sorriu e fez sinal para que a prima se aproximasse um pouco mais da bancada.

 

-Pode pegar o tamis pra mim, por favor... - indicou apontando para onde ficava o objeto. - ele parece uma peneira.

 

Annabeth seguiu a direção e então observou atenciosamente, pegou o objeto de aço inox que se assemelhava ao que lhe fora indicado, porém sua malha era bem mais compacta e rígida que de uma peneira comum.

 

-Obrigada. - agradeceu assim que a loira lhe entregou o acessório. - melhor que eu faça essa parte, minhas mãos já estão acostumadas com a temperatura e preciso ser rápida para que elas não oxidem.

 

-E o que a super chef vai fazer hoje? - disse com curiosidade enquanto amarrava o avental e depois prendia os fios loiros no alto da cabeça.

 

Ela já presenciara a forma rígida que a outra conduzia a cozinha, tudo o que menos iria desejar no momento era uma La Rue mandona, lhe dando ordens básicas dentro de uma cozinha.

 

-Nada de muito especial... Prometi ao Leo que faria nhoque se ele me auxiliasse na cozinha hoje. - informou enquanto passava as batatas já cortadas ao meio pela malha do tamis com o auxílio de uma espátula, deixando apenas a casca. - só prefiro assá-las antes, assim a massa fica mais leve, pois atinge o ponto mais rápido. - Annabeth estava sorrindo o que lhe fez ficar sem jeito. - desculpa, papo chato de chef...

 

-Não, não é isso... - apressou-se em explicar. - é bonita a forma que você explica, os gestos, você realmente gosta do que faz... - continuou enquanto a prima desviava os olhos para fazer a pesagem das batatas já amassadas e assim seguir com os outros passos. - quando você descobriu esse gosto peculiar pela culinária, Srta. La Rue?

 

-Quem você acha que cuidava da larica do Percy e do Luke? Aqueles dois pareciam dois leões famintos quando chegavam das farras. - rebateu com um pequeno sorriso. - não sei exatamente, eu só gostava de cozinhar, aprendi um pouco observando quando ficava na cozinha do Jackson's e ajudava a Sally... Mas talvez Luke tenha enxergado algum talento a mais.

 

A loira meneou levemente, de fato Clarisse passava bastante tempo na cozinha do restaurante na infância, seja pelo tempo corrido da matriarca da família ou por realmente gostar do ambiente, se duvidasse La Rue passara mais tempo que ela mesma.

 

-Hora de sujar as mãos, Chase. - fez sinal para que se aproximasse mais, ela havia adicionado a medida de farinha devidamente pesada e um ovo.

 

Clarisse ficou por trás da mais baixa e pegou suas mãos, colocou-as contra a massa já levemente misturada no bowl, ela queria se concentrar na atividade, mas era complicado com o corpo da morena tão próximo, os dedos deslizando contra os seus, conduzindo suas mãos... Não queria pensar nas mãos de Clarisse lhe tocando de uma outra forma, ou de como era possível ter memórias de sensações tão intensas, mas desde a noite anterior sua cabeça estava bagunçada demais, tinha receio de acabar afastando a prima com alguma atitude impensada. Piper tentou levantar o assunto enquanto faziam o caminho até o restaurante, mas foi inútil, estava irredutível quanto aquilo, como se não falar sobre fosse o remédio para fazer a enxurrada de emoções desaparecer como um passe de mágica.

 

-Consegue sentir? - perguntou em um tom tão concentrado que Annabeth demorou a sair de seus pensamentos indevidos.

 

-Tem razão, realmente o ponto fica perfeito. - concluiu ainda levemente perdida, era melhor deixar seu alarme de "perigo" em alerta. - e com o francês... Foi complicado? - perguntou com curiosidade, afinal ela se lembrava muito bem de como tinha sido os estudos com a sua prima na adolescência.

 

A chef sorriu um pouco mais abertamente afastando-se da loira para colocar um pouco de farinha na bancada e assim poder cortar a massa e moldar o nhoque, era o típico sorriso de quem estava prestes a compartilhar algo divertido ou alguma travessura.

 

-Ma mère était française, Chase. - confessou dando uma breve piscadela para a autora. - je parle français depuis l'enfance.

 

O queixo de Annabeth foi cedendo aos poucos, ela não sabia muito sobre Eva La Rue, o máximo que conseguia recordar era sobre o trágico episódio de seu falecimento quando ainda era apenas uma criança.

 

-Você me enganou, La Rue... - disse avançando contra a morena a passos lentos e perigosos, Clarisse largou a espátula que usava para cortar os pequenos pedaços e segurou as mãos da loira, ainda sorrindo. - eu não acredito nisso! Porque fingiu que tinha dificuldade? Clarisse eu estava uma pilha de nervos por conta do recital!

 

Em meio aquela falsa batalha a chef prendeu a escritora contra a bancada, gargalhavam como duas crianças apesar de Annabeth tentar demonstrar uma falsa irritação com aquilo. As mãos da loira se soltavam rapidamente, lhe dando novos soquinhos contra os ombros fortes.

 

-Sinto muito, sei o quanto você estava ansiosa com o recital, mas não fique tão brava assim, eu precisava te manter longe daquela estúpida de alguma forma... - relembrou quando sua prima havia começado a namorar com uma garota que ela simplesmente detestava. 

 

Gargalharam de forma cúmplice mais uma vez, tentou se soltar da chef, mas era inútil, seja pela falta de força que as risadas lhe causaram e também havia o agravante que a morena sabia imobilizar alguém com muita facilidade e se insistisse ambas sairiam muito sujas. Inconscientemente com toda aquela brincadeira Clarisse estava fazendo uma leve pressão contra as suas coxas, para manter seu quadril contra a bancada.

 

-Só de imaginar as mãos imundas dela em você fazia meu sangue ferver. - sua voz saiu muito baixa, Annabeth só escutou de fato porque os lábios da morena estavam próximos a sua orelha. - tinha vontade de socar aquela cara de sonsa toda vez que ela passava com você como se estivesse exibindo um troféu.

 

Annabeth tentou não tremer com o tom utilizado, lembrava a antiga Clarisse, a sua Clarisse, aquela forma de falar que transitava entre o possessivo e o cuidadoso, tentou não olhar para La Rue, o cheiro dela estava dominando os seus sentidos. Estavam perigosamente próximas, já que a chef resolvera prender suas mãos nas costas, tão próxima que não conseguiu resistir, ainda era humana afinal e possuía desejos como qualquer outra. Primeiro ela apenas deslizou o nariz contra o pescoço da mais alta, podia sentir o ponto de pulso acelerado, para logo em seguida fazer o mesmo com os lábios... Queria ver o quanto Clarisse iria resistir para lhe manter daquela forma.

 

-Chase, isso é golpe baixo... - a morena fechou os olhos com a reação inesperada, seu coração quase deu um solavanco.

 

Levou uma das mãos até o avental preso na cintura da loira, pressionando a região com receio, enquanto mantinha as duas mãos da escritora ainda firmemente presas com apenas uma mão, estava se deixando levar, não podia... Apertou com um pouco mais de força na tentativa de conter qualquer som que lhe tornasse ainda mais culpada.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Então, o que vocês acharam?

Eu sei gente, sei que está demorando a elas de fato ficarem juntas, mas acho que estou seguindo da forma certa e até então acho que não decepcionei vocês com as minhas fics certo?!

Muito obrigada a todos que estão me acompanhando e os que compreenderam esse processo meio complicado. Um forte abraço a todos!!!    


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Comentários para 22 - Aproximação:
Manuella Gomes
Manuella Gomes

Em: 10/10/2020

Foi bom "ver" a Clarisse se derretendo pela Gigi, o lado sensível dela. Acho que ela mostrou e falou sobre a foto à Gigi mto mais do que disse a Chase.

Acredito que vc esteja sim no caminho certo sobre a reaproximação das duas. Conduzindo aos poucos e sem forçar nada. Obs: mas tb não precisava acabar o capítulo assim kkkkkkkk. Gosto mto quando as duas estão próximas.


Resposta do autor:

Olá querida, bom ver você por aqui, tudo bem?

A Clarisse é uma certa incógnita, acho sempre bom ir construindo e aprendendo um pouco mais sobre ela em conjunto com vocês. Gigi é um pingo de gente maravilhoso, não é mesmo?! Só ela para mostrar esse lado mais "afetivo" da nossa chef.

Muito obrigada pelo carinho, por sempre comentar e pela compreensão, é sempre importa te passar para o leitor aquilo que acreditamos e nem sempre a forma que escolhemos é a mais fácil ou até mesmo atrativa. 

 Desculpa pela maldade kkkkkk... Mas acho que foi necessária, estava precisando de um pouco de emoção para vocês. 

 

 

Responder

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viinha
viinha

Em: 09/10/2020

Amei como sempre,e sei que a demora e nescessaria para obter essa perfeição que estão suas histórias. Espero que esteja melho ! Bjus ansiosa aqui @>>---


Resposta do autor:

Muito obrigada querida, é sempre bom ver vocês animados com o desenvolvimento. Então é aquilo que sempre digo, estou longe de ser a melhor pessoa em termos de revisão, contudo sempre tento entregar aos meus leitores a qualidade que eu gostaria de ver, por isso tenho ter todo o cuidado possível dentro das minhas limitações. 

Mais uma vez obrigada, pelas palavras de apoio, pelo comentário e pela animação. 

Até breve!

Responder

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MissE
MissE

Em: 08/10/2020

Olá, autora!

 

Adorei a escolha da música da Liniker, combinou perfeitamente com o capítulo, a atmosfera, ser transpassada...  "Apertou com um pouco mais de força", não pare bem nessa hora. Assim não aguentamos rsrsrs

Me sentindo transpassada, Miss


Resposta do autor:

Olá querida! 

Leitora nova por aqui ou estou enganada?

Ah essa música é maravilhosa, não é mesmo? Impossível não viajar com ela. 

Parece que o calcanhar de Aquiles das minhas queridas leitoras são as situações mais tensas, gostei disso, já sei como chamar a atenção de vocês. 

Obrigada por comentar, espero ver você em breve! 

Abraços. 

Responder

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Lii37
Lii37

Em: 08/10/2020

Judiação!!! Volta logo.

bjs 

Lii


Resposta do autor:

Volto sim, pode aguardar! 

 

O que seria da vida se não tivesse um pouquinho dessa doce judiação, não é mesmo?! 

 

Muito obrigada por comentar e até breve!

Responder

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