• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • O conto
  • Parte I

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Pelas
    Pelas lentes dela
    Por Anonimo 403998
  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
    Um Novo Começo: O Despertar de Alice
    Por maktube

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

O conto por caribu

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 1081
Acessos: 1429   |  Postado em: 13/08/2020

Parte I

 

O tempo é, talvez, um dos maiores artistas da vida. Porque ele lapida, quilate por quilate, a vida de cada pessoa. Ao nascer, cada ser tem em si um potencial de ser muitas coisas – que fogem um pouco do quesito “bom” ou “ruim” porque isso é muito subjetivo, às vezes. Somos sementes fadadas a sermos muitas coisas (inclusive o que queremos ser). E com Júlia não era diferente.

Filha do meio de uma família dita comum, ela teve a liberdade de escolher o que ser – e por algumas épocas vagou no terreno do “não ser”; não queria “ser” nada. Apenas ela. Então só vivia e a vida lhe trazia as situações (não é assim com todo mundo?). Andava na corda-bamba dos dias.

Mas em dado momento assumiu as rédeas da própria vida. Percebeu que assim era mais fácil se responsabilizar pelos acontecimentos – muito melhor do que simplesmente se culpar, depois. E aí passou a decidir até o que não queria decidir. Acontecia, também.

Ela, no fundo, sabia que mesmo tendo lá as suas metas estipuladas, a vida se encarregava de ter as suas próprias missões. Às vezes a gente se programa, mas existem outras programações, reservadas para cada uma de nós, e a gente nem fica sabendo (só depois).

Quando mais nova, queria ser atleta. Era hiperativa, fazia sentido. Imaginava sempre que estava a galope, montada num cavalo imaginário. Ele trotava; ela também. Sua mãe dizia que ela não parecia saber andar; só corria. Lhe dizia também que não chegaria aos 15 com todos os dedos dos pés inteiros (vivia se machucando, estava sempre com pressa, era difícil calcular todos os seus movimentos).

Fez atletismo, praticou futebol de salão, vôlei e basquete (mesmo com baixa estatura). Se locomovia sempre de bicicleta e patins. Só parou de subir em árvores aos 11, e só porque uma vizinha a traumatizou, fazendo-a amadurecer cedo demais (na ocasião questionou se ela não estava “muito grandinha” para ficar pendurada nos galhos). Ela só não despencou da árvore naquele dia porque era extremamente ágil. E também porque conhecia aquela árvore desde mudinha.

Há pessoas que têm o dom de alterar alguns cursos de vida e nem se tocam que são pedras.

Outras nos transformam e sabem do impacto causado. Nós mesmas exercemos esse papel na vida de alguém, eventualmente, alguma vez.

No passado os pais de Júlia eram pessoas sociáveis, então era comum acontecerem churrascos, eventos, festinhas – na sua casa ou na de seus amigos. Ela participava porque nesta fase ainda não tinha muito poder de decisão. Mas não reclamava. Era divertido. Por causa disso, de certa forma, aprendeu a cozinhar salsicha, ainda nova – a primeira receita que dominou na cozinha, depois de café. Refoga cebola, pimentão e tomate e voilà. Junta o molho e é um cachorro-quente de primeira.

Talvez por isso, anos mais tarde, esse refogado era a base de muitas das suas comidas.

Dentre as pessoas que circularam com frequência na sua juventude havia uma família mais próxima: pai, mãe e quatro filhas – Alexia, Esther, Isolda e Úrsula. Sim, um acrônimo de quase todas as vogais. As idades das meninas era mais ou menos a mesma, não era lá muito difícil socializarem. Mas a afinidade maior era com Isolda. Sei lá, “o santo batia”.

Brincavam de casinha, esconde-esconde, jogos de tabuleiro, mímica, Lego, Playmobil. Brincaram até de médico uma vez, aos dez, mas a mãe de Júlia quase as flagrou, e aí ficaram com medo de repetirem. Só porque pareceu errado (porque tinha sido uma brincadeira bem gostosinha!).

A vida parecia normal com Isolda. Não sei, diferente. Se compreendiam de um jeito especial.

E aí, toda aquela energia de Júlia, tão típica, tão dela, foi se assentando a cada brincadeira, a cada festinha, a cada nova receita aprendida, e a vida se encarregou de trazer novas amizades (para ela, para os pais, para Isolda e sua família quase alfabética). E então as pinceladas do Senhor Tempo lhe apresentaram duas ferramentas antagônicas, que lhe forjaram, lhe deram nova forma: maconha e meditação. Tornou-se tão pacata e tranquila que não corria para mais nada (nem mesmo para se exercitar, apesar de ter planos para isso, um dia).

Meditava ao fumar. Quando fumava, meditava. Só às vezes esquecia.

Era notável (ainda é) como a cada minuto a gente se transforma um pouco. Reforçam-se alguns traços de personalidade, contornam-se outros. E, como em qualquer caminhada, nem sempre se notam os passos, um por um, apesar de sabermos que eles é que constituem o tudo; que sem eles não se chegaria a lugar algum.

Júlia não via seus passos; não sentia o chão sob a sola de seu pé, quase sempre descalço. Tampouco percebia o que ia ficando pelo caminho – tudo o que vamos deixando para trás, para que a caminhada seja mais leve. Quanto que se abre mão para se ter mais e nem se nota! Vão-se os dias, as pessoas, as rotinas. Mudam-se os cenários, os diálogos, os anseios.

De repente a gente vira aquelas pessoas que nem reconheceria se visse na rua. Mudamos muito além da aparência.

Na vida adulta quase ela já não tinha aqueles traços pueris. Mas era, ainda assim, o resultado daquela semente inicial. Lá dentro ela ainda era ela. Júlia só se esquecia disso, eventualmente. Ou não pensava a respeito. Apesar de sua mente invariavelmente voltar para aquelas tardes de verão no clube de campo, quando acampava e se divertia. Muitas vezes na convivência com Isolda.

É curioso como a gente não percebe a mudança de tudo conforme os dias avançam. Há muitos casos em que não percebemos nem mesmo a própria mudança dos dias. Eles só se apresentam, e se vão, como ocorre com as ondas do mar num dia de praia. Nos acostumamos com tudo, até com o que não deveríamos nos acostumar, por exemplo, com o passar da vida (que está longe de ficar num vai-e-vem, apesar de às vezes ficarmos com essa impressão). Os pés vão se afundando e ninguém mal nota. Se nota, reclama (porque há uma tendência de a vida ir perdendo a magia, conforme avançamos na linha do tempo de nossos dias).

Deveríamos aplaudir cada pôr do sol, cada respirar, cada primeira estrela que surge no céu que escurece.

 

Não era sempre, mas às vezes Júlia se pegava olhando para o céu e pensava nisso: em como somos bobos de nos permitirmos nos poluir depois de crescidos. Isso anos mais tarde, quando essa história aconteceu.

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Próximo capítulo

Comentários para 1 - Parte I:
Manuella Gomes
Manuella Gomes

Em: 25/08/2020

Gostei desse capítulo de introdução.

Forte as suas palavras.


Resposta do autor:

Que bom que gostou!

Eu tava bastante inspirada!rs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 16/08/2020

 

Agora boa noite.

Comecei mas já vou sair.

Farei uma pausa.

Amanhã ou depois devo voltar.

Se cuide.

Fique bem.

Boa semana.

Boa noite.

🌻

Rhina


Resposta do autor:

Fique bem vc tb!

Boa semana!

Divirta-se!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Aja Rocha
Aja Rocha

Em: 13/08/2020

Olha só temos novidades.

Primeiro gostei da capa, toda bonitona e tal. 

Mas só vou ler um capítulo por dia, depois fico arrependida porque li tudo como fiz com Sol e lua (eita esqueci o nome 😅).

Sempre imagino você falando essas sinopses,  de forma espontânea e com gracejo.

Gosto dessas suas personagens tão cotidianas e possíveis de existir, cheias de pensamentos divertidos. hahaha.

 

MAS CADÊ O CAPÍTULO DO OUTRO ROMANCE EIN EIN CARIBU 


Resposta do autor:

hahahaha

Tô testando um negócio aí rsrs

("Sorte e Sol", o outro livro rs)

E esse conto aqui só vai ter 3 partes. Tô escrevendo a terceira (também é algo que estou testando rs).

Minhas personagens existem, de certa forma, em alguma dimensão <3 E são nossas, não sou apegada rsrs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 13/08/2020

Gostei.


Resposta do autor:

=]

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web