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RED por Rose SaintClair

Ver comentários: 5

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Palavras: 2205
Acessos: 1195   |  Postado em: 15/09/2020

Renascida

Kate

Em um segundo todas as lembranças que guardei bem no fundo do meu ser vieram à tona. O abuso. A tortura. A dor. O cheiro de loção pós-barba barata. As mãos imundas no meu corpo. Mas eu não era mais uma garotinha. Já tinha 30 anos e não apenas 16. Refiz minha vida longe, em outros país, em outro continente. Me escondi. Fugi. Troquei meu nome. Deixei minha outra vida de lado. Mesmo assim ELE estava aqui, ELE me achou, ELE estava perto... MUITO perto. Mas não podia! Não fazia sentido. ELE estava morto. Eu fui ao seu enterro.

Meus assistentes me olhavam apavorados. Com certeza nunca me viram tão transtornada assim, como estava agora. Me encaminhei até o vestiário e deixei, enfim, as lágrimas caírem. “Pensa Kate, pensa! Foco! ELE fez isso com outra, quantas mais?”. Mas não podia ser ELE! Era impossível! Refeita parcialmente coloquei as vestes verdes familiarmente confortáveis e me senti um pouco mais calma.

— Vamos começar com a “Jane Doe 2289”.  — Os rapazes ficaram ao meu lado e ligaram os equipamentos de áudio e vídeo. Gostava de documentar tudo para que, se necessário, voltar nas imagens e áudios. Crimes violentos sempre necessitavam de uma atenção e um cuidado maior.

— Desculpe, me atrasei. — A voz dela me sobressaltava e sem perceber prendi minha respiração. Jen, a residente da patologia, chegou com as faces coradas e fiquei como sempre, sem saber como agir na sua presença. A loira me deixava completamente “fora do ar”, com o coração batendo mais forte e a garganta seca.

Nunca me interessei por ninguém após o meu trauma. Na verdade, o que acontecia era que o simples toque de outra pessoa causava em mim desconforto. Até agora nesses anos todos apenas Mark e Ash quebraram essa barreira, na questão de abraços e beijos. Mark por ser uma figura paterna que nunca tive e Ash... bem... por ser Ash. A minha amiga era aquele furacão latino que esbanjava vitalidade, carinho e empatia por onde passava. Linda demais, ela vivia rodeada de homens e mulheres, por isso que nunca pensei nela como nada além de uma amiga.

Na adolescência tive inúmeros namorados. Sempre fugia para festas regadas a drogas e sex*. O que fazia com que minha mãe se queixasse, a todos que quisessem ouvir, como era difícil ter uma filha “transviada”.

Quando fugi do meu cativeiro eu estava tão “quebrada” que fui para casa, arrumei uma mochila, roubei as economias da minha mãe e padrasto, colocando o “pé” no mundo. Um dos meus “fornecedores” e amante ocasional conseguiu uma nova identidade e peguei o primeiro voo disponível no aeroporto de Dublin. New York City, a cidade que nunca dorme e o melhor lugar do mundo para “desaparecer”. Mesmo com apenas 16 anos, mas com um Q.I. acima da média, consegui ir atrás de uma nova vida. Trabalhei duro, fiz faxina, lavei pratos... algumas vezes apenas por um pouco de comida.

O bom de New York era que você poderia sobreviver com muito pouco, se não se importar em comer e dormir mal. A minha única distração nesses primeiros meses era ir ao Central Park e jogar xadrez com os frequentadores de lá. A grande maioria, senhores e senhoras aposentados que passavam o tempo no local. Nunca faziam perguntas e quando tentavam saber mais da minha vida eu desconversava. Quando eu não tinha adversários, ficava sentada em um banco próximo, sempre com um livro diferente emprestado da biblioteca pública. Em um domingo ensolarado de primavera eu estava relendo “Orgulho e Preconceito”, próxima as mesas de xadrez quando alguém me entregou um cheeseburger enrolado em papel pardo.

— Já são cinco horas da tarde e você não comeu nada desde que chegou aqui nessa manhã. — Disse Mark, um senhor de idade avançada, que muitas vezes fora meu adversário no xadrez.

— Eu estou de dieta. – Falei com um meio sorriso.

— Tenho te observado Katherine e sei que sua “dieta” é permanente. Coma! Você precisa estar forte para eu poder, quem sabe um dia, ganhar uma partida de você. – Aceitei o sanduíche e comecei a comer silenciosamente. – Faz meses que nos conhecemos e eu acho que gostaria de saber mais sobre você.

— Não falo muito sobre mim. – Quando se está com fome as boas maneiras vão para o espaço, falava de boca aberta engolindo grandes pedaços. Não comia nada tão substancioso a dias, mas isso ele não precisava saber.

— Não precisa. Você é irlandesa, provavelmente filha única e rebelde, deve estar fugindo de casa e “Kate” não é seu nome verdadeiro. Há uma grande chance de você ter sofrido algum tipo de abuso físico.

— Como você sabe? – Parei atônita com a descrição quase fiel.

— Mesmo em um dia ensolarado como esse você está coberta dos pés à cabeça. Sempre usa gorros. E eu já notei as cicatrizes nos seus pulsos. Não são cicatrizes de tentativa de suicídio e sim lesões defensivas. Você tenta aparentar ser mais velha, mas deve ter no máximo 18 anos. Seu nome não é Kate porque várias vezes você não responde quando chamada.

— O senhor é detetive? – Fechei a minha expressão e procurei ao redor uma rota de fuga caso houvesse necessidade.

— Pode-se dizer que eu fui um tipo de detetive. Fui médico legista, hoje em dia sou aposentado. Precocemente porque fui diagnosticado com Parkinson.

— Sinto muito. – Em Dublin eu conheci uma senhora, dona de um pub, que tinha o mesmo problema, mas que não perdeu a alegria de viver. Ela continuava ativa e bebendo muita Guinness.

— Não sinta. Eu estou bem. Mas minha filha vem me atazanando para que eu vá para um asilo. Insiste em dizer que lá vou ser cuidado melhor... Bullshit! Eu sou viúvo e minha filha mora em Los Angeles com a família. Estive pensando... e é aí que você entra.

— Não entendi.

— Quero contratá-la para ser a minha “enfermeira”. Na verdade, você receberá um salário, casa, comida e escola. Não farei perguntas, você terá a sua vida. Apenas preciso de alguém para me auxiliar nas tarefas domésticas e para que a minha filha fique mais tranquila.

— Não, obrigada! – Falei bruscamente ficando em pé. Não cairia em outra armadilha.

— Kate, não se preocupe. Todas as dependências possuem chave e você mesmo pode colocar outras trancas no banheiro e no seu quarto. Sei o que você está pensando. Mas se eu quisesse te fazer mal... – Abriu os braços mostrando a vastidão de verde que é o Central Park – eu já teria feito.

— Doutora? – Não percebi que estava olhando fixamente para os lábios da residente e com a minha cabeça envolta em lembranças. Impressionante que sempre que estava perto dela perdia o raciocínio. Essa garota de 20 e poucos anos me causava esse tipo de reação. Não Sabia como me portar perto dela e muitas vezes eu era rude em demasia.

— Aqui não é o Starbucks senhorita Stuart, onde pode-se chegar a qualquer hora. Que isso não se repita. – Falei rispidamente e voltei meus olhos para o corpo nu inerte a minha frente. – Leia o histórico.

— Sim senhora – Ela mordeu o lábio e procurou o arquivo. Alheia ao que apenas esse ato causava em mim ela iniciou o relato. – Mulher entre 15 a 20 anos, caucasiana, ruiva, encontrada em uma lixeira na Broadway próximo à Columbia University, nua e com sinais de abuso sexual e tortura.

— Lula molusco não poderia estar mais enganado. Essa garota não é prostituta e muito menos drogada. – Examinei com atenção seus braços e não notei marcas de agulhas. —  Jonas colete o material abaixo das unhas da vítima e envie para a biologia molecular a procura de DNA do agressor. – Com atenção vasculhei minuciosamente cada pedaço da pele desnuda a procura de algum indício do assassino.

A cada novo indício tinha certeza que era ELE o autor dessa crueldade. Aquela menina morta era idêntica a mim. Era como me olhar no espelho há 14 anos atrás. Mesma cor de cabelo, tom de pele, sardas, cor dos olhos. ELE estava recriando tudo o que fez comigo. Eu não fui a única, afinal.

— David, fale com a agente Rodriguez do FBI e mande o relatório parcial da autópsia. Peça que faça uma varredura no sistema por crimes semelhantes no país e na Europa, mesmo que tenha que baixar as calças para algum ex-namorado da Interpool. – Sorri pensando na minha melhor amiga.

— Doutora... eu.... eu acho que não posso falar isso. – Meu assistente gaguejava.

— Fale exatamente o que eu disse e peça para me ligar na hora do almoço. – Comecei a abrir a caixa torácica da garota com uma incisão no esterno em formato de Y. – David, se ela estiver na cidade peça para que venha almoçar comigo. – Precisava da Ash, nem que fosse apenas ouvir a sua voz. Sabia que ela me acalmaria e me ajudaria a ver as coisas mais claramente.

— Senhorita Stuart pese o pulmão. – Disse entregando o órgão a minha residente. Uma das coisas que mais gostava nela era que ela também amava a “arte” de descobrir o que causara o óbito de um indivíduo. – Notou algo diferente?

— Ele está muito mais pesado do que deveria. Água? Afogamento?

— Muito provavelmente, colete o líquido e material para histopatologia. Venha aqui senhorita Stuart. – A chamei abrindo os olhos do cadáver. – Viu como as mucosas estão azuladas?

— Cianose! Falta de oxigênio. – Sorri abertamente para ela sem ao menos notar o que fazia.  “Além de linda é inteligente”.

— Jonas coloque uma observação sobre isso por favor na ficha de necropsia.  Ligue para o detetive Adams e diga que a vítima provavelmente fora afogada em uma banheira. Teremos mais certeza quando a análise do líquido indicar a presença de cloro.

— Sim doutora.

— David, termine aqui ok? Já saiu o resultado das digitais? – Perguntei ao meu assistente que estava entrando no recinto.

— Sim doutora. O nome da vítima é Amanda Murphy, 19 anos e estudante da Columbia.

— Murphy... Origem irlandesa... – Falei baixinho, como que para mim mesmo. Apertei meus olhos e senti uma grande pressão no meu peito A taquicardia mostrava que eu necessitava sair dali o quanto antes. A crise estava vindo. Sabia muito bem o que viria a seguir.

— Exato.

— Vocês terminem aqui que preciso resolver algumas coisas. Jonas e David documentem tudo. Vou ao vestiário e depois tentar falar com a agente Rodriguez.

Sai apressada, quase correndo e fui até o meu banheiro particular. Dei graças a Deus que não encontrei ninguém pelo caminho. Tentei falar com Ash mas o celular caia na caixa postal. Fechei a porta sem me importar em trancá-la e entrei no chuveiro, deixando as roupas caírem de qualquer jeito pelo caminho. Me sentei no azulejo frio e deixei a água quente cair sobre a minha cabeça esperando o que eu sabia que viria.

            — Doutora... Kate... – A voz angelical me trouxe de volta da escuridão – Respira... – Aos poucos fui retornando do inferno. Não sei quanto tempo fiquei presa naquele momento. Era sempre assim. A crise vinha e sentia como se estivesse revivendo tudo o que acontecera comigo. Era como se ELE estivesse ao meu lado. Usando seu canivete no meu corpo nu novamente. Cortando. Escrevendo. Violando. – Calma... eu tô aqui! – Mãos quentes e delicadas passavam uma toalha felpuda pelo meu corpo.

            Respirei profundamente várias vezes e notei que estava sentada na tampa do vaso sanitário, nua e Jen cuidava de mim. Enrubesci em notar a minha nudez e peguei a toalha das suas mãos tentando me cobrir. Vi seu olhar preocupado fixo em mim.

— Eu... – Me encontrava em uma situação extremamente delicada. Nunca ninguém, além de Ashley e Mark, presenciara um dos meus colapsos. – Obrigada Jennifer.

— A quanto tempo você tem síndrome do pânico? – Perguntou tirando os longos cabelos do meu rosto e notei que, em algum momento, meu coque havia se desfeito. – Não precisa responder. Minha mãe tem os mesmos sintomas quando uma crise se aproxima, por isso vim atrás de você. Eu precisava ajudar. – Sua mão tocou novamente a minha face e eu me encolhi. Meus olhos se fixaram ao chão. Não consegui olhá-la. Não queria ver sua pena. Ela poderia ter qualquer sentimento por mim, mas pena eu não iria admitir. – Não se preocupe o seu segredo está guardado a sete chaves comigo.

— Obrigada. – Baixei os olhos e tentei cobrir a minha pele mais ainda. Fiquei cada vez mais envergonhada. A garota viu todas as minhas cicatrizes e com certeza ligou os fatos.

— Doutora, quando você estiver pronta para falar sobre isso... – Delicadamente ela contornou a cicatriz abaixo da minha clavícula direita. - ... eu estarei aqui ok? Eu sou uma ótima ouvinte e quero muito ajudar você. – Carinhosamente a residente beijou a minha testa e saiu do banheiro me dando privacidade. Meu coração errou uma batida com as sensações que aquele toque despretensioso causa em mim.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi lindas!

O que estão achando da Kate?

Dá pra entender agora todo o trauma envolvido?

beijoquinhas


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Comentários para 8 - Renascida:
maira30
maira30

Em: 16/09/2020

ahhhhhh não vou aguentar ver ela reviver todo esse sofrimento!! Saudades da ash por onde ela andaaaaa??? 


Resposta do autor:

Ash logo logo volta heheheh

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maira30
maira30

Em: 16/09/2020

ahhhhhh não vou aguentar ver ela reviver todo esse sofrimento!! Saudades da ash por onde ela andaaaaa??? 

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Rosangela451
Rosangela451

Em: 16/09/2020

Kateeeeeee

Tadinha e uma carga bem grande em cima dela 

Amo essa personagem 

N some 


Resposta do autor:

Sdd de tu S2

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Suzana
Suzana

Em: 15/09/2020

Olha, eu estou me corroendo para saber o que aconteceu com a Kate. E esse capítulo me deixou com a sensação que a Kate nunca me se interessou pelo Ash, por pensar que não teria chances com ela, por ela estar sempre acompanhada. 

Torço para que a Kate retorne (ou Ash a encontre) e elas possam se acertar.

Bjs


Resposta do autor:

Sim! Ela se achava "menos", "quebrada" etc... isso quero mostrar nos proximos e que nao pude antes! S2

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preguicella
preguicella

Em: 15/09/2020

Roseee,

Eu tenho um certo nervosinho com histórias com esse suspense todo, não consigo ler assim tendo que esperar pelo próximo capitulo. Essa história vou esperar estar completa, mas vou ler, pode ter certeza!

Bjuuuu
Resposta do autor:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vou cobrar hahahaha beijocas <3

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